quinta-feira, 17 de março de 2011

Banzai!!

  Banzai!

Delúbio Soares (*)
“Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer um Japão na paz”
(“A Paz”, Gilberto Gil e João Donato)


Que a tragédia de Fukushima seja a última na história do Japão. Assim Deus permita e essa é a nossa torcida. Aquele país extraordinário conjuga virtudes e qualidades invejáveis: a cultura milenar alicerça tradições de um povo que se tornou conhecido e respeitado pelo talento empreendedor, a capacidade de trabalho e a qualidade em tudo o que realiza. O nome Japão é sinônimo de grandeza e trabalho.
Primeiro foi o terremoto, depois o tsunami, carregando tudo o que encontrava pela frente. As imagens são terríveis, dantescas até. Casas, automóveis, escolas, estradas e viadutos destruídos, arrasados, totalmente acabados pela fúria da natureza em manifestação inclemente e inapelável. Localidades inteiras de um país conhecido pela organização absoluta de suas comunidades, hoje não passam de destroços retorcidos, de montes de pedras e de lama. O desespero sentou praça na terra do sol nascente. A terceira economia mundial (era a segunda faz pouco tempo, até ser ultrapassada pela China) enfrenta uma tragédia que comove a humanidade e já provoca conseqüências em todos os setores da economia internacional. Faz tempo que um país e uma tragédia não comoviam e não despertavam nas demais Nações os sentimentos de solidariedade e respeito que o Japão e a desgraça que por sobre ele se abateu estão mobilizando.

Para mais além da dor imensa e lancinante, das imagens que nos chegam via satélite, pelo noticiário cruel que a internet despeja a cada instante, existe uma certeza: o Japão se levantará. Aquele povo ordeiro, calado, de férrea disciplina, de imensa criatividade, que superou quadras tão adversas em sua história quanto a atual, saberá sair adiante e reconstruir boa parte do país destruído, reerguer pontes e viadutos, fazer com que nasçam dos restos de um quase-apocalipse escolas e hospitais tão bons quanto os que antes serviam a população das cidades varridas pelo tsunami.
Fukushima hoje preocupa pela possibilidade de um desastre nuclear de proporções ainda incalculáveis, mas absurdas. Os geradores de sua usina nuclear foram danificados e as sucessivas explosões, fruto dos danos nas estruturas do complexo energético, tem piorado a situação já precária. Nada mais injusto, nada mais triste do que um acidente nuclear em terras japonesas. Em 1945 o Japão e seu povo pagaram um preço altíssimo na segunda guerra mundial. Foi sobre Hiroshima que explodiu a primeira bomba atômica, inaugurando a era do terror nuclear, matando milhares de pessoas, deixando outras tantas condenadas à morte lenta por uma série de enfermidades, além de devastar uma linda cidade, chocar o mundo e dividir a história da humanidade entre o antes e o depois daquele fatídico dia 6 de agosto. Apenas três dias depois, Nagasaki e seu povo conheceram a morte que caiu do céu, vinda da segunda bomba explodida, matando outras dezenas de milhares de seres humanos inocentes, marcando a história, derrotando definitivamente o Japão e conseguindo sua rendição absoluta diante do poderoso adversário que descobrira forma tão brutal de vencer um conflito bélico. Vinicius de Morais, em verso tão genial quanto triste, em a “Rosa de Hiroshima”, nos lembrava das crianças “mudas, telepáticas”, das mulheres “rotas alteradas” e da rosa radioativa “estúpida e inválida”.
Mas escrevo recordando essas páginas dolorosas da história de um país distante e tão peculiar para demonstrar que os japoneses são mestres em muitas artes, especialmente na arte da superação. De uma derrota humilhante, com o país ocupado por tropas norte-americanas, aquele povo genial levantou-se para reinventar-se. O imperador Hiroito, um sofisticado botânico, que jamais saíra dos limites dos jardins do palácio real de Akasaka, foi ao rádio e, pela primeira vez, teve sua voz escutada pelos seus súditos. Pregou a paz, a reconstrução e o desenvolvimento. O general McCarthur, comandante das tropas invasoras, talvez por sentir que lidava com um povo brilhante e de sabedoria milenar, deu início a um plano de reconstrução que passou por uma efetiva reforma agrária, pondo fim aos poderosos senhores feudais, os “Shoguns” – imortalizados pelo genial cineasta nipônico Akira Kurosawa – e criando um Estado mini-fundiário, produtivo e moderno. A indústria deu seus primeiros passos, e no início dos anos 50, menos de uma década depois da derrota, da tragédia, da dor, da humilhação, da guerra, das bombas, o Japão já era uma Nação que assombrava o mundo com sua capacidade de responder ao desafio de reinvertar-se e ser maior e melhor do que antes. O Japão não olhou para trás. Olhou muito adiante. Aliás, desconfio que os japoneses nem saibam o que é “olhar para trás”.
Assim também reagem os povos depois das grandes tragédias, das hecatombes, das guerras. Quem poderia imaginar que a Alemanha, depois da aventura liberticida do III Reich, dividida entre os vencedores, separada por um muro e duas ideologias diametralmente opostas, se reencontraria e seria o colosso social e econômico que é exemplo para o mundo? E a Itália, um dos berços da civilização ocidental, de tantas tradições e sabedoria, depois de dilacerada pelo fascismo, tomaria o caminho democrático, construindo uma sociedade sólida e economia das mais prósperas do continente e do mundo? E a África do Sul? Dividida pelo flagelo do apartheid, o absurdo irracional do racismo, retira das masmorras um homem iluminado e, sem medo e sem ódio depois de quase três décadas de cárcere, Nélson Mandela unifica seu povo, supera as diferenças e transforma o país odiado pelo mundo livre numa das mais admiradas democracias e pujantes economias dos dias de hoje, parceira do Brasil, da India e da China nos Bric’s.

