segunda-feira, 14 de março de 2011

Henrique Meirelles é indicado para comandar Autoridade Pública Olímpica

A presidenta Dilma Rousseff convidou Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, para comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, irá comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO), braço do governo federal na montagem dos Jogos Olímpicos do Rio, que ocorrerá em 2016. Meirelles concedeu entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (14/3), para confirmar que aceitou o convite feito pela presidenta Dilma Rousseff, durante audiência, no Palácio do Planalto. A indicação do ex-presidente do BC para a APO segue para o Senado Federal.
“Não há dúvida de que a escolha se deu em função das qualificações e experiência de gestão. Tenho uma carreira com mais de 30 anos e com trânsito junto a investidores nacionais e estrangeiros”, afirmou Meirelles.
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Universidades brasileiras iniciam cursos de graduação em Moçambique

As cidades de Maputo, Beira e Lichinga, em Moçambique, marcaram o início, nessa segunda-feira (14/3), das aulas dos quatro primeiros cursos de graduação a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) oferecidos na África. A iniciativa do governo brasileiro atende a um dos dispositivos do Acordo de Cooperação Cultural celebrado entre os dois países.
Ingressam na formação 630 estudantes. A graduação em pedagogia e as licenciaturas de matemática e biologia têm 180 vagas por curso e administração pública, 90 vagas. O governo de Moçambique distribuiu as vagas de forma igualitária entre a capital, Maputo, e as cidades de Beira, que fica a 1.200 quilômetros de distância, e Lichinga, na região noroeste e a 2 mil quilômetros de Maputo.
Segundo o Ministério da Educação do Brasil, a graduação de professores e a qualificação de quadros técnicos do governo de Moçambique serão feitas pelas universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), de Goiás (UFG), Fluminense (UFF) e do Rio de Janeiro (Unirio), filiadas à Universidade Aberta do Brasil e integrantes do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) do Ministério da Educação.

Esporte divulga lista de três mil atletas contemplados com Bolsa Atleta 2011

O Ministério do Esporte divulgou nesta segunda-feira(14/3) os nomes dos contemplados com a Bolsa Atleta para 2011. A lista corresponde aos atletas que se inscreveram em 2010, com base no desempenho de 2009. São 3.008 atletas contemplados nas quatro categorias do programa: Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/Paraolímpica. Com os 157 nomes divulgados em dezembro – na categoria Olímpica/Paraolímpica – o Bolsa beneficia 3.165 atletas neste ano, em 48 modalidades, incluindo esportes de inverno. É o maior número desde que o programa foi criado em 2005.
O valor das bolsas também aumentou. Com a correção, a categoria Estudantil passa de R$ 300,00 para R$ 370,00; a Nacional passa de R$ 750,00 para R$ 925,00; a Internacional passa de R$ 1.500,00 para R$ 1.850,00; e a Olímpica/Paraolímpica passa de R$ 2.500,00 para R$ 3.100,00.
O Ministério do Esporte informa que os atletas que estão na lista do Programa Bolsa Atleta, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União, têm um prazo, máximo de 60 dias, para preencher o Termo de Adesão que poderá ser conseguido na “Área Restrita” no Ministério do Esporte.
O documento deverá ser impresso, preenchido, rubricado, assinado e enviado ao ministério. Os atletas que já são bolsistas devem estar com suas prestações de contas regularizadas. Caso contrário, eles não conseguirão imprimir o termo de adesão.

BAHREIN PERDE O CONTROLE DA SITUAÇÃO. TROPAS SAUDITAS DESEMBARCAM NO PAÍS

Tropas de vários países do Golfo Pérsico  desembarcaram nesta 2º feira no Bahrein --um estacionamento da 5º Frota dos EUA e sentinela avançada dos poços que abastecem o Ocidente.  Forças estrangeiras  tentarão conter protestos liderados pela maioria xiita, que exige direitos e fim da monarquia. Polícia política do regime absolutista já não consegue conter manifestantes que furaram bloqueios domingo em mais um dia de choques.  Apenas 25 quilômetros separam o Bahrein da Arábia Saudita, principal fornecedora de petróleo da região. Em visita ao Bahrein, em 2008, o ex-presidente Bush classificou o país como 'o mais importante aliado dos EUA fora da OTAN'.  Em 2009, o  rei  Hamad, retribuiu obsequiosamente ao declarar ao general David Petraeus, chefe do Estado Maior americano: "Tudo o que você quiser em terra, mar ou ar nós faremos". O diálogo elucidativo consta de despachos diplomáticos norte-americanos divulgados pelo WikiLeaks.

