sexta-feira, 11 de março de 2011

Lula ganha prêmio espanhol por luta contra pobreza e exclusão social

“O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva foi distinto na Espanha com o 3º Prêmio Liberdade Cortes de Cádiz, criado pela prefeitura local dentro de seu programa Cádiz 2012 para a comemoração do Bicentenário da primeira Constituição espanhola.

A decisão foi divulgada nesta sexta-feira após a reunião do júri Prêmio Liberdade, cujos integrantes decidiram, por unanimidade, outorgar a terceira edição deste prêmio a Lula "por sua impetuosa luta contra a pobreza e a exclusão social".

Fontes municipais informaram em uma nota que o prêmio presta homenagem às pessoas ou instituições públicas ou privadas que se tenham caracterizado pelo aprofundamento, difusão e extensão da liberdade no âmbito ibero-americano ou filipino.

O júri reconhece em Lula, além disso, "seu trabalho por estender esse trabalho de paz, justiça e liberdade a toda região ibero-americana", destacando "a liderança exercidas por Lula em todo o continente para impulsionar a mudança em seu país e servir ao mesmo tempo de exemplo a outras nações, demonstrando que o mal da desigualdade tem cura".

A prefeita de Cádiz, Teófila Martínez, já informou sobre a decisão pessoalmente ao ex-presidente, assim como ao Embaixador do Brasil na Espanha.

Segundo as fontes, Lula, que aceita com satisfação o prêmio, o receberá em alguma de suas próximas visitas à Espanha.
A primeira edição do Prêmio Liberdade, em 2009, foi concedida ao então presidente da Colômbia Álvaro Uribe, e a segunda, no ano passado, ao ex-presidente do governo espanhol Adolfo Suárez.”

Charge do Bessinha

Para ser lido antes da chegada de Obama

Artigo detalha relações políticas e comerciais com os EUA...
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Barack Obama
Está no Valor Econômico de hoje, "Brasil, Estados Unidos e a agenda comercial necessária" (para assinantes), um bom artigo sobre as relações Brasília-Washington, que eu gostaria que todos vocês lessem. É uma leitura propícia a ser feita exatos 8 dias antes da chegada (no próximo dia 19) do presidente Barack Obama em sua primeira visita ao Brasil.

O artigo é assinado por Carlos A. Cavalcanti, vice-presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior e diretor do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O autor considera que nossas relações políticas com os Estados Unidos são excelentes: já as comerciais deterioraram-se, sobretudo da perspectiva brasileira.

"O pior déficit do Brasil é com os EUA, embora o quinto melhor superávit dos EUA seja conosco. Em 2010, as exportações americanas atingiram U$ 27 bi - o maior valor registrado na série histórica bilateral. Já as exportações brasileiras, de cerca de US$ 19 bi mantém-se em nível pré-2004", assinala o autor.

Às vezes recomendo, mas enfrento o problema de que os jornais só disponibilizam seus textos para assinantes. Mas os que puderem acessar este, não deixem de ler, porque Carlos A.Cavalcanti dá, inclusive, a agenda, um roteiro para melhorarmos esta deteriorada relação comercial com Tio Sam.

Agora, trabalhador em conselho de empresas

Lupi, Dilma, Gilberto Carvalho e Centrais Sindicais 
Excelente a regulamentação que a presidenta Dilma Rousseff estabeleceu, hoje, da participação dos trabalhadores nos conselhos de administração de empresas públicas, de capital misto e controladas pela União. O leque inclui, dentre outras, a Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil  e Caixa Econômica Federal.

A presidenta assinou a regulamentação no 1º encontro que manteve em seu governo, hoje, com os dirigentes das centrais de trabalhadores (defensoras dessa participação), no Palácio do Planalto. A lei regulamentada foi sancionada no ano passado, pelo então presidente Lula.

A indicação de representantes de trabalhadores nas empresas estatais e mistas é um grande avanço e uma conquista do PT e das centrais sindicais. É a confirmação da posição de todos aqueles que veem as empresas como instituições e não apenas como propriedade de seus acionistas e/ou controladores.

