terça-feira, 30 de novembro de 2010

Paulo Bernardo é escolhido como ministro das Comunicações do governo Dilma

Redação Portal IMPRENSA




Anunciado como novo ministro das Comunicações para o governo de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo (PT), atual ministro do Planejamento, substituirá José Artur Filardi (PMDB) na pasta e deverá ter como missão reorganizar a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), local de escândalos de corrupção desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agência Brasil

Paulo Bernardo (PT)

Outra tarefa imposta a Bernardo será promover o Plano Nacional de Banda Larga, projeto atualmente sob os cuidados da Casa Civil, informa O Estado de S. Paulo.

O novo ministro também assumirá o controle sobre o novo marco regulatório das comunicações. Seu anteprojeto será entregue pelo atual ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, que deixará o governo.

Com a reorganização do ministério, o PMDB pode ser compensado da perda com o controle do ministério das Cidades no próximo governo petista.


BLOG DO ANDRÉ VARGAS
DEPUTADO FEDERAL PT/PR

Governo Federal decreta desapropriação de fazenda em Pedras de Fogo

O Governo Federal declarou de “interesse social para fins de reforma agrária” o imóvel rural denominado Fazenda Lucinéia, no município de Pedras de Fago, a 54 km de João Pessoa. O decreto assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicado no Diário Oficial da União.

A fazenda, com 201 hectares, terá capacidade para abrigar 15 famílias. Segundo o superintendente do INCRA-PB, Marcos Faro, a desapropriação representa uma esperança a mais para as famílias que aguardam terra para trabalhar e tirar o seu sustento.

A próxima ação do Incra, em relação à fazenda desapropriada, será a realização do levantamento de tudo o que existe no imóvel, a exemplo de casas, açudes e poços, para ser avaliado o valor da indenização que será paga aos proprietários.

Com a publicação do decreto presidencial, a Superintendência Regional do Incra/PB fica autorizada a promover a desapropriação e dar andamento à criação do novo Projeto de Assentamento, observando as áreas de reserva legal (equivalente a 20% da área do imóvel) e de preservação permanente (margens de rio, cumes de morros etc.).

MaisPB - com assessoria

Dilma acompanha Lula no Pará para inauguração das eclusas de Tucuruí

Do Blog os Amigos do Presidente Lula



Após semanas em reuniões internas para tratar da transição de governo, a presidente eleita Dilma Rousseff acompanhará, nesta terça-feira (30), o presidente Lula na inauguração das eclusas do Tucuruí, no Pará.

Esta será a primeira vez que Dilma e Lula vão participar de um evento em comum após a campanha presidencial.

As obras das eclusas de Tucuruí permitirão a retomada na navegação de cargas e passageiros pelo rio Tocantins. A hidrovia Araguaia-Tocantins ligará o porto de Belém à região do Alto Araguaia, em Mato Grosso, e terá extensão de quase 2.000 km. O trajeto era impossibilitado pelo desnível de aproximadamente 75 m provocado pela usina hidrelétrica.

Na agenda presidencial está prevista:

Horário local de Estreito (MA) e Tucuruí (PA): menos 1h em relação a Brasília

10h - Visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito (MA) para início do
enchimento do lago Rio Tocantins, divisa entre Tocantins e Maranhão, próximo ao
município de Estreito

11h - Cerimônia alusiva à visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito para início do enchimento do lago

13h45 - Chegada a Tucuruí

14h15 - Visita em balsa, até as eclusas de Tucuruí (sistema de transposição de desnível dos rios Tocantins e Araguaia)

16h - Cerimônia de inauguração das eclusas de Tucuruí, contratação de 41 engenheiros formados na usina hidrelétrica Tucuruí pela usina hidrelétrica Belo Monte e assinatura do contrato de financiamento para a expansão do suprimento energético da Ilha de Marajó - Local: Usina hidrelétrica Tucuruí, bairro Nova Matinha

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Programa de crédito para agricultores familiares deixa de ter valor mínimo de contratação

Produtores podem acessar recursos do Pronaf Mais Alimentos para compra de máquinas e implementos agrícolas

A exigência do valor mínimo de R$ 10 mil para contratação de crédito pelo Pronaf Mais Alimentos – que permite ao agricultor familiar investir em modernização e aquisição de máquinas e de novos equipamentos - foi retirada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na última quinta-feira (25). De acordo com o Ministério da Fazenda, o objetivo da medida é permitir que agricultores familiares de menor poder aquisitivo possam comprar máquinas, equipamentos e implementos agrícolas com taxa de juros de 2% ao ano, mas com a possibilidade de desconto de 15% nos preços dos bens.

A redução dos preços foi estabelecida por meio de acordo entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e as empresas fabricantes.

Antes da alteração, os produtores que compraram esses equipamentos por um valor inferior a R$ 10 mil pagaram taxas de juros de 1% ao ano, mas não tiveram direito ao desconto de 15%, segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. Ele assinalou ainda que a falha já foi corrigida.

Agora, o agricultor terá direito de escolher entre a taxa de 1% ao ano, sem rebate, ou a de 2%, com 15% de redução no valor do produto. Com a situação anterior, um produtor familiar que comprasse um implemento agrícola por R$ 9,9 mil, por exemplo, não tinha desconto, enquanto um que adquirisse um bem de R$ 12 mil desembolsava, com a redução de 15%, R$ 10,2 mil.

