quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lula antecipa fim das férias e deixa forte no Guarujá

Ex-presidente ficou hospedado com a família em área do exército no litoral de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Forte dos Andradas, no Guarujá, litoral de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (13), antecipando o fim de suas férias no local, previstas para terminarem apenas em 18 de janeiro. Ele chegou ao litoral paulista na tarde do último dia 3, acompanhado da mulher Marisa Letícia, filhos, noras e netos.

Nesses dez dias em que esteve hospedado na área militar da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, o ex-presidente não se pronunciou nenhuma vez, tampouco foi identificado entrando ou saindo do local.

Lula enfrentou dias quentes no Guarujá, com chuvas e tempestades de verão, mas também aproveitou dias de sol e céu azul, tendo sido fotografado mais de um dia na praia fechada da área militar com a sua família. Localizado na praia do Monduba, o quartel possui um hotel preparado para receber militares graduados e já havia hospedado Lula outras cinco vezes, a última delas em janeiro do ano passado.

O ex-presidente saiu do Forte dos Andradas de carro por volta das 15h. Segundo o Exército, ele estava dentro de uma Hyundai Tucson preta, com placas de Brasília, mas como o carro era todo filmado não foi possível identificar Lula dentro dele.

O veículo era escoltado por uma Ford Fusion. Parte da família já havia deixado o local, como o filho caçula de Lula, Luís Claudio Lula da Silva, de 25 anos, que no último sábado escreveu na sua página na rede de microblogs Twitter que deixava o Guarujá e passava por Santos, antes de seguir para São Bernardo do Campo.

Lula chegou a ser criticado por usufruir do benefício de se hospedar em área militar após deixar a Presidência. O decreto 6.381, de 27 de fevereiro de 2008, que regulamenta a legislação que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-presidentes da República, não trata da possibilidade de ex-mandatários se hospedarem em dependências do Exército. Entretanto, o ex-presidente foi convidado pelo Ministro da Defesa Nelson Jobim, acabando com qualquer ilegalidade no ato.

Portal R7

Selo em homenagem ao ex-presidente Lula é sucesso de vendas

Em pouco mais de uma semana os Correios venderam, de 1° a 11 de janeiro, 210.630 selos comemorativos alusivos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Somente ontem, primeiro dia de comercialização do selo via internet, foram vendidas 1.958 unidades.

A tiragem é de 900 mil selos. Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, o sucesso das vendas online tem provocado a venda de outros selos, como o do Corinthians, time do coração de Lula.

O selo em homenagem ao ex-presidente, lançado no dia 1º de janeiro, tem valor facial de R$ 2,00 e pode ser adquirido em qualquer agência dos Correios, na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline) ou pela Agência de Vendas a Distância ( centralvendas@correios.com.br).

O selo postal que retrata o ex-presidente Lula obedece a política de emissão de selos sobre presidentes da República que consta da Portaria 818/96, do Ministério das Comunicações, segundo a qual os chefes de Estado podem ser homenageados em selo postal, em vida, somente após o término do mandato.

Força Nacional de Segurança ajudará governo do Rio em resgates na Região Serrana

Rio de Janeiro - Um efetivo de 250 homens da Força Nacional de Segurança Pública desembarca hoje (13) no Rio de Janeiro para ajudar nos resgates na região serrana do estado, que sofre com fortes chuvas desde a madrugada da última terça-feira (11). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou por telefone à Agência Brasil que o envio da Força atende a um pedido feito pelo governador do estado, Sérgio Cabral.

“O pedido foi feito e a orientação da presidenta Dilma Roussef é que o Ministério da Justiça apoie o governo do Rio de Janeiro e se solidarize com a população. Nós suspendemos, inclusive, a solenidade de formatura desse grupo, que estava marcada para hoje”, disse Cardozo.

Segundo o ministro, a Força Nacional de Segurança Pública ficará nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo o tempo que for necessário auxiliando nos trabalhos de resgate de corpos e possíveis sobreviventes. Os números sobem a cada hora e, segundo a Defesa Civil do estado, até as 12h de hoje, haviam sido encontrados 364 mortos, sendo 168 em Nova Friburgo, 161 em Teresópolis e 35 em Petrópolis.

