quinta-feira, 7 de abril de 2011

O governo não ficará surdo às reivindicações dos movimentos sociais

Em discurso, presidenta Dilma Rousseff disse que governo procurará atender reivindicações do MAB. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Para uma plateia de 450 mulheres que integram o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a presidenta Dilma Rousseff assegurou ser “contra aqueles que acham que o governo deva ficar surdo às reivindicações” dos movimentos sociais. Na oportunidade, a presidenta Dilma recebeu uma carta com os pleitos estabelecidos a partir de reunião que aconteceu em Brasília (DF). Em resposta, a presidenta afirmou que colocará o seu ministério à disposição para atender as demandas.
“Escutarei todos e farei tudo que for possível para atender 100% das reivindicações. Iremos nos empenhar para encarar as grandes demandas que emergem deste movimento”, disse.
Sob organização do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a presidenta Dilma arrumou espaço na agenda para o encontro com as representantes do MAB que participaram do I Encontro de Mulheres Atingidas por Barragens em Luta por Direitos e pela Construção de um Projeto Energético Popular. A reunião contou com a participação dos ministros Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza), além de Márcia Camargo, que representou o Ministério de Minas e Energia.
Acomodadas no Salão Nobre, as mulheres integrantes do MAB aguardaram alguns minutos pelo início da cerimônia. O ministro Gilberto Carvalho abriu a série de discursos informando que o movimento está comemorando 20 anos de existência e, por este motivo, o empenho para que o grupo fosse recebido pela presidenta Dilma. Carvalho contou que a proposta é manter reunião com lideranças deste movimento a cada dois meses.
Em seguida, Soniamara Maranho, que integra a coordenação nacional do MAB, fez a leitura da carta contendo a pauta do movimento. Depois, Maranho convidou Dilma da Silva, outra representante do MAB, para entregar o documento oficial estabelecido na reunião de Brasília. Para fechar o evento, a presidenta Dilma fez um pronunciamento onde destacou a importância das mulheres por estarem participando deste movimento e enfatizou que o maior compromisso do governo “é a superação da pobreza em nosso país”.

'Nossa homenagem a estes brasileirinhos', diz Dilma emocionada

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff se emocionou durante solenidade comemorativa de um milhão de empreendedores inscritos no Programa Microempreendedor Individual, no Palácio do Planalto. Ao discursar para os presentes, Dilma destacou que hoje seria um dia de muita comemoração pelo fato de o País estar avançando no sentido da formalidade dos negócios, mas disse que não faria esse discurso porque 'Hoje temos que lamentar o fato que ocorreu em Realengo'. A presidente decretou luto de três dias por causa do atentado.
Ao se referir à tragédia que aconteceu em uma escola no Rio de Janeiro, Dilma disse que 'Não é característica do País ocorrer esse tipo de crime. Considero que todos nós aqui presentes estamos unidos em repúdio ao ato violento, sobretudo cometido contra pessoas indefesas', disse a presidente, com a voz embargada.
Em seguida, ela encerrou seu pronunciamento cumprimentando os empreendedores individuais, mas homenageando as vítimas da tragédia no Rio, e pedindo um minuto de silêncio. Ela quase chorou ao dizer: 'Nossa homenagem a estes brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida'. Após o minuto de silêncio, ela declarou encerrada a solenidade, que durou apenas cerca de 15 minutos.
A assessoria do Palácio do Planalto informou que Dilma avalia a possibilidade de viajar ao Rio de Janeiro. De acordo com o porta-voz da presidência, Rodrigo Baina, ela determinou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entre em contato com as autoridades locais para tomar as providências necessárias. Pelo menos 10 crianças morreram e cerca de 20 pessoas ficaram feridas após um homem efetuar diversos disparos dentro de uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 7
A solenidade, que reuniu centenas de pessoas, foi realizada para comemorar a marca de 1 milhão de trabalhadores formalizados pelo Programa do Empreendedor Individual. Criado por Lei Complementar em julho de 2009, o programa tem como objetivo inserir na economia formal o cidadão que trabalha por conta própria no comércio, na indústria e na prestação de serviço. Para aderir ao programa, esses trabalhadores devem ter rendimento bruto anual de até R$ 36 mil, não ter sócio ou ser dono de qualquer outra empresa. Pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. A marca superior a 1 milhão de formalizados foi atingida no dia 17 de março de 2011, quando a Receita Federal do Brasil registrou 1.004.764 adesões. A meta é chegar a 1 milhão e 500 mil empreendedores até o final de 2011.
(Colaborou Lisandra Paraguassu)

Estadão