terça-feira, 15 de março de 2011

280 mil empregos criados em fevereiro desmentem críticas ao governo Dilma

O governo Dilma começou sofrendo um bombardeio de "elogios" indesejáveis no PIG (Partido da Imprensa Golpista), carregando nas tintas sobre uma suposta política econômica excessivamente ortodoxa.
Os estragos na imagem avançou na esquerda, e o tanto de gente de esquerda que ainda lê e acredita no PIG é maior do que se pensava. Não adiantava nada desmentir o PIG, fazendo o contraponto, de que o corte de R$ 50 bilhões era sobre um orçamento virtual impossível de se cumprir, e que o orçamento deste ano, mesmo após os cortes, gastará bem mais do que no ano passado, nada tendo de recessivo.
Agora, à medida que a poeira baixa, e a racionalidade dos números começam a aparecer, as coisas começam a voltar ao seu devido lugar.

Da Agência Reuters:

O emprego formal teve desempenho recorde para o mês em fevereiro, influenciado pelo calendário do Carnaval, e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, previu que março terá também um resultado "muito forte".

Os dados evidenciam a força da economia doméstica em um momento em que o Banco Central tem elevado os juros e sinalizado a adoção de medidas macroprudenciais para reduzir o descasamento entre oferta e demanda.

A economia brasileira criou 280.799 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, informou o Ministério do Trabalho nesta terça-feira. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O dado do mês passado representou uma alta de 37,7 por cento frente a fevereiro do ano passado, recorde anterior, quando foram criados 209.425 empregos.

Segundo Lupi, contribuiu para a alta o fato de o Carnaval ter ocorrido em março. Além de fevereiro ter tido mais dias úteis que no ano anterior, houve uma antecipação das contratações relacionadas às festas, principalmente no setor de serviços.

Lupi afirmou que o resultado de março irá "surpreender" positivamente.

"Março vai continuar muito forte (para o emprego formal)", afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando que acredita que o dado será recorde para o mês.

Em fevereiro, as contratações com carteira assinada somaram 1.797.217 e os desligamentos, 1.516.418. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para expansão do emprego, com 134.342 contratações líquidas, saldo recorde e alta de 0,93 por cento frente a fevereiro de 2010.

Na indústria de transformação, foram criados 60.098 postos de trabalho e, na construção civil, 30.701.

Abaporu chega amanhã para ser exposto no Palácio do Planalto

A exposição Mulheres Artistas e Brasileiras - Produção do Século 20 reunirá cerca de 80 obras, entre telas e esculturas, de 49 artistas brasileiras. 

Começaram a chegar na manhã de hoje, 15/03, as obras que farão parte da exposição em homenagem às mulheres que será realizada no Palácio do Planalto. A obra mais esperada, o Abaporu, de Tarsila do Amaral, deve chegar amanhã para a mostra Mulheres Artistas e Brasileiras - Produção do Século 20.

Símbolo dos mais representativos da pintura modernista brasileira, o quadro Abaporu estava no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires/Malba e foi cedido para a exposição pelo seu dono, o colecionador argentino Eduardo Costantini.

A presidenta Dilma Rousseff se empenhou pessoalmente nas conversas para que a obra fizesse parte da exposição. Quando foi arrematado por Constantini, em um leilão em Nova Iorque, em 1995, o valor pago pela obra foi US$ 1,5 milhão. A pintura em óleo sobre tela foi cedida pelo colecionador para ficar no Brasil durante um mês e meio, tempo que durará a exposição a ser inaugurada pela presidenta no próximo dia 23.

Símbolo máximo da antropofagia brasileira, o nome Abaporu significa, em Tupi, “homem que come gente”, uma referência à proposta modernista de “deglutir” a cultura estrangeira, fazendo uma releitura com base na realidade brasileira. O quadro foi pintado em óleo sobre tela em 1928. A pintora Tarsila do Amaral presenteou o Abaporu ao seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade.

A exposição Mulheres Artistas e Brasileiras - Produção do Século 20 reunirá cerca de 80 obras, entre telas e esculturas, de 49 artistas brasileiras. A Fundação Armando Alvares Penteado/Faap é a responsável pela curadoria.

O Salão Oeste, no primeiro andar do Palácio do Planalto, foi preparado especialmente para a mostra que será aberta ao público. As paredes foram pintadas com uma tinta da cor chamada "menininha", um rosa bem claro.