Ao final, a diferença de R$ 2,1 mil entre os implementos ficava em R$ 300, porque o primeiro produtor familiar não tinha direito ao desconto do Pronaf Mais Alimentos.

por Secom

Esnobado pelo PSDB, PPS quer formar bloco de oposição com o PV

Encolhido depois das eleições 2010 e esnobado por “aliados” como PSDB e DEM, o PPS vai propor ao PV formar um bloco de oposição ao governo na Câmara dos Deputados. A decisão foi debatida no sábado (27), em encontro do partido que reuniu mais de cem representantes do partido que participaram de encontro encerrado.

No encontro, o presidente da sigla, Roberto Freire, descartou definitivamente uma fusão com o partido tucano. “Não queremos fusão [com o PSDB]. Queremos discutir e propor a social-democracia”, reforçou Jungmann.

A união com o PV — que elegeu 15 deputados em outubro — visa a reunir número suficiente de parlamentares para conquistar lugares na Mesa Diretora e nas comissões da Câmara. O PPS pode tentar também formar uma frente com partidos menores para tentar ganhar um mínimo de musculatura no Congresso.

A legenda viu reduzir de 22 para 12 o número de deputados na Câmara e tem apenas Itamar Franco (PPS-MG) no Senado. O presidente do partido, Roberto Freire, já admite até mesmo deixar a oposição e integrar-se à base de Dilma, desde que o Palácio do Planalto altere a atual política econômica.

De acordo com o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), a ideia mais forte é que o PSDB e o DEM também façam parte do bloco — mas as legendas ainda não se manifestaram. “Se eles [PSDB e DEM] não quiserem ou não responderem, vamos procurar o PV. Queremos espaço na Mesa [Diretora]”, disse o deputado.

Só que a inclinação do PV é fechar acordo com o “bloco de esquerda” (PCdoB, PSB e PDT e PRB), desde que garanta a Comissão de Meio Ambiente. O líder do PV na Câmara, Edson Duarte (BA), foi designado pelo partido para a articulação política dentro do Congresso e refutou qualquer possibilidade de o partido se juntar neste primeiro momento à oposição.

“A tendência é o PV formar bloco com partidos da base governista como o PSB e o PSC. O PPS também tem historicamente boas relações com o PV, mas, se tiver com o PSDB, certamente recusaremos”, afirma. “Com o bloco, poderemos ter maior espaço político, sobretudo nas comissões — o que tivemos muita dificuldade nessa legislatura por estarmos sozinhos.”

Da Redação, com agências

Por iniciativa do PT, Câmara dos Deputados debate crise cambial

O plenário da Câmara transforma-se em Comissão Geral na próxima quarta-feira (1º), às 10h, para debater a crise cambial.

A solicitação foi feita pelo Partidos dos Trabalhadores e o requerimento assinado pelo líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE).

O objetivo é discutir a expansão dos conflitos cambiais no mundo e seus reflexos negativos no desenvolvimento do Brasil.

Liderança do PT/Câmara

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PT do Guarujá/SP e o PT de todo Brasil esta de luto! Calaram uma vóz

Luís Carlos Romazzini era professor, advogado e vereador filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Natural de São Francisco, interior do estado, Professor Romazzini como era conhecido, vinha travando uma luta muito intensa contra a corrupção na administração municipal. Romazzino chegou inclusive a registrar boletim de ocorrência temendo um atentado contra sua vida. Ele incomodava muito com suas ações de fiscalização.
Não podemos deixar que esse caso caia no esquecimento, atenção, esse crime não pode ser investigado pela policia paulista, tem que ter sua investigação e processo federalizado, os culpados ou o culpado tem que ser identificado, preso e condenado e toda a sujeira que envolve esse assassinato seja amplamente divulgado.


Naza do PT, Observador do 13, Nego Zhim, Hermano Queiroz, Sandro e Octávio, todos petistas aqui de João Pessoa na Paraíba, pedem que as autoridades do PT de São Paulo e da Direção Nacional solicitem a entrada da Polícia Federal para apurar esse caso.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Juíza libera ossadas de guerrilheiros do Araguaia para análise - Portal Vermelho

A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara do Distrito Federal, autorizou a liberação dos possíveis restos mortais de desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia para serem identificados por laboratório contratado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. As ossadas estão guardadas na Universidade de Brasília (UnB). Organizada por militantes do PCdoB no início da década de 70, a guerrilha é considerada o maior movimento de resistência armada à ditadura militar.

A juíza Solange Salgado é a mesma que autorizou escavações no Cemitério de Xambioá (TO) realizadas no final de agosto pelo Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), criado em 2009, para localizar restos mortais de guerrilheiros do Araguaia em cemitérios clandestinos na região.

Segundo a Agência UnB, os quatro conjuntos de restos mortais, guardados sob forte vigilância em urnas individuais, foram encontrados pelo GTT. Os restos estão sob a responsabilidade do professor do Departamento de Patologia, Malthus Fonseca Galvão, no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Para fazer a nova identificação dos ossos será empregada um técnica conhecida como SNP. O professor Malthus Galvão diz que essa tecnologia tem maior probilidade de sucesso em materiais que sofreram muita deterioração. “Seja em função do contato com a umidade ou com a terra há degradação do DNA”, explicou.

Dos desaparecidos da guerrilha, somente dois guerrilheiros foram identificados: Bergson Gurjão Farias e Maria Lúcia Petit.

De Brasília,
Iram Alfaia com informação da Agência UnB

Blogueiros com Lula: os bastidores de uma entrevista histórica

Alguns bastidores da entrevista com Lula [concedida na quarta-feira (24), em Brasília, aos blogueiros Altamiro Borges (Blog do Miro), Renato Rovai (Blog do Rovai), Leandro Fortes (Brasília, Eu Vi), José Augusto Duarte (Os Amigos do Presidente Lula), Túlio Viana (Blog do Túlio Viana); Pierre Lucena (Acerto de Contas); William Barros (Cloaca News); Altino Machado (Blog Altino Machado); Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania); e Rodrigo Vianna (Escrevinhador)].

