Os economistas do “Brasil da Roda Presa” – nome genial dado por Dilma  Rousseff aos que vivem nos “advertindo” contra o risco do crescimento  econômico –  vão ter de inventar uma nova rodada de explicações sobre o  que, para eles, é inexplicável. 
Os defensores da tese do “esperem o bolo crescer para depois  repartir” e do “arrocho contra a crise” não têm o que dizer diante de  cada dado que surge sobre a distribuição e crescimento da renda no  Brasil.
Desta vez, foi uma insuspeita pesquisa encomendada pelo BGN Cetelem – sucursal do francês BNP Paribas -  um dos maiores conglomerados financeiros do mundo – que mostra não  apenas que é enorme a ascensão social no Brasil no segundo governo Lula  como esta se tornou gigantesca com a opção pelo aumento da renda, do  consumo e da produção que fizemos a partir de meados de 2009 e durante o  ano de 2010.
Entre 2005 e 2009, no Brasil, 26 milhões de brasileiros deixaram as  classes DE e alcançaram a classe C. Dos que estavam na classe C, quatro  milhões saíram dela para se integrarem às classes AB.
Pois bem: só em 2010, esse movimento quase igualou os números  daqueles cinco anos em matéria de saída de brasileiros da pobreza: quase  19 milhões de pessoas deixaram as classes DE. E mais expressivo ainda  foi o trânsito de pessoas em direção às classes média/alta e alta:  apenas em 2010 ,12 milhões de brasileiros alcançaram as classes AB.
É por isso que a distribuição da população do Brasil por renda deixou  de ser uma pirâmide, onde uma enorme base suportava um pequeno  contingente e passou a ter o formato de balão, onde o crescimento  econômico em geral impulsiona para cima todo o conjunto da sociedade.  Repare o gráfico: em 2005, as classes AB e C juntas correspondiam a 49%  da população; em 2010, elas somavam 74%. Já a pobreza, nas classes DE,  mesmo com o acréscimo populacional, diminuiu à metade no mesmo período.
Quem quiser baixar a pesquisa na íntegra, compactado, pode clicar aqui.
Tijolaço - O Blog do Brizola Neto 
 

 
 
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