quarta-feira, 23 de março de 2011

Fidel critica Obama por não apoiar Brasil no Conselho de Segurança

O líder cubano Fidel Castro considerou inoportuna uma guerra na Líbia e criticou a viagem do presidente Barack Obama pela América Latina, segundo artigo publicado nesta segunda-feira (21) pela imprensa oficial. Ele criticou o fato de Obama não ter se comprometido a apoiar a aspiração do Brasil em ter uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

"Depois de um suntuoso banquete, os líderes da Otan ordernaram o ataque contra a Líbia. Uma guerra que é algo mais inoportuno que poderia ocorrer neste momento", escreveu Fidel, ao referir-se à operação "Odisseia da Alvorada" lançada pela coalizão internacional.

Em um comunicado da chancelaria difundido na noite de domingo, Cuba expressou sua "mais enérgica condenação à intervenção estrangeira" na Líbia e pediu que o conflito seja resolvido através do "diálogo e da negociação".

Por outra parte, o ex-presidente cubano afirmou que a viagem de Obama pelo Brasil, Chile e El Salvador passou para um segundo plano. Além disso, no domingo diz que ficaram evidenciadas as "contradições" com o governo de Dilma Rousseff.

"Obama quis congraçar-se com o gigante sul-americano elogiando sua economia, mas não se comprometeu no mínimo em apoiar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU", enfatizou.

Fidel também comentou que Obama chegará ao Chile em meio a manifestações de rejeição ao acordo de cooperação em energia nuclear fassinado na sexta-feira entre Santiago e Washington, e alertou que, depois do que aconteceu no Japão, crescerá no mundo a resistência às centrais nucleares.

O líder comunista criticou a "aliança igualitária" proposta por Obama na América Latina, ao assinalar que ela recorda a "Aliança para o Progresso", lançada por John Kennedy e que "precedeu a expedição mercenária da Praia Girón" de 1961, invasão anticastrista organizada pela CIA.


Do G1/MaisPB

Civis e direitos humanos: "defesa" só na Líbia

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Tropas no Bahrein



 
Enquanto a Europa descobre o tamanho da enrascada em que se meteu , prossegue a ocupação militar do Bahrein pelas forças armadas da Arábia Saudita e do Qatar, com inteiro respaldo e apoio dos EUA.

Mas, esta invasão e a violenta repressão às manifestações de protesto e rebeliões no Iêmen e na Síria não encontram, nem na mídia nem nos governos ocidentais, o mesmo repúdio e apoio que a oposição teve na Líbia.

As oposições no Marrocos e na Argélia continuam lutando sozinhas e a repressão só aumenta com dezenas de mortos em todos esses países. A pergunta que mais ouvi aqui na Europa é: e agora? Mas, ninguém tem a resposta.

Sensação é de embarque em aventura militarista


Fica a sensação de que uma nova aventura militarista e geopolítica norte-americana foi iniciada sob o manto humanitário da defesa da população civil e dos direitos humanos, sem que as consequências tenham sido devidamente avaliadas.

E fica claro que os invasores só têm essa "preocupação" em relação à Líbia, governada por um inimigo dos EUA. Nenhuma potência preocupa-se em proteger as populações civis e os direitos humanos nos outros países conflagrados.

Na Líbia (e nos outros países árabes e do Oriente Médio) cada governo e país atuou segundo seus interesses - os dos EUA, derrubar o presidente Muamar Kaddhafi, empecilho a que eles assumam o controle do petróleo líbio.

Alguns destes países, inclusive, há anos vinham mantendo relações especiais com Kaddhafi. Nem vamos longe: são os casos da França, do presidente Nicolas Sarkozy; da Itália, do premiê Sílvio Berlusconi; e do próprio governo norte-americano, cuja secretária de Estado, Hillary Clinton, há não mais que dois anos declarava que Washington queria estreitar relações com o regime líbio.

Blog do Zé

Europa fecha com os EUA na Líbia e mete-se numa enrascada


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símbolo da ONU
A Europa mais uma vez acompanhou a diplomacia norte-americana e deu aval para a decisão do Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU), que autorizou na 6ª feira pp. uma intervenção na guerra civil na Líbia.

