quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PT do Nordeste quer cargos no segundo escalão do governo Dilma

Parlamentares e governadores do PT do Nordeste estiveram reunidos nesta quarta-feira, em Brasília, com o presidente do partido, José Eduardo Dutra. Na pauta, a reivindicação de cargos do segundo escalão em empresas estatais instaladas na região.
Para o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), os petistas da região colaboraram para a eleição de Dilma Rousseff e agora consideram justo receber os cargos. "Como o PT do Nordeste está tendo uma subrepresentação nos ministérios, achamos que tem que ter uma compensação. É justo pelo papel que a região teve no desempenho eleitoral."
Além de Ferro, participaram da reunião os governadores de Sergipe, Marcelo Deda, e da Bahia, Jaques Wagner. O futuro líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), o senador José Pimentel (PT-CE) e o deputado João Paulo (PT-PE) também estiveram no encontro.
Eles levaram para Dutra uma lista com o levantamento dos principais órgãos e empresas estatais localizados na região, nos quais há interesse por cargos. Entre eles, a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), a BR Distribuidora, o Banco do Nordeste, o Denocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), além de secretarias.
"Não há ministérios com porteira fechada. Achamos que podemos dividir as responsabilidades", disse Ferro, referindo-se a órgãos de ministérios entregues a outros partidos.

Agência Brasil

Decisão de Lula no caso Battisti terá que ser cumprida, diz ministro da Justiça

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje (12) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma decisão soberana de governo ao decidir pela não extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti. Por isso, segundo Cardozo, ela terá que ser cumprida.
Apesar da decisão da Câmara dos Deputados da Itália de congelar o acordo militar já aprovado no Senado entre os dois países, Cardozo disse não acreditar que os laços comerciais entre Brasil e Itália venham a ser quebrados em razão do descontentamento do governo italiano com a decisão.
“Temos com a Itália uma relação de país irmão. É um país que tem conosco uma relação de amizade e laços comerciais que creio ser indestrutíveis”, disse o ministro.
Em relação à decisão da Câmara dos Deputados da Itália, Cardozo assinalou que nem sempre posições tomadas pelos governos são encaradas como posturas corretas por outras nações e que não cabe ele fazer qualquer consideração sobre isso.
“O que posso afirmar é que o Brasil teve e tomou uma decisão nos marcos de sua lei e dos seus tratados como um país soberano que é. Como tal, a decisão do presidente Lula encontra amparo na nossa Constituição, nas nossas regras internacionais e que deve ser respeitada”, acrescentou Cardozo. “O presidente Lula tomou uma decisão e ela terá que ser cumprida.”
Em retaliação à decisão de Lula de manter o ex-ativista no país, a Câmara dos Deputados da Itália resolveu reenviar para a comissão que trata do tema o texto do acordo de cooperação militar que o país planeja firmar com o Brasil. Isso, na prática, congela o acordo militar.
O acordo militar prevê a construção de navios e fragatas para o patrulhamento da fronteira brasileira. Para que o tratado possa entrar em vigor, é necessário que o texto seja aprovado pelo parlamento italiano.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália sob a acusação ter cometido quatro assassinatos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Edição: João Carlos Rodrigues

Dilma é capa de revista de celebridades na Bulgária

Laryssa Borges, Portal Terra

“Filha do búlgaro Pétar Russév (aportuguesado para Pedro Rousseff), a presidente Dilma Rousseff estampa a capa da edição atual da versão búlgara da revista de celebridades Hola!, criada na Espanha em 1944. Descrita na reportagem como "ativista contra a ditadura militar", a presidente é retratada com terninho vermelho e a mão erguida - uma das fotos da campanha presidencial - e, ao contrário do hábito de revistas do gênero, não tem sua vida pessoal exposta na matéria.

Em substituição a referências amorosas, a publicação exibe parte da trajetória da chefe do Executivo brasileiro e aponta políticas de recuperação econômica, promessas de reforma da Previdência Social e a redução da pobreza de 29 milhões de pessoas - balanço do programa Bolsa Família no governo Lula - como fatores que a levaram a ocupar a cadeira mais importante do Palácio do Planalto.