No efetivo da Força Nacional, há bombeiros militares treinados para ações de resgate, policiais militares e peritos especializados na identificação de corpos. Junto com os homens, a Ministério da Justiça enviará ao Rio equipamentos de socorro e helicópteros. O grupo seguirá ainda hoje para a região serrana.

Governo cria estatal para administrar hospitais. A mídia não divulga nada

Dentro da tendência que vem sendo apontada há meses pelo blog Coisas da Política, o governo federal acaba de criar mais uma estatal. Esta é destinada à administração de hospitais federais, a Empresa Estatal de Gestão Hospitalar – EBSERH.

Seu objetivo e dinamizar e modernizar a administração de quase duas dezenas de hospitais universitários federais. Por isso, a nova estatal – criada através de medida provisória enviada ao Congresso, em um dos últimos atos do governo Lula -, está subordinada ao Ministério da Educação.

Estranhamente, a mídia simplesmente ignorou o fato que é tão mais importante porque abre, técnica e legalmente, a possibilidade de que os hospitais federais sejam remunerados pelos serviços prestados. Embora no Artigo 3 a medida provisória fale em prestação de serviços de saúde gratuitos à comunidade, juristas de peso entendem que nada impede, por se tratar de uma sociedade anônima (cujo estatuto ainda vai ser estabelecido), que a nova empresa assine contratos, por exemplo, com Planos de Saúde e seja remunerada por seus serviços.

Chuvas: Argentina expressa solidariedade e oferece ajuda ao Brasil

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo da Argentina, ofereceu ajuda ao Brasil no apoio às vítimas das enchentes, das inundações e dos deslizamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro – Teresópolis, Petrópolis e Friburgo são as cidades mais atingidas.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina prestou solidariedade às famílias das vítimas das chuvas no Rio. “O governo e o povo da Argentina transmitem suas condolências ao governo e ao povo da República Federativa do Brasil e [estendem essas] condolências às famílias das vítimas, ante as lamentáveis consequências da chuva que atingiu a região serrana do estado do Rio de Janeiro.”

"O governo da Argentina oferece ajuda imediata às autoridades brasileiras e os elementos considerados necessários para ajudar vítimas de catástrofes”, diz o comunicado em sua conclusão.

A presidenta Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o senador Lindberg Farias (PT-RJ) visitaram hoje (13), no começo da tarde a região serrana do Rio. Dilma sobrevoou a área de helicóptero. A presidenta desceu em uma das ruas de Nova Friburgo e conversou com moradores da cidade.

A posição brasileira sobre as Malvinas


Por MiriamL

Da Folha.com

Argentina cita "irmandade" em decisão do Brasil sobre Malvinas

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

O governo argentino considerou uma prova de "irmandade" o fato de o Brasil ter impedido um navio britânico vindo das ilhas Malvinas de fazer escala no porto do Rio de Janeiro neste mês.

O chanceler do país, Hector Timerman, falou nesta quarta-feira pela primeira vez sobre o assunto, após o governo brasileiro ter confirmado à Folha que barrou a embarcação britânica HMS Clyde por razões "políticas e diplomáticas". O episódio ocorreu no início de janeiro.

"Essa medida mostra nossa relação tão próxima com o Brasil. É parte dessa construção que temos realizado de aliança estratégica e de irmandade, que é demonstrada não só pelo comércio, mas também por meio deste reconhecimento da soberania [argentina nas ilhas Malvinas]", disse o chanceler em entrevista a uma rádio local.

Segundo a Embaixada do Reino Unido no Brasil, o Itamaraty negou um pedido de "autorização diplomática" para que o navio de guerra HMS Clyde atracasse no porto do Rio. A embarcação teve de seguir até um porto do Chile para reabastecer.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que a decisão do governo brasileiro é "padrão".

Segundo ele, o Brasil tomou essa medida porque reconhece a soberania da Argentina sobre as Malvinas.

"É padrão porque todas as demandas que são feitas de navios ou de aviões britânicos de operações de guerra para as Malvinas, o Brasil não aceita sua atracação em portos brasileiros porque nós reconhecemos a soberania nas Malvinas da Argentina e não da Inglaterra", afirmou.

