segunda-feira, 21 de março de 2011

Dilma Rousseff homenageia professoras

A educação brasileira foi a grande homenageada pela presidenta Dilma Rousseff no início desta semana. A presidenta homenageou onze educadoras de várias partes do País com a medalha da Ordem Nacional do Mérito, uma das honrarias mais importantes do Brasil. A condecoração foi prestada pela importante atuação das educadoras no sentido de ampliar e melhorar a qualidade de ensino no País.
A presidenta da Comissão de Educação da Câmara Federal, deputada Fátima Bezerra (PT/RN), explicou que a iniciativa mostra a importância da educação para o Governo, que representa uma das prioridades adotadas por Dilma. “Essa homenagem da presidenta, revela seu lado sensível em, de repente, condecorar essas mulheres guerreiras que estão lutando pela educação do País. Então é muito saudável que, com essa medalha, seja feito o reconhecimento público do bom trabalho que essas professoras do Brasil têm desempenhado na defesa da educação das nossas crianças, jovens e adultos” explicou a deputada.
Fátima Bezerra ainda fez elogios ao Ministério da Educação, por uma medida que passa a valer esta semana, em que professores da educação básica terão direito de cursar mestrado usando bolsas de estudo oferecidas pelo próprio ministério, por meio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. “Essa medida é muito importante, porque é preciso avançar na questão da melhoria salarial do magistério, mas não se pode, de maneira nenhuma, descuidar da questão da formação. Afinal de contas, apenas com salários justos, formação e carreira é que nós vamos valorizar os profissionais da educação no nosso País” afirmou a petista.
A parlamentar afirmou, também, que durante os oito anos do governo Lula, o País teve grandes avanços na área da educação e que a expectativa é ainda maior com Dilma Rousseff, que está trançando metas importantes para a melhoria na qualidade de vida do brasileiro. Fátima Bezerra acrescentou que o importante debate da educação de 2011 é sobre o novo Plano de Educação que deve ser aprovado ainda este ano. (Janary Damacena – Portal PT)
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Pesquisa: população confia em sua presidenta

Agora até um alto número de tucanos confia em Dilma... Se confere alto índice de rejeição ao prefeito Gilberto Kassab , decorridos apenas 80 dias - nem os 100 que costumam ser marco simbólico - da posse da presidente Dilma Rousseff, a pesquisa Datafolha mostra que 47% dos brasileiros aprovam  o início do seu governo.
É um percentual alto e idêntico ao do governo Lula no mesmo período do 2º mandato, no início de 2007. A notícia, obviamente, é excelente para o governo e para a nossa presidenta. Vejam que nestes três meses iniciais incompletos de governo, 47% dos brasileiros consideram o governo Dilma bom ou ótimo; 34%, regular; 12% não souberam dizer e apenas 7%, ruim ou péssimo.
Ao presidente Lula, no mesmo período de três meses, eram conferidos 48% de ótimo e bom; 37% de regular; 14% de ruim e péssimo; e 1% não sabiam. Agora vejam o mais interessante destas pesquisas é que em 2007, começo do 2º mandato do presidente Lula, as questões que mais preocupavam os brasileiros eram: desemprego (para 31%) e a fome e a miséria (para 22%).
Agora, Saúde e Segurança, os principais desafios
Encaradas com coragem e competência pelo governo anterior que retirou da miséria 28 milhões de pessoas e criou 15 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, estas questões desceram no patamar de preocupação da sociedade.
Neste início de governo Dilma, o que mais preocupa a população e que ela considera os principais desafios são a Saúde (para 31%) e a violência (para 16%). Agora, é batalhar os avanços e conquistas nestas duas áreas.
Outro dado que chama a atenção neste Datafolha é que decorridos 5 meses do 2º turno (31.10), a presidenta Dilma conquistou também a confiança de parcela expressiva dos eleitores do tucano José Serra e do PSDB.
Confiança até dos tucanos
Nesta Datafolha sobre o governo Dilma, apenas 15% dos entrevistados que se confessam tucanos e eleitores de Serra consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo. Já para 31% deles, o governo Dilma é ótimo ou bom. É regular para 45% dos que se declararam tucanos e para 41% dos que disseram ter votado em Serra.
Entre os petistas, a presidente obtém 56% de conceitos ótimo e bom, e 32% de regular. Só 2% dos petistas consideram seu início de mandato ruim ou péssimo. Os que declaram ter votado na presidenta lhe dão aprovação similar: 57% de bom e ótimo e 30% de regular.
Agora é mãos à obra, minha gente! Há muito trabalho pela frente e, certamente, com o governo e sociedade unidos em prol deste Novo Brasil.