Nós, partido e centrais sindicais, sempre tivemos a visão de que estas empresas têm que prestar contas à sociedade e têm em seus funcionários e trabalhadores, empregados com direitos e não apenas deveres. No encontro de hoje com os sindicalistas, a presidenta Dilma programou abordar, também, a questão da desoneração da folha de pagamento das empresas.

É outro item a que somos totalmente favoráveis, desde que governo-trabalhadores-empresários encontrem na discussão outra fonte ou meios que cubram a receita retirada por essa desoneração. Precisamos, urgentemente, desonerar pelo menos a micro e pequena empresa, as exportadoras e as que, acertadamente, invistam em inovação. Precisamos reduzir a carga tributária desses setores e inverter a lógica de nosso sistema tributário indireto e regressivo.

A grande Nação Pernambuco

 Delúbio Soares (*)
 Quem aposta contra o Brasil sempre perde, mas quem não apostou em Pernambuco, se deu muito mal. Aquela gente alegre, hospitaleira, de sotaque típico e cantado, que deu ao Brasil centenas de poetas, pintores, músicos e escritores do mais alto nível, que nos delicia com uma culinária fabulosa e com uma geografia deslumbrante, tem muito, muito mais que isso. Em 2010, o bravo Estado dos pernambucanos cresceu impressionantes 16% em seu Produto Interno Bruto, o PIB, e atraiu a significativa soma de R$ 46 bilhões em investimentos.
Mas o que é que Pernambuco tem? Sou professor de matemática, mas estudo a história de nosso país e conheço bem a de Pernambuco para responder tal indagação: tem a tradição de não se acovardar quando o Brasil precisa dos pernambucanos, de seu amor à liberdade, de seu talento como empreendedores, de sua capacidade de ver adiante.
Enquanto outros Estados, muito mais ricos, muito mais fortes, muito mais favorecidos nos anos 90 pelos governos neoliberais do tucanato, apresentaram crescimentos pífios, Pernambuco assombra o Brasil e o mundo com indicadores chineses de desenvolvimento. Enquanto no “sul maravilha” alguns governadores faziam oposição estéril e irresponsável ao governo Lula, o governador Eduardo Campos, um administrador competente e político promissor, transformava sua parceria com o presidente da República numa alavanca que recuperou anos de estagnação e decadência na vida econômica e social de Pernambuco.
Não houve privilégios para Pernambuco. Pernambuco é que teve o privilégio de ter competência. Uma geração de administradores jovens e futurosos, como Eduardo Campos, João Paulo, Armando Monteiro Neto, Fernando Bezerra Coelho, Humberto Costa e outros, está fazendo sua parte e dando continuidade ao processo histórico de desenvolvimento econômico com protagonismo político que realçou sempre a presença daquele Estado nordestino ao longo da história brasileira.
Com a mesma bravura e a mesma fúria com que fizeram revoluções, expulsaram colonizadores holandeses e combateram os lusitanos dominadores, se adiantaram ao restante do país em diversas iniciativas econômicas, os pernambucanos estão fazendo do subdesenvolvimento uma página virada, trocando a cantilena do derrotismo pelo ronco dos motores, pela estridência das sirenes que anunciam a mudança dos turnos que ocupam às 24 horas de todos os dias da semana no verdadeiro canteiro de obras em que se transformou o Estado moderno, visionário, sedento de mais investimentos, ávido de mais empresas que ali se instalem e gerem empregos e divisas.
Faz poucos anos e essa terra vivia da audácia de brilhantes empreendedores locais como João Santos, Eduardo Santos, Armando Monteiro Filho, João Carlos Paes Mendonça, Edson Moura, José Pessoa de Queiróz Bisneto, Antônio Queiróz Galvão, Ricardo e Cornélio Brennand e outros poucos de igual valor e competência. Hoje eles ou seus herdeiros e sucessores continuam na vida empresarial, mas também se multiplicaram e são milhares de jovens empreendedores, de empresas internacionais, de fundos de investimentos, dos que elevaram a renda per capita estadual à casa dos quase R$ 10 mil, bem acima da média nordestina de R$ 7,5 mil. Os quase nove milhões de pernambucanos tiveram suas vidas diretamente mudadas para melhor com os investimentos realizados ao longo do governo Lula, com a implantação de estaleiros, refinarias, ferrovia e petroquímica, além de um renascimento daquele que sempre teve fundamenta papel político dentre as unidades da Federação.