Na terça-feira (11), o Itamaraty informou a permissão para que navios britânicos atraquem em portos brasileiros será tomada caso a caso.

SIMONE IGLESIAS, de Brasília

EMPRÉSTIMO

Banco do Nordeste disponibiliza R$ 100 milhões para empreendedores individuais

Os financiamentos podem atingir 100% do investimento projetado

O Banco do Nordeste (BNB) lançou uma linha de crédito específica para empreendedores individuais. O novo produto vai disponibilizar, em 2011, R$ 100 milhões para atendimento a esse público. Inicialmente, terão preferência os empreendedores que já participam do programa de microcrédito orientado da instituição, o Crediamigo. Os recursos são do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

A nova linha de crédito visa financiar investimentos, a exemplo de aquisição de móveis, utensílios, veículos, máquinas e equipamentos, e construção ou reforma de instalações físicas, destinadas à atividade de empreendedores individuais.

Os financiamentos podem atingir 100% do investimento projetado, desde que não ultrapassem o valor máximo de R$ 15 mil por operação. Há limites de financiamento diferenciados por porte de clientes. Os empreendedores interessados devem ter faturamento anual máximo de R$ 36 mil e comprovar experiência de pelo menos seis meses na atividade desenvolvida.

Segundo o gerente em exercício do Ambiente de Micro e Pequena Empresa do BNB, Jorge Mendonça. o modelo adotado pelo Banco do Nordeste para a concessão de crédito ao empreendedor individual com FNE foi inspirado nas diretrizes normativas e operacionais do Crediamigo, "por ser um modelo já testado, aprovado e bastante identificado com o público-alvo da proposta, observando-se, todavia, as diretrizes e regras estabelecidas pelo Fundo Constitucional”.

Prefeito revela Deputados que "gozam" de prestígio na Prefeitura.

Agra revela quais são os deputados que mais se esforçaram e ‘gozam’ de maior prestígio na PMJP EXCLUSIVO: Luciano Agra revela quais são os deputados que mais se esforçaram e ‘gozam’ de maior prestígio na prefeitura: “Eles trabalham continuamente”
Demonstrando bastante sinceridade, o prefeito de João Pessoa Luciano Agra (PSB ), revelou com exclusividade ao Portal PB Agora, que realizou recentemente na Capital Federal uma verdadeira peregrinação pelos gabinetes da bancada federal paraibana e que dois parlamentares se empenharam e lutaram pelos interesses da gestão municipal em Brasília na obtenção de emendas.

“Os deputados reeleitos Damião Feliciano (PDT), juntamente com o Luiz Couto (PT), foram os únicos que se esforçam continuamente pela Prefeitura lá em Brasilia, isso é fato concreto”, revelou.

Outro fato que Luciano destacou diz respeito aos recursos obtidos junto aos senadores Cícero Lucena (PSDB) e Roberto Cavalcanti (PRB) e mostrou não possuir ressentimentos com os parlamentares que não o ajudaram.

“Trabalhamos com quem queira ajudar”, desabafou.

Porém abriu uma exceção quando analisou as críticas do deputado federal eleito Ruy Carneiro (PSDB) ao seu projeto de reeleição em João Pessoa.

“Isso faltou em Ruy Carneiro. Faltou nele pensar grande a cidade. Estou de passagem e a cidade vai ficar e precisa de investimentos, sou um simples passageiro”, filosofou.

Luciano Agra demonstrou em recente entrevista a intenção de disputar a Prefeitura da Capital em 2012.

“Enfrento até Barack Obama”, disse.

Henrique Lima

PB Agora/Blog do Hermano Queiroz

Lula com o samba no pé

Filho mais ilustre de São Bernardo, ex-presidente é convidado para desfilar em escola paulista, que lhe prestará homenagem

Em seu primeiro carnaval depois de deixar a Presidência da República, Lula ganhará uma homenagem da escola de samba Tom Maior, de São Paulo. A agremiação vermelha e amarela convidou o ex-presidente para desfilar como destaque no carro alegórico que fechará a apresentação da escola, na sexta-feira de carnaval. O enredo deste ano é intitulado Salve, salve, São Bernardo, pedaço do meu Brasil. Ao deixar o Palácio do Planalto, Lula voltou para a residência da família, em São Bernardo do Campo (SP). A cidade sempre foi a base política e familiar do petista, desde a época de militância no movimento sindical.

