quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Petista e estudantes apanham da polícia do Serra/Alckmin


Policiais agridem os vereadores José Américo (ao fundo) e Antonio Donato, ambos do PT, durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no centro de São Paulo
Policiais militares reprimem protesto contra o aumento da passagem de ônibus no centro de São Paulo

Manifestação desta quinta-feira (17) contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo terminou, mais uma vez, em pancadaria. Os manifestantes protestavam em frente à Prefeitura, quando policiais militares reprimiram o ato com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha.

“Eles vieram como uma truculência desproporcional”, afirma Fábio Nassif, que integra a comissão de comunicação do Comitê contra o Aumento da Passagem, grupo formado por movimentos sociais, partidos políticos de esquerda, grêmios estudantis, sindicatos, associações de bairro e pelo Movimento Passe Livre.

O protesto tem como objetivo pressionar a prefeitura para que seja revogado o aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 2,70 para R$ 3 em janeiro --variação de 11%-- após decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM).


Policial tucana prende, bate e arrebenta  durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo 

Durante a pancadaria, sobrou paras os vereadores petistas Antonio Donato e José Américo, que participavam do ato e integram a comissão de negociação. Os dois parlamentares apanharam dos policiais com cassetetes e gás lacrimogêneo, mesmo após terem se identificado. Donato afirma ter sido agredido por policiais militares. “Está uma confusão aqui. Levei um monte de borrachada”, disse, por telefone, ao UOL Notícias.


Américo diz que os vereadores estavam reunidos com um representante da prefeitura quando ouviu o barulho das bombas. "Imediatamente interrompemos a conversa e tentamos dialogar [com a polícia], mas a tropa de choque nos agrediu com gás lacrimogêneo e gás de pimenta", afirma o vereador.

Segundo Fábio Nassif, um manifestante que foi agredido pelos PMs está detido ao lado do prédio da prefeitura. Carlos Ceconello, fotógrafo da Folha de S. Paulo, foi ferido na perna por estilhaços de bomba.

Não é a primeira vez que uma manifestação contra o aumento da tarifa em SP termina em pancadaria. Em 14 de janeiro deste ano, um protesto na praça da República foi reprimido por policiais militares. O mesmo ocorreu em uma manifestação no parque Dom Pedro, em janeiro de 2010.

Charge do Bessinha

Valorização permanente garantida. Próximos passos: tabela do IR e valorização das aposentadorias

A política de valorização do salário mínimo foi finalmente aprovada pelo Congresso e terá validade garantida até 2015. Essa aprovação é uma inegável vitória da classe trabalhadora. Por todas as previsões, em 2012 o salário mínimo deve chegar a R$ 620 e, nos anos seguintes, continuar crescendo com significativos aumentos acima da inflação.
Apesar de não ter sido aprovado o valor de R$ 580 para 2011, que a CUT defendeu até o final, a garantia da política de valorização permanente é um resultado importante que deve ser destacado.
Essa política foi elaborada em 2007 como consequência da mobilização e da pressão do movimento sindical, e de sua capacidade de negociação. É resultado de quatro grandes marchas a Brasília, imaginadas, convocadas e organizadas pela CUT, que reuniram milhares de trabalhadores de todas as categorias e setores – nossa Central chegou a reunir mais de 50 mil cutistas em nome dessa reivindicação em uma única marcha. As demais centrais, sensíveis à importância do tema, somaram-se à iniciativa da CUT.
Mesmo antes da votação realizada ontem na Câmara dos Deputados, os resultados positivos dessa luta já se faziam sentir. Os aumentos reais que têm se sucedido conferiram ao salário mínimo o maior poder de compra das últimas duas décadas. O aumento real acumulado nos últimos oito anos é de 53%.
Artur defende a política de valorização e a correção do IR na Câmara

