quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Circo pegando fogo: promotor de Tiririca pode perder mandato
A Corregedoria do Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar se o comportamento do promotor Maurício Antonio Lopes, ao conduzir o processo contra o deputado eleito Tiririca (PR-SP), tem sido adequado.
Quem entrou com representação foi o Conselho Nacional do Ministério Público 9 (CNMP), órgão de controle externo das atividades do MP.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o conselheiro do CNMP, Bruno Dantas, disse que “o promotor realizou manifestações públicas inadequadas, exageradas e preconceituosas” contra o humorista.
Para Dantas, o promotor Lopes “optou pela desmoralização pública do candidato eleito, em vez de pautar sua atuação na técnica processual, como faz a maioria dos membros do Ministério Público que não depende dos holofotes”.
A representação se fundamentou em entrevistas do promotor nas quais ele classifica o caso como “questão de honra” e disse que a eleição de Tiririca foi um “estelionato eleitoral”.
Agora quem pode perder o “mandato” é o promotor e não o comediante-deputado. O povo tem o direito de eleger quem bem entender. E o promotor sabe disso. Mas também sabe que nossa mídia elitista acha o máximo perseguir pessoas que não representam seus interesses e nem fazem parte da sua patota. Por isso ele fica criando factóides diários contra o Tiririca. Quer aproveitar o caso do palhaço para tentar ganhar fama no circo.
A ação da corregedoria vem em boa hora. E melhor seria se resultasse numa punição exemplar. Perda de mandato nesse caso talvez fosse um exagero, mas a exigência de um pedido de desculpas público para que possa seguir a vida atuando como promotor, cairia muito bem.
Era Lula cria mais empregos que governos FHC, Itamar, Collor e Sarney juntos
Há oito anos, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para seu primeiro mandato, as pesquisas de opinião mostraram que o desemprego e a fome eram as maiores preocupações dos brasileiros. Chegando ao fim do governo mais popular da história recente, um novo levantamento, feito em setembro pelo instituto Datafolha, mostrou que os dois maiores tormentos agora são a saúde e a segurança.
Sinal dos tempos, a campanha presidencial de 2010 quase deixou o tema emprego passar em branco. Enquanto o Lula candidato prometia a geração de 10 milhões de vagas formais, a presidente eleita, Dilma Rousseff, fez questão de não fixar qualquer meta. Segundo o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, que participou do programa de governo de Dilma na área, a ausência foi proposital.
- Ela não precisou e nem precisa prometer porque já está fazendo. O governo da Dilma é o da continuidade.
De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que registra todas as contratações e demissões de empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pelo regime estatutário, dos servidores públicos, além dos trabalhadores temporários e avulsos, a expansão durante o governo Lula é incontestável. De 2003 até setembro de 2010 foram criados 14.725.039 empregos. Isso dá a Lula uma média de 1,8 milhão de postos de trabalho por cada ano de seu governo.
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Os 14,7 milhões de empregos gerados nos oito anos do governo Lula até setembro deste ano, portanto, superam a soma dos empregos gerados nos governos FHC, Itamar, e Sarney, que juntos são 10,4 milhões em 15 anos. Isso sem contar com o fechamento de 2,2 milhões de vagas durante os três anos do governo Collor, o que daria um saldo de 8,2 milhões de empregos em 18 anos.
Propostas de Dilma
Em seu programa de governo, a presidente eleita afirma que vai trabalhar a questão do emprego em três frentes. A primeira, calcada na continuidade da geração, vem do seu próprio perfil de quem vê o Estado como grande indutor do crescimento econômico. Para isso, como argumenta Lupi, vai investir ainda mais em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do programa Minha Casa, Minha Vida, e, principalmente, em projetos da Petrobras estimados em R$ 250 bilhões até 2014 – outros R$ 462 bilhões estão previstos pós-2014.
- As ações estatais são a locomotiva do crescimento econômico e da geração de emprego. Há projetos gigantescos envolvendo o Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] que vão demandar investimentos em hotelaria, restaurantes e outros serviços. Isso tudo é emprego que não acaba mais.
A segunda frente de Dilma é a ampliação de cursos técnicos para todos os municípios com mais de 50 mil habitantes. Nesse ponto, os números estão a seu favor. Desde 2003, foram abertas 214 novas escolas profissionalizantes, com a oferta de 500 mil matrículas. Ainda nessa frente, há o programa Próximo Passo, que pretende qualificar, entre os beneficiários do Bolsa Família, 145 mil trabalhadores na área da construção civil e 25 mil na área de turismo e hotelaria.
O terceiro nicho de geração de empregos talvez seja o mais importante. De acordo com projeção do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os pequenos empresários serão responsáveis por quase 80% de todas as vagas criadas em 2010. Dilma afirma, em seu programa de governo, que fará políticas especiais tributárias, de crédito, qualificação profissional e suporte tecnológico para ampliar o setor.
Para o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, tudo leva a crer que o caminho seja realmente esse. Apostar em milagres, como já foi comprovado pela história recente brasileira, não é saudável.
- Muito já foi feito no sentido de criar falsos processos de geração sustentável de emprego. Investir nas micro e pequenas empresas e, ao mesmo tempo, estimular o restante da economia por meio de ações estatais é uma saída viável. Mas não há melhor indicativo de sustentabilidade do que 28 milhões de brasileiros saindo da pobreza e tendo apoio do Estado para buscar um emprego digno.
Portal R7 - Brasilia
Coreia do Sul e Brasil negociam contrato de compra de navios de guerra
A Coreia do Sul planeja enviar um representante especial do governo ao Brasil para ajudar uma empresa do país nas negociações de um importante contrato de venda de navios de guerra à Brasília.
A empresa Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering anunciou que enviou uma proposta preliminar ao Brasil, que estuda a compra de 11 navios de guerra, incluindo destróieres, através de um projeto de governo a governo. Uma fonte da empresa afirma que mantém "conversações com altos funcionários do governo sobre o contrato no Brasil".
A Daewoo revelou ainda que espera a concorrência para o contrato de empresas da Itália, França e de outros países europeus. A estimativa é que o contrato alcance mais de R$ 6 bilhões (cerca de US$ 3,5 bilhões) .
Portal R7