terça-feira, 22 de março de 2011

É PARA ESSA GENTE QUE EXISTE O CANAL RACISTA GLOBONEWS:Ex-governador Júlio Campos defende privilégios e chama Joaquim Barbosa de “moreno escuro”

Em reunião da bancada do DEM na Câmara agora há pouco, o deputado Júlio Campos — que já foi governador e senador pelo Mato Grosso — defendeu com afinco a prisão especial para autoridades, um dos pontos polêmicos da reforma do Código Penal que deve ser votada hoje na Casa.
Campos criticou ainda os deputados que não protegem a própria categoria:
– Todo mundo sabe que essa história de foro privilegiado não dá em nada. O nosso amigo Ronaldo Cunha Lima precisou ter a coragem de renunciar ao cargo para não sair daqui algemado. E depois, meus amigos, você cai nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, ai já viu.
Para quem não se lembra, Ronaldo Cunha Lima foi acusado de tentar matar o também ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity. Lima renunciou ao mandato de deputado para não ser julgado em processo que corria no STF sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa.

Aposentado Invocado

Charge do Bessinha

Progressividade na cobrança dos impostos é o caminho da justiça tributária

Pochmann (IPEA), Pedro (Sindfisco), deputado Cláudio Puty e Clemente (Dieese) concordam com a CUT

Escrito por: Isaías Dalle e Leonardo Severo, de Brasília

 
Para conhecer as propostas da CUT sobre Reforma Tributária clique aqui
A progressividade na cobrança dos impostos é o caminho da justiça tributária, pois desta forma quem recebe mais paga mais, ao contrário do que temos hoje, quando a taxação se faz sobre o consumo e não sobre o patrimônio e a renda.
Esta foi a conclusão da mesa “Desafios para uma Reforma Tributária no Brasil”, realizada na tarde de hoje durante o Seminário Tributos e Desenvolvimento: perspectivas para o trabalho e a distribuição de renda, realizada pela CUT no Hotel Nacional, em Brasília. Coordenada pela secretária Nacional da Mulher Trabalhadora, Rosane Silva, a mesa contou com a participação de Márcio Pochmann, presidente do IPEA; Cláudio Puty, deputado federal PT-PA; Pedro Delarue Tolentino, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco); Clemente Ganz Lúcio, coordenador do DIEESE e Nelson Barbosa, secretário executivo do Ministério da Fazenda.
O tamanho da injustiça tributária vigente impressiona e salta aos olhos como denuncia o presidente do Sindfisco. “Em 2006, apenas 5.292 contribuintes fizeram declaração do imposto de renda declarando rendimentos acima de R$ 1 milhão, enquanto 220 mil pessoas, naquela mesma época, tinham aplicações no sistema financeiro superiores a um milhão de dólares. Isso é resultado do fato de que a distribuição de lucros e dividendos das empresas para seus proprietários e acionistas desde 1995, por decisão do governo FHC, passou a ser isenta de imposto de renda. Infelizmente, é muito comum que um empresário que ganhe milhões de reais por ano não pague um centavo de Imposto de Renda. Isso demonstra o quão necessário – e urgente – se faz reorientar a tributação, para que ela incida prioritariamente sobre o patrimônio e a renda”.
Tal manobra, a de isentar lucros e dividendos, cria a falsa separação entre a empresa (pessoa jurídica) e seus proprietários e acionistas (pessoas físicas), livra as últimas de pagamento sobre os lucros. Pedro Delarue também alertou que a tributação paga pelas pessoas jurídicas é repassada aos preços. Ou seja, “grande empresário não paga imposto”.
Marcio Pochmann, ao negar que a carga tributária brasileira seja grande demais, aproveitou para lançar uma provocação. Ele diz que a carga tributária bruta (arrecadação de impostos dividida pelo PIB) não serve como parâmetro ideal para avaliar a justiça da estrutura de impostos. Ele diz que a carga tributária líquida (arrecadação dividida pelo PIB menos o percentual usado para pagamento do serviço da dívida) mostra que o dinheiro dos impostos usados para funções típicas de Estado, tais como educação e saúde, ficam apenas 15% do PIB.
“A quem serviu o aumento da capacidade de arrecadação, causada pelo crescimento econômico, durante estes anos?”, desafiou o presidente do Ipea. Esses 15% do PIB hoje reservados para as funções típicas de Estado permanecem no mesmo patamar de duas décadas atrás, segundo pesquisa feita por Pochmann.
Presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o deputado federal Cláudio Puty lembrou o historiador Caio Prado Júnior, para quem a consolidação da justiça no país exige, além da reforma agrária, a reforma tributária. Destacando o protagonismo da CUT na direção dos movimentos sociais brasileiros, Puty defendeu a necessidade de mobilização popular por maior justiça tributária a partir de novas alíquotas no Imposto de Renda e na taxação de grandes fortunas.
Puty alertou também para o perigo embutido no discurso da desoneração da folha de pagamentos. Em primeiro lugar, ele afirmou que a folha não é das mais caras do mundo, como costumam dizer os empresários. Os encargos trabalhistas correspondem a 25% da folha, e não mais de 100% como dizem analistas e comentaristas, reproduzidos pelo senso comum. “O que passa disso são direitos do trabalhador, não encargos”.
O desafio do movimento sindical, destacou o parlamentar, é garantir que as receitas da Previdência sejam mantidas de qualquer maneira, sob pena de, após um processo de desoneração da folha, o financiamento do sistema caia e, lá na frente, se proponha redução de direitos para cobrir “déficits”.
Clemente Ganz Lúcio, coordenador técnico do Dieese, admitindo que o tema da reforma tributária tem muitas chances de seguir adiante e que  mudanças sejam implementadas, em virtude do cenário econômico e político favorável, disse que é preciso “uma intervenção pesada do movimento sindical para dar às mudanças um caráter redistributivo de renda. E a CUT, com essa iniciativa de debater a reforma, joga luz sobre o tema”.
Falando como representante do governo Dilma, Nelson Barbosa apontou aquilo que chamou de eixos da proposta do governo federal: incentivo às micro, pequenas e médias empresas, como forma de tirá-las da informalidade; unificação do ICMS, que é um tributo eminentemente estadual, está na raiz da guerra fiscal e que enfrenta resistência dos governadores; alterar o sistema de acumulação de crédito tributário para empresas exportadoras e aquelas que realizam investimentos. Citou, como uma das modificações já realizadas, a redução de 4 anos para 12 meses no processo de devolução do crédito para as empresas; desoneração da folha de pagamento; progressividade. Segundo ele, este eixo só foi incluído entre as prioridades do governo Dilma após a presidenta ter se reunido com a CUT e as centrais.
Nelson Barbosa foi duramente criticado por diferentes dirigentes no tocante à proposta de desoneração da folha.
 