Todos querem a reforma política

A reforma política continua na ordem do dia e, pela minha avaliação, com possibilidades de aprovação subestimadas pelos analistas políticos e até mesmo por alguns parlamentares. Ainda ontem, em sua coluna em O Globo, para dar uma idéia das dificuldades de aprovação das mudanças, Merval Pereira entrevistava três parlamentares do Rio de Janeiro, de diferentes partidos, cada um defendendo uma forma de voto.
O deputado Miro Teixeira (PDT) é contra o voto em lista fechada; o deputado Chico Alencar (PSoL) é a favor; e o deputado Alfredo Sirkis (PV) quer um distritão misto, com 50% dos parlamentares (vereadores, deputados estaduais e federais) eleitos pelo voto proporcional e 50% pelo distrital majoritário.

Primeiro, vamos deixar claro que os três deputados tem a mais absoluta legitimidade para defender suas propostas, mas seus partidos não têm força para barrar a reforma. Aliás, a sugestão do Sirkis, se o que ele está propondo é o voto distrital majoritário e não o Distritão, aproxima-se da do Chico. E o deputado Miro Teixeira, a bem da verdade, acentue-se que não quer reforma nenhuma. Já atuou contra toda e qualquer mudança nesse sentido no passado.

Então, o que conta mesmo é a afirmação do presidente da Comissão do Senado da Reforma Política, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), - que não está no artigo do Merval, mas numa entrevista ao mesmo O Globo: todos querem as mudanças, ou pelo menos votar, e logo, uma proposta de reforma política. O país reconhece a necessidade de que ela venha. A Comissão que Dornelles preside programa terminar seus trabalhos daqui a três semanas - no dia 5 de abril.

Então, agora, cabe aos partidos, particularmente ao PT como tenho escrito aqui e defendido em todas as minhas manifestações públicas, assumir a coordenação da reforma e construir uma maioria em torno de uma proposta que supere o sistema atual sem cair no Distritão; garanta a fidelidade partidária; o financiamento público das campanhas eleitorais; e a continuidade do voto proporcional como base de cálculo para o número de parlamentares eleitos por cada partido.

Vem aí o PDB de Gilberto Kassab

A questão é saber se o PDB (Partido Democrático Brasileiro) é um partido novo, ou apenas um casuísmo para violar a legislação da fidelidade partidária e depois fundir-se com o PSB.

Além de um fantasma que assombra o novo partido - José Serra - resta saber, também, qual será a relação do novo partido do prefeito paulistano com as pretensões serristas de disputar novamente a presidência em 2014.

Este é o ponto, a grande incógnita, já que no mais, a aliança PSDB-Kassab, pelas palavras do próprio governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, está mantida na Capital e no Estado. Resta-lhes resolver alguns imbróglios que só eles mesmos poderão solucionar.

Alckmin disposto a podar José Serra e Kassab

Alckmin, por exemplo, prefere enfiar José Serra na Prefeitura de novo no ano que vem, a vê-lo envolvido, no futuro, nas disputas pelo governo do Estado ou à Presidência da República em 2014. Não vê, também, com bons olhos, a determinação de Kassab de disputar o Palácio dos Bandeirantes em 2014 e vai podar-lhe estas pretensões no que lhe for possível.

Inclusive, porque não tem a menor simpatia por declarações de Kassab, do tipo de que ficará e irá com José Serra onde este estiver sempre. No mais, é aguardar para se desfazer as tergiversações, que já estão se tornando uma marca registrada do prefeito paulistano.

Depois de prometer (antes de viajar) anunciar sua mudança de partido amanhã, o prefeito desembarcou no domingo de volta de viagem a Paris, sem confirmar nem desmentir nada. Nem a saída do DEM amanhã, nem quando sai. Vamos ver se da convenção nacional dos demos, no meio desta semana, sai alguma decisão.

Lula defende a democracia. Imprensa ignora

Se o Brasil venceu preconceito, outros países vencerão... "Orgulho-me de ter sido o primeiro operário eleito presidente no Brasil, e de passar o poder para a primeira mulher. Se o Brasil conseguiu vencer o preconceito duas vezes na hora de escolher seus líderes, os outros países também conseguem".
A declaração, como vocês já concluíram, é do ex-presidente Lula ao participar no Qatar (Oriente Médio) de um fórum de discussões promovido pela emissora de TV Al Jazeera com foco central nas questões e tensões vividas pelo Oriente Médio, em particular os conflitos na Líbia e no Egito.

