sexta-feira, 27 de maio de 2011

Couto acusa Maranhão de barrar investigação contra grupo de extermínio.

Segundo petista, ex-governador interferiu na investigação aberta por Gustavo Gominho.


O deputado federal Luiz Couto (PT), em entrevista ao Correio Debate, da rádio 98 FM, fez nesta sexta-feira (27) uma grave denúncia contra o ex-governador José Maranhão (PMDB). Segundo ele, o peemedebista interferiu nas investigações contra os grupos de extermínios na Paraíba para evitar que “certas pessoas” fossem atingidas.

De acordo com o parlamentar petista, as investigações foram iniciadas de forma mais intensa dentro do próprio Governo Maranhão, pelo então secretário de Segurança e Defesa Social Gustavo Gominho, mas teriam sido abafadas pouco tempo depois pelo próprio governador.

Um dos maiores defensores de uma ampla investigação contra os grupos de extermínio e contra a participação de policiais militares em execuções realizadas na Paraíba e em Pernambuco, Luiz Couto diz que as cerca de 100 pessoas envolvidas nos crimes deveriam ser “exemplarmente responsabilizados”.

Ele disse, inclusive, que já conversou com o novo secretário Cláudio Lima para que as investigações sejam retomadas.

Direitos humanos – O deputado federal Luiz Couto aproveitou a entrevista para denunciar também abusos que teriam sido cometidos pela Polícia Militar na Operação Mandacaru, realizada algumas semanas atrás no bairro homônimo, em João Pessoa.

Ele disse que quer conversar com o governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre o caso e discutir algumas questões como vazamento de informação da operação, o que resultou na fuga dos “chefões do tráfico”. Couto disse que vai levar ao governador também denúncias de que casas foram invadidas de forma truculenta e que populares foram agredidos.

Phelipe Caldas - MaisPB

Agrupamentos internos do PT que defendem uma política de relação com os partidos do campo democrático e popular em especial o PSB

Os agrupamentos internos do PT que defendem uma política de relação com os partidos do campo democrático e popular em especial o PSB, que são liderados pelo Deputado Federal Luiz Couto reuniram-se ontem 26 de maio, na capital.  A reunião contou com a presença de aproximadamente 150 filiados entre eles secretários do governo estadual e municipal filiados ao partido, bem como os vereadores Benilton Lucena e Jorge Camilo, do superintendente do SEBRAE na Paraíba Júlio Rafael, do presidente do diretório municipal do PT Antonio Barbosa e do Deputado Federal Luiz Couto.
Na reunião um dos pontos de discussão foi à importância da vitória do companheiro Ricardo Coutinho na última eleição, significando a quebra de um período conservador da política de nosso estado. Foi dito também que os partidos que compõem o campo democrático e popular precisam compreender este novo cenário da política local e construírem parcerias políticas visando projetos eleitorais futuros, como a eleição municipal do próximo ano.  
Os participantes do evento entendem que o partido dos trabalhadores na Paraíba e em especial João Pessoa deve dialogar prioritariamente com os partidos que estão em torno deste campo para as eleições de 2012 em especial a manutenção de nossa aliança com o PSB na capital do estado, segundo o presidente do Diretório Municipal de João Pessoa, “A Paraíba vive um novo momento político e o PT não pode negar sua história ficando fora desse novo momento”.
Ainda, segundo o deputado Luiz Couto “a vitória do companheiro Ricardo Coutinho em 2010 significa uma mudança substancial na política paraibana e este processo não se encerra com esta vitória, pois tanto o PT, PSB e os demais partidos do campo devem estender esta aliança para o processo eleitoral municipal próximo”.
Ao final da reunião foi deliberado que outras plenárias serão realizadas em várias regiões do estado a fim de se debater com o conjunto de filiados do partido esta política, e ainda que será lançado nos próximos dias um manifesto assinado por filiados, parlamentares e lideranças do PT convocando o partido para a execução dessa política.

PT de JP critica Executiva estadual por posicionamento contra Ricardo nas inserções de TV e Rádio

Entendemos que a Direção Estadual do PT age com total irresponsabilidade"

O Diretório Municipal do PT em João Pessoa divulgou nota nesta quinta-feira (26) criticando a postura da Executiva estadual do partido que se posicionou contra o governo Ricardo Coutinho (PSB) nas inserções veiculadas nos horários gratuitos de Rádio e TV.
Veja a integra da nota abaixo:
NOTA DA PRESIDÊNCIA

A Presidência do Diretório Municipal do PT de João Pessoa, em face às inserções vinculadas pela Direção Estadual na Paraíba nos horários gratuitos de Rádio e TV, vem a público esclarecer o seguinte:

1 – É público que o Partido dos Trabalhadores não só ajudou a eleger como faz parte da atual gestão municipal do PSB, aliança esta aprovada em suas instancias partidárias, tendo inclusive filiados ajudando na administração em vários espaços de Governo;

2 – O PT não só é solidário com a atual gestão como é parte dela, sendo protagonista da construção das políticas públicas exitosas que claramente melhoraram a vida do povo de nossa cidade;

3 – Entendemos que a Direção Estadual do PT age com total irresponsabilidade quando em suas inserções de Rádio e TV, trata o Governo Municipal como adversário, esquecendo que o próprio partido é parte e executor das políticas desse governo;

4 – Por fim, convocamos o conjunto dos filiados do partido em nossa cidade para juntos construirmos o futuro, sempre com respeito e responsabilidade, marcas da história do PT ao longo dos seus 31 anos.

João Pessoa, 26 de Maio de 2011.

Antônio Barbosa
Presidente do Diretório Municipal do PT de João Pessoa
Da Redação
WSCOM Online

FHC age para convencer Serra a aceitar conselho político

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está fazendo a intermediação para tentar convencer Serra a integrar o novo conselho político, que terá suas funções redefinidas. O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado na eleição presidencial de 2010 vinha se negando a compor o colegiado, por considerá-lo sem importância na estrutura partidária.

Para a primeira vice-presidência, o nome colocado nas conversas pelos serristas e aceito pelos demais é o do ex-governador Alberto Goldman. Para a outra vice-presidência, o indicado de Alckmin é o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Emanuel Fernandes, deputado federal e ex-prefeito de São José dos Campos.

Com essas bases, os tucanos envolvidos nas conversas entre os grupos paulista e mineiro acreditam em um "grande entendimento" para compor as correntes de Serra e Aécio, que disputam a candidatura presidencial pelo partido em 2010. Consideram também uma solução para agradar Alckmin, que tem feito gestões para evitar uma derrota total de Serra. O próprio governador paulista não é descartado como opção para concorrer ao Palácio do Planalto.

FHC foi acionado pelas lideranças tucanas para tentar tirar o partido do impasse em torno da composição da Executiva Nacional. Amanhã, em Brasília, os delegados nacionais vão eleger o diretório nacional, que tem 213 integrantes, para o qual a chapa é única. A falta de acordo entre os grupos mineiro e paulista ameaçava levar a definição da executiva para um confronto.

Apesar da pressão paulista, até ontem era descartada pelos aecistas a possibilidade de recuo na indicação do ex-senador Tasso Jereissati para a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV). Essa solução foi tentada por Alckmin, interessado em evitar conflitos com Serra. Mas Tasso foi convidado publicamente pela bancada no Senado, aceitou, e virou fato consumado.

Para os tucanos que defendem a candidatura de Aécio a presidente, Serra transformaria o ITV num espaço para fazer campanha pessoal. Além disso, temem que, num cargo com essa projeção, Serra estabeleça um duplo comando do PSDB, disputando com o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE) - que será reconduzido amanhã, com apoio de Aécio.

Guerra, por sinal, é um dos mais preocupados com o confronto entre Aécio e Serra. Ele é visto como aliado do mineiro, mas está interessado em manter o partido unido. Com a disputa pela formação da executiva, o PSDB conseguiu, na prática, antecipar para 2011 o confronto previsto para 2014 entre Serra e Aécio, pela vaga de candidato do partido a presidente. Serra já foi derrotado duas vezes (2002 e 2010), mas ainda alimenta expectativa de disputar.

A avaliação majoritária no partido é que a vez é de Aécio, por vários motivos, entre eles, a maior capacidade de agregar politicamente e os erros atribuídos a Serra na campanha de 2010. Mesmo assim, é consenso que o peso político de Serra não pode ser descartado pelo partido e que é prematuro definir agora uma candidatura. O perfil ideal dependerá de vários fatores, entre eles do desempenho do governo Dilma Rousseff e da coesão - ou não- de sua base de sustentação.

Mesmo adversários de Serra defendem um acordo, para evitar que ele saia humilhado e o partido, definitivamente rachado. O receio é que Serra seja transformado no "Kassab do PSDB", numa referência à saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do Democratas, levando um grande número de filiados para o novo partido, o PSD. "Todo mundo está procurando uma forma de Serra não ser vencido", define uma liderança envolvida nas conversas.