Charge do Bessinha

A favor do voto em lista

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Congresso Nacional
A exatos 15 dias do término dos trabalhos da Comissão instalada no Senado para a reforma política - a previsão é 5 de abril - convido todos vocês ao debate sobre um dos pontos fundamentais dessa questão, o voto em lista. Publico aqui, na nossa seção Artigos do Zé, o texto que publiquei na seção Espaço Aberto, de O Estado de S.Paulo deste domingo, em defesa dessa proposta. Faço-o com a expectativa de que, também, a Comissão do Senado inicie o debate e delibere logo sobre essa questão, já que até agora deliberou sobre outras, de menor importância e que não constituem o foco central da reforma política.
Congresso Nacional
A exatos 15 dias do término dos trabalhos da Comissão instalada no Senado para a reforma política - a previsão é 5 de abril - convido todos vocês ao debate sobre um dos pontos fundamentais dessa questão, o voto em lista. Publico aqui, na nossa seção "Artigos do Zé", o texto que publiquei na seção Espaço Aberto, de O Estado de S.Paulo deste domingo, em defesa dessa proposta.

Faço-o com a expectativa de que também a Comissão do Senado inicie o debate e delibere logo sobre essa questão, já que até agora deliberou sobre outras, na minha avaliação, de menor importância e que não constituem o foco central da reforma política.

A fragilidade das críticas dos que são contrários ao voto em lista é tão grande que ela termina soterrando a defesa que fazem. Os adversários do voto em lista afirmam, por exemplo, que ele não deve ser aprovado porque contribuiria para o crescimento do PT e, pior ainda, iria confundir o eleitor.

Não procede história de que confunde o eleitor


Em 1º lugar, o PT já vem crescendo há duas décadas, ampliando suas representações, seu volume de votos, número de governantes eleitos e, há nada menos que três eleições sucessivas, tem sido o partido mais votado no país.

Em 2º, que história é essa de confundir o eleitor? Devemos deixar tudo como está e continuar o voto uninominal, este sim, que deforma a representação e a proporcionalidade, como se isso também não confundisse, e muito, os eleitores?

Na realidade, como explico neste artigo, o que deve nortear o debate sobre a reforma política é o sentido - ou quais sentidos - deve ter o sistema político-partidário e eleitoral do Brasil nas próximas décadas.

Voto em lista fortalece partidos e programas


Nesse debate, é preciso entender que todos os sistemas de voto têm prós e contras, mas não podemos admitir que o Brasil continue com um modelo em que se amplia a importância da personalidade dos candidatos em detrimento do fortalecimento dos partidos e dos programas políticos.

O voto em lista prevê que o eleitor escolha as melhores propostas, votando nos partidos - e não nas pessoas. Sua principal vantagem é, sem dúvida, pôr em debate na sociedade os projetos que cada partido representa. O cerne da disputa se tornará, então, os projetos, as concepções que cada um tem para a condução da coisa pública e os rumos que queremos para o futuro. No fundo, é isso que está em jogo numa eleição, não a pessoa do candidato.

Leiam aqui, em Artigos do Zé, a íntegra do meu artigo publicado ontem no Estadão sobre a reforma política, no qual aproveito para responder a outro, publicado no mesmo jornal no final de fevereiro pp. pelo Eduardo Graeff, Secretário-Geral da Presidência da República no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Foto: site da Câmara dos Deputados.

Lula falta ao almoço e é sucesso na mídia

Repercussão da ausência, maior do que se ele comparecesse...
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Lula
Nem se tivesse comparecido, ou planejado meticulosamente a ausência, o ex-presidente Lula poderia imaginar o tamanho da repercussão que dariam ao seu não comparecimento ao almoço oferecido pelo governo brasileiro ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no Palácio dos Arcos (Itamaraty).