Na palestra em que falou sobre seus oito anos de governo no Brasil e como o exemplo brasileiro poderia influenciar outros países - especialmente os do mundo árabe - o ex-presidente assinalou ser "mais fácil entender o Oriente Médio quando entendemos que esses países precisam de mais democracia, mais igualdade e mais liberdade."

Ditaduras e direitos humanos

Para o ex-presidente é indiscutível que as economias dos países daquela região ficarão mais fortes, e não mais fracas, com essas mudanças. Lula também criticou a falta de "vontade política" de alguns governantes em encorajar ou até mesmo só encarar as mudanças.

Pois é, a fala do ex-presidente Lula em defesa da democracia passou em brancas nuvens na imprensa brasileira, salvo duas pequenas notas publicadas na Folha de S.Paulo de hoje - uma pequena notícia e uma nota-comentário na coluna Toda Mídia, do Nelson de Sá.
Já para criticá-lo em aspectos da política externa de seu governo e acusá-lo de defender, de ditaduras a desrespeito aos direitos humanos, a mídia brasileira não se cansava de dedicar páginas e páginas.

Rezar, orar pelo Japão!

Aécio conquista espólio do DEMos, recorrendo à velha guarda da ditadura

Amanhã o DEMos elegerá sua "nova" direção, com caciques da velha ARENA (*) - o partido da ditadura - reassumindo oficialmente o comando, e com apoio majoritário ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) como preferido para as eleições de 2014.

O DEMos está rachado, com a saída anunciada de sua principal liderança (Kassab), e só não se extingue e funde-se com outro partido, por falta de opção melhor, porque ainda tem um fundo partidário e horário na TV útil nas próximas eleições.

O candidato único a presidente do partido é o ex-arenista José Agripino Maia (DEMos/RN), que iniciou sua carreira política nomeado prefeito de Natal em 1979, sem voto popular, pelo sistema de eleições indiretas da ditadura. Quem o indicou como representante da ditadura e da oligarquia Maia, foi o tio e então governador Lavoisier Maia (ARENA/RN).

O grupo do ex-arenista Jorge Bornhausen (DEMos/SC) ficará com os cargos mais importantes, entre eles o conselho político, que será presidido pelo também ex-arenista Marco Maciel (DEMos/PE).

O ex-PDS Saulo Queiroz (DEMos), também do grupo de Bornhausen, será mantido na tesouraria, mesmo cargo que ocupava na época do mensalão do DEM, quando a Polícia Federal encontrou recibos assinados por ele, com doações de empresas que faziam parte do esquema do então governador José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF).

O secretário-geral será o aecista Marcos Montes (DEMos/MG), do mesmo grupo.

Pai de Aécio foi fundador do PFL, após carreira na ARENA

As relações de Aécio Neves (PSDB/MG) sempre foram excelentes com o PFL/DEMos, tendo se coligado em todas as eleições majoritárias que disputou. Além disso, Aécio não tem apenas o DNA do avô Tancredo Neves, como gosta de propagandear.

O pai do atual senador demo-tucano, Aécio Ferreira da Cunha, garantia à oligarquia política mineira dos Neves, um pé em cada canoa. Ele mantinha o pé na canoa da ditadura (ARENA), enquanto Tancredo mantinha o outro pé na canoa da oposição moderada e negociada (MDB), garantindo que a família se desse bem quaisquer que fossem os rumos políticos do país.

O pai de Aécio Neves foi deputado pela ARENA, foi Secretário do Diretório Nacional da ARENA em 1967-1968, foi Presidente do Diretório Regional da ARENA/MG, foi Primeiro-Vice-Presidente da ARENA em Minas Gerais e foi fundador do PFL.

Cacique admite que DEMos é continuidade da ARENA

O demo Cesar Maia (RJ), querendo neutralizar preventivamente críticas como esta, ironicamente entregou-se com a declaração: "Diria que essa convenção do dia 15 de março é o velório da ARENA e será a afirmação do DEM".

Ora, ora... quer dizer que Cesar Maia admite o óbvio: que a ARENA sobreviveu até hoje no DEMos.

(*) ARENA (Aliança Renovadora Nacional) foi o partido criado pela ditadura para apoiá-la, funcionando sob esse nome de 1965 a 1980, quando mudou seu nome para PDS. Com a derrocada da ditadura, a maioria dos caciques políticos da ex-ARENA fundaram o PFL, renomeado DEM (Democratas, popularmente conhecido como DEMos).