A vida de Dilma Rousseff, que será publicada em uma segunda reportagem da Hola! Bulgária a partir desta quinta-feira, é comparada politicamente nesta primeira matéria às eleições de outras presidentes mulheres ao redor do mundo, como Vigdis Finpogadouhtir, na Islândia, e as sul-americanas Michelle Bachelet, no Chile, e Cristina Kirchner, na Argentina.”
Foto: Dilma estampa a capa da edição atual da versão búlgara da revista 'Hola!' / Divulgação

Dilma assina MP destinando R$ 780 milhões para municípios afetados por problemas climáticos

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff assinou agora há pouco medida provisória autorizando a destinação de R$ 780 milhões para socorrer os municípios atingidos por enchentes e estiagem. A medida provisória será publicada amanhã (13) no Diário Oficial da União.

Do total, R$ 700 milhões serão destinados ao Ministério da Integração Nacional para ações da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

A medida provisória também prevê a destinação de R$ 80 milhões para o Ministério dos Transportes aplicar em obras de recuperação de estradas destruídas pelas enchentes.

Alterada para acréscimo de informação. Edição: João Carlos Rodrigues

Petição pede apoio a Wikileaks e "Falha de S.Paulo"

Em defesa da liberdade de expressão e a favor de sites como Wikileaks, Falha de S.Paulo e ao Centro de Mídia Independente (CMI), um manifesto em forma de petição digital está circulando na internet para adesão daqueles que sentem-se simpatizados pela causa ou representados por ela.

A petição é baseada em casos que ganharam repercussão nacional e internacional e que foram alvos de retaliação e censura. Os sites, que de forma semelhante, adotaram a ideia da "circulação livre de informação" - benefício singular da internet - sofreram consequências de instituições com "natureza arcaica e violenta", como descreve o texto da petição.

No caso do Falha de S. Paulo, site que satirizava o jornal Folha de S. Paulo, os autores foram processados, tiveram o site fora do ar e foram alvos, também, de pedido de indenização por "uso indevido da marca", o que para os autores da petição evidencia a arbitrariedade da instituição. "É preciso furar o bloqueio da imprensa brasileira", disse Lino Bochini, um do autores do Falha, em reportagem da Rede Brasil Atual.

O site Wikileaks, representado por seu fundador Julian Assange, sofre retaliações por oferecer o acesso a documentos que expressam o que pensa a diplomacia americana. "O caráter revolucionário da verdade inquieta os que não se beneficiam dela. A liberdade, a transparência e a democracia, então, equilibram-se na corda bamba.", explica o texto da petição.

Nesta terça-feira (11), autoridades da Suécia, país natal de Assange, solicitaram a extradição do jornalista. Para os advogados do fundador do Wikileaks, há riscos reais de que caso ele seja extraditado à Suécia, as autoridades poderiam entregá-lo ilegalmente aos Estados Unidos, e até levado à prisão americana de Guantánamo.

A petição pede que os cidadãos e internautas lutem pelo fim da perseguição e da censura, pela retirada de processos e em apoio à divulgação das informações.

Clique aqui para assinar a petição.

Fonte: Rede Brasil Atual, por Virginia Toledo

O afastamento de Luiz Carlos Prates



Por Michel
Quase dois meses após fazer um comentário preconceituoso (confira no vídeo) no "Jornal do Almoço" da RBS, afiliada da Rede Rede Globo, o colunista Luiz Carlos Prates deixa o grupo após 23 anos de casa para, segundo a reportagem, "seguir com projetos pessoais". Leia mais clicando aqui

Briga o ninho tucano, já tem pena voando pra tudo quanto é lado!

De um lado Cássio Cunha Lima, ex-governador cassado, ficha suja e do outro lado o atual presidente do albergue, do coio dos bicudos da Paraíba, o senador Cícero Lucena, desprestigiado e rifado nas eleições de 2010.
O cassado ex-governador esta de conjuração e armando uma espadela para ficar com a presidência do partido, e caso isso aconteça, Cícero vai de mala e cuia pro PMDB de Zé Maranhão e Iraê Lucena.
Vai ficar uma beleza, traído com traidor, aliado que é adversário traído e que traiu também.
Perfídia, velhacaria e maquiavelismo ainda não são assuntos encerrados nas hostes da velha e surrada jurassica política paraibana.