Como termo de comparação, basta lembrar que o salário mínimo, em 1995, comprava menos de meia cesta básica. Nos valores em vigor até janeiro deste ano, comprava duas cestas básicas. Tomando como referência o novo mínimo de R$ 545 e o mais recente custo da cesta básica auferido pelo DIEESE (RS 261,25), o poder de compra supera as duas cestas básicas.
Apesar de tantas evidências, os deputados e senadores não haviam ainda aprovado a política de valorização do salário mínimo. Pior: a oposição, ontem, através de emenda, propôs acabar com a política de valorização permanente do salário mínimo. Até então, os aumentos só viravam realidade porque o governo editava todo o ano uma medida provisória. Agora, com a aprovação pelo Congresso, os aumentos baseados na fórmula %PIB + INPC vão ocorrer sem sobressaltos nem hipocrisias e demagogia.
A política de valorização é uma conquista do papel mobilizador e negociador da CUT e representa a maior campanha salarial do mundo, beneficiando 47 milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente do salário mínimo
Correção da tabela do imposto de renda
Nossa luta recente, da qual a votação de ontem foi um episódio, conquistou o compromisso do governo federal de que a tabela do imposto de renda será novamente corrigida. O compromisso do governo é público, documentado.
O que reivindicamos é a correção da tabela para 2011 em 6,47%, que foi o índice de inflação do ano passado, a corroer os salários dos trabalhadores. Para 2012 até 2015, vamos negociar qual será o índice.
Esta é outra vitória neste capítulo da luta.
Política permanente de valorização das aposentadorias
Este assunto, a criação de uma política permanente de valorização das aposentadorias, vinha sendo tratado como um tabu. Nunca conseguimos arrancar um compromisso oficial de governo de que isso ia acontecer.
Conseguimos agora essa vitória.
O governo garante que será criada uma mesa de negociação, com a participação das centrais, das entidades representativas dos aposentados e de um grupo de ministros para elaborarmos uma fórmula de longo prazo que garanta a valorização permanente do poder de compra das aposentadorias acima de um salário mínimo. Vamos cobrar também, além dos aumentos dos benefícios, uma política integrada de acesso a medicamentos, transportes e outros itens indispensáveis à vida dos aposentados e aposentadas.
Mirando o futuro, temos o que comemorar.

Conclusão
A CUT é a protagonista desta que é a maior campanha salarial do mundo. Esta conquista é resultado de uma ação iniciada pela CUT a partir da iniciativa e da organização de importantes sindicatos de sua base e de um processo de mobilização liderado pela Central.
Cutistas nas galerias da Câmara


A CUT nada fez baseada em ações de marketing ou pirotecnias de um ou outro dirigente e sim, de acordo com sua tradição democrática e com suas ligações verdadeiras com os sindicatos de base, teve a iniciativa – realmente pioneira – de assumir o papel de negociadora de uma campanha salarial que interessa a todos os brasileiros, mesmo quem não ganha salário mínimo e quem não é sindicalizado.
A decisão de ontem votada na Câmara irá beneficiar 47 milhões de pessoas que recebem o salário mínimo, entre trabalhadores formais e informais e beneficiários da Previdência. Portanto, esta valorização deve também se estender aos aposentados e deve ir além da correção do Mínimo, com políticas públicas compensatórias, como medicamentos etc.
Essas conquistas são fruto da capacidade de mobilização cutista, da organização de seus sindicatos e do poder de interlocução da central com a sociedade. A CUT tem convicção de que a unidade da classe trabalhadora se faz de forma organizada, com mobilização e negociação. Para a CUT, o maior reconhecimento é ter credibilidade, que parte do respeito e da confiança da base, e leva à legitimidade nas negociações com governo e empresários nos assuntos de interesse da classe trabalhadora.