O Brasil que “bomba” vira país de classe média

Os economistas do “Brasil da Roda Presa” – nome genial dado por Dilma Rousseff aos que vivem nos “advertindo” contra o risco do crescimento econômico –  vão ter de inventar uma nova rodada de explicações sobre o que, para eles, é inexplicável.
Os defensores da tese do “esperem o bolo crescer para depois repartir” e do “arrocho contra a crise” não têm o que dizer diante de cada dado que surge sobre a distribuição e crescimento da renda no Brasil.
Desta vez, foi uma insuspeita pesquisa encomendada pelo BGN Cetelem – sucursal do francês BNP Paribas - um dos maiores conglomerados financeiros do mundo – que mostra não apenas que é enorme a ascensão social no Brasil no segundo governo Lula como esta se tornou gigantesca com a opção pelo aumento da renda, do consumo e da produção que fizemos a partir de meados de 2009 e durante o ano de 2010.
Entre 2005 e 2009, no Brasil, 26 milhões de brasileiros deixaram as classes DE e alcançaram a classe C. Dos que estavam na classe C, quatro milhões saíram dela para se integrarem às classes AB.
Pois bem: só em 2010, esse movimento quase igualou os números daqueles cinco anos em matéria de saída de brasileiros da pobreza: quase 19 milhões de pessoas deixaram as classes DE. E mais expressivo ainda foi o trânsito de pessoas em direção às classes média/alta e alta: apenas em 2010 ,12 milhões de brasileiros alcançaram as classes AB.
É por isso que a distribuição da população do Brasil por renda deixou de ser uma pirâmide, onde uma enorme base suportava um pequeno contingente e passou a ter o formato de balão, onde o crescimento econômico em geral impulsiona para cima todo o conjunto da sociedade. Repare o gráfico: em 2005, as classes AB e C juntas correspondiam a 49% da população; em 2010, elas somavam 74%. Já a pobreza, nas classes DE, mesmo com o acréscimo populacional, diminuiu à metade no mesmo período.
Quem quiser baixar a pesquisa na íntegra, compactado, pode clicar aqui.