Charge de Leandro

Mulheres em passeata anunciam apoio e cobrança a Dilma

"Mulheres e homens de várias cidades protestaram no centro de São Paulo, no sábado, marcando o Dia Internacional de Luta das Mulheres, adiado do dia 8 por causa do carnaval. A passeata durou quatro horas. O consenso entre as organizações que participaram do ato é de que a presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a comandar o país, terá o apoio dos grupos, mas será muito cobrada pela luta contra o machismo, principalmente no trabalho.

A secretária estadual da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Sônia Auxiliadora, lembrou que Dilma assumiu durante a campanha o compromisso de construir seis mil creches.

“Precisamos estar juntas para cobrar avanços como a ampliação de creches públicas, para que não sejamos privadas de entrar no mercado de trabalho ou termos que ingressar na vida pública porque não temos ninguém para cuidar de nossos filhos.”

“Mas não é só a Dilma que vamos cobrar. Queremos mais creches, mas também precisamos de mais ônibus, mais atenção à violência. E isso vamos cobrar também do governo paulista e da Prefeitura”, disse a costureira Maria do Socorro da Silva Rocha, moradora do Jardim Angela, na capital paulista.

As mulheres com necessidades especiais também foram ao protesto, em cadeiras de rodas.

“Na verdade, precisamos melhorar muito, não só em nível federal, mas em todos”, disse Onofra dos Santos Manuel, moradora em Hermelindo Matarazzo.”
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* Governo divulga lista de culturas da agricultura familiar que têm bônus em março

Brasília - Agricultores familiares podem receber este mês, por meio do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), bônus para o financiamento da produção do açaí, arroz longo fino em casca, babaçu (amêndoa), da borracha (extrativista), borracha natural, do cará/inhame, da castanha-de-caju, da cebola, do feijão, leite, da mamona, mangaba, do pequi (fruto), da piaçava (fibra), do sisal, sorgo, trigo, triticale (cereal obtido a partir do cruzamento do trigo com o centeio), umbu e da uva.
Por meio do programa, o agricultor familiar paga os financiamentos de custeio e investimento com um bônus (desconto), que corresponde à diferença entre os preços garantidos e o de mercado, nos casos em que o valor do produto financiado estiver abaixo do preço de garantia.
Os preços de mercado e o bônus de desconto são referentes ao mês de fevereiro de 2011 e válidos para as culturas plantadas entre o período de 10 de março a 9 de abril de 2010. A portaria sobre o programa foi publicada hoje (14) no Diário Oficial da União.
O produto com maior bônus este mês é a borracha (extrativista) – bioma Amazônia (65,71%) no estado do Maranhão. O feijão é a cultura com bônus em mais estados, 11 no total. Para essa cultura, o maior bônus é no estado do Paraná (26,37%)

PSDB e mídia vivem sonho de noite de verão

Ainda nem se chegou à marca simbólica dos 100 dias de governo Dilma Rousseff e os apressados tucanos e demos descobriram o óbvio: inventaram uma Dilma Rousseff que não existia. Pior, construíram uma caricatura da Presidenta da República na campanha eleitoral do ano passado e agora se mostram surpresos com o desempenho dela como chefe do governo e do Estado brasileiros.

"É como se o governo tivesse descido do palanque. Isso faz com que os ânimos estejam menos exaltados e pode melhorar a qualidade do debate”, diz o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). “Ela está mais adequada ao ritual do cargo. Entende que tem que governar, e não fazer política 24 horas”, completa o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA).

Como vocês veem, mesmo surpresos, não perdem o vício. Em vez de reconhecer o erro grosseiro que cometeram na campanha, quando a desqualificaram completamente, agora tentam compará-la com Lula e sua presidência. Outro erro. E crasso.

A presidenta Dilma Rousseff não é o presidente Lula e nem o Brasil de 2011 e o mundo são iguais ao de 2003 ou 2007, quando ele se elegeu e reelegeu. E quando deixou a Presidência da República (1º de janeiro deste ano) com a média confirmada pelas pesquisas de opinião pública de 86% de apoio popular e aprovação a seu governo.

A oposição, óbvio, sabe e sente isso, mas não desiste: tenta, sempre com respaldo e apoio de uma parte da mídia e de alguns jornalistas, criar uma imagem de divergências não só de estilo mas de políticas entre a presidenta e seu antecessor. Persiste na vã esperança de que eles se desentendam e se separem. Não terão êxito. Mero sonho de uma noite de verão.

Tucanos vendem ilusão e acham que trabalhadores não percebem

Aécio e Paulinho da Força
Na terceira década de vida - o PSDB foi fundado dia 25 de junho de 1988 - os tucanos acordaram. Aproximam-se, ou tentam aproximar-se, agora, das centrais sindicais dos trabalhadores, já que das patronais, como a FIESP, FEBRABAN/FENABAN e congêneres no país, sempre estiveram próximos.