O carro alegórico em que Lula foi convidado a desfilar é uma réplica da linha de montagem de automóveis. O enredo da Tom Maior fala da história de São Bernardo do Campo, cidade conhecida por abrigar fábricas de veículos e por ser berço do movimento sindical que transformou Lula em um expoente das causas trabalhistas. “Já é certeza que ele vai participar. O que pode prejudicar é algum compromisso urgente na agenda. A escola será a segunda a desfilar, na sexta-feira 4 de março”, diz o presidente da Tom Maior, Marko Antônio da Silva.

As fantasias da ala “Lula brilha-lá” custam R$ 550 e reproduzem um macacão de operário, com capacete e uma faixa verde-amarela, réplica da presidencial. “O carro retrata a indústria automobilística. A ideia é que o Lula desfile de Lula. Pode estar de operário, de presidente ou de ex-presidente. O carro tem plataformas e as pessoas poderão circular livremente. No mesmo carro estará Frank Aguiar, vice-prefeito de São Bernardo. Todo mundo vai de vermelho”, afirma Marko.

Jingle

A homenagem à legenda e ao ex-presidente é bem clara na letra do samba-enredo: “A força nordestina te conduz/ do carro tu és a capital/ berço moderno da luta social. Brilha-lá no alto uma estrela/ Brilhou-lá iluminando o nosso país/ Quem lutou por um ideal sem medo de ser feliz”. A letra do samba é uma referência ao “Lula-lá”, jingle da primeira campanha do ex-presidente, em 1989.A Tom Maior, é frequentada por petistas como o senador Eduardo Suplicy e Vicentinho.

Culpa do DEM e PSDB

Matéria publicada no blog "Os amigos do presidente Lula"

O governo de São Paulo , leia-se PSDB enraizado no estado há 20 anos e a prefeitura, no comando do DEMO Kassab, da capital investiram em programas para reduzir as enchentes valores menores do que os estipulados em seus orçamentos nos últimos anos. Juntos, deixaram de aplicar quase R$ 170 milhões, o equivalente a toda verba destinada pelo governo Federal ao governo paulista nos últimos quatro anos para construir piscinões.

Segundo levantamento da liderança do PT na Assembleia Legislativa paulista, R$ 639 milhões estavam previstos para serem aplicados no Programa de Combate às Enchentes do estado, de 2007 a 2010. Foram usados R$ 592 milhões, uma diferença de R$ 47 milhões. Quase metade da quantia estava reservada para a construção de piscinões, mas R$ 21,6 milhões não foram repassados.

No caso da prefeitura, uma CPI concluída em dezembro passado, na Câmara Municipal, revelou que, de 2009 a 2010, o município não aplicou R$ 121,8 milhões da verba reservada para ações em prevenção e controle das enchentes, incluindo limpeza e manutenção de cerca de 3 mil quilômetros de galerias pluviais e 400 mil bocas de lobo.

A CPI mostrou que a prefeitura não consegue gastar o que está no orçamento, apesar das necessidades. Todo o material da CPI foi encaminhado à prefeitura e ao Ministério Público para tomarem as providências cabíveis — disse o vereador José Américo (PT), da comissão.

As inundações e mortes que viraram rotina em São Paulo na temporada de chuvas não são resultado só da quantidade acima da média de água. O plano de construção de piscinões na Região Metropolitana segue lentamente.

Conhecido como Plano de Macrodrenagem, foi elaborado em 1998 para ser executado em 20 anos; mas 13 anos depois, só metade (49) dos reservatórios previstos saiu do papel.

A falta de investimentos também ameaça a maior obra já realizada na capital para combater as inundações, o rebaixamento da calha do Rio Tietê, que custou R$ 1,7 bilhão. A interrupção por dois anos (2006 a 2008) do serviço de desassoreamento do rio e sua retomada em ritmo menor do que o necessário reduziram a capacidade de escoamento de água do Tietê e levou os paulistanos a conviveram com o retorno dos transbordamentos.