O eufemismo "zona de exclusão aérea" não durou nem 12 horas. Na prática, o que assistimos a partir do sábado foi uma intervenção pura e simples dos Estados Unidos e de várias outras potências (França, Inglaterra, Itália, Canadá) no país.

Tanto é assim que, iniciada a ofensiva, agora sob o pretexto de fazer o governo Muamar Kaddhafi respeitar a intervenção adotada sob o pomposo nome de "zona de exclusão aérea", a Liga Árabe foi a 1ª a botar a boca no mundo e a protestar que o ataque à Líbia difere do que foi acordado e aprovado na ONU.

Países eram ingênuos, não sabiam o que os EUA queriam?


O texto, lembrou a Liga, diz que o objetivo da zona de exclusão aérea era proteger a população civil, e não bombardear mais objetivos civis. Mais do que isso, com exceção do Qatar, nenhum país árabe quer apoiar a aventura norte-americana e anglo-francesa.

Além da Liga, outros países do bloco chamado de "aliado" se rebelam contra a distorção do que foi aprovado no CS-ONU. Até parece que alguns deles eram ingênuos e não sabiam o que os EUA e as outras potências parceiras pretendiam...

Já que os EUA, pela voz de seu presidente, Barack Obama, apressa-se em querer passar o comando das operações para outra potência ou instituição, a Turquia, inclusive, impediu com seu veto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumisse a coordenação dos ataques. Ela insiste em negociar diretamente com Kaddhafi (leiam o post "Civis e Direitos Humanos: defesa só na Líbia").

O lamentável episódio Jirau-Santo Antônio

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Trabalhadores da Usina Santo Antônio
A rebelião dos 20 mil trabalhadores na construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, é gravíssima e merece todo apoio e atenção do governo federal. O empreendimento está sendo tocado por um consórcio liderado pela construtora Camargo Corrêa e encontra-se paralisado deste a semana passada, após o levante contra as péssimas condições de trabalho a que estavam submetidos esses trabalhadores.

O problema começou semana passada, quando 8 mil trabalhadores rebelaram-se e incendiaram 60 ônibus e os alojamentos em Jirau (RO). A construtora afirmou que se tratava de um problema de salários que seria resolvido. Não foi. Chamada, a Polícia Militar não conseguiu conter o movimento e uma solução parcial foi levar milhares de trabalhadores para Porto Velho, para novos alojamentos da empreiteira, que também não agradaram os barragistas.

Os protestos continuaram em Jirau (e em Porto Velho) e alastraram-se até o canteiro de obras da Usina Santo Antônio. O resultado foi uma rebelião de dimensões gigantescas: cerca de 20 mil operários estão paralisados e as duas obras também. Muito além do que lamentar pela paralisação das obras tão importantes para o país, temos que agir contra essa realidade inadimissível que se coloca relativa às condições de trabalho a que estavam submetidos estes trabalhadores.

Superexploração, falta de segurança e ameaças

Segundo nota do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), havia "informações de que os mais de 15 mil operários da obra estavam em situação de superexploração, com salários extremamente baixos, longas jornadas e péssimas condições de trabalho". O MAB também alerta para ausência de atendimento adequado de saúde, a péssima qualidade no transporte, além da "falta de segurança e que mais de 4.500 operários estão ameaçados de demissão".

Felizmente, o Ministério Público do Trabalho obteve liminar na Justiça para forçar o consórcio a atender uma série de reivindicações dos trabalhadores. O fato é que os recentes acontecimentos em Jirau alastraram-se às obras da usina de Santo Antônio também paralisada. O episódio revela que neste setor de construção de obras de infraestrutura e, em particular de barragens, o que vemos são relações trabalhistas dos tempos feudais. Absurdas no Brasil de hoje.

Uma saída que vejo é a formação de uma mesa tripartite governo-empreiteiras-trabalhadores, a exemplo da que foi montada contra o trabalho escravo na agroindústria, e que se firme também no setor de construção de infraestrutura, um pacto que impeça essas condições de trabalhos desumanas. O que não podemos é tolerar episódios como este.

