Luiz Felipe de Alencastro, conhecido professor brasileiro que reside e trabalha em Paris, autor de “O Trato dos Viventes” mantém o site “Seqüências Parisienses”, de onde dispara torpedos críticos contra a idiotice geral deixada no Brasil.
Fonte: http://sequenciasparisienses.blogspot.com/
Sobre a bizarrice do editorial da Folha de S. Paulo no “caso Lamarca” ele escreveu:
O "caso Lamarca" e o editorial da Folha
Lido aqui de manhã cedo, quando no Brasil ainda é alta madrugada, o editorial de hoje da Folha, “O caso Lamarca”, me deixa perplexo. Os argumentos avançados no texto, contrários à decisão de promover Lamarca e indenizar sua família, parecem coerentes. Mas em nenhum momento fazem referência à fundamentação jurídica seguida pela Comissão de Anistia.
Noutra página do jornal, vem resumido o histórico da decisão. “O primeiro reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte de Carlos Lamarca foi em 1996, quando a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça determinou o pagamento de indenização à família.
A decisão foi inovadora, já que a lei vigente limitava o pagamento às famílias dos mortos em dependência policial. Morto em campo aberto, entendeu-se que Lamarca já estava sob o cerco de agentes do Estado, sem condição de reagir.
Em 2004, a lei foi alterada e as possibilidades de indenização, ampliadas. Anteontem (14), a Comissão de Anistia determinou o pagamento de pensão de R$ 12.152,61 à viúva. Os crimes ou a deserção do Exército não entraram em discussão porque, em 1979, o país aprovou a Lei da Anistia, que perdoou os crimes cometidos durante o regime militar.”
O julgamento dá lugar a controvérsias. Porém, o editorial da Folha enviesa o debate e termina com uma conclusão bizarra: “Por tratar-se de um prêmio à deserção, ademais, a equiparação de seus vencimentos ao de um general afronta os princípios de disciplina e subordinação, pilares das Forças Armadas”.
Comentário Básico: não se espante de qualquer vocês lerem na Falha de SP, oops Folha de SP ou no Estadão ou mesmo de um direitista por ai que os judeus do gueto de Varsóvia ou os guerrilheiros da resistência francesa eram criminosos por pegarem em armas e matarem "incocentes" alemães da segunda guerra mundial.
Morcego Vermelho
domingo, 17 de junho de 2007
A idiotice da Folha chega em Paris
VAVÁ ESTÁ SENDO LINCHADO PELA MÍDIA GOLPISTA
De antemão, chamo a atenção para o fato de que o artigo aqui reproduzido não foi escrito por nenhum petista, mas por um jornalista insuspeito, que não vive de jabá, como Mainardi e Reinaldo Azevedo.
Do comentário de Élío Gaspari eu destaco:
"Lula tem 15 irmãos e algo como cem parentes. Desde que Tomé de Souza chegou a Salvador, nenhuma família de governante teve tão poucas relações com o Estado como a dos Silva. Mais: nenhuma veio de origem tão modesta e continuou a viver em padrões tão modestos".
ÉLIO GASPARI
Vavá está sendo linchado
Genival Inácio da Silva, o Vavá, está sendo covardemente linchado porque é irmão do presidente da República. Ele é acusado de tráfico de influência sem que até hoje tenha aparecido um só nome de servidor público junto ao qual tenha traficado qualquer pleito que envolvesse dinheiro do erário. Um fazendeiro paulista metido numa querela de terras queria reverter uma decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça. Vavá recomendou-lhe um advogado. Isso não é tráfico de coisa alguma. Um empreiteiro queria obras e encontrou-se com ele num restaurante. Ninguém responde se Vavá conseguiu favorecer esse ou qualquer outro empreiteiro.
A divulgação cavilosa e homeopática de trechos de gravações telefônicas envolvendo parentes de LULA tornou-se um processo intimidatório e difamador capaz de fazer corar os generais do Serviço Nacional de Informações, o SNI da ditadura. No caso de Vavá, as suspeitas jogadas até agora no ventilador não guardam nexo com os fatos. Não há proporção entre as acusações que lhe fazem e o grau de exposição a que foi deliberadamente submetido.
A Polícia Federal vasculhou sua casa (um imóvel de classe média em São Bernardo do Campo). A diligência foi apresentada como parte de uma Operação Xeque-Mate, destinada a desbaratar uma quadrilha envolvida em contrabando, tráfico de drogas e máquinas caça-níqueis. Não era pouca coisa.
Pelo que se sabe até agora, coletaram cinco papéis. Entre eles, duas cartas que não foram entregues. Vavá tentou alavancar dois casos com empresas privadas (Vale e CSN). Nenhum dos pleitos chegou à direção das companhias.
Trucidar
Os grampos policiais estabeleceram um vínculo entre Vavá e dois mercadores de casas de jogo e atravessadores de negócios. Um deles, Nilton Servo, ameaçou “trucidar” a família de um desafeto. O outro, Dario Morelli, compadre de Lula, julgava-se protegido pelas suas amizades e disse que a polícia pensaria “duas vezes em fazer qualquer coisa”. Foi preso. Os dois planejavam maracutaias e contavam com a ajuda do irmão do presidente, a quem dizem ter dado algo como R$ 15 mil nos últimos meses. Nas palavras de Servo, “o Vavá é para ser usado”.
Numa conversa, Vavá fez-lhe um pedido: “Ô, arruma dois pau pra eu?”.
Lula tem 15 irmãos e algo como cem parentes. Desde que Tomé de Souza chegou a Salvador, nenhuma família de governante teve tão poucas relações com o Estado como a dos Silva. Mais: nenhuma veio de origem tão modesta e continuou a viver em padrões tão modestos.
Vavá meteu-se por sua conta e risco com os negócios de Servo e do compadre Morelli. Desqualificá-lo por lambari, deseducado ou pé-de-chinelo é parte do linchamento. Ele é um cidadão, ponto. Seus atos vêm sendo investigados e serão levados à apreciação da Justiça.
Podia ser membro da Academia Brasileira de Letras, dava na mesma.
Antes da conclusão do inquérito policial, Vavá foi irremediavelmente satanizado a partir de indícios, suspeitas e manipulações. Seu linchamento não busca o cidadão metido com vigaristas. Busca a jugular do irmão.
Durante a última campanha eleitoral, quando o comissariado petista chafurdou na compra de um dossiê contra os tucanos, demonizou-se a figura de Freud Godoy, um assessor de Lula, conviva de sua panelinha. Durante três dias, ele pareceu encarnar toda a corrupção nacional.
Freud foi arrolado em dois processos, um criminal e outro eleitoral. Dizer que foi inocentado é pouco. Ele nem sequer foi indiciado.
O pessoal do século XXI sabe que Jimmy Carter é um ex-presidente dos Estados Unidos (1977-1981), Prêmio Nobel da Paz de 2002. Passará para a história como um exemplo de retidão. Isso agora. Quando estava na Casa Branca, Carter foi atazanado pela exposição de seu irmão Billy, um caipira alcoólatra que se tornou lobista (registrado) do governo líbio. Criou-se o neologismo Billygate. Morreu em 1988, aos 51 anos, falido. Virou poeira da História.
Ninguém quer a jugular de Vavá, como não se queria a de Billy Carter.
O negócio é outro.
PS.
É isso ai, a oposição golpista e mídia vendida não querem o sangue de Vavá, querem mesmo é derrubar Lula, e, se possível, com sangue.
TRISTE NAÇÃO QUE TEM UMA IMPRENSA DESTA.
DECEPÇÃO DOS TUCANOS .
Recebido por e-mail de:Meryhellen Belle