Tijolaço - O Blog do Brizola Neto

“Meu empenho em tornar a saúde universal, de qualidade e humanizada é total”

Presidenta Dilma Rousseff é presenteada com camisa do Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas da Amazônia - GAMMA, durante campanha de combate ao câncer de mama e colo do útero. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Selo da série especial Dia internacional da Mulher Saúde de qualidade para todos os brasileiros será resultado de trabalho conjunto entre os governos federal, estaduais e municipais e a sociedade. A afirmação foi proferida pela presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (22/3), em Manaus (AM), na cerimônia de lançamento do Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama. Sem o apoio dos prefeitos e governadores e a constante fiscalização por parte da sociedade – disse a presidenta – não será possível melhorar a qualidade da saúde pública no país.
“Em um país deste tamanho, com tantos desafios, mas também com tantas oportunidades e potencial…, nós não conseguiremos levar os programas que temos que levar ao povo brasileiro sem a parceria dos prefeitos, governadores e a sociedade”, disse.
Ouça abaixo o discurso da presidenta Dilma Rousseff em Manaus:
Dilma Rousseff frisou que o desenvolvimento do país não pode ser medido apenas pelo crescimento do PIB, “que é muito importante, porque gera empregos”, mas principalmente pela qualidade dos programas de saúde, educação e segurança oferecidos à população. Segundo ela, “as pessoas não podem ter saúde em função da renda que recebem, pois a saúde não tem preço”.
“Meu empenho em garantir a qualidade da saúde no Brasil é total. Meu desejo é colocar a saúde no seu trilho, para ser universal, de qualidade e humanizada”, frisou.
A presidenta anunciou que uma das ações do seu governo no sentido de ampliar a prevenção e melhorar o tratamento do câncer é a instalação em todos os estados de centros de referência de combate ao câncer, cujo calendário será divulgado a partir de maio. O objetivo é que “todas as mulheres do Brasil tenham acesso às mesmas coisas [tratamento] que eu tive…, já que o câncer não é o mesmo horror do passado, ele é curável”.
A presidenta Dilma enfatizou ainda que honrará todas as mulheres brasileiras e que uma de suas grandes preocupações nesse sentido é garantir a saúde das mulheres, gestantes e crianças, motivo pelo qual lançará na próxima semana o programa Rede Cegonha. Pediu também à população brasileira apoio para a melhoria da saúde pública, que é feita para eles e que, portanto, deve ser fiscalizada por eles, “já que o sistema não é perfeito, tem falhas” que devem ser apontadas pelas pessoas que utilizam os serviços.
Ao povo da Amazônia, estado em que obteve mais de 80% de votos nas eleições presidenciais, a presidenta finalizou:
“O carinho, a confiança e a esperança que vocês depositaram nessa votação tão expressiva que eu recebi aqui, vocês podem ter certeza de que eu vou devolver com muito trabalho, muito carinho para essa região.”

Blog do Planalto

Lula critica decisão da ONU de invadir a Líbia


Nara Alves e Guilherme Manechini, iG

“Em jantar promovido pela comunidade árabe em sua homenagem na noite desta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à decisão da ONU de autorizar a intervenção militar na Líbia.

“Em vez de mandar avião para bombardear a Líbia, a ONU deveria ter mandado um representante para negociar a paz”, afirmou Lula.

Segundo ele, isso aconteceu porque a ONU está enfraquecida e, por isso, teria cedido à pressão de alguns países a autorizar a intervenção militar.

Lula afirmou ser solidário à decisão do Brasil, junto com a China, Índia, Rússia e Alemanha, de se abster em relação à intervenção militar na Líbia.

O ex-presidente foi ovacionado pelas cerca de mil pessoas que compareceram esta noite no Clube Monte Líbano, em São Paulo, para jantar em sua homenagem.

Durante seu discurso de cerca de meia hora, ele foi interrompido várias vezes por calorosas salvas de palmas.