Por Renato Rovai, em seu blog

Ao final da entrevista o presidente, com as câmeras e microfones já desligados, disse que queria se comprometer a já agendar uma próxima entrevista com aquele grupo para logo depois que deixasse a Presidência. "Porque eu quero tratar com vocês do mensalão, quero falar longamente dessa história e mostrar a quantidade de equívocos que ela tem. Porque o Zé Dirceu pode ter todos os defeitos do mundo, mas…"

Quando o presidente ia completar a frase, um dos fotógrafos pediu para que ele se ajeitasse para a foto e o pensamento ficou sem conclusão. Ficou claro que o presidente considera esse caso mal resolvido e que vai entrar em campo assim que sua residência oficial passar a ser em São Bernardo do Campo.

Em muitos momentos da entrevista, Lula demonstrou que considera que o comportamento da imprensa brasileira foi mais do que parcial, foi irresponsável. Isso ficou evidente quando disse que a cobertura do acidente da TAM foi o momento mais triste do seu período presidencial. Lembrou que à época alguns jornais e revistas escreveram editoriais falando que o governo carregava nas costas 200 cadáveres.

Ele também introduziu na entrevista, sem que a blogosfera perguntasse, a questão da política internacional. E falou dos bastidores de sua ação na negociação com o Irã. Ao trazer uma negociação desse porte para a pauta da entrevista, o presidente pode ter sinalizado que o palco internacional faz parte do seu projeto futuro.

Depois das eleições

Lula não fala nada sem pensar e gratuitamente. Quando se está frente a frente com ele, isso se torna ainda mais evidente. Lula é hoje um político preparadíssimo. E falou, por exemplo, que o PT do Acre errou e que por isso Dilma perdeu feio lá para mandar um recado aos irmãos Viana, que controlam o partido no estado.

Aliás, depois da entrevista ele fez questão de chamar o blogueiro Altino Machado de lado e voltou a tocar no assunto. Disse que vai ao Acre ainda no primeiro semestre de 2011. E que quer conversar com Altino quando for lá.

Ele também falou que vai tratar do caso Paulo Lacerda quando sair da Presidência. Tudo indica que a sua melhor entrevista ainda está por vir. Será aquela em que ele vai poder falar de tudo sem o ritual do cargo.

Esse encontro com Lula ainda merecerá outros posts deste blogueiro, mas aproveito para contar um pouco dos bastidores que o antecederam. Em agosto, solicitei em nome da comissão do 1º Encontro da Blogosfera Progressista essa coletiva com o presidente. A resposta veio rápida. O presidente aceitava, bastava construir uma agenda.

Entre a organização do encontro se estabeleceu um debate sobre se seria conveniente ou não que ele ocorresse antes das eleições. De comum acordo com a assessoria da Presidência definiu-se que seria jornalisticamente mais interessante que acontecesse agora. Para que se evitasse o inevitável, que se tentasse descaracterizar o encontro com acusações do tipo "ação de campanha".

Quantas vezes

Uma das preocupações que também surgiu desde o início foi a de que os blogueiros que participassem representassem a diversidade do país. Isso foi conseguido. Entre os dez que estiveram com Lula na quarta-feira, havia gente de sete estados brasileiros e de todas as regiões. Também havia diversidade de gênero na lista inicial. Eram quatro as mulheres que participariam: Helena, do blog Amigos do Presidente Lula; Ivana Bentes, da UFRJ; Conceição Lemes, do Viomundo; e Maria Frô, do Blog da Maria Frô.

Por motivos diferentes elas não puderem vir a Brasília. Maria Frô conseguiu participar pela twitcam. Ivana Bentes, que também ia entrar por esse sistema, não conseguiu por problemas técnicos.

Ao fim, quem imaginava que seria um encontro chapa-branca se surpreendeu. Quantas vezes na história deste país o presidente da República foi perguntado, por exemplo, sobre por que não se avançou na democratização das comunicações? Quantas vezes lhe perguntaram por que recuou no PNDH-3? Quantas vezes ele teve de se explicar sobre a saída de Paulo Lacerda da Polícia Federal? Quantas vezes ele foi cobrado sobre o governo não ter se empenhando para a aprovação das 40 horas semanais? Quantas vezes Lula falou sobre o Acre e suas idiossincrasias políticas? Quantas vezes discutiu o capital estrangeiro na mídia? Quantas vezes falou sobre AI- 5 digital? Quantas vezes tratou da educação para o povo negro? Quantas vezes abordou a cobertura da Globo no episódio da bolinha de papel?

Pode-se gostar ou não desta entrevista, mas uma coisa não se pode negar. Ela entra para a história da cobertura política brasileira.


Portal Vermelho

Lula: quem torturou Dilma deve estar sendo torturado por dentro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que quem torturou a presidente eleita, Dilma Rousseff, nos anos 1970, "deve estar sendo torturado por dentro". Lula, que escolheu Dilma pessoalmente como candidata do PT e se envolveu bastante em sua campanha, disse em um ato público que sabe que não se enganou.
"Eu fiquei muito orgulhoso porque a Dilma é uma mulher que na década de 1970, muito jovem, o mundo dela ruiu. A hora que você milita na esquerda brasileira, você é presa três anos e meio, torturada, ou seja, acabou. Quem torturou pensou que tinha acabado com a vida dela na política, agora deve estar sendo torturado por dentro", afirmou.
"Se a Dilma tomou choque, o choque que esse cara está tomando por dentro agora é de uma grandeza que ele não imagina. Ele ver aquela menina que ele torturou virar depois de mulher, presidente da República deste País, sem o ódio que ele tinha", disse o presidente.
Lula também manifestou sua confiança em que os projetos sociais que seu Governo conduziu durante os últimos oito anos serão "expandidos" e "melhorados" durante a gestão de Dilma e citou o "Luz para todos", que levou energia elétrica a "13 milhões de almas brasileiras que saíram do século XVIII e vieram para o século XXI em oito anos".
Segundo Lula, o êxito de sua gestão e a popularidade de 80% que mantém após oito anos no poder se devem ao fato de "entender que em um Governo democrático faz o que se pode fazer".

