quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A democracia para os DEMos.

Para os DEMos, democracia é isso ai, pagar excelentes salários, mas esse excelente não se aplica a população como um todo, nós somos testemunhas do desespero deles com a solidez da economia brasileira na era Lula/PT, nós temos memória, no tempo que governavam este país, em consorcio com os tucanos, o salário mínimo era de aproximadamente $ 64. Só que em Parari, o menor município da Paraíba, localizado no Cariri, onde o bioma é de caatinga, uma das regiões mais secas, 128 km², 1516 eleitores para 1245 habitantes (fonte IBGE), nada da presença de ações por parte da administração municipal, salvo os salários da prefeita, R$ 12.000,00 por mês.

Solange Aires (Calote) Caluete DEM/PB, foi eleita em 2008 com maioria esmagadora, 83% dos votos validos calcados na promessa de moralizar a administração publica, de acabar com a corrupção, gerar empregos, investimentos em saúde e educação, só que a prefeita parariense, eleita pelos DEMOS, não disse quando isso ocorreria e nem tão pouco deve ter dito se seria em Parari. Essa é a democracia praticada pelos DEMOS, melhor salário? Para os meus. Saúde? A minha. Educação? Para que! Empregos? Só para minha família e apaniguados.

Será que é essa imoralidade que nós queremos aqui novamente no estado da Paraíba? É desse tipo de democracia que FHC fala quando diz que o Brasil precisa mudar?

Naza¹³

A marolinha, um ano depois

RICARDO BERZOINI
Os adversários se animaram. Pensavam que o governo Lula havia obtido sucesso por não ter enfrentado nenhuma crise internacional
HÁ UM ano, o mundo era sacudido pelo estouro da bolha imobiliária norte-americana.
Uma crise financeira e econômica se espalhou pelo planeta, travando o crédito e o comércio mundial. Depois da quebra do banco Lehman Brothers, US$ 25 trilhões em riquezas viraram pó em todo o mundo.
Os governos, com seus trilionários pacotes para evitar a falência do sistema, sepultaram a era do Consenso de Washington. Mesmo assim, milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.
Nesse cenário de incertezas, os adversários do governo Lula ficaram animados. Pensavam que o governo havia obtido sucesso até então por não ter enfrentado nenhuma crise internacional, ao contrário de FHC, que sofrera os efeitos de três delas, bem menores. Tripudiaram quando o presidente Lula previu que a crise, para o Brasil, seria uma "marolinha", não um tsunami.
Lula assumiu a atitude de líder, pilotando pessoalmente as medidas de enfrentamento da crise e dirigindo-se à nação como quem vai à luta, não se deixando abater pela turbulência.
Em dezembro passado, no auge da crise, estimulou os brasileiros a continuarem consumindo, dentro de suas possibilidades. Colocou os bancos públicos para compensar a retranca dos bancos privados. Orientou a Petrobras a ampliar os investimentos, quando muitos diziam que o petróleo a US$ 30 inviabilizaria a exploração do pré-sal. Reduziu IPI, IOF e Imposto de Renda dos assalariados.
Lançou, no meio da crise, um poderoso programa de habitação popular, reconhecido pelos empresários e pelos movimentos sociais como a mais importante iniciativa do setor na história do Brasil.
Hoje, diante dos dados de recuperação da economia, é fato que o Brasil superou o impacto principal da crise e retoma a trajetória de crescimento interrompida no ano passado.
O Brasil deve ser um dos poucos países do mundo a fechar 2009 com PIB positivo. O mercado de trabalho aponta números claros: o Caged, cadastro do Ministério do Trabalho que só registra a movimentação de empregos formais, diz: nos 12 meses até junho de 2009, 390 mil empregos formais foram criados. Saldo positivo em plena crise.
Foi com um conjunto de medidas corajosas que conseguimos atravessar a crise em situação melhor do que a de muitos países. Graças ao fortalecimento de instrumentos do Estado, como bancos oficiais e empresas estatais, como a Petrobras, rompendo com a lógica neoliberal que imperou até 2002, o Brasil teve musculatura para enfrentar o furacão gestado no centro do capitalismo.
Ao agir prontamente, com todos os instrumentos públicos disponíveis, o governo pode conduzir o país com segurança no mar revolto da crise.
A cada medida tomada, uma crítica da oposição. A cada sucesso, mudança de mote. Ante as evidências da recuperação, os mesmos setores que vaticinaram a inevitabilidade do caos tentam mudar o enfoque, falando de deterioração fiscal do governo federal.
Querem eclipsar um fato: o governo Lula salvou o país do caos fiscal dos anos 1990 e, justamente pela ação fiscal anticíclica nos últimos 12 meses, nos permitiu fazer frente à crise, gastando bem menos que outros países.
Em seis anos, um conjunto de políticas sociais, tributárias, industriais, creditícias e de comércio exterior foi implementado. Nossas estatais foram fortalecidas. O PAC foi estruturado como indutor de investimentos públicos e privados.
Entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009, o desemprego (Seade-Dieese) foi reduzido de 18,6% para 12,5% (redução de 33%). Foram gerados 7,7 milhões de empregos formais, sem falar nas ocupações da agricultura familiar e da economia familiar urbana e outros tipos de ocupação. Cresceu o emprego formal em relação ao informal. O salário mínimo teve um aumento real de 46% desde 2003, influenciando a pirâmide salarial.
Temos seis anos e nove meses de um governo que, gradual e cuidadosamente, fez e faz a transição para um novo modelo.
Há que reconhecer que falta muito que fazer, até porque a crise mundial não foi totalmente desfeita. É necessário retomar a velocidade de geração de empregos anterior à crise, acelerar os investimentos. Mas a lição que fica é que o deus mercado foi exorcizado, aqui e no exterior. Foi resgatado o papel do Estado como força reguladora e de estímulo à economia.
O neoliberalismo foi soterrado sob os escombros do muro de Wall Street. E o Brasil pode perceber, claramente, as diferenças entre os dois projetos que se sucederam na Presidência da República.