CUT - Artur Henrique

O PT mostrou a cara - por Tião Lucena

O PT da Paraíba mostrou a cara e anunciou ao distinto público duas coisas: é oposição ao governador Ricardo Coutinho e não deve obediência ao deputado Luiz Couto.
Na célebre sessão de quarta-feira, quando se discutiu o caso dos protempores, Anísio Maia, Luciano Cartaxo e Frei Anastácio disseram e não fizeram segredo que estão contra o governador. Foram até mais enfáticos do que os chamados integrantes do bloco maranhista, que falaram com prudência, na cadência da valsa, deixando a guerra nas mãos de deputados tidos e havidos como pendentes a apoiar Ricardo.
Até Daniela Ribeiro, a doce e maravilhosa representante da Borborema, que chegou à Assembléia para colorir aquele plenário até então lúgubre, com cara de enterro, arrebatou-se e arrebatou as galerias, confrontando-se diretamente com a secretária Aracilba, a brava Aracilba, que saiu da Assembléia rebatizada com o nome de "destemperada".
O secretário Valter Aguiar, dando entrevista a uma emissora de rádio logo após a sessão da Assembléia, tratou de divorciar ainda mais os petistas do governo, alardeando que Luciano Cartaxo fora vice-governador de Zé, Anísio Maia fez a campanha do ex e Anastácio era carne e unha com Maranhão. Não sei até que ponto um secretário de Governo ajuda o seu  chefe confrontando-o com a classe política. Faria melhor trabalho se atenuasse as coisas. Mas quem sou eu para entender figuras de tão grosso calibre?
O governador descobriu, por seu turno, que está muito bem obrigado na Casa de Epitácio, contando com o apoio dos seus deputados e de adesistas tradicionais como João Gonçalves e seguidores. Aprovou o que queria, botou Super Bond na boca dos insatisfeitos e evitou que o seu secretário da Administração fosse crucificado pela tropa de choque oposicionista.
Falta, agora, o secretário da Administração cumprir o prometido e divulgar a relação dos assessores dos deputados que recebiam dinheiro gordo do governo estadual.

Dilma na grande mídia: do “poste” à governante encantadora

A mídia que tratou Dilma Rousseff como um poste durante o processo eleitoral enche a nova presidente de elogios, tenta apresentá-la como antagônica a Lula e cobra dela um programa de oposição, que foi fragorosamente derrotado ano passado. Para a imprensa de mercado, Dilma é comprometida com a austeridade e tem que resolver uma pesada herança deixada por Lula, “o gastador”

Por Mair Pena Neto, no Direto da Redação
Um leitor desavisado poderia achar que Lula saiu derrotado das últimas eleições e não que fez a sua sucessora, escolhida pessoalmente. Que Dilma não foi eleita para prosseguir as políticas dos últimos oito anos, principalmente dos quatro últimos, de redução das desigualdades e erradicação da miséria. Estes são os principais compromissos de Dilma, reiterados constantemente e que guiarão o seu governo.

Enquanto esteve à frente da Presidência, Lula acusou a herança maldita do governo Fernando Henrique Cardoso, que se evidenciava num crescimento econômico pífio (menos de 1% entre 1998 e 2002), endividamento externo aviltante, falta de reservas cambiais, inflação de dois dígitos, desemprego em alta, privatizações e Estado cada vez menor e mais fraco.

Lula, com o auxílio de Dilma, mudou inteiramente essa lógica e entregou a sua sucessora um país com crescimento médio de 4,2%, sem considerar o resultado de 2010, estimado em 7,5%; mudança de devedor para credor internacional, reservas internacionais de US$ 300 bilhões (FHC deixou o país com menos de US$ 40 bilhões), inflação dentro da meta, emprego em nível recorde e, principalmente, um papel mais ativo do Estado, responsável pela ascensão de mais de 30 milhões de brasileiros à classe média, o equivalente a quase uma Argentina.

Agora, a mídia tenta criar uma herança maldita que Lula teria deixado para Dilma, com aumento dos gastos públicos, e chega a invocar inflação e taxa de juros em alta como problemas. Os dois últimos argumentos nem mereceriam resposta. FHC entregou o país com a inflação em dois dígitos (12,53% pelo IPCA) e a taxa de juros em 27%, enquanto Dilma começa com a inflação dentro da meta (5,85%) e a Selic em 11%, depois de uma trajetória de queda no governo Lula que chegou a 8,75% em meados de 2009.

A questão dos gastos públicos é que merece discussão. O governo Lula não seguiu exclusivamente as regras de mercado, como seu antecessor e como aprecia a grande imprensa, e devolveu ao Estado um papel preponderante, não apenas nas questões econômicas, mas, sobretudo, nas políticas, incluindo a externa.

Lula aumentou os gastos para fazer políticas públicas, aquelas que causam ojeriza às elites, como o Bolsa-Família; para investir mais em educação, pesquisa, ciência e tecnologia (vide apoio maciço da comunidade acadêmica a seu governo e à candidatura Dilma) e para combater uma das maiores crises do capitalismo, que explodiu no fim de 2008 e afeta até hoje grandes economias, como a dos Estados Unidos e da Europa.