Divulgam a tentativa de aproximação e medidas nesse sentido como se fosse algo inédito. Não é. Tentam cativar as centrais sindicais com a história de que o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin "deu" a Secretaria Estadual do Trabalho a um sindicalista e, seu colega de Minas, Antônio Anastasia criou um Comitê de Assuntos Sindicais.

Tudo inspirado, ou sob a regência do novo líder nacional da oposição, pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tenta ser o interlocutor do partido com o movimento sindical. Outros governadores tucanos paulistas já deram a secretaria do Trabalho, antes, a sindicalistas.

PSDB sem preocupação com os trabalhadores

A novidade nessa história pode ser a criação desse Comitê de Assuntos Sindicais em Minas, já que os tucanos que governam o Estado há mais de uma década (Anastasia-Aécio-Eduardo Azeredo) nunca tiveram preocupação antes em se aproximar dos trabalhadores.

Mas, o grande erro dessa história está no fato dos tucanos venderem esta "aproximação" à opinião pública como inédita. Escondem, assim, que já foram aliados da Força Sindical durante os 8 anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A Central, inclusive, surgiu impulsionada pelo movimento que levou Fernando Collor a Presidência da República (de cujo ministério os tucanos pretendiam participar) e pelo PSDB.

De qualquer forma, a tentativa do senador Aécio e do governador Alckmin de se aproximarem das centrais marca um movimento que pode significar uma reorientação no tucanato, que durante os dois governos do presidente Lula deu uma guinada para a direita deixando ao PT todo espaço de centro esquerda e no movimento sindical como um todo.

Passado e história sem políticas sociais

Mas não basta se aproximar, e como eu disse, não é a primeira vez que setores sindicais ocupam espaço no governo tucano de São Paulo. No passado a Força Sindical já o fez. Para aproximar-se dos trabalhadores é preciso elaborar políticas sociais e executá-las quando e onde são governo, o que até hoje os tucanos não fizeram, nem na era FHC nem nos governos estaduais que ocuparam e ocupam.

Do contrário, só aproximar-se sem um passado e história de políticas sociais, apenas confirma o que diz o sociologo Rudá Ricci na reportagem que a Folha de S.Paulo publicou neste domingo a respeito: "Os tucanos perceberam que precisam se unir a trabalhadores para não perder a 4ª eleição nacional." Eles tem a ilusão de que a base social não percebe sua manobra. Percebe