RICARDO BERZOINI , 49, bancário, é deputado federal (PT-SP) e presidente nacional do partido. Foi ministro da Previdência (2003-2004) e do Trabalho (2004-2005).

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O efeito tequila dos tucanos

Se os tucanos estivessem governando o Brasil – seja com a vitória de Serra em 2002 ou de Alckmin em 2006 – os efeitos da crise que o país está superando, seriam tão devastadores como foram os da crise de janeiro de 1999. O Brasil teria elevado a taxa de juros a alturas estratosféricas – em 1999 foi para quase 50% -, os gastos públicos sofreriram novo corte drástico, se assinaria novo acordo com o FMI, com a obrigação dessas medidas, mais privatizações de empresas estatais, etc., etc., como o governo FHC tinha acostumado ao país.

Para não ir mais longe: teríamos o mesmo destino do México. Como os tucanos são adeptos dos Tratados de Livre Comércio – tinham comprometido o Brasil com a Área de Livre Comércio para as Américas, Alca, que o governo Lula enterrou – estaríamos sofrendo as mais duras e diretas consequências da recessão norteamericana. O México, ao assinar o TLC da América do Norte – o Nafta – teve seu comércio com os EUA elevado para mais de 90% do total. Podemos imaginar o tamanho da recessão mexicana. Calcula-se que a economia terá um retrocesso de 7% neste ano, sem perspectivas de recuperação. Não por acaso o governos do México bateu uma vez às portas do FMI, com as consequências que se conhece, pela assinatura de mais uma Carta de Compromisso.

Combinam-se no México vários elementos explosivos de crise: para começar, um presidente neoiberal, Calderón, que procura dar continuidade ao programa de governo Fox, com a agravante de que triunfou por uma margen exígua de votos, com muitos indícios de fraude. Em segundo lugar, a profunda crise econômica, resultado das políticas neoliberais, agravada pela abertura econômica do Tratado de Livre Comércio assinado pelo México, com as consequências da recessão norteamericana. Em segundo lugar, a explosiva expansão do narcotráfico, com a aceleração da violência e da crueldade da ação das gangues e do exército e das polícias, fruto da situação limítrofe com os EUA, o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Em terceiro lugar, a situação difícil dos trabalhadores mexicanos nos EUA, que sofrem mais diretamente os efeitos da crise: diminui a ida de mexicanos, porque os postos de trabalho diminuíram sensivelmente, ao mesmo tempo que diminui enormemente o envio de dólares para as familias mexicanas.

O livre comércio trouxe para o México, inicialmente, a promessa de desenvolvimento econômico, que ficou no entanto restrito à fronteira norte, onde o trabalho de mulheres e crianças nao sindicalizadas atraía capitais pela superploração da mão de obra. Mas mesmo essa “vantagem comparativa” desapareceu, conforme a China, mesmo situada incomparavelmente mais distante, atraiu as empresas, pela maior qualidade da mão de obra, seu preço menor e, especialmente, a capacidade de consumo do mercado chinês.

Hoje o México vive situação que viveria o Brasil, uma brutal ressaca do tequila com que os tucanos teriam embebado o país.

Movimento PT

Menor município da Paraíba paga um dos maiores salários a prefeita do DEM

Localizado no Cariri paraibano, o menor município da Paraíba, Parari, com 128 km² e uma população de 1.245 habitantes, segundo censo 2007 do IBGE, não tem muita renda. Já o número de eleitores ultrapassa o de moradores. São 1516 inscritos no TRE/PB.

Os moradores vivem praticamente dos salários dos servidores públicos, dos aposentados e do comércio. É difícil encontrar algum sortudo que ganhe mais do que um salário mínimo de R$ 465.

Apesar disso, a prefeita de Parari, Solange Aires Caluete (DEM), recebe um dos salários mais altos da região para o tamanho do município. São R$ 12 mil mensalmente.

A título de exemplo, Juazeirinho, com 16 mil habitantes, paga ao prefeito, Bevilacqua Matias (PRB), um salário de R$ 10 mil por mês. Deoclécio Moura (PSB) recebe R$ 12 mil para administrar Taperoá, que tem 15 mil habitantes. Santo André, muito maior do que Parari, paga R$ 7 mil ao prefeito, doutor Lonza (PTB), que abriu mão do salário.

No último domingo (13) pela manhã, Solange esteve na rádio IND FM (107,7) de Serra Branca em companhia do deputado federal, Wellington Roberto (PR) e uma ouvinte ligou perguntando quanto a prefeita ganhava.

A alcaldesa, visivelmente desconfortada, tentou se justificar. “Todo mundo sabe quanto ganho, pois está na Internet o meu salário, que é de R$ 12 mil. porem com os descontos só recebo algo em torno de R$ 9 mil. essas pessoas acham que ganho muito, mas já tirei do meu próprio salário dinheiro para ajudar a população. Se for reparar direito, esse ordenado é pouco, pois trabalho muito pelo povo parariense”, explica a chefe do executivo

Solange foi eleita em outubro 2008 com 82,7% dos votos válidos.

FONTE: WWW.JAMPANEWS.COM