Unificação do PT no Estado segue recomendação de Dilma

Luciana Rodrigues
 A presidente Dilma Rousseff, em discurso de posse, chamou à conciliação, à unidade, convocando todos a trabalhar pelo projeto de desenvolvimento.
As declarações são do deputado Luiz Couto (PT) durante entrevista na tarde desta quarta-feira (12) ao Programa Correio Debate, da 98 FM, Rede Correio Sat.
Couto disse, ainda, que Rodrigo Soares, presidente do partido no Estado, foi quem o procurou após a posse em Brasília para conversar sobre o partido.
O deputado petista disse que temas importantes como o novo estatuto do partido precisam ser discutidos. "Precisamos aprovar o novo estatuto... A cada momento estamos sendo escora de outros partidos, mas temos que ter nossa posição", disse.
Quanto ao apoio do PT ao governo Ricardo Coutinho, o deputado disse que não foi levantada a questão, mas na opinião dele, o tempo fará com que o partido modifique a sua posição e venha apoiar o atual governo. 

Correio da Paraíba

Para variar, jornais mentiram: não é o MST que aluga lotes

Os telegramas do Wikileaks, a mídia e o MST

Os jornais brasileiros divulgaram na semana passada referências ao MST feitas em telegramas sigilosos enviados nos últimos anos por diplomatas estadunidenses no Brasil aos seus superiores em Washington e revelados pela rede Wikileaks. Algumas reflexões podem ser feitas a partir da leitura desse material.
Por Igor Fuser, na página do MST – via Escrevinhador
1. A imprensa empresarial brasileira manteve nesse episódio sua habitual postura de hostilidade sistemática ao MST, apresentado sempre por um viés negativo, e sem direito a apresentar o seu ponto de vista.
Para os jornais das grandes famílias que controlam a informação no país, como os Marinho e os Frias, o acesso a vazamentos da correspondência diplomática representou a chance de lançar um novo ataque à imagem do MST, sob o disfarce da objetividade jornalística. Afinal, para todos os efeitos, não seriam eles, os jornalistas, os responsáveis pelo conteúdo veiculado, e sim os autores dos telegramas.
Desrespeitou-se assim, mais uma vez, um princípio elementar da ética jornalística, que obriga os veículos de comunicação a conceder espaço a todas as partes envolvidas sempre que estão em jogo acusações ou temas controvertidos. Uma postura jornalística honesta, voltada para a busca da verdade, exigiria que O Globo, a Folha e o Estadão mobilizassem seus repórteres para investigar as acusações que diplomatas dos EUA no Brasil transmitiram aos seus superiores.
Em certos casos, nem seria necessário deslocar um repórter até o local dos fatos. Nem mesmo dar um telefonema ou sequer pesquisar os arquivos. Qualquer jornalista minimamente informado sobre os conflitos agrários está careca de saber que os assentados no Pontal do Paranapanema mencionados em um dos telegramas não possuem qualquer vínculo com o MST.
Ou seja, os jornais que escreveram sobre o assunto estão perfeitamente informados de que o grupo ao qual um diplomata estadunidense atribui o aluguel de lotes de assentamento para o agronegócio não é o MST. O diplomata está enganado ou agiu de má fé. E os jornais foram desonestos ao omitirem essa informação essencial.
Esse é apenas um exemplo, revelador da postura antiética da imprensa em todo o episódio. Se os vazamentos do Wikileaks mencionassem algum grande empresário brasileiro, ele seria, evidentemente, consultado pela imprensa, antes da publicação, e sua versão ganharia grande destaque. Já com o MST os jornais deixam de lado qualquer consideração ética.
2. A cobertura da mídia ignora o que os telegramas revelam de mais relevante: a preocupação das autoridades estadunidenses com os movimentos sociais no Brasil (e, por extensão, na América Latina como um todo). Os diplomatas gringos se comportam, no Brasil do século 21, do mesmo modo que os agentes coloniais do finado Império Britânico, sempre alertas perante o menor sinal de rebeldia dos “nativos” nos territórios sob o seu domínio.
Nas referidas mensagens, os funcionários se mostram muitos incomodados com a força dos movimentos sociais, e tratam de avaliar seus avanços e recuos, ainda que, muitas vezes, de forma equivocada. O “abril vermelho”, em especial, provoca uma reação de medo entre os agentes de Washington. Talvez por causa da cor… A pergunta é: por que tanta preocupação do império estadunidense com questões que, supostamente, deveriam interessar apenas aos brasileiros?
3. O fato é que o imperialismo estadunidense é, sim, uma parte envolvida nos conflitos agrários no Brasil. Essa constatação emerge, irrefutável, no telegrama que trata da ocupação de uma fazenda registrada em nome de proprietários estadunidenses em Unaí, Minas Gerais, em 2005. Pouco importa o tamanho da propriedade (70 mil hectares, segundo o embaixador, ou 44 mil, segundo o Incra).
O fundamental é que está em curso uma ocupação silenciosa do território rural brasileiro por empresas estrangeiras. Milhões de hectares de terra fértil – segundo alguns cálculos, 3% do território nacional – já estão em mãos de estrangeiros. O empenho do embaixador John Danilovich no caso de Unaí sinaliza a importância desse tema.
4. Em todas as referências a atores sociais brasileiros, os telegramas deixam muito claro o alinhamento dos EUA com os interesses mais conservadores – os grandes fazendeiros, os grandes empresários dos municípios onde se instalam assentamentos, os juízes mais predispostos a assinarem as ordens de reintegração de posse.
5. Por fim, o material veiculado pelo Wikileaks fornece pistas sobre o alcance da atuação da embaixada e dos órgãos consulares dos EUA como órgãos de coleta de informações políticas. Evidentemente, essas informações fazem parte do dia-a-dia da atividade diplomática em qualquer lugar no mundo. Mas a história do século 20 mostra que, quando se trata dos EUA, a diplomacia muitas vezes funciona apenas como uma fachada para a espionagem e a interferência em assuntos internos de outros países.
Aqui mesmo, no Brasil, fomos vítimas dessa postura com o envolvimento de agentes dos EUA (inclusive diplomatas) nos preparativos do golpe militar de 1964. À luz desses antecedentes, notícias como a de que o consulado estadunidense em São Paulo enviou um “assessor econômico” ao interior paulista para investigar a situação dos assentamentos de sem-terra constituem motivos de preocupação. Será essa a conduta correta de um diplomata estrangeiro em um país soberano?
*Igor Fuser é professor da Faculdade Cásper Líbero, doutorando em Ciência Política na USP e membro do conselho editorial do Brasil de Fato.