Muitas das obras que serão expostas fazem parte dos acervos de órgãos públicos, principalmente do próprio Palácio do Planalto, do Palácio do Itamaraty e do Banco Central. A escultura A Mulher e Sua Sombra, de Maria Martins, do acervo do Banco Central, chegou hoje pela manhã.

Também serão expostos quadros de Djanira e Anita Malfatti, entre outras artistas. A mostra também terá obras de artistas contemporâneas como a pintura Estive Feliz, de Beatriz Milhazes e a tela No Bosque, de Mariannita Luzzati.

 

CMS: Obama é persona non grata no Brasil

O MST participa das articulações para organizar protestos contra a política imperialista do governo dos Estados Unidos, durante a visita de Barack Obama ao Brasil.
"Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, persona non grata no Brasil e rechaçam a sua presença em nosso país. O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de ocupar países e agredir povos em nome da 'luta ao terrorismo', afirma nota dos movimentos sociais, assinada pelo MST.
A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), UNE, CUT, Conlutas, Intersindical, CTB, CEBRAPAZ, Sindipetro-RJ e a Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso também assinam o documento.
Nesta quarta-feira, às 18h, acontece a plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama,  na sede do Sindipetro-RJ, que fica Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes.
Abaixo, leia o manifesto dos movimentos sociais.
Obama é persona non grata no Brasil

Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, persona non grata no Brasil e rechaçam a sua presença em nosso país.
O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de ocupar países e agredir povos em nome da “luta ao terrorismo”. Obama tem reiterado  que o objetivo fundamental do seu governo no setor externo é reafirmação da hegemonia estadunidense no mundo, inclusive na área militar.
Dizemos que Obama é persona non grata no Brasil porque, como latino-americanos, sabemos que a política dos Estados Unidos para a América Latina não mudou em nada.  Não aceitamos a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador.
O governo Obama apoiou o golpe militar em Honduras, que retirou do poder o presidente legitimo Manuel Zelaya, e mantém o apoio ao atual governo de fato, que é denunciado por inúmeras violações aos direitos humanos. Como recompensa pelo apoio às forças golpistas, os EUA instalaram duas novas bases militares neste país.
Temos acompanhado a ampliação da presença militar dos EUA na região, tanto as iniciativas dirigidas a instalar novas bases militares na Colômbia, quanto a movimentação de tropas na Costa Rica e no Panamá.
A disputa pelo petróleo está no centro das guerras promovidas pelo imperialismo estadunidense. No caso do Brasil, logo após a descoberta de petróleo nas águas do Atlântico Sul, reativaram a chamada Quarta Frota de sua marinha de guerra e falam ainda em deslocar para estas pacificas águas, os navios de guerra da OTAN. As imensas reservas do pré-sal, estimadas em pelo menos 10 trilhões de dólares, atraem a cobiça dos EUA. Com certeza, o ouro negro brasileiro é uma das maiores motivações da vinda do presidente estadunidense ao nosso país.
Obama também liderou a Organização do Tratado do Atlântico Norte que consagrou um “novo conceito estratégico” a partir do qual se arroga o direito de intervir militarmente em qualquer região do planeta. Os Estados Unidos nunca abriram mão de dominar nossos países e continuam considerando nosso continente como sua área de influência.
Os EUA sob a presidência de Barack Obama falam em Direitos Humanos, mas mantém os cinco heróis cubanos presos injustamente, e reafirmam o apoio à política genocida do Estado sionista israelense contra o povo palestino. Sob Barack Obama, os Estados Unidos mantiveram a presença das tropas de ocupação no Iraque e no Afeganistão, e desde este país bombardeiam o Paquistão. Só nessas guerras já foram mortos dezenas de milhares de civis e inocentes. Sob o seu governo os EUA ameaçam países soberanos como o Irã, a Síria e a Coréia do Norte, e continuam em pleno funcionamento o centro de detenções e torturas de Guantánamo, mantida em território cubano de forma ilegal e contra a vontade deste povo.
Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados Unidos e seus aliados, principalmente os europeus, preparam-se, sob falsos pretextos, para perpetrar novas intervenções militares. Agora, no norte da África, onde, com vistas a assegurar o domínio sobre o petróleo, adotam a opção militar como a estratégia principal. Os Estados Unidos querem arrastar as Nações Unidas para sua aventura, numa jogada em que pretende na verdade instrumentalizar a organização mundial e dar ares de multilateralismo à sua ação militarista e imperial.
No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará visitando o Brasil, acontecerão manifestações em todo o mundo convocadas pela Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Mundial de Dacar, Senegal. O
dia de mobilização global foi convocado para afirmar a “defesa da democracia, o apoio e a solidariedade ativa aos povos da Tunísia e do Egito e do mundo árabe que estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da opressão e exploração”.
O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí. O mundo não pode tolerar uma nova guerra, agora, na Líbia!
É nesse contexto que convocamos a Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama, espaço onde os movimentos sociais de todo o país construiremos uma grande manifestação de repúdio à presença de Obama no Brasil com destaque para a ação que será organizada no Rio de Janeiro no dia 20 de março.
A Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama será realizada na próxima quarta-feira (16/03), às 18h, na sede do Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes).
Abaixo o imperialismo estadunidense!
Assinam esta convocatória:Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso
CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais
Plenária dos Movimentos Sociais - RJ
UNE
MST
CUT
CSP-Conlutas
Intersindical
CTB
CEBRAPAZ
Sindipetro-RJ