O governo Lula não aumentou impostos e desprezou o receituário dos analistas de mercado, os mesmos que sugerem agora a Obama que estenda o corte de US$ 1,1 trilhão no Orçamento à previdência e a programas de saúde para idosos e pobres. Para combater a crise, Lula obrigou os bancos públicos (política de Estado) a concederam crédito, fez desonerações tributárias e apostou no consumo, reduzindo o vagalhão que engolia o mundo à marolinha.

É lógico que isso tem custos e precisa ser revisto quando a situação melhora. O que Dilma herda não é uma situação desastrosa e inadministrável. Se fosse este o cenário que Lula tivesse encontrado quando assumiu o governo, em 2003, o Brasil certamente estaria muito melhor. Dilma foi parte importante do governo Lula, aprovou suas políticas e tende a aprofundá-las. O resto é tentativa de apresentar à população o que a presidente não é.

Vermelho

Dilma abre seminário sobre centros de referência em crack

Da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff abre hoje (17), às 10h, no Palácio do Planalto, o seminário sobre a implantação dos centros regionais de Referência em Crack e outras Drogas. O objetivo dos centros, aprovados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) no fim do ano passado, é capacitar profissionais da saúde e educação que atuam com o tema da dependência química.

Participam do seminário representantes das instituições de ensino superior selecionadas para oferecer cursos de aperfeiçoamento no tratamento de dependentes de crack e de outras drogas e a secretária da Senad, Paulina Vieira Duarte. A cerimônia de abertura também deve contar com a presença dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Educação, Fernando Haddad, da Saúde, Alexandre Padilha, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Edição: Graça Adjuto

PAC Mobilidade priorizará centros urbanos e projetos para população de baixa renda

Os projetos selecionados para o PAC Mobilidade Grandes Cidades, anunciado nesta quarta-feira (16) pelo governo federal, devem ser conhecidos até o dia 12 de junho, data prevista para divulgação dos selecionados, afirmou o coordenador do PAC no Ministério do Planejamento, Marcelo Muniz.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, participou da abertura da reunião de trabalho, realizada no Palácio do Planalto, ao lado dos ministros do Planejamento, Miriam Belchior, das Cidades, Mário Negromonte e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

Em entrevista coletiva concedida após a reunião, Muniz destacou que a partir do dia 21 de fevereiro o site do Ministério das Cidades colocará à disposição dos interessados o formulário para inscrição dos projetos. Tanto as prefeituras quanto os estados poderão fazer a inscrição, mas ambos devem estar em acordo sobre o planejamento, execução e gestão do projeto apresentado.

“O estado deve ter a anuência do município (…). Os dois [estados e municípios] têm que se articular e os dois devem respeitar esse limite [orçamentário e de projetos inscritos]”, disse.

Muniz lembrou que o foco do PAC Mobilidade Grandes Cidades é a melhoria da infraestrutura de transporte público coletivo das grandes cidades e regiões metropolitanas e que os projetos devem, preferencialmente, beneficiar a população de baixa renda que mora em periferias que já tenham situação fundiária regularizada. Além disso devem garantir a sustentabilidade operacional dos sistemas, a compatibilidade entre a demanda e os modais propostos e a adequação às normas de acessibilidade.

O coordenador apresentou, ainda, o limite do número de projetos e o teto da recursos da União que podem ser pleiteados: cidades com mais de três milhões de habitantes podem apresentar até quatro projetos, com estimativa de participação da União de até R$ 2,4 bi; municípios com população entre um milhão e três milhões de moradores podem inscrever três projetos, com limite orçamentário de R$ 430 milhões. Já as cidades com população de 700 mil a 1 milhão de habitantes poderão inscrever até dois projetos, com a participação federal limitada a R$ 280 milhões. A contrapartida municipal/estadual deverá ser, no mínimo, de 5%, explicou Muniz.

Blog do Planalto

Depois de 08 anos de Governo Lula, só podia dar nisso...

PIB cresce 7,8% em 2010, estima Banco Central

Instituição divulgou nesta quarta-feira o IBC-Br, antecedente do PIB.
Valor ficou pouco acima da estimativa do mercado, de 7,6% de expansão.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília


O nível de atividade econômica do país cresceu pelo sétimo mês consecutivo em dezembro do ano passado, e, no acumulado de 2010, avançou 7,8%, segundo números divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central. O valor estimado pela autoridade monetária ficou um pouco acima da previsão do mercado financeiro, que espera um crescimento de 7,6% para o último ano.