Dilma cria conselho de gestão para cobrar desempenho de ministérios

Na primeira reunião ministerial, marcada para amanhã, presidente vai exigir de sua equipe o cumprimento de resultados por setores do governo, impondo um estilo mais ”empresarial” de administração; agências reguladoras terão padrão ”técnico”
Metas. Dilma, com ministros: superávit de 3% do PIB e crescimento de 5%, ajudado pela demanda de alimentos e commodities
Na primeira reunião ministerial de seu governo, marcada para amanhã, a presidente Dilma Rousseff comunicará sua decisão de impor um forte ajuste nos gastos públicos, especialmente com custeio, que será monitorado de forma rigorosa pelo governo.

Ela reforçará a advertência de que as indicações políticas serão respeitadas, mas que os titulares das pastas terão de se comprometer com resultados que serão cobrados, conforme antecipou reportagem do Estado publicada no domingo. Para as agências reguladoras, nenhuma concessão: as indicações têm de ser necessariamente técnicas e passar pelo seu crivo pessoal.

Na cabeça da presidente está um conceito de governança empresarial, nos moldes do setor privado, que produza um mapa da eficiência de cada área do governo – do primeiro aos demais escalões. O instrumento desse controle será um novo conselho – de Gestão e Competitividade -, ligado diretamente à Presidência da República.

Controle. Esse formato obrigará cada ministro a fixar metas de redução de custos e de realizações, apresentando-as nas reuniões ministeriais periódicas, confrontando-as com os resultados dos demais colegas e justificando no plenário os critérios empregados. Informará o que cortou, onde cortou e quanto cortou. E o quanto realizou no contexto dos cortes.

Não se conhece ainda, no governo, a composição desse novo conselho, mas há uma certeza: dele fará parte o empresário Jorge Gerdau, do grupo que leva seu nome, interlocutor com prestígio junto à presidente e inspirador de sua criação.

A administração dos recursos não se limitará aos cortes no custeio da máquina pública, mas também a uma revisão que traga seletividade aos gastos. “Fazer mais com menos, melhorando a qualidade dos gastos”, resumiu uma fonte palaciana.

Investimentos. Dilma não utiliza em nenhum momento a expressão ajuste fiscal, mas deixará claro que vai manter o nível de investimentos que se viabilizará com a redução de custos do governo. Dirá que, no Brasil de hoje, crescimento não gera crise nem inflação.

Ela considera que o País viveu em 2010 um crescimento maior que no período Ernesto Geisel. E acha que ele pode crescer puxado por uma taxa de investimentos acima de 20%. Estima um superávit primário correspondente neste momento a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e crescimento médio de 5% ajudado também pela demanda crescente de alimentos e commodities.

Dilma tem tratado com reservas o tema cambial, mas já confidenciou a interlocutores próximos considerar que o Brasil paga o ajuste da crise de forma indevida, pois fez o chamado dever de casa: câmbio flutuante, superávit maior que a maioria dos países, déficit nominal pequeno e ainda enfrenta protecionismos e a prática de dumping.

E que há uma tolerância com medidas de controle cambial que estão sendo adotadas em outros países. “Parece que querem controles cambiais para todos, menos pro Brasil.”

Adequação. Ela tem dado sinais de que exercerá um programa monitorado para não deixar vulnerável o País. Tem chamado de linha “macroprudencial” esse processo de adequação permanente à crise internacional, como faz a China.

Mas no governo ninguém descarta a hipótese de novas medidas cambiais para conter a valorização excessiva do real. Segundo assessores, Dilma cita com frequência o episódio protagonizado pelo primeiro-ministro inglês Winston Churchill (1874-1965), que após negar alterações no câmbio e ser desmentido horas depois pelos fatos, deu de ombros: “Isso é o câmbio.”

A dificuldade de conciliar todos esses objetivos com ministérios historicamente guiados pelos interesses da política partidária é um dilema que frequenta as preocupações da presidente.

Para estabelecer um limite aos ministros, costuma filosofar: “Não quero a virtude dos homens, mas a das instituições”. Segundo ela, a máquina pública tem de ser transparente e comprometida com a ética e a prática republicanas.

