quarta-feira, 18 de maio de 2011

Confiança total em Palocci

 
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Rui Falcão
“Temos total confiança em relação ao ministro Palocci, à sua lisura e ao seu comportamento ético”. A frase é do presidente do PT, Rui Falcão. Para ele, o partido não tem dúvidas sobre a honestidade do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, alvo de denúncias relativas ao aumento de seu patrimônio.

Segundo Falcão, Palocci já esclareceu o assunto em nota oficial, ressaltando que todos os seus bens foram declarados ao Fisco. O assunto também foi tratado pelo governo. Ao longo de ontem, o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, José Paulo Sepúlveda Pertence, afirmou que o ministro Palocci o procurou ainda em dezembro para saber se não haveria conflito de interesse em assumir a Casa Civil sendo proprietário da consultoria Projeto.

Segundo Pertence, partir de seus conselhos a Palocci, ele teria mudado o teor do contrato social de sua empresa, transformando-a em uma administradora de imóveis, cuja gestão seria assumida por um banco.

Gilberto Carvalho, Secretário-Geral da Presidência, por sua vez, declarou que o ministro da Casa Civil "cumpriu rigorosamente todos os encaminhamentos necessários para uma pessoa que geria uma empresa ou tinha alguma atividade antes de assumir o ministério". Para ele, do ponto de vista do governo, depois da manifestação da Comissão de Ética Pública, a denúncia relativa ao ministro da Casa Civil está encerrada.

Já, a Controladoria-Geral da União, afirmou que não é da alçada de nenhum órgão investigar a evolução patrimonial de Palocci, pois ela se deu antes de sua posse como ministro.
Foto home: PT Nacional

O Brasil contra a miséria

O Brasil contra a miséria

Mai, 2011

“Só há um tipo verdadeiro de desenvolvimento:

o desenvolvimento do homem”.

(Josué de Castro)


Delúbio Soares (*)

Há exatos 65 anos um dos maiores brasileiros de todos os tempos lançou livro que continua atualíssimo: a “Geografia da fome”. Na obra, que logo se tornaria um clássico das ciências sociais, sendo traduzida em dezenas de países e diversos idiomas, o genial cientista, médico, escritor, geógrafo, político e diplomata Josué de Castro estarreceu o Brasil e abriu os olhos dos brasileiros ao retratar a fundo as condições de miserabilidade em que vivia a esmagadora maioria de nossa gente. Pela primeira vez, de forma irrespondível e com embasamento científico após as viagens de estudo empreendidas por Josué em todas as regiões, o Brasil se mirou no espelho. E não gostou do que viu: a fome grassando, endemias crônicas, carências nutricionais recorrentes, mortalidade infantil assustadora, péssima distribuição de renda, uma estrutura social injusta e uma elite dirigente descomprometida.


Josué, duas vezes indicado para o Nobel da Paz, condecorado com a Legião de Honra pelo governo da França e com o Prêmio Franklin Roosevelt da Academia de Ciências dos Estados Unidos, foi presidente do Conselho da FAO, o organismo da ONU para a agricultura e alimentação, além de embaixador do Brasil junto às Nações Unidas. Cassado pelo golpe de 64, lecionou nas principais universidades européias e tornou-se um conferencista que atraia milhares de ouvintes às suas palestras mundo afora. Devemos a esse grande brasileiro, à sua coragem e talento, a compreensão de que não é possível que o Brasil seja rico se o seu povo for pobre.

Em apenas oito anos o governo do presidente Lula atingiu metas estabelecidas pela ONU para os próximos 25 anos na erradicação da pobreza e no combate à miséria. Foram quase 51% do total de brasileiros pobres que deixaram tal condição e adentraram a classe média. São, simplesmente, mais de 30 milhões de homens e mulheres, de norte a sul, vivendo com dignidade, consumindo mais, se alimentando melhor, exercendo plenamente a cidadania. É a inclusão social.

A presidenta Dilma lança um novo desafio a todos os brasileiros: acabar com a miséria, lutar uma luta sem tréguas, uma batalha sem quartel, contra o estado de indigência social e econômica, contra o abandono e a fome que ainda atormentam milhões de irmãos nossos em todas as regiões. Dilma, assessorada pela ministra Teresa Campelo, quer aliar a luta contra a miséria à geração de mais empregos, de novas oportunidades, gerando um ciclo virtuoso em nossa vida econômica e social.

Grandes nações passaram por momentos dificílimos em suas vidas. Processos inflacionários ou recessivos, convulsões sociais ou conflitos armados, toda sorte de acontecimentos que marcaram, a seu tempo e de forma dramática, a existência de países que hoje figuram entre os mais ricos e desenvolvidos. Em todos eles, sem exceção, vigorosos programas sociais foram implementados a partir da ação de seus governos com a participação ativa da sociedade civil. Foi assim nos Estados unidos, após a brutal quebra de 1929, com a atuação do governo de Roosevelt, no “New Deal”, soerguendo um país arruinado, com milhões de miseráveis e legiões de famintos, para levá-lo novamente ao caminho da recuperação social e da prosperidade econômica.


Os governos não devem e nem jamais podem renunciar à missão de promover o bem-estar da parcela majoritariamente desprotegida da sociedade, dotando-a de mecanismos de superação de suas dificuldades de sobrevivência, notadamente na alimentação, educação e saúde. Acreditar no auxílio da iniciativa privada, tão somente, ou que a base da pirâmide social possa se recuperar ou vencer o atraso e a pobreza, sem o poder público, sua reconhecida capacidade de mobilização e a logística da máquina estatal, é um equívoco.

A mão invisível do mercado gira as economias e desenvolve os países, mas é a mão visível do Estado que prioriza o social e impede que a população seja tratada como uma massa sem alma, de forma desrespeitosa e desumana, como aconteceu na década infame do governo dos tucanos, quando dezenas de milhões de brasileiros experimentaram os piores anos de suas vidas, abandonados pelos poderes públicos, tratados com desdém, deboche e desrespeito.

Tão importante quando a imensa mobilidade social havida no governo do presidente Lula, com os mais de 30 milhões de brasileiros tirados da pobreza e elevados à classe média e de consumo, é a firme decisão política do governo da presidenta Dilma, as ações concretas que está tomando e o apoio que ela vem recebendo de toda sociedade: o Brasil vai erradicar a miséria.

Não é um discurso, tão somente. É um conjunto de ações consistentes e sustentáveis, que passa pela tomada de consciência de que nosso país não será rico enquanto houver um único brasileiro vivendo abaixo da linha da pobreza; de que é necessário combater a miséria em todas as frentes, em todas as suas manifestações, diuturnamente e com firme convicção de que é possível vencer essa chaga que a todos nos atormenta e entristece.


O alerta do Mestre Josué de Castro, a ação vitoriosa do Estadista Lula, a firme decisão da presidente Dilma e o sucesso dos programas sociais já realizados nos últimos oitos anos, nos mostram o caminho e nos dão a certeza de que o Brasil irá derrotar a miséria.

(*) Delúbio Soares é professor

Nizan Guanaes: O IBGE acendeu a luz

Reprodução de matéria publicada no blog do Companheiro Delúbio

Nizan Guanaes: O IBGE acendeu a luz

NIZAN GUANAES
O censo é o olhar para trás que orienta o olhar para a frente; diz como chegamos aqui e aponta para onde ir
NUM PAÍS em transformação acelerada como o Brasil desta década, as primeiras informações do Censo 2010 iluminam o nosso caminho.
É uma mina de dados de um país em transformação, o maior e mais detalhado inventário de nossa maior riqueza: os brasileiros.
O censo é o olhar para trás que orienta o olhar para a frente.
O IBGE mostra como chegamos aqui e aponta para onde devemos ir.
O que tem nos domicílios do país e o que não tem. Para onde as pessoas estão indo e o que elas vão precisar nesse novo lugar.
Mergulhem, garimpem, transformem esses dados em planos de expansão, investimento, inovação. Há um novo Brasil nascendo, e agora o conhecemos melhor.
A amostragem do IBGE é insuperável. Os recenseadores visitaram 67,5 milhões de domicílios em 5.565 municípios e revelaram uma série de avanços: o país está menos branco, mais feminino, mais alfabetizado e mais maduro, entre outros avanços deste século promissor.
A população cresce mais no Norte, no Centro-Oeste e no Nordeste do que no Sudeste e no Sul. A explosão de oportunidades fora dos centros tradicionais de riqueza está movimentando milhões de pessoas para novas fronteiras do desenvolvimento e invertendo fluxos migratórios.
A beleza deste momento econômico é que, trabalhando bem, poderemos unir as benesses da globalização (acesso a capital e mercados e exposição à concorrência) com as benesses da nacionalização, porque temos um país novo para explorar.
A expansão do mercado interno não é só uma expansão da renda e do consumo, ela é uma expansão geográfica da renda e do consumo.
Siga o dinheiro, Brasil adentro. Amo meu país, e amo vê-lo assim.
É obvio que o copo está metade cheio e metade vazio. Sou empresário. Trabalho com o que existe para realizar o que falta.

No Brasil em que nasci o Nordeste era uma região de calamidade e seca. Hoje é a China brasileira. Se você duvida, vá lá ver. Em junho, em São Paulo, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) realizará uma conferência da maior importância sobre a base da pirâmide. É dessa base que vem o novo crescimento da economia do nosso país.
A cesta básica não é mais só básica. Dona Maria quer beijar de batom, ficar cheirosa e comer chocolate. Produtos populares não podem mais ser simplesmente pobres e baratos. Eles têm de ser bons, bonitos e acessíveis. Como as roupas da C&A e da Zara. Falta uma construtora popular que pense em design e em arquitetura como a Tok&Stok. Falta uma cadeia de hotéis que seja jovem, moderna e barata como a Gap.
O consumidor mudou, o Brasil mudou e as empresas têm de mudar. E a melhor pesquisa que existe é pegar um avião e viajar pelo Brasil.

Você vai descobrir que mercados antes desprezados se tornaram obrigatórios. Não dá mais para não olhar para o Nordeste, para o Centro-Oeste e para o Norte. Há uma chance histórica de se ganhar escala. De reforçar marcas, de criar marcas, de estabelecer parcerias.
Mas crescer/vender no Nordeste pode ser muito diferente do que no Sudeste. Você vai precisar sair da sua zona de conforto para descobrir como o Brasil não é só grande, é complexo. Se não, quem vai tirar você do conforto serão eles, que virão invadir a sua praia. Chegam pessoas nas minhas agências, de lugares inéditos do país, com demandas inéditas de comunicação que desafiam a nossa capacidade.
Você até pode, mas não deve falar sempre a mesma coisa do mesmo jeito em Uberaba, Manaus, São Paulo e Campo Grande. Mudar vai dar trabalho, mas vai dar retorno.

Basta ouvir o IBGE e o BID. Há um Brasil novo que sempre foi colorido, mas só neste censo se autodeclarou majoritariamente não branco. Pardos e pretos juntos são, pela primeira vez, maioria autodeclarada da população. Porque eles finalmente se sentem seguros e orgulhosos de se assumirem pelo que são.
A confiança econômica e o reforço na renda já estão se transformando num reforço de identidades.