Foto: site MAB 

Blog do Zé

A torcida contra a Petrobrás

Radialistas americanos protestam contra prospecção no Golfo... Nelson de Sá não tem nenhuma culpa, mas é no mínimo engraçada a nota em que ele, em sua coluna Toda Mídia, na Folha de S.Paulo, ontem, registra a bronca que deram no governo de Washington e a campanha que dois radialistas norte-americanos, Rush Limbaugh e Glenn Beck, movem contra a autorização dada a Petrobras para fazer prospecção "no nosso Golfo" - o Golfo do México.

O jornalista brasileiro conta que os radialistas questionam se a permissão seria legal e insinuam que ela teria sido dada, porque a Petrobras tem entre seus acionistas o megaespeculador George Soros, financiador de campanhas do Partido Democrata do presidente Barack Obama. Soros tinha. Seu site Media Matters, já respondeu garantindo que ele se desfez destas ações.

O colunista da Folha também conta que a revista Forbes desenterrou um editorial do The Wall Street Journal, de agosto de 2009, em que o jornalão diz que o governo do presidente Obama financiaria a prospecção da estatal também no mar brasileiro, "mas não nos EUA". Sá lembra que de tempos em tempos a Petrobras volta à mira.

Não se conformam nem aceitam sucesso da estatal


É pura verdade. Muitos setores não se conformam e não aceitam o sucesso da Petrobras. Muito menos reconhecem o lugar proeminente do Brasil no mundo, "como grande potência econômica e financeira", como disse o presidente Barack Obama no último sábado.

Obama, aliás, reforçou que o "petróleo e as energias renováveis serão o motor de uma nova e próspera relação econômica entre as duas nações". Todos disseram que era este o principal motivo de sua visita ao nosso país.

A essas declarações somam-se esta aprovação do governo americano à Petrobras para tocar este projeto de prospecção e produção de petróleo e gás nos campos de Cascade e Chinook, na parte norte-americana do Golfo do México.

Reconhecimento da tecnologia brasileira


Idiossincrasias, broncas e campanhas norte-americanas à parte, esta é a nossa Petrobras. A mesma que, também a mídia brasileira insiste em denegrir e minimizar as conquistas.

Nada a ver com Soros, viu radialistas americanos! Chegar aos campos norte-americanos, segundo o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, significa levar "pela primeira vez o sistema de produção de FPSO ao Golfo do México". E causar mais irritação à turma do contra.

Vejam que conseguimos todas as autorizações para o início próximo dessa produção. E mais -  e ainda nas palavras de Gabrielli publicadas no blog Fatos e Dados da Petrobras -  “seremos um grande produtor de petróleo e nossas descobertas serão as principais fontes adicionais da produção mundial nos próximos 10 anos.”  Queiram ou não os inimigos da Petrobrás...

Portanto, agora é hora de arregaçar as mangas e trabalhar. Como bem diz Gabrielli "o desenvolvimento das descobertas do pré-sal exigirá volume robusto de investimentos e mobilização da cadeia de fornecedores no Brasil, nos Estados Unidos e em diversos países no mundo".

Blog do Zé

Oposição nega e Lula ganha aprovação externa

Ex-presidente vai receber dois títulos na Europa no fim do mês...
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Lula
Enquanto a oposição passou os 8 anos de governo Lula - e continua nos últimos três meses, após ele transmitir o cargo - negando reconhecimento aos méritos do ex-presidente como governante, eles são reconhecidos pela comunidade internacional que continua a atribuir vários prêmios ao ex-chefe do Estado e do governo brasileiro.

E, vejam, o reconhecimento vem exatamente pela prioridade ao social com que o ex-presidente se desempenhou à frente do governo. Nos próximos dias 29 e 30, ele recebe duas comendas em Portugal, o Prêmio Norte-Sul, do Conselho da Europa; e o título de Doutor Honoris Causa da secular Universidade de Coimbra.

O prêmio Norte-Sul é concedido ao ex-presidente num reconhecimento internacional, mais do que justo, por sua incansável luta pela promoção do desenvolvimento econômico e a igualdade social durante os oito anos de seu governo (2003-2010).