O Japão ressurgirá, se levantará, se reerguerá da tragédia que vitimou milhares de seus filhos, que enlutou o mundo, que entristece a todos nós. Superará esse momento duro com leveza, graça e suavidade, dons tão seus. Com a garra daqueles que deixaram as abas nevadas do Monte Fuji e as cerejeiras em flor e vieram, nos porões do velho Kasatu Maru, singrando mares revoltos até o porto de Santos há mais de um século para serem brasileiros de olhos puxados, mas de coração auriverde. Integraram-se totalmente ao nosso país, em todos os setores, em todas as regiões. Nos ensinaram o judô e aprenderam o futebol. Trabalhadores rurais no início do século XX, ainda mal dominando nosso idioma, pegaram firme nos cabos das enxadas e sulcaram as terras em cafezais no interior do Paraná e de São Paulo, desenvolveram nossas indústrias e o comércio, mas nos deram alguns de nossos maiores empresários, arquitetos, jornalistas, artistas, escultores, pintores. Competentíssimos, nos fazem encher o peito de orgulho em diversos países quando nos perguntam por Tomie Ohtake ou Manabu Mabe, por exemplo, e nós respondemos: “Sim, são brasileiros!”
Esse artigo é uma homenagem aos nossos irmãos japoneses, com a mais absoluta certeza de que, uma vez mais, eles superarão a dor e o sofrimento e serão maiores e melhores do que antes. Uma certeza tão grande quanto à de que o sol sempre nascerá por aquelas lindas ilhas do oriente.
(*) Delúbio Soares é professor

Shakira vem ao Planalto falar sobre políticas à primeira infância da América Latina

Presidenta Dilma Rousseff recebe violão autografado da cantora Shakira. Foto: Ichiro Guerra/PR
A presidenta Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira (17/3), no Palácio do Planalto, a cantora colombiana Shakira, que está no Brasil para uma série de shows. No encontro, a cantora deu um violão autografado para a presidenta para ser leiloado pelo Programa de Erradicação da Extrema Pobreza.
Em entrevista coletiva após a audiência, Shakira disse que elas trataram sobre políticas para as crianças pobres da América Latina, tema defendido pela Alas, fundação de artistas latino-americanos a qual representa, e manifestaram o interesse de em breve estabelecerem parceria em prol das crianças de zero a seis anos. Ela destacou a importância de se investir no atendimento e educação na primeira infância e ressaltou o papel do Brasil no continente e no mundo.


