terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PT escolhe Humberto Costa para liderar o Senado

Ex-ministro da Saúde vai comandar negociações em busca de cargos na Mesa Diretora
Priscilla Mendes, do R7, em Brasília


O senador Humberto Costa (PE) foi escolhido para liderar a bancada do PT no Senado Federal. Em reunião nesta terça-feira (11), a bancada do partido foi unânime ao optar pelo parlamentar para comandar as negociações com os demais líderes sobre a partilha de cargos da Mesa Diretora e das comissões permanentes.
Ex-ministro da Saúde, Humberto Costa vai substituir Aloizio Mercadante (PT-SP) na liderança petista. O resultado das eleições de 2010 fez do partido a segunda maior legenda no Senado, com 15 cadeiras, perdendo apenas para o PMDB, que tem agora 19 representantes.
Na reunião, quase toda a bancada do partido estava presente. Dos quinze senadores petistas, 12 compareceram, entre eles Eduardo Suplicy (SP), líder em exercício e um dos postulantes ao cargo.
Os demais cargos da Mesa serão definidos em nova reunião do PT no próximo dia 27.
Está quase certo que o senador José Sarney (AP) será o indicado pelo PMDB para assumir um quarto mandato na presidência da Casa. Outra permanência que está certa é a de Romero Jucá (RO) como líder do governo, convite feito pela própria presidente Dilma Rousseff. Já na liderança peemebedista, Renan Calheiros (AL) também deverá ser mantido.
Com a manutenção de Sarney, o PT deve optar pela primeira vice-presidência da Casa. Estão cotados Jorge Viana (AC) e Marta Suplicy (SP). O cargo, no entanto, só será definido em fevereiro, quando a nova legislatura tomará posse, no dia 1º.
 

Resultado positivo: Rodrigo diz que divergências com Couto foram quebradas

O presidente estadual do PT e deputado estadual, Rodrigo Soares, disse que reunião com o deputado federal, Luiz Couto (PT), foi para tratar de projetos para a Paraíba. Ele negou que no encontro tenha sido para tartar cargos ou aliança com o atual Governo do Estado.
“O PT tem um grande projeto para o país. Pensamos grandes ações no Estado respeitando as divergências. Na reunião com Luiz Couto avançamos e as divergências foram quebradas”.
Rodrigo disse que essas reuniões estão acontecendo com todos os dirigentes do partido para que o diálogo seja mantido e todos os filiados possam deixar as diferenças de lado e trabalhar em um projeto que desenvolva a Paraíba. "Pretendemos avançar com uma agenda positiva".
A entrevista foi concedida no início da tarde desta terça-feira (11) ao programa Correio Debate, na 98 FM.

Blog do Hermano Queiroz

Ex-ministro diz que Era Lula foi o melhor momento da ciência e tecnologia no Brasil

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Sérgio Rezende compara os anos Lula e FHC na ciência e revela os desafios do governo Dilma no setor

Maurício Thuswohl, Rede Brasil Atual

Ele agora está de volta à “planície”, mas pretende continuar acompanhando de perto os rumos do setor de ciência e tecnologia no Brasil e não se furta a apontar os desafios que aguardam seu sucessor à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Ministro do governo Lula nos últimos seis anos, Sérgio Rezende se prepara para voltar a dar aulas do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e acaba de lançar um livro – “Momentos da Ciência e Tecnologia no Brasil – Uma caminhada de 40 anos pela C&T” (Editora Vieira & Lent) –, no qual aponta a Era Lula como o momento de maior avanço científico e tecnológico do país.
Em conversa exclusiva com a Rede Brasil Atual, a comparação com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) é ressaltada pelo ex-ministro: “Na verdade, não dá nem para comparar. Em 1996, quando a política econômica de Fernando Henrique estava sendo firmada e eram os primeiros anos do Plano Real, o governo precisava fazer um aperto fiscal muito grande e a taxa de juros era muito alta. Então, uma das coisas que o governo fez foi acabar com o dinheiro da ciência”, diz.
Segundo Rezende, o ano de 1996 foi “dramático” para a ciência brasileira: “O CNPq deixou de dar apoio à pesquisa e diminuiu o número de bolsas de uma maneira geral, notadamente as bolsas de mestrado. Além disso, a Finep, que é a executora do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) interrompeu todos os convênios de apoio à pesquisa que estavam em vigor. Foi um ano dramático”.
A situação perdurou em 1997: “Só começaram a aparecer alguns recursos em 1998 e depois um pouco mais em 1999 com a criação do Fundo do Petróleo. Então, podemos dizer que os primeiros quatro anos de governo do Fernando Henrique foram dramáticos. O segundo mandato, de 1999 a 2002, trouxe esperanças para a comunidade científica, principalmente com a criação dos fundos setoriais, mas eles ainda eram muito pequenos”.
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Três cenários para Dilma

