quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Em inauguração no Rio Grande do Sul, Lula diz que vai trabalhar intensamente até o dia 31

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (22) da cerimônia de entrega das obras de duplicação da BR-101. E disse que, apesar de o seu mandato já estar chegando ao fim, vai trabalhar intensamente até 31 de dezembro.
“Normalmente, nesta época do ano, um presidente que vai deixar a Presidência já está desacelerando o motor porque a Dilma [Rousseff] está esquentando o motor dela para entrar. Mas não temos o direito de parar antes de a gente completar a nossa obra que é governar até 31 de dezembro”, disse.
Lula visitou o canteiro de obras no segundo ano de seu primeiro mandato, em 2004. Para ele, a duplicação só foi concluída por conta da “teimosia” dos governantes. “Se não é a nossa teimosia a gente não faz. Neste país você tem um prefeito, um governo estadual, um governo federal e 300 coisas para evitar que aquela obra aconteça”, disse.
Para o presidente, a visita à obra é a conclusão de um compromisso assumido. “Queria atravessar o túnel a pé para dizer que eu não poderia deixar a Presidência sem me despedir de vocês.”
Durante a cerimônia, Lula aconselhou o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a fazer “coisas óbvias”. “A única coisa que fiz foi o óbvio, aquilo que todo mundo deveria ter feito, mas não fez”, comentou, acrescentando que o estado registra o menor índice de desemprego no país. “O Rio Grande do Sul que o Tarso Genro vai pegar em 1º de janeiro é muito diferente daquele que o Olívio Dutra pegou há 12 anos”, ressaltou.

Edição: Lílian Beraldo

Historiador e militante do PT na Bahia, Afonso Florence assume Desenvolvimento Agrário

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, é considerado um militante histórico do PT na Bahia. É historiador, formado pela Universidade Federal da Bahia, onde iniciou sua militância política, presidindo o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Ainda na universidade foi servidor público, pesquisador e diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). Hoje, é professor licenciado da Universidade Católica de Salvador.
No governo estadual, exerceu o cargo de Secretário de Desenvolvimento Urbano durante a gestão de Jacques Wagner, quando coordenou o programa habitacional Casa da Gente. Trabalhou também na execução do programa Água para Todos no estado.
Florence é da tendência democrática socialista do PT. Nas eleições de outubro, foi eleito deputado federal.

Edição: Lílian Beraldo

PT insiste em punição a infiéis - Postado por Walter Santos em 22/12/10 as 05:43

Reproduzo matéria publicada no Blog WSCOM

BRASILIA – Longe dos holofotes da Mídia paraibana eis que o Partido dos Trabalhadores convive com alguns processos internos de punição a alguns lideres / filiados que, na eleição recém concluída, não acompanharam a decisão da legenda enquanto escolha de candidatos majoritários.
Ontem, na Capital Federal, tomamos conhecimento de que o Diretório Nacional acaba de receber e instruir procedimentos para, por exemplo, examinar a aplicação do Código de Ética contra o deputado federal reeleito Luiz Couto.
A instância processual de Luiz é Brasília, no âmbito nacional, porque entre outros fatores o parlamentar é membro da direção nacional. O argumento e instrução passa pelo apanhado de materiais apontando que Couto incorreu publicamente em infidelidade partidária ao apoiar o então candidato Ricardo Coutinho em detrimento do governador José Maranhão, conforme decisão partidária.
Há, segundo fomos informados, de inúmeros outros casos como o da prefeita de Pombal, Poliana.
Na prática, segundo os ensinamentos filosóficos dos teóricos do bairro da Torre, embora o PT aparente viver momentos de paz interna na Paraíba conceitualmente em torno das doutrinas partidárias muita coisa ainda haverá de acontecer de turbulência porque a premissa punitiva está posta para valer, seja qual for o entendimento externo à legenda.
A lista é maior do que se pensa.

Não fala

O presidente estadual do PT, Rodrigo Soares, esteve ontem em Brasília mas demorou pouco pois no período da tarde já retornara a João Pessoa, via Recife.
Ele não quis comentar os processos de punição interna na legenda.

Luis Inácio Lula da Silva - Brasileiro da década

No dia 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará o Palácio do Planalto e entrará para a história do Brasil. Os oito anos de mandato de Lula foram marcados por realizações que mudaram a face do País. Graças aos programas de inserção social e ao forte crescimento da economia, quase 13 milhões de pessoas ultrapassaram a linha de pobreza absoluta. A renda per capita subiu para US$ 10 mil, aproximando-se do padrão de países desenvolvidos. Contingentes da população que integravam as faixas D e E ascenderam rapidamente para os grupos C e B. No governo de um ex-metalúrgico, a classe operária não chegou ao paraíso, mas pôde dar vida a seus sonhos. Não surpreende, portanto, que tenha obtido uma aprovação popular superior a 80%, índice jamais alcançado por qualquer de seus antecessores. Ao chegar ao poder em 2002, Lula disse que, na qualidade de primeiro cidadão de origem pobre e humilde a ocupar a Presidência, não tinha o direito de errar. Se errou, errou muito pouco. O balanço de sua gestão desfruta de reconhecimento nacional e internacional. Recebido com festa em suas viagens pelo País, Lula também é reverenciado por seus pares no Exterior. Deixou para trás o complexo de inferioridade de nossa diplomacia e ombreou o Brasil às grandes potências. Como faz nas noites quentes de Brasília, quando entra na piscina do Palácio da Alvorada, o presidente nadou de braçada no sucesso que acumulou. Sem maior dificuldade, fez sua sucessora, a ex-ministra Dilma Rousseff, cuja campanha se baseou exatamente na promessa de continuidade da era Lula. Fazendo justiça às suas conquistas, à comprovada sensibilidade política e à obsessão pelo desenvolvimento, Lula é mais do que merecedor do título de Brasileiro da Década.
Matéria completa aqui

A última vez!