Prêmio foi atribuído a Gorbachev no ano passado


O título da Universidade de Coimbra vem, também, em um justo reconhecimento à sua atenção dada aos "aos grandes problemas do mundo", além do seu trabalho no governo pela preservação da amizade entre Portugal e Brasil.

As duas cerimônias serão em Portugal. O Prêmio Norte-Sul, concedido anualmente, foi atribuído em 2010 ao ex-dirigente soviético Mikhail Gorbachev e à militante política, Rola Dashti, do Kuwait. Este ano ele será, de novo, conferido duplamente - a Lula e à ativista pelos direitos humanos no Canadá, Louise Arbour.

Como vocês podem ver e, apesar de toda a resistência e tentativas da oposição e da mídia de minimizarem o significado dos últimos oito anos no país sob a liderança do ex-presidente Lula, seu papel desempenhado aqui, de forma inegável, é reconhecido internacionalmente.


Blog do Zé

Charge do Sinfrônio

Altamiro Borges: a força e os limites da blogosfera

Em sua visita ao Brasil, o presidente do EUA, Barack Obama, havia programado um megaevento na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, palco de históricos protestos em defesa da democracia e a soberania nacional. Na última hora, o show de pirotecnia foi cancelado. Segundo a própria mídia hegemônica, a razão foi que o serviço de inteligência do império, a famigerada CIA, alertou a diplomacia ianque sobre os "protestos convocados pelas redes sociais". Obama ficou com medo!


Altamiro Borges, Vermelho

Este episódio, uma vitória dos internautas progressistas do Brasil, comprova a força da internet. Num meio ainda não totalmente controlado pelas corporações capitalistas é possível desencadear ações contra-hegemônicas e quebrar o “pensamento único” emburrecedor da velha mídia. Desde Seattle, quando manifestações contra a rapina imperial foram convocadas basicamente pela internet, este fenômeno chama a atenção dos atores sociais. De lá para cá, o acesso à rede só se ampliou – no mundo e no Brasil.

Uma arma poderosa

Nas recentes convulsões populares no mundo árabe, que derrubaram os ditadores da Tunísia e do Egito – sempre tratados como “amigos do Ocidente” pela mídia tradicional – a internet foi uma arma poderosa. Ela não produziu as “revoluções”, mas ajudou a detoná-las. Agora mesmo, na Líbia, há uma guerra de informações da globosfera, acompanhada da real e sangrenta guerra dos mísseis. A internet faz parte hoje da guerra, virtual e real, que se trava nas sociedades. Não dá para desconhecer esta nova realidade.

Os meios tradicionais de comunicação, hegemonizados por poucas corporações – no máximo 40, segundo recentes estudos sobre a crescente monopolização da mídia mundial –, não detêm mais o monopólio da informação. Os avanços tecnológicos abriram brechas, mesmo que temporárias, nesta frente estratégia da luta de idéias. Jornais e revistas da oligarquia estão falindo devido ao maior acesso à internet. Mesmo as redes televisão sofrem com a migração para este novo meio, principalmente da juventude.”
Artigo Completo, ::Aqui::

NogueiraJr.Blogspot.com

Presidente Dilma diz que reforma na ONU só será completa com a presença brasileira e a de países como a Índia

Flávio Freire, Extra

“Um dia depois de o presidente americano, Barack Obama,ter deixado o país após uma visita em que disse ter “apreço” pela campanha para o Brasil ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, a presidente Dilma Rousseff disse nestat terça-feira que não considera “concebível” o país ficar sem a vaga. Para Dilma, o aceno de Obama é um reconhecimento de que o Brasil “tem um papel a cumprir nessa área”.

- Não existirá um conselho da ONU reformado sem alguns países importantes, como a Índia e o Brasil, que são países continentais, com enorme população. Hoje somos a sétima economia, daqui a pouco seremos a quinta, a quarta. Não é concebível uma ONU reformada sem o Brasil - disse, em Manaus, após lançar um programa de prevenção e combate ao câncer de colo do útero e de mama.

Ainda sobre a visita de Obama, Dilma lembrou de dois acordos firmados, um na área científica e outro na educacional. Dilma reafirmou que são duas nações que têm de ser tratadas em igualdade de condições. Ela destacou um projeto para construção de um satélite do clima, que monitoraria a Amazônia.