E no regime capitalista, gostemos ou não, o consumo é uma das expressões mais relevantes do indivíduo e da cidadania.
Não tem jeito: sua marca terá de respeitar e dialogar com esse novo brasileiro. Primeiro você precisa descobrir quem ele é. O IBGE acendeu uma luz.
NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC, escreve às terças-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.
Fonte: Folha de São Paulo – 17.05.2011

Lula fará palestras em Comandatuba e Panamá

O ex-presidente Lula  inicia amanhã uma viagem de 3 dias, onde fará duas palestras (em Comandatuba e no Panamá) e participará, na Nicarágua, da reunião do Foro de São Paulo, grupo que reúne os partidos de esquerda da América Latina.
No dia 18, quarta-feira, o ex-presidente fará uma palestra no 9º Encontro de Empresários da América Latina Pais e Filhos, em Comandatuba, na Bahia.  O encontro reúne empresários e herdeiros de alguns dos maiores grupos empresarias da região. O ex-presidente irá falar da importância do investimento privado na integração do Brasil com a América Latina e a África, e como as políticas para a exploração das reservas do pré-sal, os investimentos na melhoria da educação e infra-estrutura e os programas sociais continuarão a impulsionar a economia brasileira nesta década.
Na quinta-feira, Lula participará da 17º reunião do Foro de São Paulo, em Manágua, na Nicarágua. Lula é um dos fundadores do Foro, que reúne partidos de esquerda da América Latina. Lula irá se encontrar com representantes dos partidos do Foro, e no seu discurso fará uma retrospectiva dos avanços políticos desses partidos em atender as demandas sociais dos seus respectivos países. E nesse processo, como as políticas públicas reduziram as desigualdades e fortaleceram a democracia na América Latina, indicando caminhos para a esquerda não só na região, mas também no resto do mundo.
Na sexta-feira, dia 20 de maio, Lula fará uma palestra no Panamá para empresários, investidores e executivos, onde falará sobre sua experiência de governo no enfrentamento da crise financeira e na promoção, através da inclusão social, do crescimento econômico no Brasil.
No sábado o ex-presidente já está de volta ao Brasil.

Por Helena
www.osamigosdobrasil.com.br

 

Advogado pede impeachment de Gilmar Mendes

 “Alberto Piovesan entrou com ação, a ser analisada pelo Senado, que pede impedimento de ministro do STF por envolvimento com escritório de advocacia

Fábio Góis, Congresso em Foco

A Presidência do Senado recebeu, na última quinta-feira (12), um pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apresentada pelo advogado capixaba Alberto de Oliveira Piovesan, que também remeteu o requerimento para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a peça (confira a íntegra) se baseia no item 5 do artigo 39 da Lei 1079 (de 10 de abril de 1950), que versa sobre crime de responsabilidade (leia aqui a legislação).

Na introdução do documento, o advogado expõe as “razões desta súplica, indicações de diligências, de testemunhas e de informantes”. “É com profundo pesar que o signatário dirige-se ao Senado da República Federativa do Brasil para pedir providências em face de um ministro do Supremo Tribunal Federal que, como que a desanuviar as objeções que se lhe fizeram na sabatina a que se submeteu perante essa Augusta Casa e que precedeu sua nomeação ao cargo, em exercendo-o nos primeiros anos demonstrou independência e isenção”, diz Alberto.

Mencionando as edições 47 e 48 da revista Piauí (agosto e setembro de 2010), Alberto aponta o detalhamento feito nas reportagens sobre as relações entre Gilmar Mendes e sua esposa, Guiomar Lima Mendes, secretária-geral do Tribunal Superior Eleitoral, com o advogado Sergio Bermudes. Segundo o denunciante, o conteúdo das matérias é comprometedor e explicita o “recebimento de benesses e outros fatos”, por parte do magistrado, “que põem em dúvida a isenção, a parcialidade do julgador, configurando violação a dever funcional” e, em conseqüência, a incidência na lei federal mencionada.

O advogado lembra que Sergio é “titular de grande banca de advocacia” com sede no Rio de Janeiro, com filiais distribuídas nas principais capitais do país. Além disso, diz o impetrante, “patrocina centenas de causas” no STF. “Emprega um bom número de advogados, dentre eles filhos de juízes, desembargadores e ministros em atividade. Emprega também a mulher do Ministro Gilmar Ferreira Mendes, na filial em Brasília”, diz o texto do pedido de impeachment.”
Matéria Completa, ::Aqui::

Charge do S. Salvador