terça-feira, 2 de março de 2010

Não aceitem a ideia imbecil que se ganhar fulano estraga, diz Lula

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira o fim de qualquer tipo de "terrorismo" na disputa eleitoral deste ano. "Não acreditem e não aceitem aquela ideia imbecil que se falava neste Brasil: 'ah, se ganhar fulano vai estragar tudo, se ganhar beltrano vai estragar tudo'", disse Lula durante evento com dirigentes das montadoras de veículos no país.

"Fizeram muito terrorismo contra mim durante todas as vezes que eu disputei a eleição, ou seja, mentiram tanto que um dia o povo não acreditou mais. Não existe possibilidade de quem quer que seja estragar o que está construído nesse País", acrescentou o presidente.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que falou antes de Lula, foi lançada pelo PT pré-candidata à Presidência no mês passado. Ela deve enfrentar nas eleições o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

"A eleição não pode mais causar qualquer cenário de terrorismo no Brasil: 'a bolsa caiu porque não sei o quê subiu'. Não existe essa possibilidade", defendeu. "Espero que quem vier faça muito mais, porque nós precisamos crescer, gerar emprego, gerar renda."

Mais cedo, ao lado de Dilma e Serra (PSDB), Lula participou da cerimônia de inauguração de uma fábrica de máquinas agrícolas em Sorocaba (SP). Prováveis adversários nas eleições deste ano, o ddois compararam a atuação dos governos federal e paulista durante a crise financeira global.

"Sem sombra de dúvida, 2008 e 2009 teve por parte do governo do presidente Lula a firme determinação no sentido de não deixar que a crise nos abatesse", destacou Dilma, pré-candidata do PT à sucessão presidencial.

"Essa determinação beneficiou o Brasil como um todo, mas beneficiou de uma forma especial São Paulo, porque São Paulo é hoje um dos maiores centros produtores de máquinas e equipamentos do Brasil", acrescentou.

Potencial candidato do PSDB, Serra elogiou as medidas do governo federal que ampliaram o crédito no País. Lembrou, no entanto, que seu governo fez o mesmo até vender a Nossa Caixa para o Banco do Brasil.

"Conseguimos manter um nível de investimentos em 2009 que foi o mais elevado da nossa história por parte do governo do Estado, que ajudou muito a manutenção do nível de emprego e de ocupação em todo o território paulista", afirmou Serra.

Os dois também compararam programas de financiamento à agricultura familiar, que, segundo eles, aumentaram a demanda por equipamentos agrícolas.

Segundo as pesquisas de intenção de voto, o governador de São Paulo permanece à frente da disputa eleitoral, mas com uma diferença menor em relação à ministra da Casa Civil.

Levantamento do Datafolha divulgado neste final de semana mostrou Serra com 32% ante 28% de Dilma.

* Com informações da Reuters


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