Um publicitário olhando qualquer região pernambucana – capital, mata, agreste e sertão – e vendo a terra da promissão em que se transformou o antigo Estado dividido por “coronéis” e chefetes políticos, castigado pela seca e pelo descaso oficial, diria que o Pernambuco de hoje é um “case” de sucesso. E é sim. Mas, é a conjugação de fatores que se congregaram para mostrar ao Brasil que Pernambuco aproveitou oportunidades que São Paulo, por exemplo, perdeu; que Eduardo Campos governou Pernambuco de olho no desenvolvimento do Estado e na realização do progresso, deixando de lado qualquer veleidade pessoal ou projeto que atazanou tanto a vida dos que governaram Estados muito mais ricos e poderosos e amargaram índices ridículos se comparados aos impressionantes 16% da terra dos Guararapes; é a prova do que um governador e um prefeito de capital irmanados podem fazer, como foi o caso de Eduardo com o competentíssimo então prefeito João Paulo, que recuperou o brilho de Recife, uma das mais belas cidades de nosso país; é fruto do esforço de uma equipe de governo jovem, audaciosa, com comprometimento com metas estabelecidas, onde figuras como o então secretário Fernando Bezerra Coelho, por exemplo, cumpriram importante  papel na atração de investidores nacionais e estrangeiros. Eduardo foi o governador de Estado reeleito com a maior votação proporcional do país e a maior da história de Pernambuco. João Paulo foi o deputado federal mais votado em Pernambuco e o mais votado do PT em todo o Brasil. Fernando hoje é o atuante ministro da Integração Nacional da presidenta Dilma Rousseff.
O turismo dá saltos de qualidade, valorizando um dos litorais mais belos do continente, a serra de Gravatá onde - incrivelmente - em pleno sertão nordestino o inverno se apresenta; a feira de Caruarú, cantada pelo inesquecível e genial sanfoneiro Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião", outro orgulho de Pernambuco, é um dos espetáculos de cor, som, alegria e trabalho do povo sertanejo; as festas de São João se revestem de beleza ímpar, que emocionam tanto pela profunda tradição quanto pela manifestação cultural em sí; o "Galo da Madrugada", o maior bloco carnavalesco do mundo, arrastando pelas ruas e becos seculares da líndissima Olinda milhares de foliões a cada carnaval, são um capítulo a parte, no calendário turístico internacional. Pernambuco, de A a Z, não fica nada a dever a nenhuma outra terra. 
Pernambuco é um notável exemplo para o Brasil. Seu crescimento é galopante, mas sustentável. Sua população aprovou uma forma moderna e competente de governar e varreu da cena política os caciques decadentes e improdutivos. Seu governo não tem compromisso com o atraso, apenas com o que pode dar certo. Seu empresariado é empreendedor e soube adaptar-se aos novos tempos, descolando-se da monocultura sucroalcooleira. Novas indústrias se implantam por todo o Estado, novas vocações foram desenvolvidas em todas as regiões, como a fruticultura no Vale do São Francisco, fazendo de Petrolina uma das melhores cidades do país. Os indicadores de desenvolvimento humano se ainda deixam a desejar, são bastante superiores aos de antes e não param de apresentar melhoras.
Essa terra que gerou políticos do porte de Agamenon Magalhães, Miguel Arraes (cearense que adotou Pernambuco com amor e devoção), Pelópidas Silveira, Marcos Freire e Carlos Wilson; que deu-nos gênios como Manuel Bandeira, Cícero Dias, Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Francisco Brennand,  João Câmara e muitos outros, está se recolocando novamente no cenário nacional, com a força de um maracatu, com a alegria de um frevo. E como naquele verso de mestre Ascenso Ferreira, Pernambuco embarca num trem e “vai danado prá Catende”. Mas não é prá Catende. É para um futuro para lá de glorioso.
(*) Delúbio Soares é professor