Toda a solidariedade

A entrevista de Lula à BBC Brasil

Lula participou de fórum sobre mudanças no mundo árabe em Doha

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista exclusiva à BBC Brasil, que as rebeliões que sacodem o Oriente Médio são "um bem para a democracia".
Na opinião de Lula, que participou do fórum "O mundo árabe em transição: o futuro chegou?", promovido pela rede de TV Al Jazeera em Doha, no Catar, os protestos devem promover mudanças na região como o aumento da preocupação com a população jovem e com a distribuição de renda.
"Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes. Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo", disse Lula, recorrendo a uma de suas famosas metáforas, ao comentar as rebeliões no Oriente Médio.
O ex-presidente negou ter sido sondado pela Venezuela para liderar uma comissão de mediação da crise na região, mas defendeu a aproximação do Brasil com países do Oriente Médio e disse que isso aumenta a independência tanto do Brasil como da região em relação aos Estados Unidos.
"O Brasil não quer pedir licença, o Brasil quer ser respeitado, ser tratado como adulto", afirmou Lula, ao comentar a ambição brasileira de exercer um papel de liderança no cenário internacional.
O ex-presidente também abordou sua relação com a presidente Dilma Rousseff ao dizer que mantêm contato próximo com ela e que não há divergências entre eles: "O dia em que tiver divergência entre eu e ela, ela terá razão".
Lula disse ainda que está feliz na condição de ex-presidente, que ter deixado o poder com 85% de aprovação o deixa com "a sensação de dever cumprido", e que ainda é cedo para dizer o que fará no futuro - se voltará para a política no Brasil ou se candidatará a algum cargo internacional.
Leia abaixo a entrevista do ex-presidente Lula à BBC Brasil.
BBC Brasil - Qual a sensação de, depois de dois mandatos, deixar o governo com mais de 85% de aprovação?
Luiz Inácio Lula da Silva - É uma sensação de dever cumprido. Quando eu disputei (as eleições para) o primeiro e o segundo mandato, nós tínhamos traçado o objetivo de construir um Brasil diferente, com inclusão social, distribuição de renda, geração de empregos. Da volta do desenvolvimento do Brasil. E também tínhamos estabelecido a ideia de fazer com que o Brasil tivesse uma inserção no mundo mais importante. E nós atingimos o objetivo. Nós superamos as expectativas até de gente nossa. Eu sinto hoje o prazer de ter valido a pena ter perdido três eleições, de ter tido paciência e de ter esperado para ganhar as eleições e provar que nós éramos capazes de fazer mais do que aqueles que tinham governado antes de nós. E também o prazer de saber que a presidente Dilma Rousseff pegou um país muito mais estruturado, com muito mais investimento no setor produtivo, muito mais possibilidade de avançar do que eu peguei. Estou feliz de estar nessa nova função de ex-presidente.
BBC Brasil - Há alguma coisa que o senhor gostaria de ter resolvido no Brasil em seus dois mandatos como presidente e que não conseguiu?
Lula - Deve ter muita coisa. Tem muita coisa que começamos e que não terminamos, que vai terminar agora. Agora temos uma preocupação extraordinária: vamos ter a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos no Rio em 2016. Sempre há pessimistas que dizem que vai ter problema. Nós não teremos problemas com aeroportos, com segurança. Eu sou muito otimista. Se você me perguntasse: "o que falta fazer no Brasil?", eu diria: "muita coisa". Certamente vamos descobrindo ao longo do tempo. O tempo vai se encarregar de dizer, e nossos adversários também vão descobrir. Agora vamos torcer para que a companheira Dilma faça tudo aquilo que falta fazer.
BBC Brasil - E qual é a sua avaliação desses quase 100 dias de governo Dilma?
Lula - Posso te dizer que foram muito mais tranquilos do que os meus primeiros 100 dias. Porque a Dilma hoje praticamente não tem problemas. Ela tem, coordenado por ela mesma, a contratação de 1 milhão de casas do programa Minha Casa, Minha Vida número 1, e agora começa a contratar 2 milhões de casas para o programa número 2. Ela tem praticamente R$ 995 bilhões de investimentos no PAC 2, ela tem, só da Petrobras, US$ 224 bilhões em investimentos até 2014, uma quantidade enorme de coisas para inaugurar, 46 escolas técnicas que estão em fase de término. Já deu um aumento para o Bolsa Família, que foi uma coisa importantíssima. Está trabalhando em um projeto para acabar definitivamente com a miséria no Brasil. Não houve nenhuma grande realização nesses 100 primeiros dias de governo, porque não é possível ter. Um filho leva nove meses para ser gerado, você imagina uma grande obra? Mas ela tem o Brasil na cabeça, tem os projetos prontos. Eu acho que a Dilma vai fazer um governo excepcional para o Brasil.
BBC Brasil - E como é atualmente a relação do senhor com a presidente? Vocês mantêm contato frequente?
Lula - Mantemos, conversamos sempre. Nos encontramos quatro vezes depois que eu deixei a Presidência. De vez em quando, querem dizer que existem divergências entre eu e a Dilma. Não vai existir nunca divergência entre eu e a Dilma, porque o dia em que tiver divergência entre eu e ela, ela terá razão. 
BBC Brasil - Como o senhor avalia a atual situação no Oriente Médio e qual papel o Brasil pode desempenhar nessa crise, principalmente na Líbia?
Lula - É preciso ter cuidado para não tentarmos dar palpite equivocado em um processo ainda em construção. Até agora, alguns governos foram derrubados. O que vai acontecer depois, ainda é mais dúvida do que certeza. Que tipo de Constituição vai existir em cada país? Que tipo de gente vai ser eleita? Porque se a derrubada desses governos se deu sem uma organização estruturada do ponto de vista político, é muito difícil você montar governo e construir instituições sólidas. Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes. Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo.
