O PT da Paraíba mostrou a cara e anunciou ao distinto público duas  coisas: é oposição ao governador Ricardo Coutinho e não deve obediência  ao deputado Luiz Couto.
Na célebre sessão de quarta-feira, quando se discutiu o caso dos  protempores, Anísio Maia, Luciano Cartaxo e Frei Anastácio disseram e  não fizeram segredo que estão contra o governador. Foram até mais  enfáticos do que os chamados integrantes do bloco maranhista, que  falaram com prudência, na cadência da valsa, deixando a guerra nas mãos  de deputados tidos e havidos como pendentes a apoiar Ricardo.
Até Daniela Ribeiro, a doce e maravilhosa representante da Borborema,  que chegou à Assembléia para colorir aquele plenário até então lúgubre,  com cara de enterro, arrebatou-se e arrebatou as galerias,  confrontando-se diretamente com a secretária Aracilba, a brava Aracilba,  que saiu da Assembléia rebatizada com o nome de "destemperada".
O secretário Valter Aguiar, dando entrevista a uma emissora de rádio  logo após a sessão da Assembléia, tratou de divorciar ainda mais os  petistas do governo, alardeando que Luciano Cartaxo fora vice-governador  de Zé, Anísio Maia fez a campanha do ex e Anastácio era carne e unha  com Maranhão. Não sei até que ponto um secretário de Governo ajuda o  seu  chefe confrontando-o com a classe política. Faria melhor trabalho  se atenuasse as coisas. Mas quem sou eu para entender figuras de tão  grosso calibre?
O governador descobriu, por seu turno, que está muito bem obrigado na  Casa de Epitácio, contando com o apoio dos seus deputados e de  adesistas tradicionais como João Gonçalves e seguidores. Aprovou o que  queria, botou Super Bond na boca dos insatisfeitos e evitou que o seu  secretário da Administração fosse crucificado pela tropa de choque  oposicionista.
Falta, agora, o secretário da Administração cumprir o prometido e  divulgar a relação dos assessores dos deputados que recebiam dinheiro  gordo do governo estadual.

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