sexta-feira, 12 de agosto de 2011




O Brasil está cumprindo fielmente suas metas de diminuir as desigualdades e resgatar a imensa dívida social existente há séculos. Em oito anos quase 40 milhões de irmãos nossos deixaram a pobreza para ingressar na classe média, adquirir bens, ter alimentação em maior quantidade e de melhor qualidade, exercer com mais plenitude sua cidadania, ter saúde e educação. Ainda há muito por fazer e a tarefa de complementar o trabalho iniciado nos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula poderia parecer impossível ou hercúlea, de execução quase impossível, se no comando da Nação não estivesse, não por acaso, a competente executiva que foi o braço-direito e a principal companheira do Estadista que mudou os rumos de nossa história na última década: Dilma Rousseff.

Não tem surpreendido a forma decidida e competente como a segunda etapa do governo do PT está ordenando a grande mudança, a verdadeira revolução silenciosa e pacífica, a sacudida nas estruturas de nossa sociedade após a década perdida sob a égide dos tucanos. O Brasil é a sétima economia mundial, recuperou seu prestígio internacional, firmou parcerias fortes e conquistou nichos de mercado gigantescos  nos cinco continentes, é ouvido e acatado nos principais foros de decisão e assumiu um papel de protagonista no cenário do mundo novo que surge no raiar do século XXI. A imagem da derrota, da quebradeira, do “yes, Mister” dos anos 90 ao FMI é coisa de um passado longínquo e tristonho. Não devemos esquecê-lo, sob pena de repeti-lo. Mas nossos faróis apontam o rumo do futuro  e iluminam a competitividade, a conquista pela qualidade, a ocupação dos espaços pela simples menção da marca mágica: “Made in Brazil”. O merecido sucesso de nosso agronegócio é a maior prova disso. Não há mais tempo para lamúrias, só para trabalho e vitórias.

Ao anunciar o plano “Brasil Maior”, com a finalidade específica de estimular a competitividade da indústria brasileira, o governo da presidenta Dilma Rousseff busca apoiar decisivamente nossos exportadores num momento expecionalmente singular. Com nossa moeda fortíssima diante de um dólar baixo, a indústria brasileira irá contar com uma série de incentivos para a exportação, readquirindo as mesmas condições de antes da crise econômica que assola os Estados Unidos e grande parte da Europa. É um plano realista e pragmático. Que tem o condão tanto de mostrar a sensibilidade de nosso governo para com os percalços enfrentados pela iniciativa privada quanto nos diferencia dos governos do PSDB, eternos e rigorosos cobradores de impostos, taxas e tributos, que jamais moveram uma palha em favor dos produtores de nosso país, visando sempre e apenas o aumento da arrecadação custando o que custasse, mesmo que, ao final, importantes setores de nossa economia – como os exportadores, por exemplo – pagassem o alto preço do endividamento ou mesmo do definitivo insucesso empresarial. Mas, felizmente, os tempos são outros e o Brasil mudou para muito melhor.

No “Plano Brasil Melhor” há significativa desoneração de tributos, como a manutenção do IPI baixo sobre o material de construção, favorecendo, também a grande massa dos brasileiros que estão construindo, pretende construir ou fazer reformas em suas casas; bens de capital (máquinas e equipamentos para a produção industrial), além de caminhões e veículos comerciais leves, incentivando tanto a indústria automobilística, quanto toda a imensa cadeia de produção existente em função dela, com milhares de empresas fornecedoras e que empregam milhões de brasileiros direta e indiretamente.

Outra decisão da presidenta Dilma e que atende a esse momento particularíssimo vivido pela indústria nacional é a recuperação de créditos tributários das empresas e a impostergável desoneração das folhas de pagamentos. São vários os setores os contemplados com a oportuna medida: artefatos, calçados, móveis e confecções. O próximo setor será o da tecnologia da informação (TI), os nossos fabricantes de softwares, cujo avanço nos mercados nacional e internacional e a excelência de seus produtos os converteram hoje em segmento de imensa representatividade em nossa balança comercial e em toda a economia do país. O alcance social e econômico dessa medida terá proporções imediatas e atingirá centenas de milhares de micros, pequenas, médias e grandes empresas, indistintamente, favorecendo empresários, trabalhadores e consumidores. Ganha o Brasil e ganham os brasileiros.

O PSI (Programa de Sustentação de Investimentos), operacionalizado pelo BNDES, será mantido e terá até o final de 2012 o montante de R$ 75 bilhões em linhas de crédito, com juros baixos e subsidiados, para que os empreendedores possam investir e incrementar a produção. Programas como o “Pro-Caminhoneiro” recebem pesados investimentos advindos do PSI e continuarão sendo atendidos pela imensa importância que adquiriram para o desenvolvimento nacional, e novos setores e programas foram agregados, como o de componentes e serviços técnicos especializados, ônibus híbridos, o “Pro-Engenharia”, o “Pro-Aeronáutica”, “Profarma”, “Proplástico”, “Prosoft” e diversos outros.

É uma demonstração da aguda sensibilidade social e da atenção dispensada pelo governo do PT aos setores produtivos, estendendo a mão aos que geram empregos e riqueza, movimentam nossa balança comercial, giram nossa economia e constroem o país forte e poderoso que hoje desperta admiração e respeito em todo o mundo.

Há medidas importantíssimas em diversas áreas, que vão desde novas condições de financiamento pelo BNDES com observância à novos marcos legais, de apoio ao desenvolvimento e à comercialização de produtos sustentáveis, ecologicamente corretos e para linhas de equipamentos dedicados à redução de gases de efeito estufa (Fundo Clima – MMA), até mecanismos que desoneram e descomplicam nosso processo de financiamento às exportações.