Sindicatos prometem cautela na cobrança da PEC; Governo quer diálogo

ADEPOL planeja serie de reuniões e espera ser recebida em breve pelo governador

 

Na tarde desta terça-feira, 11, cerca de 200 policiais Militares, Civis, Bombeiros e Agentes Penitenciários participaram de uma manifestação que percorreu as principais ruas do Centro da cidade pedindo o cumprimento da PEC 300. Entre os policiais, o discurso varia em relação a possibilidade de greve, mas para eles, no momento, o mais importante é abrir um canal de negociação com o governador Ricardo Coutinho. O governo afirmou na pessoa do secretário Walter Aguiar que está aberto ao diálogo com os policiais.
“Os policiais querem greve. Estamos tentando o diálogo, mas a conversa não sai, o governador sumiu” alfinetou Major Fábio que teceu severas críticas à postura adotada pelo executivo. “A gente quer conversar com ele, quer que ele venha para o meio da praça, mas infelizmente ele radicalizou. Os presidentes de associações não falam em greve, mas os policiais sim”, declarou.
O governador por sua vez, voltou a criticar a postura do governo anterior ao aprovar a proposta sem o estado ter condições de pagar e prometeu uma serie de melhorias para a categoria, como o convênio que foi assinado hoje para construção de casas para os servidores do setor de Segurança. Ricardo prometeu ainda convocar cerca de 700 concursados até julho e promover cursos de formação para os policiais.
O secretário-chefe do Governo do Estado da Paraíba Walter Aguiar caracterizou como “ato essencialmente partidário” a atitude dos representantes do movimento formado por cerca de 100 policiais que querem o reajuste salarial previsto nas leis que ficaram conhecidas como “PEC 300” da Paraíba. O secretário se colocou à disposição, na tarde desta terça-feira (11), no Palácio do Governo, para receber uma comissão representativa da categoria e dialogar com os policiais, mas os comandantes do movimento se recusaram a ser recebidos e deixaram a praça João Pessoa sem se reunir com o secretário.
Já o presidente da ADEPOL (Associação dos Delegados de Polícia), o delegado Isaías Olegário, disse que já foi protocolado um expediente junto ao Palácio da Redenção e com isso esperam ser recebidos pelo governador. Ele descartou a possibilidade de greve pelo menos por enquanto. Olegário explicou que existem quatro reuniões do Sindicato planejadas e que ao final dessa discussão, caso o diálogo com o executivo não tenha avançado, a greve será o único caminho possível. “Esperamos que ele receba, acate, converse conosco e se for caso pedir até um prazo para estudar, o que não pode é ficar nesse silencio”.