Agricultora que fez o presidente chorar



Blog do Planalto

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A torturante construção de uma verdade torturada

Parte das verdades que os meios de comunicação pretensamente descortinarão nos próximos dias foram construídas segundo crudelíssimos estratagemas de tortura. Outra parte, se não obtida na atitude imediata da mão torturadora, constitui-se de argumentos criados para respaldar a tortura posterior.

No último setembro, às vésperas das eleições presidenciais, a Folha de S.Paulo engatinhou até as barras das fardas e togas do Superior Tribunal Militar, sob o intuito de revelar o mistério sangrento que ela julga existir no passado de Dilma Vana Rousseff. A partir da revelação midiática de verdades presentes nos processos militares, a Folha intentava, naquele momento, solapar a candidatura da petista, incrustando definitivamente em Dilma o estigma de terrorista. Nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, o jornal em questão anunciou, em matéria de capa, sua aparente vitória: o STM decide pela abertura pública do processo sobre a presidente eleita. Em alguns dias, os meios de comunicação divulgarão seus recortes das informações constantes naqueles documentos empoeirados. O que revelarão? A torturante construção de uma verdade torturada.

Foucault definiu a tortura como um mecanismo de produção de verdades. Nela haveria algo de inquérito, na medida em que através da violência se investiga ou se cria um acontecimento, mas também persistiria algo de duelo, de modo que o torturado digladia com o torturador, resiste à dor, silencia ou rejeita acusações, desafiando a força absoluta que contra ele se impõe. A tortura constrói verdades ao tempo em que o torturado é levado à exaustão da confissão oficialesca ou à incapacidade profunda de afastar de si incriminações ou fatos, ainda que se negue a confessar. O torturador entra no jogo vencendo e sai dele auto-proclamadamente vencedor. O torturado, mesmo resistindo, resta destroçado, julgado e condenado do início ao fim do processo, perdedor.

Parte das verdades que os meios de comunicação pretensamente descortinarão nos próximos dias foram construídas segundo crudelíssimos estratagemas de tortura. Outra parte, se não obtida na atitude imediata da mão torturadora, constitui-se de argumentos criados para respaldar a tortura posterior. Emergirão, assim, das letras de oficiais torturadores e da edição dos meios de comunicação, fatos esculpidos a sangue pelo próprio aparelho repressor. Dilma Rousseff foi torturada durante anos sobre os cadafalsos internos e opacos da ditadura – a qual a Folha designou, noutro momento, como “ditabranda”. Duelou, contundente, com um Regime que a obrigou a mentir para proteger as vidas de novos possíveis torturáveis, como ela própria atestou no memorável discurso de resposta ao senador Agripino Maia (DEM - RN), quem, àquela ocasião, numa reunião de uma comissão parlamentar, levantava suspeitas acerca da honestidade da então ministra. Dilma, contudo, nada guarda de perdedora.

Aqui, acredito, encontram-se vestígios do que movimenta a Folha de S.Paulo e os interesses a ela associados. Porque apesar de matérias de capa e decisões judiciais, alguns setores sociais historicamente vencedores – ou “dominantes”, para utilizar a expressão da melhor tradição marxista – não andam vencendo o bastante neste país. Esses setores se valem da manipulação retórica das bandeiras políticas de movimentos democráticos, como a da abertura dos arquivos da ditadura, convertendo-as em alavancas para o ataque à opção popular. Basta relembrar a oposição desses mesmos setores às propostas do PNDH 3 a esse respeito e o mencionado oportunismo virá, constrangido, à tona. A abertura dos arquivos, afinal, trata-se originariamente de uma investida democrática contra os segredos de déspotas e não de um afã punitivo sobre pessoas que se levantaram contra o autoritarismo, as quais, a despeito de terminologias seletivas e conservadoras, nada têm de “terroristas”.

Militares e militantes, é verdade, estavam em lados opostos de um mesmo conflito. Entre eles, no entanto, faz-se impossível comparar responsabilizações. Não se encontravam numa “guerra justa” – se é que isso já existiu! – porém em meio a um processo categoricamente assimétrico, em que um Estado, aí sim, terrorista, mobilizava suas truculentas estruturas por cima de agrupamentos de homens e mulheres, todos em sua maioria jovens, como era o caso de Dilma Rousseff, contestadores daquela ordem arbitrária. Se alguns desses grupos e pessoas praticaram, como alguns alarmam, assaltos a bancos ou seqüestros – e não se tem, até hoje, comprovação de que Dilma é uma dessas pessoas – e se desses atos resultaram, por exemplo, mortes acidentais, a quem caberia, enfim, a culpabilização? A realidade daqueles anos, torturada tal qual a verdade extorquida e recriada nos porões, muitas vezes exigiu mais daqueles militantes do que é humanamente exigível de qualquer um dos filhos da minha geração estudantil. Seria deles então a culpa? Poderia ser Dilma Rousseff chamada de assassina? Não. Do contrário, estaríamos nós convergindo para mais uma confissão oficialesca, uma verdade dolorosamente produzida, uma ficção estruturada sobre um passado que querem brando e solenemente esquecido.

* Roberto Efrem Filho é mestre em direito pela UFPE e docente do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPB.


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Cuca Falcão por e-mail

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Repúdio à mídia em ataque a Dilma

Caros e caras,Em reunião administrativa extraordinária, a diretoria da Altercom redigiu uma moção de repúdio à atitude da mídia hegemônica que ataca a honra da presidente eleita do Brasil, com denúncias obtidas em documentos dos porões da ditadura.

“MAIS UMA VEZ, A MÍDIA HEGEMÔNICA TORTURA DILMA”

Passados 19 dias desde a vitória de Dilma Rousseff sobre Serra, por uma vantagem de 12 milhões de votos, a oposição e seu dispositivo midiático não recolheram as garras um só minuto.

Cinco dias após o revés nas urnas, o candidato derrotado estava em Biarritz levando um ‘por que no te callas’, em resposta a tentativa de armar o palanque da oposição em território francês.

O jornalismo que lhe dá apoio irrestrito não deixa por menos e cumpre escancaradamente uma agenda de terceiro turno. Dia sim, dia não, uma crise produzida e maquiada ganha as manchetes da mídia conservadora numa escalada ao mesmo tempo sôfrega e frívola.Não escapa ao observador mais criterioso que os temas são apenas um ornamento do estandarte antecipadamente empunhado. A intenção, clara, é minar a autoridade da Presidente eleita antes mesmo de sua posse.

Agora, o dispositivo midiático da oposição reedita o “pau-de-arara” e empenha-se em dar legitimidade ‘jornalística’ a um relatório produzido pela ditadura militar sobre a militância revolucionária de Dilma Rousseff nos anos 70.

O que se promove nessa espiral é a reprodução simbólica das sessões de tortura perpetradas durante 22 dias seguidos contra uma jovem de 19 anos pelo regime de fato.

É aberrante do ponto de vista do fazer jornalístico emprestar credibilidade ao que foi transcrito por um Estado terrorista, concedendo força de prova ao que uma mulher declarou sob tortura.

Ademais, é um agravo à ética jornalística que uma mídia comercial ainda atue como aliada do extinto regime ditatorial, ao tomar seus documentos como válidos e legais.

Finalmente, constitui um escárnio em relação à história o fato de que a mesma mídia -os mesmos veículos- que se esponjou em benefícios econômicos e políticos concedidos pela ditadura nunca ter demonstrado maior interesse em apurar e divulgar os crimes cometidos pelo regime. Todavia, empenha-se acintosamente em se associar novamente à matéria pútrida urdida sob o regime do pau-de-arara para atacar a honra uma combatente da liberdade.

O enredo dessa trama está para o bom jornalismo, assim como o rio Tietê para a preservação do meio ambiente. A aposta em curso é a de que, uma vez Lula fora da cena política, não haverá força capaz de deter o trator oposicionista, cujas rodas em poucos meses pretendem transitar por cima do cadáver político do novo governo.

A mídia progressista repudia firmemente essa campanha ardilosa e colocam-se em prontidão para denunciá-la em respeito ä vontade soberana do povo brasileiro.
Fonte: Alercom

* Agencia de Prensa de Ecuador.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Record avacalha preconceito da RBS/GLOBO

Charge do Bier

Charge do Bessinha

BRASIL! BBRASIL!

Circo pegando fogo: promotor de Tiririca pode perder mandato

A Corregedoria do Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar se o comportamento do promotor Maurício Antonio Lopes, ao conduzir o processo contra o deputado eleito Tiririca (PR-SP), tem sido adequado.

Quem entrou com representação foi o Conselho Nacional do Ministério Público 9 (CNMP), órgão de controle externo das atividades do MP.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o conselheiro do CNMP, Bruno Dantas, disse que “o promotor realizou manifestações públicas inadequadas, exageradas e preconceituosas” contra o humorista.

Para Dantas, o promotor Lopes “optou pela desmoralização pública do candidato eleito, em vez de pautar sua atuação na técnica processual, como faz a maioria dos membros do Ministério Público que não depende dos holofotes”.

A representação se fundamentou em entrevistas do promotor nas quais ele classifica o caso como “questão de honra” e disse que a eleição de Tiririca foi um “estelionato eleitoral”.

Agora quem pode perder o “mandato” é o promotor e não o comediante-deputado. O povo tem o direito de eleger quem bem entender. E o promotor sabe disso. Mas também sabe que nossa mídia elitista acha o máximo perseguir pessoas que não representam seus interesses e nem fazem parte da sua patota. Por isso ele fica criando factóides diários contra o Tiririca. Quer aproveitar o caso do palhaço para tentar ganhar fama no circo.

A ação da corregedoria vem em boa hora. E melhor seria se resultasse numa punição exemplar. Perda de mandato nesse caso talvez fosse um exagero, mas a exigência de um pedido de desculpas público para que possa seguir a vida atuando como promotor, cairia muito bem.

Era Lula cria mais empregos que governos FHC, Itamar, Collor e Sarney juntos

Dilma deve continuar política apostando no investimento estatal

Há oito anos, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para seu primeiro mandato, as pesquisas de opinião mostraram que o desemprego e a fome eram as maiores preocupações dos brasileiros. Chegando ao fim do governo mais popular da história recente, um novo levantamento, feito em setembro pelo instituto Datafolha, mostrou que os dois maiores tormentos agora são a saúde e a segurança.

Sinal dos tempos, a campanha presidencial de 2010 quase deixou o tema emprego passar em branco. Enquanto o Lula candidato prometia a geração de 10 milhões de vagas formais, a presidente eleita, Dilma Rousseff, fez questão de não fixar qualquer meta. Segundo o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, que participou do programa de governo de Dilma na área, a ausência foi proposital.

- Ela não precisou e nem precisa prometer porque já está fazendo. O governo da Dilma é o da continuidade.

De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que registra todas as contratações e demissões de empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pelo regime estatutário, dos servidores públicos, além dos trabalhadores temporários e avulsos, a expansão durante o governo Lula é incontestável. De 2003 até setembro de 2010 foram criados 14.725.039 empregos. Isso dá a Lula uma média de 1,8 milhão de postos de trabalho por cada ano de seu governo.

A comparação com os governos anteriores é quase injusta. Fernando Henrique Cardoso criou 5.016.672 empregos em seus oito anos de mandato, uma média de 627 mil. Itamar Franco, que governou de 1993 a 1994, gerou 1.394.398 postos – média de 697 mil. José Sarney, em seus cinco anos como presidente, criou 3.994.437 empregos, marcando a segunda melhor média (998 mil) dos últimos 30 anos. Fernando Collor, por sua vez, deixou o governo com a extinção de mais de 2,2 milhões de postos de trabalho.

Os 14,7 milhões de empregos gerados nos oito anos do governo Lula até setembro deste ano, portanto, superam a soma dos empregos gerados nos governos FHC, Itamar, e Sarney, que juntos são 10,4 milhões em 15 anos. Isso sem contar com o fechamento de 2,2 milhões de vagas durante os três anos do governo Collor, o que daria um saldo de 8,2 milhões de empregos em 18 anos.

Propostas de Dilma

Em seu programa de governo, a presidente eleita afirma que vai trabalhar a questão do emprego em três frentes. A primeira, calcada na continuidade da geração, vem do seu próprio perfil de quem vê o Estado como grande indutor do crescimento econômico. Para isso, como argumenta Lupi, vai investir ainda mais em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do programa Minha Casa, Minha Vida, e, principalmente, em projetos da Petrobras estimados em R$ 250 bilhões até 2014 – outros R$ 462 bilhões estão previstos pós-2014.

- As ações estatais são a locomotiva do crescimento econômico e da geração de emprego. Há projetos gigantescos envolvendo o Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] que vão demandar investimentos em hotelaria, restaurantes e outros serviços. Isso tudo é emprego que não acaba mais.

A segunda frente de Dilma é a ampliação de cursos técnicos para todos os municípios com mais de 50 mil habitantes. Nesse ponto, os números estão a seu favor. Desde 2003, foram abertas 214 novas escolas profissionalizantes, com a oferta de 500 mil matrículas. Ainda nessa frente, há o programa Próximo Passo, que pretende qualificar, entre os beneficiários do Bolsa Família, 145 mil trabalhadores na área da construção civil e 25 mil na área de turismo e hotelaria.

O terceiro nicho de geração de empregos talvez seja o mais importante. De acordo com projeção do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os pequenos empresários serão responsáveis por quase 80% de todas as vagas criadas em 2010. Dilma afirma, em seu programa de governo, que fará políticas especiais tributárias, de crédito, qualificação profissional e suporte tecnológico para ampliar o setor.

Para o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, tudo leva a crer que o caminho seja realmente esse. Apostar em milagres, como já foi comprovado pela história recente brasileira, não é saudável.

- Muito já foi feito no sentido de criar falsos processos de geração sustentável de emprego. Investir nas micro e pequenas empresas e, ao mesmo tempo, estimular o restante da economia por meio de ações estatais é uma saída viável. Mas não há melhor indicativo de sustentabilidade do que 28 milhões de brasileiros saindo da pobreza e tendo apoio do Estado para buscar um emprego digno.

Portal R7 - Brasilia

Coreia do Sul e Brasil negociam contrato de compra de navios de guerra


A Coreia do Sul planeja enviar um representante especial do governo ao Brasil para ajudar uma empresa do país nas negociações de um importante contrato de venda de navios de guerra à Brasília.

A empresa Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering anunciou que enviou uma proposta preliminar ao Brasil, que estuda a compra de 11 navios de guerra, incluindo destróieres, através de um projeto de governo a governo. Uma fonte da empresa afirma que mantém "conversações com altos funcionários do governo sobre o contrato no Brasil".

O ministério da defesa sul-coreano anunciou que o governo estuda a viagem de um enviado especial ao Brasil para negociar a questão. Seul espera que o projeto seja concretizado após a posse da presidente eleita Dilma Rousseff, em janeiro.

A Daewoo revelou ainda que espera a concorrência para o contrato de empresas da Itália, França e de outros países europeus. A estimativa é que o contrato alcance mais de R$ 6 bilhões (cerca de US$ 3,5 bilhões) .

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LULA - Em nome da PAZ



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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saiba por que Serra e FHC têm preconceito contra o nordeste

Em 10 de abril, quando o palanque de Serra ainda tentava esquentar para as eleições deste ano, o preconceito contra o nordeste já era evidente na campanha tucana. Em discurso inflamado, o ex-presidente FHC afirma que nunca encontrou as obras na região nordeste de transposição do Rio São Francisco, da Transnordestina e nem a fábrica de biodísel. O vídeo prova que, ou FHC está ficando cego, ou ele realmente não tem ido à região.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Saiba porque a velha imprensa tenta desqualificar o Enem

Os jornalões da velha imprensa se dedicaram, nos últimos dias, a promover uma desmoralização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Só para efeito de comparação, O Globo fala em pedido de anulação, caso de polícia, exame marcado por erros, guerra judicial, queixa-crime e desastre. Factualmente, o motivo pra gritaria é pífio, mas os porta-vozes de cursinhos e de setores privilegiados da elite têm seus motivos pra tentar desmoralizar o exame.

No final das contas, o fato é que 0,04% dos alunos voluntariamente inscritos na prova talvez venham a refazê-la, por causa de uma troca do cabeçalho de alguns cartões de resposta. Foram 4,6 milhões estudantes inscritos e talvez 2 mil tenham que refazer a prova. Nenhum deles terá prejuízo financeiro com isso, pois o Enem não é como os vestibulares que cobram taxa.
Além de arrecadarem milhões para as faculdades e universidades, os vestibulares estimulam toda uma rede de serviços, como cursinhos caríssimos, que estão se sentindo prejudicados com as facilidades do Enem. O modo como o Enem facilitou o acesso dos estudantes mais pobres às faculdades particulares e universidades públicas deve incomodar, também, setores conservadores que preferem manter o privilégio do acesso ao ensino superior a uma minoria.
Um exame que só se consolida
Em 2009, as provas vazaram da gráfica da Folha de São Paulo, que foi devidamente afastada da concorrência deste ano. Assim que houve a gritaria da imprensa pelo vazamento, o ex-governador José Serra tirou as universidades de São Paulo do Enem.
O Governo Fernando Henrique instituiu o Enem para copiar o SAT americano: o vestibular único em todo o país, para facilitar o acesso às universidades federais e o deslocamento de estudantes para qualquer universidade. Isso tem a vantagem de baratear o sistema.
De Fernando Henrique para cá, o Enem cresceu 30 vezes. Saiu de 157 mil inscritos em 1998 para 4,6 milhões de hoje. 50 universidades públicas federais aderiram ao ENEM. Isso significa que 47 mil vagas em universidades federais dependem do resultado do Enem.
Em 2004, com um milhão de inscritos, o presidente Lula e o ministro da Educação, Fernando Haddad, estabeleceram o Enem como critério para entrar no ProUni. Com isso, reforçou-se o conceito de que o ProUni tem critérios de capacidade intelectual para premiar o aluno mais pobre. Até então, setores reacionários da sociedade acusavam o ProUni e a política de cotas de beneficiar com vaga na universidade alunos que não tinham capacidade para tanto.
Para o ano que vem, o ministro Haddad estabeleceu que o Enem também será critério para receber financiamento do Fies. É muita verba pública para facilitar que pobres do país inteiro tenham o seu diploma de engenheiro ou médica. A velha imprensa vai continuar tentando desqualificar o exame.

Deputado João Paulo PT/SP

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A cara da oposição ao Governo Dilma

PT - A NECESSIDADE DE UM PARTIDO HOMOGÊNIO E DEMOCRÁTICO

por: e-mail
Joaci Tavares de Araújo Jr.

Passou da hora, de nós PTistas avaliarmos o rumo que queremos para o nosso partido, acabadas as eleições é hora de repensar o partido na Paraiba.
Por que na Paraiba? Porque nunca se viu tanta desobidiência as decisões partidárias como aqui, mas será mesmo que isso vem a ser mesmo uma novidade na Paraiba, será?
Não, infelizmente convivemos com alguns companheiros que aprenderam a não mais levar em conta as decisões partidárias, simplesmente enveredam estes, pelas decisões que mais lhes convém, seja por cargos, seja pelo projeto pessoal de poder, seja por sua visão ideológica egoísta, ou seja até por um projeto pessoal financeiro. Ora, mas isso não seria legitimo?
Seria, se não fossem filiados ao PT, pois esse partido nasceu e cresceu com a marca registrada da Democracia, e a democracia não suporta individualidades enquanto projeto, e sim projetos coletivos para o bem do "todo", e não para o objetivo individual de alguns poucos.
Portanto, conclamo as instâncias partidárias a discutirem a NECESSIDADE DE HOMOGENEIZAR novamente o partido, varrendo dos quadros aqueles que teimam em usar o partido como alavanca para seus projetos "SOLO", pois no PT não cabe esse tipo de comportamento.
E quero reiterar que não é de hoje que algumas figuras procedem dessa forma, aliás, vem de muito tempo, porém a democracia do partido vem exagerando em não deter esse tipo de prática e procedimento, passam-se eleições e mais eleições e nada acontece contra esses individualistas que usam o PT em beneficio próprio e nunca o inverso, ou seja, para eles o Partido é apenas instrumentaliza seus objetivos pessoais.
Indo ao âmago da questão, nessa eleição 2010/Paraiba, tivemos o PT governo, apoiando a reeleição do mesmo, pois o Governo também era PT através de seu vice Rodrigo Soares que continha e traduzia a decisão da maioria dos filiados em convenção.
Como se isso não bastasse, havia também a coerência de um projeto maior, que era a eleição de DILMA PRESIDENTE, sendo assim, nada mais coerente do que o apoio incondicional e uniforme a esse projeto entrelaçado entre o Estado da Paraiba e o Brasil.
Mas infelizmente não foi essa unamidade que vimos no Partido, pois havia na oposição; que nunca é demais lembrar, se aliava ao que de mais podre há na politica Paraibana; uma parte minoritária de filiados PTistas, mas porque isso aconteceu?
Agora vou colocar o "dedo na ferida", pois a coragem norteia minha vida e dela não abro mão, aconteceu principalmente porque esses poucos "alguns", estavam interessados em projetos pessoais, traduzido em cargos, empregos e beneficios próprios, eram cargos na Prefeitura de João Pessoa, eram cargos em outros orgãos, que não eram legitimados pelo apoio do partido, institucionalmente falando e sim pelas suas próprias decisões egoístas e egocêntricas.
Então, pode-se concluir algo ainda mais grave, não era a "ideologia" que provocara a rachadura e sim as conveniências próprias, não era o entendimento, mesmo porque esse legitimamente já tinha sido exaurido e decido dentro do Partido.
Olhar para a campanha de oposição ao PT, que continha o DEM e o PSDB, e ver a bandeira do PT tremulando naquele projeto contrário ao meu partido,foi para mim uma das piores coisas que pude presenciar, pois para mim estava traduzido alí, o que de mais abominável havia em termos ideológicos, pois quem não respeita a decisão da maioria envereda pelo caminho autoritário, portanto contrário ao sentido programático que tem o Partdo dos Trabalhadores.
Agora pergunto, como ficamos? Vamos continuar deixando os traídores usarem o Partido ao seu bel prazer, ou vamos fazer uma varredura ética desses quadros no PT Paraiba?
Conclamo a todos os filiados a discutirem isso o quanto antes, pois o Partido não pode ficar estacionado na Paraiba enquanto cresce no Brasil, varramos essa figuras da traição para sempre, coloquemo-lhes nos seus devidos lugares ou melhor, nos seus devidos partidos, sejam eles o DEM o PSDB, ou até outros, mas nunca deixemo-lhes usando bastardamente o PT.
Portanto, vocês que usaram o PT nessa eleição 2010, procurem seus novos partidos, pois o PT que conheço não é afeito a práticas individualistas, a projetos pessoais, sempre caminha na direção do interesse coletivo.
Peço a todos que repassem esse texto para quantos filiados puderem.
VAMOS LIMPAR O PARTIDO DE UMA VEZ POR TODAS.
ASSINA:
Joaci Tavares de Araujo Junior.