Visita de Obama ao Rio: protesto das massas ou plateia adestrada?

Por Marcelo Salles
A visita do presidente dos Estados Unidos ao Brasil, no próximo final de semana, conta com uma forte ação midiática que objetiva sensibilizar o nosso povo. O site da embaixada pede que brasileiros enviem mensagens de boas vindas e promete presentear as melhores com camisas, livros e outros presentes. Corporações de mídia foram contratadas – ou a cobertura que vemos seria apenas reflexo da simpatia? – para divulgar, diariamente, a vinda de Barack Obama. Tudo com muito entusiasmo e leveza, dando um ar “cool” ao mega-evento e fazendo parecer que se trata de uma grande oportunidade oferecida, gratuitamente, pelos sempre benevolentes vizinhos do norte. A visita já ganha contornos de mega-evento, com direito a show musical e tradução simultânea.
A ação midiática tem sua razão de ser. Quando Bush visitou o Brasil, em 2007, milhares de pessoas protestaram no Brasil inteiro. Pude acompanhar as manifestações no Rio de Janeiro, onde consulado estadunidense ficou todo pintado, assim como bancos ianques. O lado triste é que nossa polícia, composta por gente do nosso povo, agrediu os manifestantes.
E é exatamente isso que pode acontecer quando Obama chegar ao Rio no próximo domingo, dia 20. Se milhares saíram às ruas da capital fluminense quando Bush esteve em Brasília, o que podemos esperar quando Obama pisar no Rio? É certo que Obama não é Bush, mas se os ideólogos ianques estivessem tranquilos não haveria necessidade de investir tanto em ações midiáticas.
O Rio de Janeiro tem características específicas, assim como qualquer outra capital. No caso do povo fluminense, ex-capital da República, ex-capital da Colônia, palco de uma mistura infinita de religiões, raças e ideologias, acabamento perfeito da miscigenação de que fala Darcy Ribeiro. Por tudo isso e muito mais, trata-se de uma região cuja capacidade de rebelião não pode ser subestimada. Em 2007, uniram-se partidos de esquerda, movimentos sociais e grupos anarquistas contra a chegada de Bush. Deram uma demonstração clara de que parte expressiva do povo brasileiro não aceitava a política de guerra preventiva, Guantánamo e Abuh Graib de Bush. A aliança será mantida agora, quatro anos depois? Que fenômeno político terá mais relevância no dia 20: o protesto das massas ou a plateia inebriada pelas palavras e imagens sedutoras das corporações de mídia?
A visita de Obama acontece num momento de declínio do império ianque, que apesar disso ainda é a maior economia e a maior potência militar do planeta. No plano interno, o presidente estadunidense tem tido dificuldades de levar adiante sua agenda, ou pelo menos a agenda que foi prometida na campanha. Os EUA seguem invadindo Iraque e Afeganistão, e não conseguiu implementar um sistema público de saúde universal, duas de suas principais bandeiras de campanha.
Em artigo recente, o cineasta Michael Moore destaca um terceiro ponto: o roubo do povo pelos agentes do sistema financeiro, que com a “crise” de 2008 receberam bilhões de dólares do erário com a chantagem de que sem essa transferência haveria uma quebradeira generalizada.
O Brasil, por outro lado, é o país com maior população, maior PIB, maior território e mais riquezas naturais da América Latina. Nos últimos oito anos, milhões de pessoas saíram da miséria e ingressaram na classe média. O mercado de consumo avança, o emprego cresce e as obras não param em todo o território nacional.
No cenário internacional, o Brasil é um país cada vez mais respeitado. Saímos da posição de expectadores para a condição de um ator relevante. Somos escutados, requisitados para mediar conflitos, duplicamos nossas representações diplomáticas em todo o mundo e temos boas probabilidades de ingressar como membro efetivo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Nos últimos anos, ao contrário do que certos colunistas afirmam, o Brasil não manteve uma posição de enfrentamento aos EUA. Nós simplesmente passamos a expressar nossas próprias opiniões – isso sim incomodou àqueles que só enxergam o Brasil seguindo ordens de Washington.
Na nova ordem multilateral seguida pelo Brasil, ampliamos nossas relações comerciais com nossos vizinhos latino-americanos e estabelecemos novas negociações com outros parceiros, especialmente países africanos e árabes. O eixo Sul-Sul foi fortalecido, de modo que, proporcionalmente, foi reduzida a relevância (e com isso a influência) da relação com os Estados Unidos.
Nessa conjuntura, Obama deve vir ao Brasil com um discurso de conciliação. Vai querer ganhar o apoio do “gigante do Sul” para a sua esfera de influência, e dessa forma reforçar sua disputa global com China e União Europeia. No plano interno, uma aproximação comercial com o gigante do sul pode dar uma sobrevida ao país em crise. Mas quais seriam as consequências para a integração latino-americana?
Vamos acompanhar com atenção as movimentações das ruas e as articulações diplomáticas, com a certeza de que em jogo estão os interesses não apenas de Brasil e Estados Unidos, mas de todo o povo latino-americano.

