segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PT, 31 anos

O PT é referência mundial entre os partidos democráticos e de esquerda. Por Hamilton Pereira

Há 31 anos nascia o Partido dos Trabalhadores. O Brasil vivia a fase de transição do fim da ditadura militar para a retomada de um regime democrático, depois de intensas lutas do povo brasileiro. Junto à redemocratização, lutando decididamente por ela, impulsionando as reivindicações populares e quebrando a velha tradição brasileira da conciliação por cima, entre as elites, o PT veio, de baixo para cima, para atrapalhar o coro dos contentes.

Dos políticos tradicionais, quase nenhum apostou na possibilidade de o PT dar certo. Sindicalistas, integrantes das comissões eclesiais de base, jovens estudantes e alguns militantes da velha esquerda saiam de porta em porta, pelos bairros, filiando gente, para cumprir a regra restritiva de então para a legalização de um partido. As velhas raposas nos ridicularizavam, apostavam que não conseguiríamos.

Nas primeiras eleições, nossas campanhas foram feitas com a cara e a coragem, sem dinheiro, sem material. Só a certeza de que a razão e a história estavam conosco. Nas primeiras disputas, alguns poucos vereadores, um ou outro prefeito. Lula, candidato ao governo de São Paulo em 82, ficou em quarto lugar. O PT era um partido pequeno, com presença nos movimentos sociais, mas pouco presente no parlamento e nas instâncias do estado. Mais uma vez, as velhas raposas apostaram que não passávamos de um sonho de verão.

Estavam erradas. Nós persistimos, continuamos ligados às reivindicações e necessidades da maioria da população brasileira. E fomos, aos poucos, avançando. Até nos tornarmos, hoje, o maior partido brasileiro. Temos a maior bancada da Câmara dos Deputados, somos grandes no Senado, temos vários governadores, prefeitos, centenas de deputados estaduais e vereadores.

O PT é referência mundial entre os partidos democráticos e de esquerda. E podemos, com orgulho, afirmar que fizemos, com Lula, o melhor governo que este país já teve. Mais que isso, o ex-presidente extrapolou os limites nacionais e hoje é reconhecido mundialmente como uma liderança na luta contra e fome e a desigualdade social, na busca da fraternidade entre os povos. A população brasileira reconheceu isso e nos deu a tarefa de continuar à frente dos destinos do Brasil, agora com a presidenta Dilma Rousseff.

Ao chegarmos aos 31 anos, continuamos com mais vitalidade do que nunca. Na idade da razão, podemos, sem falsa modéstia, olhar para trás, com orgulho da nossa trajetória. E ter uma certeza: faríamos tudo de novo, exatamente do mesmo modo.

*Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT-SP
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011

O que falar de Dilma?

Pelo que parece, a “grande imprensa” vai passar quatro anos a se remoer. Achava que a presidenta seria cópia piorada de Lula. Dá-se o caso que, neste início de governo, ela surpreendeu a mídia. Exatamente no que menos
se esperava: está fazendo, desde o primeiro momento, o governo dela
É engraçado ler nossa “grande imprensa” nos dias que passam. Seus colunistas e comentaristas vivem momentos difíceis, dos quais tentam escapar com saídas cômicas.
A raiz de seus problemas é que não sabem como lidar com Dilma Rousseff. Talvez achassem que seu governo seria óbvio. Que ela seria uma personagem que conseguiriam explicar com meia dúzia de ideias prontas.
Imaginavam, talvez, que o compromisso que ela assumiu com a continuidade do trabalho de Lula faria com que ficasse de mãos atadas. E, quando ela confirmou vários ministros e auxiliares do ex-presidente na sua equipe, devem ter tido certeza de que suas expectativas se confirmariam.
Achavam que Dilma seria uma cópia carbono de Lula. Piorada, naturalmente, pois sem sua facilidade de comunicação e carisma. Estava pronta a interpretação do novo governo: na melhor das hipóteses, uma repetição sem brilho das coisas que conhecíamos. Para quem, como nossos bravos homens e mulheres da “grande imprensa”, achou que o governo Lula havia sido uma tragédia, o de Dilma seria uma farsa. