terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Padre quer fazer greve de fome em prol da continuidade da transposição

Segundo ele, obras foram abandonados e alguns trechos já construídos sofrem erosão

O padre Djacy Brasileiro disse nesta terça-feira (10) que disposto a realizar uma nova greve de fome para tentar sensibilizar a presidente Dilma Rousseff a retomar as obras da transposição do rio São Francisco, que segundo ele estão paralisadas. O religioso disse ainda que tem a intenção de fincar uma cruz de latas em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Em nota, o padre que encabeça luta em favor das obras de transposição na região do Vale do Piancó informou que o canteiros de obras foram abandonados e alguns trechos que já foram construídos sofrem erosão.

Veja a nota na íntegra:

TRANSPOSIÇÃO JÁ

Milhões de nordestinos clamam pungentemente pela transposição, pois,a cada dia que passa,agrava-se a situação da seca. Quem tem sede, não pode esperar. Presidente Dilma, não esqueça que o maior bem para o nordeste, antes de qualquer coisa, é água.O povo quer água para beber,cozinhar,tomar banho.E com ela,tirar o sustento de sua família.E mais: com água, a população nordestina quer ver desenvolvimento econômico e social na sua região.

Presidente,fui uma vez, e estou disposto a ir outra vez. Só que desta vez,com dupla ação: fincar uma cruz de latas bem em frente ao Palácio do Planalto e privar-me de alimentação,visando chamar-lhe sua atenção para a nossa real necessidade:ter o direito de usufruir das águas do rio São Francisco.

Pelo o amor de Deus, que seu governo retome as obras da transposição o quanto antes. Isso é questão de vida ou morte. Surgiro ao povo nordestino, um dia dedicado à transposição . Que nesse dia especial, aconteçam mobilizações, discussões em torno desse projeto tão salutar para nossa região sofrida, esmagada, esquecida.

Transposição já!

Vale do piancó-PB,em 09 de janeiro de 2012.

Padre Djacy Brasileiro

MaisPB 




Essa bandeira não deve ser empunhada só por esse guerreiro, nós nordestinos temos que nos unir nessa batalha pela conclusão das obras, sob pena de virar uma grande decepção para nosso sofrido povo e a perpetuação de uma sina que não escolhemos, viver a mendigar um copo d'água.
Não podemos permitir que o que seria a "Obra do Século" se transforme em mais uma desilusão.


Naza do PT
João Pessoa - Paraíba. 

Frei Gilvander: as lutas e conquistas do MST em Minas Gerais em 2011


Cerca de 700 sem terra estão acampados em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais


Por Frei Gilvander

Dia 8 de janeiro de 2012, no Acampamento Novo Cruzeiro, em Jequitaí, no Norte de Minas, aconteceu a celebração-festa de várias conquistas do MST em Minas em 2011.
Como 1ª turma do MOVA-Brasil – curso de alfabetização – do acampamento Novo Paraíso, 17 pessoas se alfabetizaram. Transbordando alegria foram abraçados e assumiram o compromisso de continuar estudando. “Eu não sabia que era tão importante aprender a ler e a escrever. Eu pensava que não conseguiria mais aprender. Estou muito feliz e assumo o compromisso de continuar estudando para escrever bem nossa vida”, disse uma senhora com mais de 50 anos de idade.
O MST luta em Minas Gerais há 24 anos, organizado em sete grandes regiões: Triângulo, Sul, Leste, Norte, Zona da Mata, Metropolitana e Vale do Jequitinhonha. Já conquistou 42 assentamentos e tem hoje 39 acampamentos em 39 latifúndios que não cumprem sua função social. Entre assentadas e acampadas, cerca de 7 mil famílias Sem Terra integram o MST nas Minas e nos Gerais.
Em fevereiro, realizou-se o 23º Encontro Estadual do MST/MG no Assentamento 1º do Sul, em Campo do Meio, no Sul de Minas, onde 50 famílias hoje assentadas elevaram o nível de vida. E apóiam mais de 400 famílias sem-terra que estão acampadas no latifúndio da ex-Usina Ariadnópolis – palco de um dos maiores conflitos fundiários do país -, uma propriedade rural, com mais de 6 mil hectares, abandonada desde 1992 e ocupada desde 1997 pelo MST e outros movimentos do campo. Despejado vários vezes, o MST não abre mão da Ariadnópolis. A luta lá cresce a cada dia.

A direita perdida e as manipulações de Kátia Abreu em torno da "Classe C"




Por Igor Felippe Santos*
Editor da Página do MST


O jornal O Globo publicou artigo intitulado “Orfandade da classe média”, assinado pela senadora Kátia Abreu, neste sábado (7/1), apresentando resultados de uma pesquisa coordenada por Antonio Lavareda sobre a chamada a Classe C.

A pesquisa aponta que os 100 milhões de trabalhadores desse segmento exigem mais empregos, redução de impostos (redução para quem?) e manutenção da estabilidade econômica (estabilidade para os trabalhadores ou para os bancos?), saúde, segurança e educação. 74% dos pesquisados são pelo aumento das oportunidades de emprego, em vez de ampliação dos programas sociais.

Os assessores que escrevem o artigo para a senadora seguem a cartilha estruturalista, de chamar de classe média uma categoria de trabalhadores brasileiros que ganham entre R$1.200 e R$5.200 mensais. A maioria deles está no setor de serviços e são  autônomos, mas também estão no operariado industrial melhor pago.

Campanha contra os Agrotóxicos lança site


Da Página da Caros Amigos

Está no ar o site da Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, que busca equacionar problemas urgentes provocados pela uso e manejo inadequados dos venenos químicos para lavouras.
A campanha tem apoio de várias entidades, entre elas a Comissão Pastoral da Terra (CPT), MST, Via Campesina, Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MBA), Assembleia Popular e outras.
O site reúne reportagens, pesquisas e notícias além de trazer um documentário sobre o tema (assista abaixo). De acordo com dados publicados no site, o brasileiro consome até 5,2 litros de agrotóxico por ano.
Entre os objetivos da campanha estão o de conscientizar a sociedade sobre a ameaça que os agrotóxicos representam; criar formas de restringir o uso de venenos e incentivar mudança do atual modelo agrícola para um modelo agroecológico.