sábado, 6 de novembro de 2010

O PT NA PARAÍBA: RAZÕES PARA MAIS UM FRACASSO ELEITORAL

Por Lúcio Flávio
Pensamentos Múltiplos


Enquanto o PT comemorava unido em todo o Brasil a histórica vitória conquistada no último domingo com a eleição de Dilma Rousseff, aqui na Paraíba o partido encerrava sua participação no processo eleitoral da mesma maneira que começou: dividido e enfraquecido.

Dois PTs esboçavam atitudes diferentes para o mesmo resultado. Ou melhor, a minoria partidária comemorou a derrota do próprio partido a que pertence, como se a vitória do adversário do PT fosse também uma vitória sua, como se o PT não fizesse parte da chapa derrotada, como se existissem mesmo "dois" PTs a lutar por projetos políticos distintos.

Não, meus companheiros, não existem dois PT. Existe um único PT, o PT da maioria, o PT legitimado pelas resoluções partidárias oriundas dessa maioria, o PT que torna os vários PTs que existem nele um só partido. Foi assim que o PT ajudou a criar no Brasil uma nova tradição de organização partidária, que faz dele o partido mais democrático do país, e que fez dele o maior partido brasileiro, o único partido de esquerda verdadeiramente de massas.

Matária completa aqui

Dez conselhos para os militantes de esquerda, por Frei Betto

1. Mantenha viva a indignação.

Verifique periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobbio: a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda a encara como uma aberração a ser erradicada.

Cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus social-democrata, cujos principais sintomas são usar métodos de direita para obter conquistas de esquerda e, em caso de conflito, desagradar aos pequenos para não ficar mal com os grandes.

2. A cabeça pensa onde os pés pisam.

Não dá para ser de esquerda sem "sujar" os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. Teoria sem prática é fazer o jogo da direita.

3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo.

O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana.

O capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, somos 6 bilhões de habitantes. Segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão, com menos de US$ 1 por dia. A globalização da miséria só não é maior graças ao socialismo chinês que, malgrado seus erros, assegura alimentação, saúde e educação a 1,2 bilhão de pessoas.

4. Seja crítico sem perder a autocrítica.

Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos do poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros (as) de erros e vacilações. Como diz Jesus, vêem o cisco no olho do outro, mas não a trave no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema.

Autocrítica não é só admitir os próprios erros. É admitir ser criticado pelos (as) companheiros (as).

5. Saiba a diferença entre militante e "militonto".

"Militonto" é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais.

O militante aprofunda seus vínculos com o povo, estuda, reflete, medita; qualifica-se numa determinada forma e área de atuação ou atividade, valoriza os vínculos orgânicos e os projetos comunitários.

6. Seja rigoroso na ética da militância.

A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo: a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita.

Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal.

O verdadeiro militante, como Jesus, Gandhi, Che Guevara, é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida. Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa.

7. Alimente-se na tradição da esquerda.

É preciso oração para cultivar a fé, carinho para nutrir o amor do casal, “voltar às fontes" para manter acesa a mística da militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto)biografias, como o "Diário do Che na Bolívia", e romances como "A Mãe", de Gorki, ou "As Vinhas de Ira", de Steinbeck.

8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles.

Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. Depois, descobre-se que entre eles há os mesmos vícios encontrados nas demais classes sociais. Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pessoas privadas injusta e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça.

Um militante de esquerda jamais negocia os direitos dos pobres e sabe aprender com eles.

9. Defenda sempre o oprimido, ainda que, aparentemente, ele não tenha razão.

São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada.

Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria.

A vida é o dom maior de Deus. A existência da pobreza clama aos céus. Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres.

10. Faça da oração um antídoto contra a alienação.

Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes, deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta.

Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar, assim como Jesus amava, libertadoramente.

Fonte: ADITAL


Ana Paula Brito


segunda-feira, 1 de novembro de 2010