Por enquanto, Aécio tem vencido todos os rounds. Primeiro, com uma mobilização de apoio à reeleição de Guerra na presidência do partido, barrando uma articulação de aliados de Serra para conduzi-lo ao cargo. Depois, conseguindo apoio à permanência do deputado Rodrigo de Castro (MG), seu aliado, na secretaria geral do partido. Os paulistas queriam substituí-lo.

Por fim, o senador mineiro antecipou a formalização do convite a Tasso para assumir o ITV, rebatendo a articulação de Alckmin para levar Serra ao comando do órgão de estudo e formação política do partido. Tucanos de São Paulo reagiram a esses movimentos dizendo que tentavam destruir e humilhar o ex-governador.

Os dirigentes discutem a redefinição de alguns papéis de cargos da executiva, entre eles o da vice-presidente executiva, ocupada pelo ex-ministro Eduardo Jorge Caldas Pereira, cujo cargo absorveu boa parte do poder da secretaria-geral do partido.Valor Econômico




Sanguessugas de volta à Comissão de Orçamento

Seis parlamentares denunciados pela CPI dos Sanguessugas, que apurou desvio de verbas orçamentárias de prefeituras, integram agora a Comissão Mista de Orçamento. Entre eles, estão Nilton Capixaba, acusado de ser um dos líderes do esquema, e João Magalhães, envolvido em outra denúncia de venda de emenda
O Brasil é mesmo um país generoso. Há menos de cinco anos a Câmara deixou de analisar o parecer pela cassação do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), acusado de ser um dos líderes do “braço político” do esquema de desvio de dinheiro público para a compra superfaturada de ambulâncias, o chamado esquema dos sanguessugas. Capixaba escapou da cassação, mas não conseguiu se reeleger em 2006. Este ano, ele voltou à Câmara, conduzido pelos mais de 52 mil votos recebidos em outubro. Três meses após assumir o mandato, o deputado faz parte agora da poderosa Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável pela aprovação da lei orçamentária e pelo acompanhamento da aplicação dos recursos federais.
 
Foi justamente a apresentação de emendas ao orçamento, cuja análise prévia cabe à comissão, a principal ponta no Congresso do esquema que resultou no pedido de cassação de 72 parlamentares em 2006. Além de Capixaba, outros cinco parlamentares denunciados à época pela CPI integram a atual Comissão Mista de Orçamento. Juntos, eles foram acusados de ter recebido, em valores não corrigidos, mais de R$ 900 mil da Planam, empresa que coordenava a máfia das ambulâncias, em troca da apresentação de emendas que favoreceram a família Vedoin.

Pelo menos quatro desses integrantes da Comissão de Orçamento acusados pela CPI ainda devem explicações à Justiça sobre o caso. Além de Capixaba, também são réus na Justiça Federal de Mato Grosso, que concentra a maioria das investigações, os deputados Jorge Pinheiro (PR-GO) e Benjamin Maranhão (PMDB-PB). As acusações contra eles são de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha ou bando e crime contra a Lei de Licitações. Esses processos devem subir em breve para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as investigações contra parlamentares e outras autoridades federais.

Operação João de Barro

Este não é o único caso em que o deputado é acusado de ter apresentado emenda à proposta orçamentária em troca de dinheiro. No último dia 28 de abril, ele virou réu no Supremo sob a acusação de ter incluído emendas para beneficiar o pequeno município mineiro de São José do Jacuri. Segundo a denúncia da Procuradoria Geral da República, aceita por unanimidade pelos ministros, o deputado recebeu propina de 10% do total, por meio da prefeitura, para conseguir a liberação de R$ 400 mil da União para obras de infraestrutura do município.

“Este caso é um dos inúmeros casos que foram apurados na chamada Operação João de Barro, em que se desvendou grande esquema criminoso envolvendo manuseio de emendas parlamentares em relação a municípios de Minas Gerais”, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante o julgamento. Esse esquema envolveu prefeitos de municípios com até 100 mil habitantes.

“O recebimento de vantagem por parte do parlamentar está devidamente comprovado nos autos”, acrescentou Gurgel. A transformação do inquérito, que tramitava desde 2008, em ação penal recebeu o voto favorável do relator, Gilmar Mendes, que foi acompanhado pelos demais ministros.

Também foram denunciados pela CPI dos Sanguessugas e fazem parte da atual Comissão de Orçamento o deputado Wellington Roberto (PR-PB) e o senador Magno Malta (PR-ES). Os dois, no entanto, foram absolvidos pelos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, que consideraram inconsistentes as denúncias contra eles. No ano passado, 39 dos 72 congressistas denunciados pela CPI dos Sanguessugas tentaram conquistar um novo mandato em todo o país. Mas apenas sete deles conseguiram se eleger.Do Congresso em foco