Lula fez uma defesa efusiva de ter estreitado as relações comerciais do Brasil com os países árabes e africanos no seu governo, apesar de toda as críticas que sofreu. Muitos, segundo ele, afirmaram que sua política seria uma afronta a Israel.”
Foto: Greg Salibian, iG

Charge do Dálcio

Magazine Brasil

Mídia norte-americana classifica como inoportuna visita de Obama à América Latina

A visita do presidente Barack Obama ao Brasil e América Latina teve pouca repercussão na mídia norte-americana, e foi classificada como inadequada, na última sexta-feira (19), devido ao envolvimento dos EUA nos conflitos na Líbia  a pela crise pós- terremoto no Japão.  Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que permitiria intervenção estrangeira na Líbia - posição contrária à dos norte-americanos.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a cobertura da viagem do presidente Obama não teve a mesma repercussão de quando ele esteve na Índia ou na China. A imprensa norte-americana só esteve interessada nas declarações do presidente a respeitos dos ataques à Líbia e questionou se a vigem ocorria em um momento oportuno.
Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é vista como um ajuste nas relações com a América Latina.  Especificamente para o Brasil, havia o interesse em obter apoio dos EUA para garantir um  assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e também discutir a diminuição de  impostos sobre o etanol, avalia a notícia da Agência Brasil.
O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa, mas destacou que o presidente tinha condições de "administrar" a crise na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos.
A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia.
No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi "modesto".
A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a presidente Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da imprensa, assim como com Obama

Cardozo nega divergências para criação da Comissão da Verdade

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta terça-feira (22) que existam divergências no governo em relação à instauração da Comissão Nacional da Verdade – que irá apurar e acompanhar as denúncias de violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1989). Segundo ele, os resistentes à proposta da comissão devem vir a público e explicar suas razões.

“Tanto eu quanto a ministra Maria do Rosário [Direitos Humanos] e o ministro Nelson Jobim [Defesa] estamos integrados na aprovação deste projeto”, afirmou Cardozo, depois de conceder entrevista a 11 rádios no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Ao ser perguntado sobre as restrições dos militares às investigações, Cardozo afirmou que o setor está “sob o comando” de Jobim. “Não vejo no governo nenhuma divergência a este projeto”, disse. “É possível que existam pessoas que sejam contrárias à aprovação da Comissão da Verdade. Mas acho que vivemos em uma democracia, quem é contra que venha a público e diga por que é contra a verdade ser colocada à luz da sociedade.”

Em seguida, o ministro acrescentou: “Nós estamos dizendo que somos favor da Comissão da Verdade e quem é contra que venha debater e diga por que acredita que a verdade tenha de permanecer não revelada”.

Desde maio do ano passado, a proposta de criação da Comissão Nacional da Verdade aguarda a indicação dos líderes partidários para a composição de um grupo que vai analisar o projeto. Paralelamente, na semana passada, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara fez uma audiência pública para dar início às investigações.

Agência Brasil

Lula condena ataque à Líbia: “Secretário da ONU deveria ir lá para conversar” por Claudio Leal

Em evento com a comunidade árabe, no Clube Monte Líbano, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os ataques à Líbia. “Quero dizer que sou solidário à posição do Brasil, que se absteve na ONU (Organização das Nações Unidas) contra as invasões”. Para ele, a aprovação dos bombardeios se deve ao “enfraquecimento da ONU”.
- Em vez de mandar avião, o secretário da ONU deveria ir lá para conversar – criticou, numa alusão indireta ao ditador líbio Muammar Kadafi.
Lula recebeu uma homenagem da Fundação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), que destacou a aproximação do País com o mundo árabe nos últimos oito anos. O líder petista comentou a visita do presidente norte-americano Barack Obama e ironizou os detratores de seu governo, citando “os rasgados elogios” de Obama à inclusão social no Brasil.
- Possivelmente agora… alguns que passaram dez anos me criticando passem a falar bem.
Irônico, o petista avaliou os afagos recebidos pela presidente Dilma Rousseff nos primeiros dias de governo.
- Acho simplesmente extraordinário e hilariante. Durante oito anos, alguns adversários tentavam vender que éramos a continuidade do governo anterior. Agora que elegemos alguém para dar continuidade, dizem que é diferente… – atacou, diante de uma platéia de embaixadores árabes.
Na cerimônia, houve um minuto de silêncio para as vítimas dos desastres naturais no Japão e, genericamente, para as “vítimas civis”, uma referência indireta aos mortos nos bombardeios na Líbia. Nesse momento, Lula também se levantou, em solidariedade.
Terra Magazine

Deputados pedem ao STF que confirme piso nacional para professor

Representantes da Comissão de Educação e Cultura e da Frente em Defesa do Piso do Magistério na Câmara dos Deputados vão defender nesta terça-feira (22)  junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, que a Corte aprove a aplicação integral da lei que fixa o piso salarial nacional para os professores (R$ 1.187,00 neste ano).
Dois dispositivos estão suspensos pelo STF a pedido dos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará e Mato Grosso do Sul, que impetraram ação em 2008 alegando, entre outros aspectos, que a lei viola o princípio da autonomia das unidades da Federação e fere normas que regulam a política orçamentária.
Uma das regras suspensas é a que concede ao professor o direito de usar um terço da carga horária para atividades extraclasse. A outra estabelece que o piso será o vencimento básico do professor, sem contar vantagens ou gratificações.
A presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), considera fundamental que o STF reverta essas decisões ao julgar o mérito da ação. “Esses dois artigos são pilares centrais da lei. Não pode ficar em aberto a possibilidade de que o gestor lance mão de gratificações para pagar o piso. Aí não é piso, é teto”, afirmou a deputada.