Marcelo Salles, jornalista, atuou como correspondente da revista Caros Amigos no Rio de Janeiro (2004 a 2008), e em La Paz (2008 a 2009).
*Matéria publicada originalmente no O Escrevinhador

Unidos de A a Z

Uma impressionante unanimidade congrega as correntes internas do PT: o retorno ao partido de Delúbio Soares, símbolo do chamado mensalão. Por Soraya Aggege. Foto: Márcio Fernandes/AE 
A direção nacional do PT acaba de articular o retorno do único integrante expulso na crise de 2005, o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha no “processo do mensalão”, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), ele deve ser anistiado com mais de 70% dos votos do Diretório Nacional que se reunirá no fim de abril. Depois da provável absolvição, o ex-tesoureiro dará início aos seus projetos eleitorais para 2012 e 2014, em Goiás. Pelas regras internas, fica aberta a possibilidade de sua volta à direção da legenda.
Delúbio não reconheceu nenhum erro em seu pedido de refiliação, mas a maioria considera injusto manter a punição ao ex-tesoureiro. O argumento principal e repetido de A a Z no espectro das correntes internas é que “todo o partido errou”. Há uma tensão sobre os efeitos dessa anistia para a imagem do partido, que acabou estigmatizado por uma ampla parcela do eleitorado. Os dirigentes defendem, porém, ser este o momento certo para a anistia: há folga no calendário eleitoral e a oportunidade de transferir o debate sobre os erros para a reforma política que tramita no Congresso.
Mesmo os poucos contrários ao retorno de Delúbio admitem ter havido conivência interna e alegam que o PT acabou “vítima” do próprio sistema político que pretendia transformar. Eles defendem uma inversão nas prioridades: antes de aceitar o ex-tesoureiro de volta, é preciso liderar uma reforma política que resulte no financiamento público das campanhas. Para a maioria, não há motivos para prolongar a “injustiça”. O argumento é de que, sem provas da existência de um pagamento mensal a parlamentares em troca de apoio, os erros cometidos fazem parte das práticas eleitorais brasileiras. Internamente, os petistas frisam que o principal acusado, o ex-ministro José Dirceu, voltou ao diretório no ano passado. Não haveria, portanto, motivo para não reintegrar o ex-tesoureiro. Artigo completo ::aqui:: Carta Capital