No ano passado, informou a autoridade monetária, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, somou 138,68 pontos, pela média, contra 128,64 pontos em 2009. Os dados do PIB de 2010 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em março deste ano.

Desaceleração ao longo do ano
Os números do IBC-Br mostram uma desaceleração do ritmo de crescimento ao longo de 2010. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, dados do BC revelam que o crescimento da economia brasileira ficou em 8,17% contra igual período do ano passado.

No acumulado de janeiro a outubro, a taxa de expansão estava em 8,48% sobre o mesmo período de 2009. Até setembro, a expansão somava 8,84%, contra 9,65% até julho e 10,29% nos cinco primeiros meses deste ano (até maio). De janeiro a abril, a expansão somava 10,5%

IBC-Br
O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br "constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica".

Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 11,25% ao ano. A taxa foi elevada na reunião do Copom de janeiro em 0,5 ponto percentual para controlar as pressões inflacionárias. A previsão dos economistas dos bancos é de que os juros subirão para até 12,5% ao ano em 2011.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a previsão do mercado para 2011 está em 5,75%. Deste modo, a estimativa dos analistas ainda está acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%).

A boa vida dos mensaleiros do DEM

Compras em Nova York, academias de luxo, tranquilidade em mansões: autores do crime mais documentado do País continuam livres, leves e soltos em seus pequenos paraísos particulares


PRIMEIRA CLASSE

Arruda passou o Réveillon

com sua mulher em Nova York

Em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal expôs em Brasília um dos mais bem comprovados esquemas de corrupção da história do País: o mensalão do DEM. Nas imagens gravadas, políticos e empresários da capital federal, sem o mínimo pudor, guardavam dinheiro nas meias, bolsas e até na cueca. Apesar das evidências e dos flagrantes, o caso está empacado na Justiça. Até hoje a Procuradoria-Geral da República não apresentou a denúncia. Enquanto isso, os principais envolvidos no esquema desfrutam de vida privilegiada. Um dos exemplos é o ex-governador do DF José Roberto Arruda. Flagrado embolsando um maço de cédulas com R$ 50 mil, ele passou Natal e Réveillon fazendo compras em Nova York. No mês passado, bronzeou-se na praia de Morro de São Paulo, na Bahia. Depois, foi descansar em Fortaleza. Em sua rotina em Brasília, o ex-governador frequenta uma sofisticada academia de ginástica no setor sudoeste, onde malha três vezes por semana. “Sou ficha limpa, sou virgem”, comenta Arruda com seus amigos.

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Opção de Alckmin e Serra pelo latifúndio agrava situação de cortadores de cana desempregados

Com o processo de mecanização da colheita da cana-de-açúcar no estado de São Paulo, cerca de 40 mil trabalhadores no corte da cana ficaram desempregados desde 2007.

Sem formação escolar, sem outra qualificação profissional, sem conseguirem outro tipo de emprego, é cada vez maior o número de ex-cortadores que recorrem a ocupações de terra, em busca de uma oportunidade de terem seu chão para trabalhar.

A mecanização da colheita da cana é até necessária, pois o trabalho manual, além de penoso, exige que a folhagem da cana seja queimada, trazendo prejuízos ambientais e perdas no aproveitamento da palha. Mas o processo precisa acontecer em conjunto com recolocação profissional ou assentamento dos desempregados em projetos de reforma agrária, para evitar graves problemas sociais.

A situação se agravará a cada ano. Cerca de 150 mil cortadores serão dispensados (hoje são cerca de 166 mil empregos no pico da safra), até 2014. Será o último ano para o fim da queima da palha da cana, em todas as áreas mecanizáveis do estado, para reduzir emissão de carbono. O próprio Ministério Público Federal tem pressionado para não haver queimadas.

Os governos tucanos paulistas tem executado políticas fundiárias reacionárias e incompatíveis com a realidade social, o que agrava o problema.

Em vez de investir em assentamentos, José Serra alocou uma parte da polícia para funcionar como uma espécie de Gestapo (polícia política) contra sem-terras, que acabam prestando um grande serviço a latifundiários grileiros (que ocupam terras públicas). O novo/antigo governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP), após assumir, pregou "telerância zero" com os sem-terra.