Fátima afirma que muitos prefeitos e também governadores têm se amparado na ação apresentada pelos cinco governos estaduais para não pagar o piso salarial, em prejuízo de parte dos 2,5 milhões de profissionais da educação em atividade no país.
Os prefeitos alegam, especialmente, dificuldades orçamentárias para cumprir a lei.
Site PT-SP

Lula recebe homenagem da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil

O ex Presidente Lula foi homenageado nesta segunda-feira (21/03) pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil. Durante o evento, Lula disse que é solidário quanto à posição do governo brasileiro no Conselho de Segurança da ONU, que se absteve quanto à resolução contrária ao regime do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi e disse que o organismo multilateral está "enfraquecido".

"Sou solidário à posição do Brasil que se absteve na ONU contra a invasão. Essas invasões só acontecem porque as Nações Unidas estão enfraquecidas", disse num jantar no clube Monte Líbano, na zona sul de São Paulo.

"Se tivéssemos uma representação do século 21, em vez de mandar avião para bombardear, a ONU teria mandado seu secretário-geral para negociar", afirmou.

Durante o jantar, Lula ressaltou o aumento de 167% no comercio bilateral entre o Brasil e os países árabes durante seu governo, e foi elogiado por representantes da comunidade pelo seu reconhecimento ao Estado palestino.

Ao comentar o processo de paz no Oriente Médio e justificar seu apoio, Lula disse que o povo palestino "era muito mais vítima do que terrorista" e criticou ainda os países ricos por manifestarem preconceito contra os muçulmanos durante operações de segurança devido ao combate ao terrorismo.Ainda durante as homenagens, um vídeo de 7 minutos sobre as visitas de Lula aos países árabes foi apresentado. 
 

"Dilma fará um governo extraordinário", diz Lula

Além dos aplausos, Lula também despertou gargalhagas da platéia esta noite, em São Paulo, em vários momentos do seu discurso.
Um desses, por exemplo, quando ele falou da comparação de seu governo com o de sua sucessora, Dilma Rousseff.
“Durante os oito anos do meu governo, tinha gente que dizia que era a continuidade do anterior, e agora que elegeram uma mulher estão falando que ela está fazendo tudo que era feito antes de Lula”, afirmou o ex-presidente.
“Acho extraordinário e hilariante que essas mesmas pessoas diziam que o governo Lula era a continuidade. Quem conhece a Dilma sabe que ela fará um governo extraordinário.”
Lula também se referiu à viagem de Obama ao Brasil, sem, no entanto, comentar sua ausência no almoço.
“Agora que o presidente americano (Barack Obama) rasgou elogios ao Brasil no sábado e no domingo, alguns vão começar a falar bem do País, já que deu no The New York Times.”
No fim do jantar, Lula ganhou da empresa AgroStar um automóvel para o Instituto da Cidadania.

DEMO estraçalhado em SP - A profecia de LULA se cumpre (vamos extirpar os DEMOS)

Saída de Kassab, Afif e Cláudio Lembo estraçalha o DEM em SP

O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM na Câmara Federal, propõe uma intervenção do comando nacional de seu partido no diretório de São Paulo. Tudo para varrer a influência deixada na legenda pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab — que saiu da legenda para criar o PSD (Partido Social Democrático). ACM Neto também anuncia que os “demos” passarão a fazer oposição a Kassab e denunciar os desmandos de sua gestão.

Por André Cintra

Pode até ser que o neto do finado cacique baiano Antonio Carlos Magalhães consiga tudo isso que diz pretender — mas é tarde demais. O DEM, seja na base aliada ou na oposição ao prefeito, é um partido estraçalhado e praticamente morto no maior colégio eleitoral do Brasil. De mais a mais, suas preocupações tampouco se resumem a São Paulo.