Eu acho que é um bem para a democracia. É preciso que o presidente líbio, Muamar Khadafi, se disponha a negociar com as pessoas que estão lutando, porque não pode continuar havendo violência. É preciso que ele se disponha a conversar ou que convoque uma eleição, um referendo, alguma coisa, para que seja possível medir o tamanho do desejo do povo da saída (de Khadafi do governo). Mas eu acho que esse é um processo normal, que aconteceu no Brasil, por ocasião do regime militar, em 1983 e 1984, durante a campanha para eleições diretas, aconteceu na Argentina, no Chile, no Uruguai, no Paraguai, e agora é a vez do Oriente Médio. Eu acho que esse processo é bom. Depois disso, poderemos colher a sensação de um Oriente Médio renovado, mais preocupado com a juventude, com a distribuição de renda, mais preocupado com a democracia.
BBC Brasil - Foram divulgadas notícias sobre um pedido da Venezuela para que o senhor liderasse uma comissão internacional para mediar a crise na Líbia.
Lula - Isso é um boato falso. O próprio ministro de Exteriores da Venezuela desmentiu.
BBC Brasil - Durante seus dois mandatos, foi aberta a embaixada palestina no Brasil, foi criada a Cúpula América do Sul-Países Árabes, o senhor fez inúmeras viagens ao Oriente Médio. Qual é a importância das relações entre o Brasil e o Oriente Médio hoje?
Lula - Quanto mais forte for a relação do Brasil com o Oriente Médio, do ponto de vista comercial, político, econômico e cultural, menos o Oriente Médio será dependente da Europa e dos Estados Unidos, e menos o Brasil será dependente da Europa e dos Estados Unidos. Nós diversificamos as nossas relações. Durante séculos, nós estivemos afastados, e eu diria que por interesses econômicos das grandes potências. Não há motivo para governantes brasileiros passarem um século e meio sem ir a países do Oriente Médio. Acho que essas relações tendem a continuar crescendo. 
BBC Brasil - E quais são o objetivos dessa política voltada não só para países árabes, mas também africanos e sul-americanos?
Lula - A ideia fundamental é tentar socializar as experiências bem sucedidas que nós tivemos no Brasil. Nem nós ainda temos noção do resultado de tudo que nós fizemos. Quando terminou meu segundo mandato, fiz questão, no dia 15 de dezembro (de 2010), de que todos os ministros registrassem em cartório tudo o que fizemos, porque daqui para frente é que vamos nos dar conta do que fizemos. Porque tirar 36 milhões de pessoas da pobreza e levar para a classe média, e tirar 28 milhões da pobreza extrema é resultado de um trabalho extraordinário de microcrédito, de financiamento, de distribuição de renda, de aumento de salário.
E eu quero mostrar essas coisas para outros países e ver se a gente consegue arrumar recursos para financiar essas coisas naqueles países. Não é possível que as pessoas não compreendam que quanto mais melhorar a África, melhora a Alemanha, melhoram os Estados Unidos, melhora o Brasil. Porque aumentam as relações entre os países, aumenta o poder de consumo, melhora a qualidade de vida das pessoas. Eu fiz uma boa amizade com os presidentes africanos, visitei 29 países. Eu, sozinho, visitei mais que (todos os presidentes de) toda a história da República do Brasil. Se eu puder ajudar Cabo Verde, Senegal, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, eu tenho que ajudar. E estou disposto a fazer esse esforço.
BBC Brasil - E qual é a importância do Brasil hoje em dia como uma espécie de líder nas relações Sul-Sul?
Lula - A palavra líder é muito delicada, porque a gente só lidera quem pede para ser liderado. E ninguém pediu para o Brasil liderar as relações Sul-Sul. O que tem que se levar em conta é que o Brasil é a maior economia, tem a maior população (da América Latina), e, portanto, é quase que normal que o país tenha um papel importante nessas relações. Mas qualquer um dos quatro países do Mercosul pode fala pelo Mercosul, qualquer um da Unasul pode falar em nome da Unasul. O Brasil tem uma maior inserção no mundo e tem a obrigação de fazer mais, de trabalhar mais e de propor mais coisas. Eu acho extraordinário que os países da América do Sul comecem a ser percebidos pelo mundo.
Acho que o Brasil começa a ser respeitado e ouvido, o mundo começa a perceber que nós temos o que propor. Isso é bom, porque houve o fim de uma bipolaridade, em que duas grandes potências diziam ao mundo o que fazer. Depois do fim da bipolaridade, ficou quase que uma posição única. No fundo, mandavam quase que só a União Europeia e os Estados Unidos. O Brasil não quer pedir licença, o Brasil quer ser respeitado, quer ser tratado como um adulto, que tem o que falar, que tem o fazer, que tem o que propor, que sabe negociar. Acho que a tendência daqui para frente é o Brasil se fortalecer muito mais na sua política externa, porque isso foi muito bom para o país e para o povo brasileiro.
Há dez anos, os brasileiros viajavam para o exterior e tinham vergonha de mostrar o passaporte, de dizer que eram brasileiros. Hoje os brasileiros têm orgulho, em qualquer lugar do mundo, de dizer "sou brasileiro". As pessoas já não conhecem mais o Brasil só pelo carnaval, pela violência, pelas favelas e pelo futebol. Elas conhecem o Brasil pelo acerto em sua política econômica, pelo acerto no tratamento da crise, pela descoberta do pré-sal, pela distribuição de renda, pela ascensão da classe pobre à classe média, por nossa política ambiental.
BBC Brasil - E o que o senhor tem feito? Quais são os planos para o futuro? O senhor pretende se candidatar a algum cargo internacional? Voltar para a política brasileira?
Lula - Tudo o que eu falar agora será precipitado. Eu tenho descansado, tenho trabalhado, feito palestras. No mês de março, eu vou a Portugal receber um título da Universidade de Coimbra, vou ao Paraguai em uma reunião sobre educação, vou ao Uruguai para a comemoração dos 40 anos da Frente Ampla. Vou no dia 5 de abril para Washington, para um debate promovido pela Microsoft, depois eu vou para Acapulco, no México, para Madri e para Londres.

