"Fizeram muito terrorismo contra mim durante todas as vezes que eu disputei a eleição, ou seja, mentiram tanto que um dia o povo não acreditou mais. Não existe possibilidade de quem quer que seja estragar o que está construído nesse País", acrescentou o presidente.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que falou antes de Lula, foi lançada pelo PT pré-candidata à Presidência no mês passado. Ela deve enfrentar nas eleições o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
"A eleição não pode mais causar qualquer cenário de terrorismo no Brasil: 'a bolsa caiu porque não sei o quê subiu'. Não existe essa possibilidade", defendeu. "Espero que quem vier faça muito mais, porque nós precisamos crescer, gerar emprego, gerar renda."
Mais cedo, ao lado de Dilma e Serra (PSDB), Lula participou da cerimônia de inauguração de uma fábrica de máquinas agrícolas em Sorocaba (SP). Prováveis adversários nas eleições deste ano, o ddois compararam a atuação dos governos federal e paulista durante a crise financeira global.
"Sem sombra de dúvida, 2008 e 2009 teve por parte do governo do presidente Lula a firme determinação no sentido de não deixar que a crise nos abatesse", destacou Dilma, pré-candidata do PT à sucessão presidencial.
"Essa determinação beneficiou o Brasil como um todo, mas beneficiou de uma forma especial São Paulo, porque São Paulo é hoje um dos maiores centros produtores de máquinas e equipamentos do Brasil", acrescentou.
Potencial candidato do PSDB, Serra elogiou as medidas do governo federal que ampliaram o crédito no País. Lembrou, no entanto, que seu governo fez o mesmo até vender a Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
"Conseguimos manter um nível de investimentos em 2009 que foi o mais elevado da nossa história por parte do governo do Estado, que ajudou muito a manutenção do nível de emprego e de ocupação em todo o território paulista", afirmou Serra.
Os dois também compararam programas de financiamento à agricultura familiar, que, segundo eles, aumentaram a demanda por equipamentos agrícolas.
Segundo as pesquisas de intenção de voto, o governador de São Paulo permanece à frente da disputa eleitoral, mas com uma diferença menor em relação à ministra da Casa Civil.
Levantamento do Datafolha divulgado neste final de semana mostrou Serra com 32% ante 28% de Dilma.
* Com informações da Reuters