Policiais   agridem os vereadores José Américo (ao fundo) e Antonio Donato, ambos   do PT, durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no centro   de São Paulo
Policiais militares reprimem protesto contra o aumento da passagem de ônibus no centro de São Paulo
Manifestação  desta quinta-feira (17)  contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo terminou, mais uma  vez, em pancadaria. Os manifestantes protestavam em frente à Prefeitura,  quando policiais militares reprimiram o ato com bombas de gás  lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha.
“Eles vieram como uma  truculência desproporcional”, afirma Fábio Nassif, que integra a  comissão de comunicação do Comitê contra o Aumento da Passagem, grupo  formado por movimentos sociais, partidos políticos de esquerda, grêmios  estudantis, sindicatos, associações de bairro e pelo Movimento Passe  Livre.
O protesto tem como objetivo  pressionar a prefeitura para que seja revogado o aumento da tarifa de  ônibus, que subiu de R$ 2,70 para R$ 3 em janeiro --variação de 11%--  após decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Policial tucana prende, bate e arrebenta  durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo 
Durante a pancadaria, sobrou  paras os vereadores petistas Antonio Donato e José Américo, que  participavam do ato e integram a comissão de negociação. Os dois  parlamentares apanharam dos policiais com cassetetes e gás lacrimogêneo,  mesmo após terem se identificado. Donato afirma ter sido agredido por  policiais militares. “Está uma confusão aqui. Levei um monte de  borrachada”, disse, por telefone, ao UOL Notícias.
Américo diz que os vereadores estavam reunidos com um representante da prefeitura quando ouviu o barulho das bombas. "Imediatamente interrompemos a conversa e tentamos dialogar [com a polícia], mas a tropa de choque nos agrediu com gás lacrimogêneo e gás de pimenta", afirma o vereador.
Segundo Fábio Nassif, um  manifestante que foi agredido pelos PMs está detido ao lado do prédio da  prefeitura. Carlos Ceconello, fotógrafo da Folha de S. Paulo, foi  ferido na perna por estilhaços de bomba.
Não é a primeira vez que uma  manifestação contra o aumento da tarifa em SP termina em pancadaria. Em  14 de janeiro deste ano, um protesto na praça da República foi reprimido  por policiais militares. O mesmo ocorreu em uma manifestação no parque  Dom Pedro, em janeiro de 2010.





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