Frei Anastácio visita o Sertão e prega candidaturas próprias do PT em 2012 .

Deputado criticou ainda o Governo Ricardo, que não teria o apoio da população.
O deputado estadual Frei Anastácio (PT), na condição de parlamentar e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, já começou a visitar lideranças da legenda nas microrregiões do estado, além de líderes de movimentos sociais do campo e da cidade, para discutir projeções para as eleições de 2012. Ele esteve neste final de semana em onze municípios do Sertão e defendeu que os petistas apresentem candidaturas próprias nas principais cidades da Paraíba.

Frei Anastácio visitou os municípios de Junco do Seridó, Santa Luzia, Soledade, São Mamede, Patos, Sousa, Cajazeiras, Santa Cruz, Carrapateira, Aparecida e São Francisco. “Sentimos a disposição dos companheiros em lançar candidaturas próprias nas eleições municipais. Isso é apenas o início de uma série de discussões que serão norteadas pela conjuntura local de cada município. Mas a princípio, a idéia é candidatura própria”, adiantou o parlamentar.

O religioso aproveitou ainda para criticar o governador Ricardo Coutinho. “As discussões da população giram negativamente em torno do Governo Ricardo. Eu concedi entrevista em quatro emissoras de rádio, com microfone aberto, e ninguém apareceu para defender as ações que o governador está fazendo no Estado. O que a gente ver e ouve são relatos de pais e mães de famílias que foram dispensados sem nenhuma consideração”, disse.

O frei-deputado também realizou reunião com as famílias do mais novo assentamento da reforma agrária na Paraíba, que é a Nova Vida I, nas várzeas de Sousa. Esteve ainda no acampamento Boa Conquista, em Cajazeiras, onde discutiu com as famílias o problema da eletrificação rural na localidade.

No Projeto de Assentamento Santo Antônio, também em Cajazeiras, o parlamentar participou das discussões sobre o programa de cisternas de placas do Governo Federal.

“Em todos esses locais também entrou em pauta a discussão sobre as eleições do próximo ano, o governo Ricardo Coutinho e o governo Dilma, além da atuação da bancada do PT na Assembléia Legislativa da Paraíba”, destacou.

Com assessoria

Charge do Bessinha

* Guerrilha do Araguaia: grupo retoma trabalho para tentar localizar restos mortais de desaparecidos

Daniella Jinkings - Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Grupo de Trabalho Tocantins, que procura restos mortais de guerrilheiros e militares desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia, começou no início deste mês a fase de entrevistas com pessoas da região que viveram o período de confronto. O grupo quer saber se elas têm informações que possam levar à localização dos restos mortais dos desaparecidos.
Os integrantes da Equipe de Entrevistas e Contextualização dos Fatos estão no sudeste do Pará e no norte do Tocantins. De acordo com o Ministério da Defesa, as entrevistas são importantes para orientar as explorações de campo. As buscas foram interrompidas em janeiro e serão retomadas após o fim do período chuvoso na região, previsto para maio.
Além disso, peritos do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal (IML-DF) e da Polícia Federal (PF) trabalham na identificação dos restos mortais encontrados no ano passado. O material está guardado no Hospital Universitário de Brasília, administrado pela Universidade de Brasília (UnB).Este ano, o grupo vai explorar as regiões de Pimenteira, Castanhal de Zé Alexandre, Oito Barracas, fazenda Pai e Filho, cemitério de Xambioá e Cemitério de Marabá. Essas áreas estão situadas nos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, e na cidade de Xambioá, em Tocantins.O grupo foi criado pelo Ministério da Defesa em abril de 2009, por determinação da 1ª Vara Federal de Brasília. A Justiça determinou que a União deve tentar encontrar os restos mortais dos envolvidos na Guerrilha do Araguaia, ocorrida há cerca de 40 anos na região.