Lula vai receber prêmio de Gorbachev ao lado de Bono e Spielberg

Homenagem será entregue a ex-presidente no dia 30 em Londres
Foto de: Ricardo Stuckert/Presidência/19.02.2006
Lula e Bono já se encontraram outras vezes, como em 2006, quando o vocalista do U2 visitou o Brasil e se reuniu com o ex-presidente em Brasília
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está entre os homenageados da primeira edição do Prêmio Mikhail Gorbachev, oferecido pela Fundação Gorbachev pelo 80º aniversário do ex-líder soviético, comemorado no dia 2 de março.  O vocalista da banda U2, Bono Vox, e o cineasta americano Steven Spielberg também serão homenageados. Lula, que deixou o cargo em janeiro passado, receberá o prêmio em uma das três categorias do prêmio.
Na categoria Perestroika (Reconstrução), "pela contribuição ao desenvolvimento da civilização global", receberão o prêmio Lula; o cientista britânico Tim Berners-Lee, considerado o precursor da internet; e o empresário americano Martin Cooper, criador do telefone celular.
Lula, considerado o homem mais influente do mundo pela revista Time em 2010, foi eleito por "mudar o mundo no início do século XXI ao dirigir o renascimento de seu país".
Bono, Spielberg e o fundador do canal de notícias CNN, o americano Ted Turner, são os três vencedores na categoria Glasnost (Transparência),  "pela contribuição ao desenvolvimento da cultura em um mundo aberto".
Finalmente, o cientista e empresário americano de origem russa Sergey Brin, um dos fundadores da gigante Google; o filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas; e o engenheiro queniano Evans Wadongo, criador de lâmpadas solares para os pobres, obtêm o prêmio na categoria Uskorenie (Aceleração) "pela contribuição ao desenvolvimento da ciência e tecnologia modernas".
Gorbachev, que anunciou os nomes durante uma cerimônia na residência do embaixador britânico em Moscou, explicou que a entrega dos prêmios será realizada no dia 30 de março, no Royal Albert Hall, em Londres.

Dilma Rousseff recebe centrais sindicais nessa sexta-feira

A presidenta Dilma Rousseff se aproxima cada vez mais dos trabalhadores, tanto que recebe nesta sexta-feira (11) os representantes das centrais sindicais. Na pauta dos sindicalistas, temas como redução da jornada, convenção da OIT e o trabalho no setor público deverão ser abordados.
A portaria do Ministério do Planejamento que obriga as empresas estatais a nomear um representante dos funcionários para seus conselhos de administração será assinada nesta sexta-feira, pela ministra Míriam Belchior, em cerimônia no Palácio do Planalto. O evento terá a presença da presidenta Dilma Rousseff e de representantes das centrais sindicais, que se reúnem após a assinatura do decreto para debater pautas relativas aos trabalhadores.
O presidente interino da CUT, José Lopez Feijóo, disse ao Portal do PT, que essa é uma antiga reinvindicação da categoria, que se arrasta desde a década de 90. “Isso democratiza. Porque os trabalhadores passam a contar com um representante seu nos conselhos das empresas. Portanto, isso significa a possibilidade concreta de quando as empresas planejam a sua vida levar em consideração as demandas de trabalhadores e trabalhadoras”, justifica Feijóo.
Com o decreto, todas as empresas estatais, públicas e de economia mista ligadas à União, com mais de 200 empregados, terão de se adequar à lei. Empresas ligadas a governos estaduais e municipais não são atingidas pela norma.
Na avaliação de Feijóo a assinatura da portaria é uma vitória. Mas a expectativa da CUT é acertar temas pendentes, e estabelecer diálogo permanente com o governo federal, para que assuntos de interesses dos trabalhadores sejam discutidos com antecedência para chegar a acordos. “Há aqui pontos que precisamos dialogar a respeito. Um processo, um canal de diálogo permanente é fundamental pra que a gente possa expressar os diálogos e a continuidade desta pauta”.
Para Feijóo alguns temas são prioritários e devem ser discutidos na reunião como a redução da jornada de trabalho, a Convenção 185 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissão imotivada e a que estabelece o direito de negociação de trabalhadores do setor público. “Nós temos uma pauta relativamente extensa que certamente não será resolvida nesta reunião, mas que apontará digamos assim, aquilo que será o centro do debate para a CUT”. (Julita Kissa – Portal do PT)