“Trës cenários para o governo Dilma: um cenário lulista, marcado pela radicalização do binômio crescimento com inclusão social. Um cenário paloccista, dominado pela agenda de estabilização macroeconômica. E um cenário de sarneízação, com o esgarçamento da coalizão governante, crises, antecipação sucessória e oposição extremada.

Antonio Lassance, Carta Maior

Trabalhar com cenários futuros ainda é uma boa maneira de organizar o que está por vir na forma de um leque que cobre o que se quer ver acontecer, o que é possível ocorrer e o que se quer evitar. No caso do governo Dilma, pelo menos trës cenários podem ser vislumbrados.

O cenário ideal, ou de referência, pode ser apelidado de lulista, pois tem como traço marcante a continuidade e a radicalização (ou seja, o enraizamento e aprofundamento) das políticas públicas do governo Lula , sob o binômio crescimento com inclusão social. Seu emblema é a eliminação da miséria. Seu pressuposto é a continuidade do ciclo virtuoso que combina crescimento econômico em patamares acima da média dos últimos oito anos e a ampliação das políticas sociais universais e de equidade.

Um segundo cenário pode ser apelidado de paloccista, pois reproduziria a agenda que prevaleceu entre os anos de 2003 a 2005. Sua tônica seria o equilíbrio macroeconômico, com prioridade absoluta para o controle da inflação. Seus fundamentos seriam a manutenção da taxa de juros em patamares elevados e um rigoroso e contínuo ajuste fiscal, com corte de gastos e recordes de arrecadação tributária para a geração de superávits primários expressivos. Em paralelo, o governo dedicaria grande esforço a uma agenda permanente de reformas, várias delas tramitando de modo simultâneo: tributária (meramente simplificadora, sem mexer em sua estrutura regressiva), microeconômica, previdenciária, política, trabalhista e tantas outras possíveis e imagináveis, mas politicamente inviáveis.

Para o terceiro cenário, vamos usar como referência o governo Sarney. Como se sabe, foi um governo que chegou a contar com ampla maioria congressual, mas que se foi fragmentando. A erosão do capital político acumulado agravou-se com a instabilidade econômica. Num cenário sarneísta, o estrangulamento da sustentação política do governo inviabilizaria qualquer agenda (lulista ou paloccista) e o deixaria suscetível a crises permanentes, sem retaguarda para a sua defesa. Ao mesmo tempo, a oposição consolidaria seu viés extremista. Fortes sinais dessa possibilidade apareceram durante a campanha Serra: discurso agressivo e preconceituoso, combate sem tréguas e demonizador à pessoa da candidata (hoje presidenta) e formação de uma candidatura de oposição patrocinada e trabalhada meticulosamente pelas corporações midiáticas mais tradicionais - fenômeno que teima em reiterar-se a cada campanha eleitoral, desde 1989.

No primeiro cenário, a presidenta se valeria do caminho trilhado por Lula para consolidar um projeto político de dimensões ainda mais amplas. Como resultado, manteria bons níveis de aprovação popular, sustentação social e coesão de sua base política.”
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Charge do Duke