Seis vereadores tucanos saem de uma só vez do partido numa semana; na anterior havia saído o ex-ministro da Fazenda, Luís Carlos Bresser Pereira; e agora sai o ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas, Walter Feldman, um dos fundadores do PSDB, e desde 2005 secretário na máquina da Prefeitura Municipal da Capital paulista.
As oito deserções (por enquanto), todas na maior base - ou ninho - tucano no país, São Paulo. Tudo indica que a crise do PSDB é maior até do que indicam essas preliminares. Não há dúvidas de que há uma cisão e uma grande dissidência que podem se transformar numa debandada à esquerda, já iniciada por Bresser Pereira.
De todo modo, à esquerda, uma debandada de pequena dimensão, já que sobraram poucos sociais-democratas no ninho tucano. Já em termos numéricos uma deserção maior em se tratando de serristas e descontentes de todo tipo com a troca de guarda no aparelho do Estado de São Paulo, totalmente dominado pelas diferentes facções tucanas - as serristas e as alckmistas.
Fora as ramificações do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, como presidenciável de 2014, já fincou suas cunhas em terras paulistas. O que estamos assistindo, então, é um strip-tease público de como os tucanos aparelham o Estado e usam os cargos públicos para controlar o partido
terça-feira, 26 de abril de 2011
blog do Zé© - Luta é pelo controle da máquina eleitoral
Neste imbróglio, temos que lembrar que o governador tucano paulista, Geraldo Alckmin, derrotado pelos serristas em 2008, quando disputou e perdeu a prefeitura paulistana, massacrou todos eles agora, ...na eleição de 2010. A maioria não se elegeu e agora vê como melhor alternativa a formação do PSD pelo grande e incondicional aliado do serrismo, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB).
O PSD é, na verdade, a saída que um dos grupos serristas - o de Gilberto Kassab - encontrou tanto para a crise do DEM, levado à ruína pelo grupo do ex-prefeito do Rio, César Maia e do atual líder no Senado, José Agripino Maia (DEM-RN), como para o confronto desigual com Alckmin.
Guerra é pelo controle da máquina do partido
O governador Alckmin, por sua vez, nada cede. Pelo contrário, avança nos espaços do partido o quanto pode por entender que o seu grupo precisa controlar o PSDB desde São Paulo (maior secção do partido no país) para viabilizar sua candidatura em 2014.
Discussão programática, análise das derrotas (três presidenciais sucessivas, 2002, 2006 e 2010) e da crise do partido, debate sobre o Brasil...nada disso existe no ninho tucano.
O que estamos assistindo, ao vivo e a cores, é exatamente a nefasta prática que o tucanato, José Serra à frente (presidenciável derrotado em 2002 e 2010), tanto trombeteou durante a campanha eleitoral de 2010 acusando o PT daquilo que eles são mestres, tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais: aparelhar o Estado.
Petistas já discutem troca de comando
O afastamento de José Eduardo Dutra da presidência do PT, desde 22 de março, deflagrou nos bastidores uma disputa interna por sua sucessão e atiçou o grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, já descontente com a condução do partido. Com problemas de saúde, Dutra está licenciado do cargo e não avisou ao PT se deixará definitivamente a direção do partido, embora tenha admitido a renúncia em conversas reservadas.
O Palácio do Planalto fará de tudo para manter Dutra no comando do PT. No partido, é ele o interlocutor de confiança tanto da presidente Dilma Rousseff como de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, que tem capitaneado as articulações para as eleições municipais de 2012.
Lula desautorizou os movimentos para substituir Dutra. Não admite discutir a sucessão no PT antes da hora e tem esperança na volta do afilhado político. Um petista que esteve com Lula disse que "a orientação é para ninguém mexer nisso agora. Não podemos agir como urubus".
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