Financiamento imobiliário, profissionalização e Copa do Mundo 2014

A coluna Conversa com a Presidenta desta semana traz perguntas de leitores sobre financiamento habitacional, educação profissionalizante para adultos e a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. A primeira foi feita por Elaine de Oliveira, corretora de imóveis de Bauru (SP): “Depois do programa Minha Casa Minha Vida, os financiamentos de imóveis usados estão demorando demais junto à Caixa. Alguns proprietários desistem da negociação. O que a senhora pode fazer para melhorar essa situação, ajudando assim, nós, corretores de imóveis?”
A presidenta Dilma Rousseff, em resposta, afirmou que graças à prioridade que o governo federal deu à habitação, o financiamento de imóveis cresceu 16 vezes nos últimos oito anos – em 2002, a Caixa Econômica concedeu R$ 4,8 bilhões de financiamento em crédito imobiliário e, em 2010, chegou a R$ 77,8 bilhões, com a assinatura de 1,2 milhão de contratos.
“Esses financiamentos beneficiam milhares de famílias, que realizam o sonho da casa própria, e multiplicam os negócios do setor, incluindo a corretagem. Mas, ao mesmo tempo, causa um certo descompasso entre o volume da procura e a estrutura de atendimento disponível. Várias medidas estão em curso, inclusive a modernização de sistemas tecnológicos. Acreditamos que em breve será possível dotar todas as agências da Caixa Econômica de condições de pronto atendimento.”
Silvano Silva de Lima, desempregado de Arcoverde (PE), informou à presidenta que Pernambuco recebeu obras federais, mas que mesmo assim não conseguiu uma vaga de emprego, apesar de estar inscrito na Agência do Trabalho. “No seu governo serão criados cursos de profissionalização para capacitar as pessoas”, questionou. A presidenta afirmou que desde o governo passado, “estamos gerando um volume recorde de novos empregos e oferecendo capacitação para os trabalhadores”, resultando em um dos menores índices de desemprego da história. Segundo ela, a meta para este ano, em Pernambuco, é capacitar 6.180 trabalhadores, para atuarem na construção e obras das refinarias e dos estaleiros, além de cursos para diversas funções nas indústrias de açúcar e de álcool.
“E aí em Pernambuco, em breve você terá novas oportunidades de emprego. O Ministério do Trabalho e Emprego vai oferecer gratuitamente cursos de qualificação para os trabalhadores do estado, dentro do Plano Setorial de Qualificação (Planseq)… Pernambuco contava, até 2002, com 8 escolas técnicas e, no governo passado, nós criamos mais 7 unidades. No total, elas ofertarão neste ano 18.175 vagas.”
Neire Lapa Claro, dona de casa de Santos (SP), quis mais detalhes do andamento das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e manifestou receio de “expormos ao mundo o nosso despreparo”. No entanto, a presidenta Dilma garantiu não ter a menor dúvida de que o Brasil terá sucesso nessa empreitada, “mesmo não sendo uma tarefa fácil preparar um evento dessa magnitude”.
“O Mundial vai contribuir para o nosso projeto de desenvolvimento, gerando empregos e aumentando a renda do trabalhador. Estimamos que serão criados 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários. O evento tornará o Brasil uma vitrine internacional – esperamos receber cerca de 600 mil turistas. No setor de infraestrutura, os investimentos chegarão a R$ 33 bilhões, com 68% de participação do governo federal. Quanto às preocupações, lembro que durante a Copa das Confederações, realizada na África do Sul apenas um ano antes da Copa do Mundo, dizia-se que o país não conseguiria realizar as obras necessárias a tempo. No entanto, o Mundial foi considerado um sucesso.”

O DRAMA JAPONÊS E O PAPEL DO ESTADO: NA CATÁSTROFE, OS MERCADOS RECUAM

"A paralisação de boa parte da máquina produtiva do Japão, a terceira economia mundial, espalha dificuldades para toda a rede integrada de fabricação regional asiática, em uma cadeia de consequências que atinge o Brasil. Com a destruição assustadora do nordeste do país, o perigo de mais vazamentos radioativos na usina nuclear atingida pelo terremoto e sem perspectiva de regularização do fornecimento de energia por várias semanas, a Sony, maior exportadora japonesa de eletrônicos de consumo, suspendeu a operação de dez fábricas. A Toyota, maior montadora do mundo, fez o mesmo ..." (Valor).
 "...a catástrofe exigirá, sem dúvida, um imenso gasto público para auxiliar o processo de recuperação, mesmo que isto deprima a economia japonesa e reduza a arrecadação fiscal..." (Paul Krugman; NYT)