“O que defendemos na Alas coincide com a luta da presidenta Dilma. Queremos trabalhar juntas, e o Brasil é um país rico na região e de muita importância. É um momento muito positivo, temos a oportunidade histórica de erradicar a pobreza extrema”, disse.
A cantora citou ainda o fato de o Brasil ter pela primeira vez uma presidenta e disse que fez questão de cumprimentar Dilma pela iniciativa da construção de seis mil creches no país. É nesse sentido que Shakira pretende estabelecer parceria “em um futuro próximo”.
“É uma bênção que o Brasil tenha uma mulher encarregada [pela Presidência da República]. Ninguém como uma mulher para entender a necessidade das crianças”, afirmou.
A cantora pop desenvolve projetos humanitários, como o Alas, que luta pelo combate à desnutrição infantil na América Latina e no Caribe. Ela também criou, nos Estados Unidos, a Barefoot Foundation, organização que visa promover o acesso de crianças e jovens à educação de qualidade. A criação da Fundação, que tem parceria com a entidade colombiana Pies Descalzos, lhe rendeu o prêmio de Artista do Ano 2011, entregue pela Fundação da Universidade de Harvard (EUA) em fevereiro deste ano.

Vida longa às rádios comunitárias!

Uma excelente iniciativa e todo apoio às rádios comunitárias... Uma excelente iniciativa e todo apoio ao Plano Nacional de Outorgas de Rádios Comunitárias lançado hoje pelo ministro Paulo Bernardo (Comunicações). Temos aí, o atendimento a uma reivindicação da sociedade civil e a possibilidade, finalmente, de universalizarmos o importante serviço que as emissoras comunitárias prestam ao nosso país.

Vejam que existem hoje cerca de 4.200 rádios comunitárias espalhadas pelo país. Há, entretanto, mais de duas mil cidades que não têm nenhuma rádio comunitária. O objetivo do governo é que todas as cidades contem com pelo menos uma emissora comunitária. Com o Plano, 85% das cidades brasileiras, por região, contarão com uma emissora, pelo menos, até o fim de 2011. Para tal, serão feitas 11 chamadas de licitação para 431 cidades até o fim do ano. Como vocês podem ver, um grande avanço.

De acordo com o ministro Paulo Bernardo, à Anatel caberá  fiscalizar e proteger as rádios de uso político, empresarial ou regilioso. Já a necessária reformulação das normas para a radiodifusão comunitária serão feitas pelo governo, incluindo medidas importantes como a garantia de assistência técnica e, posteriormente, o aumento da potência dessas emissoras.

Teremos também um agilidade maior nos processos de autorização das rádios comunitárias, mais do que fundamental e uma das grandes queixas do setor. Segundo o ministro, “Nós queremos que haja uma universalização da oferta de serviços. Com o esforço que faremos neste ano, considerando os pedidos que já existem aqui mais esses que nós vamos ofertar, nós chegaremos, no ano que vem, a 85% dos municípios”.

Como vocês podem ver, um grande avanço.

Dado o nível...sem comentários

Merece aplauso a saída do 31 de março do calendário... Deu na coluna do Ancelmo Gois, em O Globo: "Setores radicais da Arma (Exército) representados pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), naturalmente não se conformam:
- Agora, o Exército está de quatro para o governo federal".

A inconformidade refere-se ao fato de que o Exército - conforme Ancelmo registrava na nota sob o título "Viva a democracia!" publicada acima desta em sua coluna - "retirou de seu calendário oficial a comemoração de 31 de março de 1964, que mergulhou o país nas trevas da ditadura".

Se não vou comentar a nota do deputado Bolsonaro, não posso deixar de aplaudir a decisão do Exército de retirar de seu calendário de comemorações data de tão triste memória na história do país. O setor de Comunicação do Exército disse à Folha que foram retiradas agora e antes, também outras datas comemorativas, mas não quis detalhar quais ao jornal.

Como é que pode um país democrático, que já se redemocratizou há 26 anos, ainda ter até agora no calendário de comemorações de seu Exército, de suas Forças Armadas uma data tão sinistra, na qual um golpe militar derrubou um governo constitucional? Como pode se comemorar isto?

Blog do Zé

MPF, de novo, quer parar uma obra

Orgão entra com duas ações cíveis para paralisar trem-bala... Agora é a do trem-bala, o trem de alta velocidade (TAV) que vai fazer a ligação Rio-Campinas-São Paulo. O Ministério Público do Distrito Federal (MPF-DF) entrou com duas ações na Justiça Federal, pelas quais pede a suspensão da licitação para a concessão e exploração do trem-bala.

Por uma delas, ação cível pública, o MPF-DF pede que o processo seja suspenso até que sejam concedidas novas outorgas em todas as linhas de transporte rodoviário interestadual e internacional no País. Nesta ação, o MPF-DF pede que a Justiça estabeleça o prazo de 120 dias para que a Agência Nacional de Transportes Terrestes (ANTT) conclua a licitação para a concessão das outorgas.

