A visita do presidente Barack Obama ao Brasil e América Latina teve  pouca repercussão na mídia norte-americana, e foi classificada como  inadequada, na última sexta-feira (19), devido ao envolvimento dos EUA  nos conflitos na Líbia  a pela crise pós- terremoto no Japão.  Um dos  argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de  Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que permitiria  intervenção estrangeira na Líbia - posição contrária à dos  norte-americanos.
 
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a cobertura da viagem  do presidente Obama não teve a mesma repercussão de quando ele esteve  na Índia ou na China. A imprensa norte-americana só esteve interessada  nas declarações do presidente a respeitos dos ataques à Líbia e  questionou se a vigem ocorria em um momento oportuno. 
Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de  Obama é vista como um ajuste nas relações com a América Latina.   Especificamente para o Brasil, havia o interesse em obter apoio dos EUA  para garantir um  assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e  também discutir a diminuição de  impostos sobre o etanol, avalia a  notícia da Agência Brasil. 
O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa,  mas destacou que o presidente tinha condições de "administrar" a crise  na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos. 
A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil  desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações  Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava  formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia. 
No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de  um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações  Unidas (ONU) foi "modesto". 
A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a  presidente Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da  imprensa, assim como com Obama
 
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