O Brasil está antenado no mundo, ligado ao seu tempo, cumprindo o seu papel e sabendo muito bem o que quer e como atingir seus objetivos. É que o mundo está, também, observando os passos desse país-continente, que depois de vencer a chaga da pobreza e despertar do sono letárgico de um subdesenvolvimento persistente e lamentável, entregou nas mãos firmes de um líder operário e Estadista clarividente a missão de reerguê-lo. Agora a primeira mulher a nos governar enfrenta com notável competência o desafio que lhe cabe: manter as conquistas sociais e econômicas, ampliá-las e consolidar o processo de crescimento do Brasil Maior, vencedor e democrático, que todos amamos.

(*) Delúbio Soares é professor

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Agenda de Dilma prevê viagens a ao menos 8 países até dezembro

Até o final deste ano, a presidente Dilma Rousseff pretende ir a pelo menos quatro países da América do Sul, um da Europa, um da África e um euroasiático, assim como já está confirmada a ida dela à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. A ideia é intensificar parceriais, fortalecer as relações sul-americanas e defender as principais propostas do Brasil.
Dilma ainda não fechou a agenda de viagens internacionais, mas sinalizou que pretende ir à Colômbia, Venezuela, ao Uruguai e Paraguai, na América do Sul. Antes, irá aos Estados Unidos, à Bélgica, Bulgária (país de origem do pai da presidente) e Turquia.
Os países da América do Sul devem entrar na agenda apenas no final de outubro ou começo de novembro. Dilma considera fundamental implementar ações que melhorem o quadro social e de infraestrutura dos países vizinhos. No primeiro semestre, Dilma foi à Argentina, ao Peru, Paraguai e Uruguai.
Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que conclui em dezembro as visitas aos 12 países da América do Sul. Antes de a presidente ir a um determinado país, o chanceler vai ao local para negociar acordos e examinar demandas e expectativas. Segundo ele, falta apenas o Suriname, para onde pretende ir em breve.
O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também foi enviado por Dilma a países vizinhos. Garcia disse que, nos próximos dias, segue para a Bolívia e, na sequência, visita Peru, Equador e Colômbia.
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Caixa tem R$ 39 bi para financiar a casa própria



A Caixa Econômica Federal ainda tem R$ 39 bilhões disponíveis para emprestar para quem quiser comprar a casa própria até o fim do ano. Dos R$ 84 bilhões previstos para serem destinados ao setor de habitação em 2011, R$ 45 bilhões já foram contratados até o início de agosto.
O Estado de São Paulo corresponde a 25% da demanda por crédito para moradia, o que, nesse total de recursos, representa R$ 9,75 bilhões.
O dinheiro destinado para o financiamento de imóveis pode ser ainda maior, de acordo com o banco estatal. Como o movimento de contratação dos financiamentos costuma ser maior no segundo semestre, a previsão para o ano deve ser analisada nos próximos meses e pode chegar a R$ 90 bilhões. Essa seria a segunda revisão para cima do volume destinado ao financiamento feita pela Caixa.
No primeiro semestre deste ano foram realizados R$ 34,7 bilhões em negócios imobiliários pelo banco. O valor é 20% maior do que o movimentado no mesmo período do ano passado, informou ontem o vice-presidente de governo e habitação do banco, José Urbano Duarte.
“Esse crescimento não contabiliza os contratos do programa Minha Casa, Minha Vida de zero a três salários mínimos feitos no primeiro semestre do ano passado, pois não tivemos esse tipo de contratação nos primeiros seis meses deste ano”, explicou Duarte.
Se essa modalidade estivesse contabilizada, o volume de crédito imobiliário concedido seria 3,4% superior na comparação entre o mesmo período dos dois anos.
Ao todo foram 496.351 unidades financiadas nos seis primeiros meses deste ano, sendo 51% dos contratos para pessoas que ganham até dez salários mínimos e se incluem programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Desempenho

A Caixa detém 75% do mercado de financiamento imobiliário nacional, com uma carteira de R$129,3 bilhões emprestados. São três milhões de contratos, com prazo médio de pagamento de 181 meses e 80,4% dos clientes com idade de até 45 anos. A taxa de inadimplência em junho deste ano ficou em 1,72%.
Dos recursos da Caixa para financiamento imobiliário, 49,2% vêm do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 49,8% são de recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE).
Na opinião do presidente da instituição Jorge Hereda, não há temor de escassez de recursos para o financiamento imobiliário, como o setor de habitação já manifestou. “Estamos equacionados até 2013 e os recursos não vão acabar. A poupança não vai acabar. Se no ano que vem for necessário crescer 30% nesse setor, vamos crescer”, disse.
Hereda afirma que um possível agravamento da turbulência econômica que atinge Europa e Estados Unidos já está em discussão na instituição.
“Não vamos tomar uma medida prévia e adiantar a crise. Os bancos privados erraram em 2008 ao limitar o crédito e perderam mercado. Vamos cumprir o nosso papel, se o governo precisar”, afirmou Hereda.
A Caixa já analisa outras formas de levantar recursos para o crédito imobiliário. Uma seria a securitização dos ativos imobiliários, ou seja, transformar a dívida de financiamento em títulos comercializados no mercado financeiro.
Um teste já foi feito com esses títulos, no valor de R$ 250 milhões, para investidores com capital a partir de R$ 10 mil. “Tivemos êxito, com 1,6 mil investidores comprando esses títulos. Foi importante para sentir o apetite do investidor”, declarou Márcio Percival vice-presidente de finanças da Caixa. No Jornal da Tarde
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