O último pronunciamento que Lula fará à nação, amanhã, será cheio de emoção e de recados. "Saio do governo para viver a vida das ruas", diz ele. "Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar meu destino e jamais fugir da luta." "Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança, quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias."

Lula diz ainda que governou "bem" por ter berço pobre, se sentir como um cidadão comum e por conseguir se "livrar da maldição elitista" que governava para poucos e se esquecia "da maioria do seu povo, que parecia condenada à miséria e ao abandono eternos". Encerra com um "pedido enfático" para que "todos apoiem a nova presidenta, assim como me apoiaram em todos os momentos".
 

Governo Lula Comparado com o Governo FHC


Imgres-5O erro do PSDB foi superestimar as suas chances em 2014. Como alertei em setembro de 2009, quem ganhar a eleição em 2010 será reeleito e fará o seu sucessor.
Acho que nem o PSDB percebe o significado desta previsão, ou a possibilidade dela se concretizar.
Aécio teria se empenhado mais em 2006 e 2010.
Tudo isto porque não percebem que em 2010, a situação financeira do Brasil é muito, mas muito melhor do que a de 2002 e 2006.
O próximo governo receberá uma situação financeira muito mais confortável do que Lula recebeu de FHC.
Mesmo com a saída de Henrique Meirelles. Ninguém vai desfazer o que ele fez. 
Eu sei que isto é uma verdade inconveniente que muitos não querem aceitar, mas ignorar a realidade como a velha imprensa fez, tem consequências.
1. O juro era de 12% em 2002, em 2011 deverá cair para 3%.
2. As reservas eram de 18 bilhões, em 2011 irão para 300 bilhões.
3. A dívida interna é hoje quase 80% em juros fixos, em 2002 80% era juro flutuante, flutuavam ao sabor do mercado.
4. Hoje, o Brasil é investment grade. Em 2002 não éramos investment grade, por isso o risco Brasil era em torno de 1000 pontos hoje é em torno de 200.
5. 100% da nossa dívida interna é hoje em reais. Em 2002 40% eram em dólares, que não é a moeda nacional, nem âncora cambial como se supunha.
Mesmo que se atribua tudo que Lula fez como consequência natural de FHC, o que estes 5 pontos provam é que o próximo governo irá nadar de braçadas e será reeleito.
E se Lula se encher de dar palestras (vide www.palestrantes.org) nestes oito anos, o que é muito provável, ele volta em 2018, sem dúvida alguma.
Se colunistas econômicos tivessem lido Warren Buffett, teriam lido este conselho:"Compre empresa que até um poste consiga administrar, porque um dia um poste provavelmente a estará administrando."
Warren Buffett não está sugerindo que Dilma seja um poste, como muitos tucanos sugeriram, mas  existem empresas que andam sozinhas, o caso atual do Brasil.
O encanto da direita com Lula é que foi um governo que não atrapalhou, "que fez nada". Não é meu ponto de vista, mas que seja.
Diferente do governo FHC que fez uma maxidesvalorização de 80% de um dia para o outro, elevou os juros para 42% nominal, aumentou os impostos de 24% para 34% e que implantou a banda cambial diagonal exógena ridicularizada pela imprensa inteira.
FHC teve méritos, claro que teve, mas exagerados no meu entender.
Todos concordam que seu segundo mandato foi um erro, que fez praticamente nada, e seu primeiro mandato foi prejudicado pela crise da Ásia e da Rússia.
Ou seja, em vez de oito anos em dois, foram dois anos de governo produtivo em oito.
A Dilma fará 4 anos em 4, se deixarem, obviamente. 

Blog do Stephen Kanitz

Maioria aposta que governo Dilma será melhor ou igual ao de Lula

O futuro governo de Dilma Rousseff será melhor ou igual ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 83% dos entrevistados da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (22).

Segundo o levantamento, 53% afirmaram que a gestão da petista será semelhante à de seu padrinho político, enquanto 30% disseram que ela terá um desempenho superior. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Dilma se sai melhor no Nordeste, principalmente em Pernambuco, onde tem 78%, e no Ceará, com 79%. Em Minas Gerais, a presidente eleita também alcançou um alto índice de otimismo: 80%. No Sul, o porcentual dos que acreditam na futura gestão da petista cai para 68%.

A pesquisa também perguntou aos eleitores se eles acham que Dilma vai cumprir suas promessas de campanha. Para a maioria (59%), a petista cumprirá parte delas. Já 31% disseram que a presidente eleita vai honrar com tudo o que prometeu e apenas 6% afirmaram que ela não cumprirá nada.

Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da CNI (Confederação Nacional da Indústria), e divulgada no último dia 16, mostra que 62% dos brasileiros acham que a gestão de Dilma será “ótima” ou “boa”. Para 19%, o governo da petista será regular e outros 9% acham que será “ruim” ou “péssimo”.

Para 58% da população, de acordo com o levantamento do Ibope, o governo de Dilma será igual ao de Lula. Para 18% será melhor e para 14%, pior.

A pesquisa Datafolha ouviu 11.281 pessoas em todo o país, de 17 a 19 de novembro.


R7