domingo, 15 de abril de 2012

PT jamais pressionou pela renúncia de Agnelo

Ao contrário do que alardeia certa mídia, em momento algum, a direção do PT pressionou para que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), renunciasse de seu cargo. O Partido, inclusive, publicou um desmentido à imprensa que, desde ontem, bate forte nesta tecla.

A imprensa - O Globo à frente - acusa o governador Agnelo e o liga, sem provas e sem o direito de se defender, às contravenções de Carlos Cachoeira, preso pela Polícia Federal (PF) no escopo das investigações da Operação Monte Carlo. O jornal carioca afirma, ainda, que supostamente membros da direção do partido após a escuta de 70 conversas telefônicas, em posse da PF, teriam "decidido e pressionado pela renúncia do governador".

"A oposição está ferida e sangrando, porque construiu um discurso moralista que se voltou contra ela", reiterou, acertadamente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (PT-SP). Tatto afirmou que não aceitará que Agnelo se torne o bode expiatório em uma disputa política deflagrada pela oposição no intuito de desviar a atenção da opinião pública: "as investigações pegam fortemente a oposição, o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, do PSDB”, alerta Tatto. “Eu acredito no governador do PT e não acredito no governador do PSDB”, acrescentou.

Nota do PT

Ante a falsa informação de que o partido estaria pressionando Agnelo para a renúncia, Rui Falcão, presidente do PT, divulgou uma nota de esclarecimento que reproduzo na íntegra, em solidariedade ao governador Agnelo.

"NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre a matéria publicada nesta sexta-feira (13) no Blog do Noblat “70 gravações ligam secretários de Agnelo a Cachoeira”, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores quer destacar a sua total confiança no governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Fica, assim, desmentida a suposta pressão da direção para que ele renuncie ao cargo.

Rui Falcão
Presidente nacional do PT
"

Para não investigar as ligações criminosas Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"


É mais do que sintomático o comportamento da Veja, cuja matéria capa desta semana tenta tirar os holofotes das gravíssimas denúncias em torno do esquema criminoso comandado pelo contraventor e empresário Carlos Cachoeira, com tentáculos em esquemas de governo e no qual estão envolvidos políticos de diversos partidos, muito especialmente os da oposição.

Para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, a Veja vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados.

Nada mais falso. Eu sou réu neste processo e sempre disse que quero ser julgado para provar a minha inocência. O que a Veja quer fazer, secundada por outros veículos da grande mídia, é transferir ao PT o seumodus operandi de jogar poeira nos olhos dos leitores para turvar a realidade, desviar o foco e anestesiar os fatos para construir a pauta política que lhe convém. No caso, tenta, desde 2005, quando eclodiu o escândalo do uso de recursos de caixa dois para pagar dívidas de campanha de partidos da base do governo Lula, transformar o crime eleitoral em crime político de compra de votos de congressistas em matérias de interesse do governo. E segue ignorando os autos do processo.

Pressão aos juízes