- O Obama levantou a possibilidade de nós mandarmos estudantes para lá, e eles mandarem para cá. O presidente falou em abrir cem mil vagas para os estudantes brasileiros nos Estados Unidos - afirmou.”

NogueiraJr.Blogspot.com

O que Dilma ganhou com a visita de Obama

A visita do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil foi marcada mais pelo populismo e pela tentativa de alavancar negócios das empresas estadunidenses.

A viagem ao Brasil, ainda no começo do mandato de Dilma, não é eficiente antes de amadurecer acordos, mas tem algumas explicações, inclusive de olho no calendário eleitoral dos EUA, mas a maior razão da pressa de Obama parece ser a visita que a presidenta fará à China no mês que vem, onde encontrará, além dos governantes chineses, também articulará com a Rússia e a India, no encontro dos BRIC's.

Dilma abriu suas viagens internacionais com Argentina, vai à Portugal acompanhar o presidente Lula receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra, e segue para a China, onde terá reuniões bilaterais sino-brasileiras e multilaterias com os BRIC's. Os EUA estavam ficando para depois, e devem ter resolvido fazer um gesto buscando maior aproximação, para tentar evitar maior perda de terreno.

Os EUA perderam mercado para a China e para os outros BRIC's no Brasil e na América Latina. Então Obama veio com uma delegação de empresários tentar melhorar esse quadro. Deve ter sofrido pressões internas do empresariado estadunidense para melhorar relações com a América Latina, no momento em que a região não sofreu tanto os efeitos da crise internacional e cresce de forma sustentável.

Mas o que o Brasil ganha com isso? Num primeiro momento, nem Brasil, nem EUA não ganham quase nada, porque nenhum fez concessões ao outro, no sentido de abrir mais seu mercado. Mas na política, as conversas tem uma lógica bem diferente que pode trazer bons resultados para o Brasil em breve.

Quando o Brasil senta-se na mesa de negociação com os EUA, a China é concorrente de ambos. Ela tira vendas do Brasil para os EUA, e tira vendas dos EUA ao Brasil, devido ao câmbio subvalorizado, à falta de direitos trabalhistas que Brasil e EUA tem, com o consequente baixo custo da mão-de-obra, a pirataria, e a resistência a reduzir a poluição para não encarecer a produção. Nestes aspectos os interesses do Brasil e dos EUA são comuns contra a China, podem agir em conjunto contra as eventuais más práticas comerciais da China, naquilo que atinge os dois países.

Quando o Brasil senta-se na mesa de negociação com a China, os EUA é concorrente de ambos. Quando força a desvalorização do dólar, prejudica os dois países. Quando resiste a abrir mercado para alguns produtos, também. Quando resiste a assumir compromissos de reduzir a poluição também influi na competitividade dos países que gastam mais para ter energia limpa. Também podem agir em conjunto contra os EUA naquilo que prejudica ambos.

Sabendo fazer esse jogo, na hora certa, com as peculiaridades de cada um dos dois lados, com a competência que o presidente Lula soube fazer em seus 8 anos de governo, o Brasil só terá a ganhar.

Os Amigos do Presidente Lula

Dilma anuncia prorrogação da Zona Franca de Manaus por 50 anos. Serra já quis acabar com ela.


A presidenta Dilma Rousseff visitou Manaus, na terça-feira para anunciar o Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama.

Ela aproveitou a passagem na cidade para anunciar a prorrogação da Zona Franca de Manaus por 50 anos, e estudos para estender a outras cidades da região norte. O incentivo à indústrias não poluentes, como de tecnologia, dá uma atividade econômica sólida ao estado que funciona para desestimular atividades que desmatariam a floresta.

No passado recente, antes da batata assar nas eleições presidenciais, José Serra e outros demo-tucanos paulistas foram implacáveis opositores à Zona Franca de Manaus, cogitando até mesmo a extinção, numa estranha política conservadora e retrógrada de concentração de renda e dos meios de produção apenas em São Paulo.


Os Amigos do Prasidente Lula