Na outra, também ação civil pública, o MPF-DF questiona as cláusulas do contrato de concessão do trem-bala que preveem que discordâncias entre a ANTT e a futura concessionária do TAV serão resolvidas por meio da arbitragem. Nas duas ações o MPF-DF faz uma série de outras solicitações que paralisam por completo o processo de licitação e início de implantação da obra.

Temos, então, de novo, a típica ação - neste caso, as típicas, já que entraram com mais de uma - que caracteriza abuso de autoridade. Estamos diante do mais puro factóide e sensacionalismo. Não é papel do MPF paralisar obras, até porque é o governo que define políticas públicas.

Mas, se o MPF-DF tem suas razões - que não declina - para parar o processo de implantação do TAV, porque não recorrer aos famosos e já conhecidos Termos de Ajuste de Conduta (TACs), pelos quais se celebram ajustes e se assumem e cumprem compromissos em situações desse tipo?

Tasso Jereissati tem memória curta

Mudou quanto a dissidências, porque elas esvaziam o PSDB...
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Tasso Jereissati
É o que ele revelou ao assumir um cargo no conselho estratégico da FIESP e deitar falação sobre rumos e futuro da oposição, concluindo  que a tendência, a médio prazo, é que haja uma fusão dos partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS) no país.

Também, ao classificar como "um momento triste" a discutida - e ainda não consumada -  saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, para fundar o Partido Democrático Brasileiro (PDB), que pode tirar boas fatias de tucanos e demos para a nova legenda.

Tasso Jereissati, pelo visto mudou sua forma de ver a política em relação à época - recente - em que foi presidente nacional do PSDB, postulante do partido ao Palácio do Planalto em acirrada disputa com José Serra e senador pelo Ceará. Perdeu a reeleição no ano passado e diz que nunca mais disputa voto.

Naqueles tempos, quando havia, e ele analisava dissidência no PT, vibrava, considerava "democracia" e que o partido quando expulsava seus dissidentes era "autoritário". Agora, para ele, fundar o PDB é triste! É muita cara de pau! (vejam na nota abaixo, na qual endosso uma proposta dele para o PSDB).


Blog do Zé

Oposição perdida, precisa mesmo de rumos

Tem razão Tasso Jereissati ao pedir uma nova agenda... Dou razão ao ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) quando ele, desolado com o seu partido e com os riscos de que este venha a perder quadros para novos partidos, afirma que a principal missão do PSDB neste momento é construir uma nova agenda (leiam post acima).
É verdade, com a atual os tucanos não têm nenhum futuro, até porque nem a tem. O trio PSDB-DEM-PPS está completamente sem rumo, programa, projetos, metas para o país, perdido até na forma de fazer oposição.
"Temos que ter uma nova agenda, em cima do que são os problemas do Brasil hoje", reconheceu Jereissati, citando entre pontos novos que defende a "profissionalização do setor público" e um orçamento menos flexível e mais transparentre entre as questões que devem compor esta agenda.
"A política não pode continuar assim. O setor público não pode continuar servindo de troca de barganha, de lugar, por apoio, por voto", prosseguiu. Tem toda razão quanto ao setor público.Tem que demitir - e ele pode começar a nova agenda tucana aconselhando isto - todos, as centenas de tucanos (e demos, e ex-comunistas) pendurados nos conselhos de administração das estatais paulistas e mineiras.
Alguns destes conselheiros nem conhecem o Estado em que estão contratados -  os de São Paulo moram em Brasília, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Norte; os de Minas, no Rio, em Brasília...

Blog do Zé

Oposição do Bahrein denuncia ocupação por tropas sauditas


No Bahrein, a situação é de tensão explícita. O rei Hamad Ben Issa Al-Khalifa proclamou o estado de emergência por três meses, um dia após a chegada de tropas sauditaso para ajudar a travar a contestação xiita num país governado por sunitas. Os principais grupos da oposição, incluindo o maior partido xiita, o Wefaq, avaliaram esta intervenção de forças do Conselho de Cooperação do Golgo no país como uma “declaração de guerra e uma ocupação”.

Carta Maior / Esquerda.net

As autoridades do Bahrein, que enfrentam a mais grave contestação no país desde a década de 1990, acolheram segunda-feira a chegada de uma unidade de mil soldados sauditas, pedida para “ajudar a manter a ordem e segurança” no país, depois de manifestantes da oposição terem entrando em confrontos com a polícia no domingo e bloqueado várias estradas.

