terça-feira, 30 de agosto de 2011

INSTITUCIONAL - Rui Falcão reafirma unidade do PT em Minas e apoia o lançamento do movimento Minas Sem Censura


O presidente do PT Nacional, Rui Falcão, em visita à Belo Horizonte reafirmou a unidade do PT em torno das eleições do ano que vem.

“Aqui é última capital que eu visito antes do Congresso Nacional do PT no qual vamos discutir a conjuntura nacional e apresentar as propostas do PT para a sociedade no próximo período. E quero dizer que a Direção Nacional quer traçar junto com vocês as prioridades para o estado e o clima é de muito otimismo”, assegurou. Falcão esteve em Minas nesta segunda-feira (29).
Falcão afirmou que o PT estará unido para disputar nas cidades mineiras em 2012. “Queremos manter o que as cidades que governamos; reconquistar as que já tivemos; conquistar cidades estratégicas e ampliar também as bancadas de vereadores e vereadoras”. O deputado também exaltou a popularidade do PT. “A última pesquisa que fizemos apontou 32% de preferência nacional, chegando a 40% no nordeste. E a pesquisa também mostra que os políticos mais honestos segundo os entrevistados são do PT e, além disso, que 79% aprovam o nosso esforço para fazer a reforma política no país”, disse.
O presidente do PTMG, deputado federal Reginaldo Lopes, fez uma avaliação do cenário político com vistas às eleições de 2012 e também de 2014. O dirigente petista destacou que o partido tem hoje 105 prefeituras e que ampla maioria é de primeiro mandato. “O cenário de primeiro mandato é um pouco diferente de quem está no segundo, porque o primeiro pegou a crise financeira mundial que estagnou o crescimento das receitas e só está sendo retomado agora”.
Segundo o deputado, a sigla considera que 200 cidades mineiras que se enquadram nos critérios de prefeitos que podem ser reeleger e onde o partido já governou e quer retomar são prioritárias nas eleições de 2012. De acordo com o parlamentar, o Governo de Minas não é republicano como o Governo Federal. “O Governo Federal fez recomposição de FPM criando o 13º para todas as prefeituras. Já o governador Anastasia fez reposição do ICMS só para a base que o apoiou”
Para o presidente do PTMG é importante que a direção nacional do partido tenha uma compreensão mais clara de quem é o nosso adversário não só no Estado, mas também nacionalmente. “Antes a disputa girava em torno de São Paulo, mas agora que isolaram o José Serra dentro do PSDB escolheram o Aécio Neves para ser líder da oposição”

No fim da tarde Falcão gravou na TV Assembleia para o programa Mundo Político e concedeu entrevista à imprensa na qual pontuou que o PT não fará aliança com PSDB, PPS e DEM em nenhum município. “O PT é um partido plural e constitui um governo republicano. Nós discutiremos alianças com os partidos que compõe a base do governo Dilma e durante o Congresso lançaremos uma tática eleitoral para dialogar amplamente em cada Estado a unidade do PT”.
Estiveram presentes no encontro com Falcão, as prefeitas de Contagem e Betim, Marília Campos e Maria do Carmo Lara, o vice-prefeito de Belo Horizonte Roberto Carvalho, deputados estaduais e federais do PTMG e membros da Executiva Estadual.
Durante a coletiva alguns dirigentes estaduais do PT, PMDB e PCdoB reafirmaram o compromisso de criação de um movimento social referenciado na experiência do Bloco Minas Sem Censura. E o presidente Falcão manifestou o apoio do Diretório Nacional do PT à iniciativa. Perguntado sobre eventuais alianças do PT, nas eleições de 2012, com o PSDB, o presidente foi taxativo: “Estão descartadas alianças com o PSDB, DEM e PPS” nas próximas eleições. Posição esta confirmada por Reginaldo Lopes, presidente estadual da sigla, e Roberto Carvalho, vice prefeito e presidente municipal do PT-BH.
O lançamento, em ato público, do movimento Minas Sem Censura será em Ouro Preto, em data a ser agendada com o prefeito Ângelo Oswaldo, e contará com a presença dos movimentos sociais e sindicais mais atuantes do estado, que já manifestaram interesse de fortalecer a iniciativa. Além das lideranças dos partidos que já o integram.
Na opinião do líder do PT na Assembleia, deputado Rogério Correia, a evolução do Minas Sem Censura para a condição de “movimento social”, na presença dos presidentes nacional, estadual e municipal de BH, do PT, confirma o acerto das premissas que levaram à criação do bloco Minas Sem Censura.
(Fonte PT-MG)

PMDB teme perda de espaço para o PT nas eleições de 2012


Oito meses de administração Dilma Rousseff depois, o PMDB concluiu que o sonho da Vice-Presidência – um passaporte para ingressar no futuro governo maior do que saíra da Era Lula e disputar de igual para igual com o PT – virou pesadelo. Além de perder espaço no ministério, o partido luta para não ser subjugado por petistas no Congresso e nas urnas de 2012, assombrado com a perspectiva de encolher nas eleições municipais.

Os peemedebistas comandam hoje apenas cinco ministérios, enquanto o PT acumulou mais poder com 17 ministros e pastas de alta relevância política, como Saúde e Comunicações – antes na cota do PMDB.
“Mas não adianta chorar o leite derramado. O partido virou esta página”, conforma-se o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), argumentando que o relacionamento com a presidente Dilma Rousseff tem melhorado.

Líderes do partido sofrem com rebeliões internas

Primeiro foi o PT, que já deu a largada no governo Dilma Rousseff engalfinhando-se em torno da presidência da Câmara. Divergências no PV levaram à desfiliação de Marina Silva. Na semana passada, antes de as rebeliões internas no PR e no PP terminarem, foi a vez do líder Henrique Eduardo Alves (RN) experimentar a revolta da bancada do PMDB. A “faxina” do Planalto nos ministérios criou um ambiente mais propício ao surgimento de “interlocutores paralelos” às lideranças institucionais. Os rebeldes da base querem estabelecer uma linha direta com o governo. No geral, a movimentação deles agrada ao Planalto, mas incomoda os líderes.

Estadão