Carta Maior

Privatizadas, ferrovias patinam no Brasil

"Setor, que seria alternativa à dependência das rodovias no Brasil, patina nas mãos de um monopólio"
Acidentes em trens de cargas, descarrilamentos e até denúncias de trabalho escravo viraram rotina na vida das concessionárias que se apropriaram dos ramais ferroviários brasileiros desde a década de 1990. Naquela época, sob gestão do BNDES, houve a quebra do monopólio público. Desde então, as promessas de ampliação e modernização da malha ferroviária não se concretizaram. As principais empresas controladoras hoje são a Vale e a América Latina Logística (ALL). Como demonstra o especialista Paulo Sidnei Ferraz, a população é refém de um modelo de transportes dependente do modal rodoviário, que responde ao interesse econômico do frete rodoviário e mantém a lucratividade nas mãos de dois grupos privados nas ferrovias. Uma alteração desse quadro passaria pela retomada do monopólio público. Em entrevista ao Brasil de Fato, Ferraz, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), analisa que a matriz de transporte ferroviário e a navegação de cabotagem, no lugar do rodoviário, seriam saídas para o tema ambiental e para a diminuição da queima de combustível.

Brasil de Fato – Quais empresas detêm o monopólio das ferrovias no Brasil e que prejuízo causam para a população?

Paulo Sidnei Ferraz – Transcorridos 14 anos da desestatização das ferrovias no Brasil, temos a desativação de vários ramais, ou seja, 40% da malha arrendada aos concessionários, que isolou tradicionais cooperativas, assim como prejudicou médios e pequenos produtores. Outro problema sério é a falta de modernização e aumento real da frota de locomotivas, que impede a ampliação da oferta de transporte ferroviário, sendo apenas atendidos os clientes de maiores volumes. Então temos hoje um monopólio privado do transporte ferroviário no país, concentrado nas mãos da América Latina Logística (ALL) e da Vale, sendo parceiros de outros monopólios ou cartéis de controladores de grãos, minérios, cimento etc.

Leia entrevista completa ::aqui::


Vergonha e cinismo

A ocupação do Bahrein pelas forças armadas da Arábia Saudita - uma ditadura religiosa das mais atrasadas e repressivas de todos os tempos - e por contingentes policiais de um chamado Conselho de Cooperação do Golfo (CGC) diz tudo do mundo de hoje, de como se manipula as crises e a realidade.

Já era gritante a diferença de atuação das potências ocidentais, que parecem viver na época do colonialismo. Faziam de tudo por uma intervenção, mesmo que unilateral, para apoiar os rebeldes na Líbia, e pediam aos países vizinhos que invadissem o Bahrein para sustentar a atual monarquia sunita, liderada pelo rei sunita Hamad Ben Isa al-Khalifa.

O rei representa uma dinastia que impera no Bahrein há mais de dois séculos, mas os sunitas são apenas 30% da população do Bahrein, os outros 70% são da etnia xiita. Raras vezes na história prevaleceu tanto a política dos dois pesos e duas medidas quanto na atual conflagração dos países árabes e do Oriente Médio.

A prevalência dos dois pesos e duas medidas


Lá, mais do que nunca, para os amigos todo apoio, pouco importa se ditaduras ou não; para os inimigos ou adversários o banimento da comunidade internacional e se possível invasão para depor o governo - situação da qual a Líbia é o caso mais flagrante.

No caso do Egito e da Tunísia os Estados Unidos e a Europa fizeram de tudo para controlar a transição quando se deram conta que os regimes comandados por ditadores amigos seus levados ao poder e sustentados por eles por várias décadas - casos do egipcio Hosni Mubarak e do tunisiano Zine el-Abidine Ben Ali  - iam cair ante as revoltas populares e o clamor das ruas.

Essa é a realidade. Vamos ver como se comportarão nossa midia e seus articulistas. A invasão do Bahrein foi ontem e hoje eles ainda se mostram tímidos no noticiário e nas análises, mas já encampando tudo o que vem a respeito via agências internacionais que todos sabemos manipuladas pelas potências, pelos EUA e Europa.

Francamente, encampar como faz a mídia hoje, a posição de Washington, que diz não se tratar de uma invasão do Bahrein e que não endossou a ação da Arábia Saudita - um de seus maiores aliados regionais e que os EUA usam como contraponto à presença do Irã na região - é conto da carochinha, história para boi dormir, não?