A entrada dos soldados sauditas em território do Bahrein – numa missão do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG, bloco regional que integra a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Kuwait, Qatar e Omã, além do Bahrein) – foi confirmada pelo antigo ministro da Informação do país, e atual conselheiro do rei Hamad bin Issa al-Khalifa, Nabeel al-Hamer, através de uma mensagem no serviço de microblogging Twitter.

Pelo menos 150 veículos militares blindados de transporte de tropas e 50 outros veículos, incluindo ambulâncias, tanques de água, caminhões e jipes foram avistados por residentes locais passando a fronteira da Arábia Saudita para o Bahrein, em direcção a Riffa, região maioritariamente sunita.

Os principais grupos da oposição, incluindo o maior partido xiita, o Wefaq, avaliaram esta intervenção de forças do CCG no país como uma “declaração de guerra e uma ocupação”.

Manifestantes desafiam o recolher obrigatório com novo protesto
O movimento de oposição ao rei Hamad bin Issa al-Khalifa do Bahrein respondeu ao decreto de recolher obrigatório com a convocação de um novo protesto em Manama, depois de os manifestantes terem sido expulsos, ao nascer do dia, da Praça da Pérola que ocupavam há já várias semanas, exigindo reformas políticas no país. Na praça permaneciam acampados cerca de 500 opositores ao regime.

Chamando a uma manifestação massiva, o grupo de Juventude 14 de Fevereiro – que tem liderado a contestação na Praça da Pérola – convocou este novo protesto para a Rua Budaya, região norte da capital repleta de vilas e subúrbios de maioria populacional xiita que conduz à localidade de Budaya, berço da elite governadora sunita do país.

Nos confrontos da manhã desta quarta-feira, pelo menos três manifestantes morreram e dezenas ficaram feridos, afirmou fonte da oposição citada pelas agências noticiosas. O Ministério do Interior, por seu lado, anunciou a morte de dois policiais.

No seguimento destes confrontos, as autoridades do Bahrein decretaram recolher obrigatório entre às 16h e às 4h (1h em Lisboa) na Praça da Pérola e no centro financeiro de Manama.

No Bahrein, a situação é de tensão explícita. O rei Hamad Ben Issa Al-Khalifa proclamou o estado de emergência por três meses, um dia após a chegada de tropas do Golfo para ajudar a travar a contestação xiita num país governado por sunitas.”

País rico é país sem pobreza

TEREZA CAMPELLO


O plano de erradicação da extrema pobreza terá três eixos: transferência de renda, ampliação de serviços públicos e ações de inclusão produtiva. 

A nova marca do governo federal demonstra o compromisso da presidente Dilma com a erradicação da pobreza extrema no país. E o primeiro passo nessa direção é o fortalecimento do Programa Bolsa Família, que recebeu significativo aporte de R$ 2,1 bilhões.

Essa medida permite não apenas repor o poder de compra das famílias beneficiárias, com ganho real médio de 8,7% sobre a inflação acumulada de setembro de 2009 a março de 2011, mas, principalmente, concentrar o reajuste na faixa de idade mais vulnerável -entre zero e 15 anos-, que recebeu aumento de 45,5%. A ampliação do valor dado aos jovens entre 16 e 17 anos também foi expressiva, de 15,2%.
Essa determinação torna o programa ainda mais efetivo no combate à pobreza, reforçando os pontos centrais de sua origem: foco nas famílias mais pobres e nas crianças e jovens, parcela da população que apresenta as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza.
Hoje, 25% dos beneficiários do Bolsa Família têm até nove anos de idade, e mais de 50% têm idade inferior a 20 anos. O aumento médio de R$ 19 (de R$ 96 para R$ 115) no benefício equivale ao gasto mensal com arroz e feijão de família com quatro membros, por exemplo.
Estudo sobre o perfil dos beneficiários mostra que as famílias direcionam os recursos à compra de alimentos, roupas, remédios e material escolar, dentre outros itens básicos. Garantir mais recursos às famílias pobres tem efeitos positivos na alimentação, saúde e frequência escolar de milhões de crianças e jovens, além de inibir o ingresso precoce no mundo do trabalho. 