Em 2009, durante o governo José Serra, em um episódio onde sem-terras ocuparam áreas da união, apropriadas pela multinacional Cutrale com laranjais, o governo tucano tomou partido da multinacional, colocando o aparato policial para prender os sem-terra e incriminá-los de forma arbitrária.

Amigos do Presidente Lula

Farc liberta prisioneiros na Colômbia. Brasil ajuda no resgate.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertaram, na quinta-feira, um major da polícia e um cabo do exército colombiano (que estavam aprisionados).

Desde o 9, a guerrilha libertou 6 pessoas. Já haviam sido libertados 2 vereadores, um fuzileiro naval da Colômbia, e outro policial.

O policial e o militar foram entregues pela guerrilha à ex-senadora Piedad Córdoba, principal intermediadora das negociações, e a representantes da Cruz Vermelha e da organização Colombianos e Colombianas pela Paz.

O Brasil participou diretamente das ações de resgate com uma equipe de 22 militares e dois helicópteros do Exército.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, informou que estão em negociações as libertações de mais 16 reféns.

Amigos do Presidente Lula

Em 60 dias, Telebras terá equipamentos para suprir 500 cidades com banda-larga

A Telebras assinou a primeira ordem de serviço, de R$ 15 milhões, com a empresa gaúcha Datacom, para fornecer os equipamentos para atender 500 cidades em cerca de 60 dias.

O total licitado com a empresa é de R$ 110,2 milhões, que pode ser contratado em até um ano, o que dará para cobrir um total de 3.045 cidades.

Com estes equipamentos em funcionamento, os provedores já poderão fazer contratos com a Telebras, para conectar suas redes até as casas, seja por cabo, seja sem-fio.

Estímulo à Indústria Nacional

Este foi o quinto contrato assinado pela Telebras com fornecedores para o PNBL. O edital deu preferência à industria nacional, conforme a Lei 12.349 de dezembro do ano passado, que prevê a preferência nas licitações públicas às soluções tecnológicas desenvolvidas no país.

O presidente da Datacom, Antônio Carlos Porto, disse que a empresa vai contratar pelo menos mais 60 engenheiros até o fim do ano para atender à demanda da Telebras. Ele destacou a importância do incentivo do governo ao comprar equipamentos produzidos no país. “Não adianta eu desenvolver a tecnologia se depois eu não consigo vendê-la. Na hora que a Telebras entra comprando equipamento com tecnologia de ponta, que a gente gasta milhões para desenvolver, ela incentiva que continue desenvolvendo e permaneça competitivo no mercado”.

Santanna também disse que dentro de uma semana deverá ser definido o acordo para uso das redes de fibras ópticas da Eletrobras e Petrobras no PNBL. Segundo ele, já foram acertados itens como metodologia e preços, faltam apenas questões burocráticas. (da Ag. Brasil)

Lula no Rio: "só vou comentar política depois do carnaval, estou de quarentena"

Em viagem ao Rio pela primeira vez após deixar a Presidência, Lula reuniu-se com o economista Marcelo Neri da Fundação Getúlio Vargas, e com o presidente do IBGE, Eduardo Nunes.

Ele ficará no Rio até sexta-feira.

Quando perguntado por jornalistas na entrada do hotel em que está hospedado, Lula evitou entrar em detalhes sobre o motivo da viagem:

"É mais para rever amigos. Tenho um grande apreço pela Maria da Conceição Tavares. Não pude vê-la quando era presidente, mas agora tenho disponibilidade. Chico Buarque de Hollanda é um grande amigo. Ele esteve junto em todos os momentos. Nas horas boas e difíceis. Penso em conversar com o IBGE e FGV para ficar informado de coisas que tenho que me informar".

Ele evitou entrar em polêmicas, repetindo o que vem dizendo:

"Primeiro você tem que desencarnar (da presidência). É difícil. Quando um governante sai da Presidência com 90 por cento (de aprovação) a população está muito presente. Faz pouco tempo ... Mas de política só (vou comentar) depois do carnaval, quando eu sair da minha quarentena”.

No final da tarde, encontrou-se com Chico Buarque. Ao sair do encontro de mais de uma hora, o compositor comentou: “Ele está muito bem, feliz, tranquilo. No tempo da presidência tivemos encontros rápidos. Conversamos amenidades, e marcamos de um dia jogar uma pelada”, disse Chico.