João Bosco Rabello – O Estado de S.Paulo



Governo Lula: avanços e falhas

Frei Betto, Adital

“Destaco cinco pontos nos quais o governo Lula me pareceu altamente positivo e outros cinco nos quais não correspondeu às expectativas. Estou convencido de que constituíram iniciativas que não poderão ser ignoradas pelo governo Dilma e outros que a sucederão.

1. Renda aos mais pobres - através do Bolsa Família e demais políticas sociais, transferiu-se considerável soma de recursos para as famílias mais pobres do Brasil, a ponto de retirar 20 milhões de pessoas da miséria. Embora o Bolsa Família distribua como renda apenas 0,4% do PIB, e a seguridade social 7%, o fato é que, hoje, 70% das moradias possuem eletrodomésticos como geladeira, TV, fogão e máquina de lavar roupa. O aumento anual do salário mínimo acima do índice da inflação dilatou o poder de consumo da população brasileira.

2. Estabilidade econômica - a inflação manteve-se abaixo de 5% e o salário mínimo corresponde, hoje, a mais de US$ 200. Isso permitiu ao consumidor planejar melhor suas compras, o que foi facilitado por uma política de créditos consignados e a longo prazo, apesar de as taxas de juros serem ainda elevadas.

3. Não criminalização dos movimentos sociais - embora as ocupações do MST, dos movimentos de moradia e de barragens causassem inquietação às autoridades, não houve repressão policial-militar e o governo buscou, ainda que timidamente, diálogo com lideranças populares.

4. Soberania - ao rechaçar a ALCA e zerar as dívidas do Brasil com o FMI, o governo Lula afirmou o Brasil como país soberano e independente. O que lhe permitiu manter confortável distância da Casa Branca e se aproximar da África, dos países árabes e da Ásia, a ponto de enfraquecer o G8 e fortalecer o G20, do qual participam países em desenvolvimento. Estreitou relações com a África do Sul, a Índia e a China, e rompeu o "eixo do mal" de Bush ao defender Cuba, Venezuela e Irã.”
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Nogueira Jr.

Charge do Zope

Brail! Brasil!

A chuva é recorrente, a incompetência do poder público também


Leonardo Sakamoto, Blog do Sakamoto

“Todo ano desliza. Moro aqui há 16 anos e sempre foi assim.”
A frase é de Antonio Paulo de Souza, que perdeu a casa e a maior parte dos pertences em um deslizamento ocorrido no morro do Macuco, em Mauá, Grande São Paulo, e foi colhida pelo repórter Guilherme Balza, do Uol Notícias. Uma mulher de 34 anos e seu filho de 11 morreram soterrados com o deslizamento. A Prefeitura de Mauá distribuiu nota oficial informando que não obteve autorização judicial para remover as famílias da área, enquanto os moradores disseram que nunca foram notificados para deixar o local.

(O tema é tão recorrente que passa a ser estranho tratá-lo aqui no blog. Vamos fazer uma experiência… Atenção para o texto a seguir)

Com exceção dos fanáticos religiosos que enxergam sinais da primeira ou segunda vinda do messias (dependendo da religião em questão), apenas os mais míopes não percebem que o planeta está dando o troco. Não estou falando apenas do aquecimento global e das já irreversíveis mudanças climáticas que vão gratinar a Terra nos próximos séculos, mas também dos crimes ambientais que fomos acumulando debaixo do tapete e que, agora, tornaram-se uma montanha pronta a nos soterrar.

Falamos de tragédias em Santa Catarina, em Angra dos Reis, na Ilha Grande, em São Luiz do Paraitinga, no Jardim Pantanal, como se fossem situações desconectadas da ação humana, resultados da fúria divina e só. Um prefeito de uma cidade atingida disse que só restava a ele rezar para Deus controlar as águas. Coitada da população que votou nele e agora vê o administrador do município “terceirizando” o trabalho para o plano superior, provavelmente dando continuidade ao que foi feito pelos que vieram antes dele.

A declaração é da mesma escola daquela de um assessor de George W. Bush quando questionado sobre a herança deixada às próximas gerações pelos gases geradores de efeito estufa da indústria norte-americana. Não me lembro da frase exata, porque lá se vão anos, mas foi algo do tipo: “isso não será um problema, porque Cristo voltará antes disso”. Depois alguém pergunta por que a Cacique Cobra Coral ganha tanto dinheiro…”
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