Tá no direito de chorar e deve chorar mesmo.

Após longos dias de campanha para a eleição do presidente do Diretório Estadual do PT Paraibano, conhecido o resultado da eleição, que deu a vitória ao candidato e deputado estadual Rodrigo Soares sobre seu principal oponente o deputado federal e atual presidente da legenda, Luiz Couto, além dos ataques de recalcados assessores do candidato derrotado, vem a público, nos principais sites paraibanos uma declaração feita pelo senhor Luiz Couto, exigindo a renuncia de Rodrigo, sob a alegação de que houve interferência do atual governador paraibano e virtual candidato a reeleição no processo de eleições internas do partido dos trabalhadores.
Luiz Couto não reconhece a derrota, seus assessores seguem fiéis ao discurso derrotado, que em plena campanha já desmontrava sinais de enfraquecimento, com a perigosa aproximação de Ricardo Coutinho, prefeito de João Pessoa, com Cássio Cunha Lima PSDB/PB (Governador retirado do cargo sob acusação de corrupção, abuso de poder economico e uso da máquina em favor de sua candidatura a reeleição em 2006) e Efraim Morais DEMO/PB, senador da republica e o mesmo com dezenas de assessores em seu gabinete em Brasilia, presidente da fracassada CPI do Fim do Mundo e coronel politico. Pretenso candidato ao senado, Luiz Couto, perdeu-se durante a campanha, desferindo impropérios para atingir uma candidatura legitima, cujo único discurso sempre foi o da união e fortalecimento do partido, maior aproximação entre as bases, demonstrando total aptidão com o projeto nacional.
Reconhecer a vitória de seu oponente, não significa que se deve entregar como despojos de guerra toda uma história politica, mas sim um ato de humildade.
Ponto final, Rodrigo Soares é o novo presidente do PT/PB, eleito pela maioria dos filiados ao partido, que reconheceram em seu projeto um novo horizonte, crescimento e maior presença na vida politica que definirá os destinos da Paraíba e sobre tudo do Brasil.

Já não é uma novidade essa nossa imprensa imunda.

Lamentavelmente nossa referência de qualidade jornalistica aqui no Brasil é muito pouca, temos veículos comprometidos com a informação verdadeira, mas é uma triste minoria e quase obscura, sufocada pelo corporativismo dos ricos patrões, comprometidos até a alma com a direita golpista e vil.
Inúteis personagens que querem protagonizar um golpe rasteiro, aliais, todo golpe é rasteiro. A Folha de São Paulo se superou ao dar espaço as insanidades proferidas por um obtuso e recalcado militante politico e, que teve grande atuação contra o regime militar brasileiro, é lamentável, toda a sua história de engajamento foi jogada no lixo por acusações já amplamente desmentidas e severamente abominadas.
Tive em minha juventude a oportunidade de compartilhar o momento politico no MR-8, minha passagem pelo movimento foi pequena e inexpressiva, mas convivi com grandes personagens da luta contra a ditadura militar e também conhecer seus pensamentos e compartilhar com outros jovens tamanha experiência. Vivíamos nessa época com o surgimento do Partido dos Trabalhadores, fazíamos oposição às suas bandeiras, achávamos que os verdadeiros comunistas estavam dentro do MR-8, éramos sectários e radicais, mas guardo esses momentos vividos com muito carinho em minha história, em 1982, janeiro era o mês, disputamos contra o PT a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, perdemos é claro. Havia mais organização e determinação, nós estávamos abandonando nossas bandeiras e nos aproximando perigosamente do PMDB de Orestes Quercia e Mario Covas. Neste mesmo ano houve o que chamo de o grande racha do 8, muitos dos nossos camaradas tomaram rumos diferentes, Onilson Simões, o Alemão, Ricardo Zarattini, Dora Lopes (Maria Auxiliadora), Otto, Milena e outros que o tempo me faz esquecer o nome, nunca a importância, estão por ai.
E com toda a divergência que tinhamos com o PT, com o Lula e sua militancia, nunca ouvimos falar de tamanho despautério. Sou militante, filiado ao Partido dos Trabalhadores, carrego essa bandeira em minha alma, em meu peito brilha a estrela do partido e sobretudo a fé no povo brasileiro.

Naza do PT.
(Thomas do MR-8).