A esta altura, a conclusão mais elementar dos fatos é que a nova cúpula nacional dos “demos”, eleita na terça-feira (14) e presidida pelo senador José Agripino Maia (RN), subestimou Kassab. Várias lideranças do partido procuraram palanques e microfones, nos últimos dias, a alardear que as adesões à iniciativa do PSD perdiam força gradualmente.

Foi um erro de avaliação inacreditável para um partido repleto de caciques e raposas, todos com várias décadas de atuação política. O ato de anúncio do PSD, nesta segunda-feira (21), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), fez Agripino e cia. voltarem à realidade. Se quiser sobreviver, o DEM precisará ir além das bravatas.

Só em São Paulo, é possível que o novo partido arregimente de oito a 12 deputados federais, até mesmo de outros partidos, como os já “peessedistas” Rita Passos (PV) e Marcelo Aguiar (PSC). Na Bahia, o vice-governador, Otto Alencar (PP), cinco deputados federais, nove estaduais e 70 prefeitos já aderiram ao PSD — que se tornou a segunda maior força local, esvaziando sobretudo o DEM e o PMDB.

Kassab ainda dá como certa a migração dos senadores Sérgio Petecão (PMN-AC) e Kátia Abreu (DEM-TO), dos deputados federais Antonia Lucia (PSC-AC), Fábio Ramalho (PV-MG), Irajá Abreu (DEM-TO), Silas Câmara (PSC-AM) e mais quatro parlamentares de Goiás. Também estão na mira os governadores Omar Aziz (PMN-AM) e Raimundo Colombo (DEM-SC), além do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB-AM) e do ex-deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ) — que concorreu a vice-presidente em 2010 na chapa do tucano José Serra (SP).

No caso de São Paulo, outra prova de que Kassab agiu “para valer” é o sinal amarelo que se acendeu no diretório municipal do PSDB de São Paulo. Falava-se em negociações do prefeito com cinco vereadores do partido de menor expressão — Adolfo Quintas, Claudinho de Souza, Gilberto Natalini, Juscelino Gadelha e Ricardo Teixeira. Mas quem apareceu com destaque, no ato da Alesp, foram os tucanos José Police Neto e Floriano Pesaro — nada menos que, respectivamente, o presidente da Câmara Municipal e o líder da bancada do PSDB na Casa.

Ainda que não dê para saber a extensão definitiva do golpe a ser sofrido pelo DEM paulista, a primeira impressão é de um ataque fatal. Kassab convenceu o vice-governador, Guilherme Afif Domingos, e o ex-governador Cláudio Lembo a lhe seguirem na nova legenda. Sem eles, dificilmente o DEM encontrará, em suas fileiras atuais, lideranças com algum peso local — com capilaridade e influência políticas para reerguer o partido no estado. Eis uma agremiação repentinamente órfã de lideranças.

Apoio a Dilma

Outra razão para o triunfo de Kassab sobre os “demos” é, por assim dizer, a sintonia política com o eleitorado. Ao lançar o PSD, o prefeito reafirmou o apoio do grupo ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) — mas não titubeou ao se referir à provável relação da nova legenda com o governo Dilma.

“Somos um partido independente, o que significa apoiar ações identificadas com o nosso futuro programa. Significa nos colocarmos à disposição da presidente Dilma Rousseff para ajudá-la a ser uma boa presidente”, afirmou Kassab na Alesp.

“Essa aproximação sempre existiu — e essa é a razão da minha saída do DEM”, agregou. “Eu me sinto desconfortável num partido que quer votar sempre contra porque é contra. Acima dos partidos vêm os interesses do país. Não votei na Dilma — votei no Serra — mas torço para que ela faça um bom governo, porque isso é bom para o país.”

É um depoimento não à imprensa ou aos meios políticos — mas à opinião pública. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (20) mostra que Dilma tem a maior aprovação de um presidente do país em começo de mandato, com índices só comparáveis aos obtidos por Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.

Segundo o levantamento, 47% dos brasileiros consideram o governo Dilma ótimo ou bom, enquanto 34% o julgam regular. Apenas 7% consideram a atual gestão federal ruim ou péssima. A migração de Kassab vai, portanto, ao encontro de um sentimento nacional mais consolidado, o que enfraquece de vez o discurso da oposição.

“Essa movimentação de desagregação de parte importante da oposição indica a aceleração da decadência política da oligarquia e sinaliza uma movimentação com maiores desdobramentos no curso político nacional”, resumiu o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. São Paulo pode ser, assim, o primeiro e mais vistoso capítulo da derrocada do DEM Brasil afora.