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e seus colegas ex, senadores José Sarney (PMDB-AP), Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL) compareceram e Lula foi o único ex-presidente ausente.

O ex-chefe do governo ainda observa uma espécie de quarentena pós-transmissão do cargo dia 1º de janeiro pp. e, no sábado, na hora do almoço em Brasília, foi a um churrasco comemorativo do aniversário de um de seus filhos, no ABCD paulista.

Lula falta a almoço e mundo quase vem abaixo


Mas, o mundo quase veio abaixo, as interpretações são as mais diversas e a ausência terminou ocupando mais espaço do que se ele tivesse sido um dos ex-presidentes presentes ao almoço. Os jornais deram matérias à parte às da cobertura da visita presidencial dos EUA, com interpretações das mais hilariantes.

As versões vão da interpretação de que o ex-presidente não foi porque não queria ver a presidenta Dilma Rousseff consumar a guinada (???) na politica externa que ele seguiu, a de que não foi para não "ofuscar" o brilho da sucessora passando, ainda, por uma pseudo irritação do brasileiro com o fato de que, durante seu governo, o presidente americano o incentivou a patrocinar e depois recusou acordo fechado com o Irã.

O Estadão deu 2 páginas para esta ausência de Lula, uma com FHC elogiando a mudança de política externa no governo Dilma e a outra com entrevista sobre a ausência do ex-presidente no almoço com Obama.

Estadão quer acabar com ideologias por decreto


FHC queixou-se que, quando no Planalto, convidou e recebeu Lula e que nunca foi chamado a vê-lo quando presidente e nem convidado para um almoço com outro chefe de Estado. "Talvez ele julgasse que não era necessário...", disse FHC aos jornais. Era?
Nesta página ouviram, também, o professor da Universidade John Hopkins, de Washington, Riordan Roett, para quem "o estilo Lula foi um momento, e já passou". O professor diz que diplomacia com "tintas ideológicas" é coisa do passado.

OK, criticar a ausência do ex-presidente Lula no almoço é parte da missão a que se impôs a imprensa em sua estratégia de separar, estabelecer dissenções inexistentes entre ele e sua sucessora. Mas, francamente, essa de política externa sem ideologia é demais! Haja pobreza ideológica! É o velho Estadão de sempre, querendo acabar por decreto com as ideologias!

Obama parte e fica sentimento de frustração

Nada dos milionários acordos comerciais esperados...
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Obama e Michelle
Encerrou-se há poucas horas, quando ele partiu do Rio para o Chile e El Salvador, a visita de dois dias ao Brasil (sábado e domingo) do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Quem, correta e legitimamente, investiu muito e criou grande expectativa de milionários e fenomenais acordos comerciais entre os dois países frustrou-se.

Da viagem - e como eu já escrevi aqui no sábado -  o que sobrou foram só o show dos rigores da segurança em todos os lugares e o tempo todo, e a simpatia pessoal do presidente e de sua mulher, Michelle, o que registremos, não leva a nada.

Foram assinados 10 acordos entre os dois países, nenhum de peso, que tenha se sobressaído, merecido título à parte e com destaque em reportagem ou ser esmiuçado pela mídia.  O presidente Obama tergiversou o tempo todo.

"Apreço não é apoio e parceiro não é aliado"


Apesar do seu brilhantismo oratório, pautou toda a viagem por aquele script velho, roto, já cumprido por antecessores seus em visitas anteriores, com o reconhecimento de que o Brasil era o país do futuro, mas o futuro já chegou, e sobre a genialidade da arquitetura de Brasília.

Para ilustrar o vazio de resultados, fico em um ponto em todo o floreio da oratória do presidente Obama no Brasil - na questão da reivindicação de nosso país a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Obama ficou vários, muitos tons abaixo do apoio explícito que deu em Nova Delhi, por exemplo, ao pleito de inclusão da Índia, também por uma vaga no mesmo Conselho.

Aqui, o presidente dos EUA disse genericamente que é um parceiro, e como tal, tem apreço pela aspiração do Brasil na ONU. Pois bem, como disse em artigo a correspondente da Folha de S.Paulo em Boston (Massachussets-EUA), Luciana Coelho, apreço não é apoio e parceiro não é a mesma coisa que aliado que apoia um pleito.