À noite, jantou na casa do governador Sérgio Cabral.

O economista Marcelo Neri, após a reunião com Lula, disse que apresentou indicadores de pobreza e desigualdade social. Segundo o economista, Lula lamentou também não ter podido aumentar tanto quanto desejava o valor do salário mínimo em 2003 e 2004 em função da restrição orçamentária.

Os Amigos do Presidente Lula

Altamiro Borges: TV Globo esconde sujeira no ninho tucano

O Portal R7 foi o primeiro a retomar as denúncias de corrupção envolvendo as multinacionais Alstom e Siemens e os governos de São Paulo e do Distrito Federal. Na sequência, a TV Record, pertencente ao mesmo grupo, amplificou o escândalo no seu principal telejornal.

Altamiro Borges, Vermelho

Outros veículos também repercutiram o caso. Já a TV Globo até agora não abriu o bico – será de tucano? Será que as denúncias não são importantes ou a famiglia Marinho continua com a sua linha editorial de esconder as sujeiras demotucanas?

Segundo o Portal R7, o caso é dos mais escabrosos – justificando a cobertura jornalística de qualquer veículo minimamente ético e imparcial. A reportagem encontrou agora uma testemunha-chave, que detalhou as maracutaias das multinacionais para vencer licitações das obras do Metrô paulistano, da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de Brasília, ainda no governo do demo José Roberto Arruda. Ele garante que tudo foi feito irregularmente, mediante pagamento de propinas.


Reuniões em casas noturnas de São Paulo


A testemunha F, conforme relato do R7, acompanhou de perto as negociatas e denuncia que houve superfaturamento de 30% no contrato com a Siemens, em São Paulo. A multinacional alemã repassava a grana à empresa MGE Transportes, responsável pela manutenção de dez trens. O repasse destinava-se exclusivamente ao pagamento de propina. Na realidade, não havia a prestação dos serviços previstos, que constavam apenas como fachada para viabilizar contabilmente os pagamentos, acusa a fonte.”

Matéria Completa, ::Aqui::

Charge do Nani

Convidados da TV Cultura, sociólogo e jornalista criticam reportagem da emissora no ar





"O sociólogo Demétrio Magnoli e o jornalista Eugênio Bucci criticaram reportagem da TV Cultura no próprio Jornal da Cultura, em programa exibido na noite da terça-feira, 16. Os dois foram convidados a comentar a reportagem logo após sua exibição pela apresentadora Maria Cristina Poli.

Na reportagem, é apresentada proposta do governo de São Paulo para regionalizar a saúde. O vídeo mostra imagens de personagens e de um seminário realizado sobre o tema. O secretário de Saúde do Estado, Giovanni Guido Cerri, aparece defendendo maior investimento nas unidades básicas de saúde. No entanto, a reportagem não informa quando isso será feito e de que maneira.

Após a exibição do vídeo, ´Magnoli foi o primeiro a falar:”Eu não atuo como jornalista, mas eu fiz jornalismo. E eu aprendi que a notícia, quando se trata do governo é uma medida prática, uma medida já adotada, e não um projeto, uma declaração de intenções, um seminário, uma promessa.”

A apresentadora o interrompe: “Você está criticando essa pauta? É isso, Demétrio?” O sociólogo responde: “O que estou dizendo é que isso parece merchandising do governo.” E acrescentou: “Eu não vi notícia aí.”

Bucci disse concordar com a crítica de Magnoli. “É importante nós termos claro que o protagonista de uma notícia de interesse público é cidadão afetado por alguma medida do governo. Ou uma medida real que modifica a realidade. As intenções elas não tem esse poder”, afirmou.

A apresentadora pergunta a Bucci se a divulgação dessas intenções não serviria para depois cobrar, já que isso foi dito publicamente. “Sim, pode e deve cobrar. E nós devemos usar o jornalismo muito mais para cobrar e fiscalizar do que para promover o anúncio de nobres interesses”, respondeu o jornalista.

Ao final, Magnoli sugere a realização de uma reportagem para apurar a realização do que prometera o governo, e a apresentadora encerrou o assunto: “isso é jornalismo”.

A TV Cultura foi procurada pra se manifestar sobre o assunto, mas até o momento da publicação desta nota ainda não enviou resposta.”