Assim, manifesta-se uma dimensão estratégica do Bolsa Família: a interrupção do ciclo intergeracional de pobreza. A oferta de educação e saúde é condicionante do programa. O índice de crianças e adolescentes do Bolsa Família fora da escola é 36% menor em relação aos filhos de famílias não atendidas, revela o Inep; a evasão de adolescentes no ensino médio cai à metade, comparada aos jovens não beneficiários.
A progressão escolar também é maior entre as crianças e jovens do Bolsa Família. A desnutrição infantil das crianças menores de cinco anos (período estratégico para o desenvolvimento das capacidades cognitivas) atendidas pelo programa caiu de 12,5% para 4,8%, nos anos de 2003 a 2008.
Além de garantir melhores condições de vida a 50 milhões de brasileiras e brasileiros, o programa ajuda a economia do país.
Cada R$ 1 direcionado ao programa aumenta em R$ 1,44 o PIB. Os beneficiários estão distribuídos por todo o país, mais um instrumento de apoio à redução das desigualdades regionais. Tais números comprovam a importância do Bolsa Família como parte da estratégia do governo de enfrentamento à pobreza.
O plano de erradicação da extrema pobreza terá três eixos: a transferência de renda é um deles. Os outros dois são a ampliação e qualificação dos serviços públicos, com ênfase no acesso, para melhorar as condições de vida dos brasileiros; e as ações de inclusão produtiva, para ampliar as oportunidades. Os três eixos expressam o convencimento de que a pobreza não se reduz ao indicador de renda, mas incorpora a dimensão de bem-estar social. Finalmente, estamos inovando no modelo de gestão e monitoramente para garantir o cumprimento das metas do plano.
O melhor investimento público é aquele direcionado ao ser humano. Não seremos uma nação capaz de desenvolver todo o seu potencial enquanto persistir a pobreza, entrave ao desenvolvimento econômico e social. País rico é país sem pobreza. 



 

Trabalhadores da limpeza urbana de João Pessoa entram em greve a partir do dia 21

O sindicato reivindica 20% de reajuste em cima do salário-base da categoria

Na próxima segunda-feira, 21 de março os trabalhadores da limpeza urbana da Região Metropolitana de João Pessoa entram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada assembleias realizadas nas empresas do setor, após o fracasso das negociações. O sindicato reivindica 20% de reajuste em cima do salário-base da categoria, acordado no passado, que é de R$ 522,00.
As empresas Marquise, Limp Fort e Ambiental Soluções (antiga Líder) ofereceram um reajuste de 6,86%. As três empresas prestam serviços à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) através de contratos celebrados com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).
“Foram seis reuniões com os representantes patronais, mas eles só ofereceram um reajuste de 6,86% e um vale-alimentação de R$ 114,00. Queremos discutir um salário digno para o gari, que sofre muito todos os dias para deixar a cidade limpa”, afirma Ulisses Alberto, presidente do Sindlimp.
No dia 19, o Sindlimp realizará uma assembleia geral unificada, na sede da entidade, para tirar os últimos encaminhamentos do movimento grevista que se inicia no dia 21. “Esperamos que, até lá, as empresas apresentem uma proposta decente, pois, só assim, teremos condições de sentar e negociar”, finaliza Ulisses.

Juazeirinho tá virando um lixão

O prefeito de Juazeirinho, Bevilacqua Matias (PRB), pressionado pela população e comerciantes, reuniu sua equipe de Governo na noite desta terça-feira (14) para orientar todas as áreas no sentido de fazer uma verdadeira cruzada na limpeza pública. E segundo participantes da reunião o papo foi regado a muita cachaça.
 A população reclama que pagam o IPTU e não vem o dinheiro investido na melhora da cidade “Nos queremos saber onde o prefeito tá investindo o dinheiro arecardado com o IPTU, pois nem coletores de lixo a cidade tem”. falou  uma moradora.
 “Essa questão da limpeza pública é cultural e precisa ser mudada no médio e no longo prazo. É por isso que reúne o meu corpo de Governo para trabalharmos em conjunto com outras entidades, a exemplo das igrejas, católica e evangélica, como também e o comércio. Vamos elaborarmos um plano”. Falou o prefeito.
 Nos quatro cantos da cidade tem um lixão, isso prova que a coleta de lixo não está sendo feito regularmente, e segundo informações colhidas pela reportagem, os moradores falaram que o carro do lixo demora muito para passar e não tem coletores de
“Se o prefeito comprar coletores de lixo e fadas para os garis, como foi falado na reunião, essa será a primeira boa ação em dois anos de governo” Comentou Maiton Colaço.