terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Petista vai à PF e pede que Durval Barbosa seja ouvido na CPI da Codeplan

O deputado distrital Paulo Tadeu (PT) reuniu-se hoje (19) com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para pedir que o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, seja ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codeplan, que investiga um suposto esquema de pagamento de propina no governo local.

A convocação de Durval foi aprovada quinta-feira (14) pela CPI instalada na Câmara Legislativa, porém, como o ex-secretário, denunciante do esquema, está no Programa de Proteção à Testemunha, é preciso acertar o depoimento com a Polícia Federal.

De acordo com Paulo Tadeu, autor do requerimento de convocação, ficará a cargo da PF definir a data e o local para o depoimento de Durval – o deputado reconhece que a Câmara Legislativa não oferece segurança suficiente. Os policiais definirão ainda quem poderá acompanhar o depoimento, além dos distritais.

Paulo Tadeu defende que o ex-secretário seja a primeira pessoa ouvida pela comissão e espera que ele revele fatos novos em relação aos já divulgados do inquérito da Operação Caixa de Pandora, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Algumas informações do inquérito permanecem em segredo de Justiça.

“Eu só quero ouvir o Durval. Para mim, é ele o que interessa”, disse o distrital. Na opinião do deputado, Durval não pode se negar a prestar o depoimento, pois a comissão parlamentar tem prerrogativa para convocá-lo. A CPI também já aprovou requerimento para convocar os diretores e sócios das empresas prestadoras de serviços ao governo do Distrito Federal e de onde sairia o dinheiro para abastecer o esquema de pagamento de propina a deputados distritais em troca de apoio ao governador José Roberto Arruda (sem partido).

ABr

Berzoini: "PSDB perde a oportunidade de ficar calado"

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, divulgou nota na noite desta terça-feira (19), onde rebate com veemência as críticas da senadora tucana Mariza Serrano (MS) ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) implementado pelo governo Lula, dando sinais claros de que o PSDB pretende extingui-lo, caso vença as eleições presidenciais de 2010.

Leia a íntegra da nota assinada pelo presidente do PT:

PSDB perde a oportunidade de ficar calado

O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010. O presidente Sergio Guerra, em entrevista à revista Veja, declarou que o PAC não se realizou. Açodado, deu a senha para que, a cada inauguração, possamos desmentir o discurso derrotista da oposição. Disse ainda que vai mudar a política econômica de Lula, que derrotou a herança tucana de descontrole fiscal e cambial que quebrou o Brasil no governo FHC. Guerra não soube dizer o que vai mudar na economia, talvez por reconhecer que o governo Lula traçou um novo caminho para a economia brasileira, aprovado no enfrentamento à crise mundial, na geração de milhões de empregos e na solução dos impasses das dívidas interna e externa no país.

A companheira Dilma registrou hoje a declaração de Guerra sobre o PAC, lembrando que a oposição sempre desdenhou o PAC que apresenta neste ano a maior maturidade em seu desempenho depois de enfrentar os obstáculos de um estado viciado na paralisia dos anos tucanos.

A nota assinada pela Senadora Serrano, no dia de hoje, apenas reflete esse dilema tucano. Quer se opor às legítimas manifestações de nossa pré-candidata, mas escorrega na aprovação do governo que Lula lidera e Dilma coordena, e o povo brasileiro aprova.

Torcemos para que o PSDB se encontre e produza um programa de governo, para que possamos ter um debate de alto nível neste ano eleitoral. O PT e seus aliados temos o que mostrar e propor aos brasileiros. Esperamos que a oposição não se esconda, nem se acovarde de defender a herança de FHC, da privatização, desemprego e paralisia nacional.

Ricardo Berzoini - Presidente Nacional do PT

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