Senado exonera servidoras "fantasmas" do gabinete de Efraim

Quase um ano depois das denúncias contra o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), o Senado exonerou nesta segunda-feira servidoras acusadas de trabalharem como "fantasmas" do ex-parlamentar.
A exoneração das irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva foi publicada no Boletim Administrativo da Casa. As duas não vão receber indenização nem qualquer tipo de pagamento rescisório até que o Senado conclua as investigações.
Além das irmãs, a servidora Mônica da Conceição Bicalho também foi exonerada nas mesmas condições.
O caso foi revelado em maio do ano passado. As duas irmãs foram nomeadas para os cargos de assistentes parlamentares no Senado, com salário mensal de R$ 3.800. Mas alegaram não saber que eram servidoras.
À Polícia Civil, elas disseram que duas amigas pediram seus documentos e autorização para abrir conta em banco para receberem uma suposta bolsa de estudos da UnB (Universidade de Brasília). Uma das amigas que teriam pedido os documentos é Mônica, que na época prestava assessoria jurídica para o senador.
Em junho de 2010, o Senado instaurou processo de investigação para apurar as denúncias. A Polícia Legislativa encaminhou o inquérito contra Efraim ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não foi concluído.
Como o ex-senador não foi reeleito para o Congresso, perderá direito ao foro privilegiado --o que vai levar o caso à Justiça comum.
Na época, a Justiça bloqueou os bens de seis acusados da fraude, entre eles Mônica Bicalho e membros da sua família que trabalhavam no gabinete de Efraim.

Gaddafi reage e “surpreende” (?) a mídia ocidental

Rodrigo Vianna, O Escrevinhador

“Depois que as revoltas populares no Egito e na Tunísia conseguiram derrubar ditadores instalados no poder há décadas, parecia inevitável que o mesmo ocorresse na Líbia. Gaddafi está há 4 décadas no poder. Nos anos 70 e 80, era apontado como “terrorista”, e teve palácios bombardeados pelos EUA. Nos últimos anos, tinha virado “aliado” do Ocidente (claro, abriu o país para exploração do petróleo por empresas estrangeiras).

Mesmo assim, Europa e EUA enxergaram na revolta popular contra Gaddafi uma chance de tirar do poder um ditador instável e pouco confiável (para os interesses ocidentais). A imprensa ocidental passou a operar em uníssono: a queda de Gaddafi seria uma questão de tempo. O líder líbio ajudou a compor esse quadro de queda iminente, com declarações enlouquecidas – como a de afirmar que seus opositores tinham ingerido “pílulas alucinógenas” enviadas pelo Ocidente.

Quando a Telesur e a Al-Jazeera afirmaram que o quadro na Líbia era diferente de Egito e de Tunísia, porque Gaddafi tinha apoio popular, foram tratadas como emissoras “excêntricas”, pontos fora da curva.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Continuar a orar, continuar rezando pelo Japão, pelo povo japones

Delegação do PT visita partido comunista chinês

Liderada pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, uma delegação petista vai à China no final de março e retorna ao Brasil no dia 2 de abril. Será a quarta reunião oficial entre o PT e o Partido Comunista Chinês desde que foi assinado o protocolo de cooperação em 2004.
Acompanha Dutra a secretária de Relações Internacionais, Iole Ilíada; o secretário de Formação Política, Carlos Árabe; o secretário de Organização, Paulo Frateschi; o secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto; e o dirigente nacional Valter Pomar, secretário-executivo do Foro de São Paulo. Lá eles participam de seminário teórico, reuniões de trabalho, visitas, e ainda serão recebidos oficialmente pelo PC Chinês.
A partir do governo Lula, o Brasil multiplicou várias vezes a venda de produtos brasileiros para os chineses. Também aumentou a compra de produtos da China pelo Brasil, mas o saldo comercial ainda é favorável aos brasileiros, informa o jornalista Wladimir Pomar, autor de vários livros e estudos sobre o maior país do Oriente. Ele e a secretária de Relações Internacionais, Iole Ilíada, falaram ao programa TVPT Entrevista, quando explicaram como será a visita da delegação brasileira. Wladimir aproveitou para desfazer alguns mitos divulgados pela mídia a respeito da China. (Chico Daniel – Portal do PT)
TVPT Entrevista – Clique na tela abaixo para assistir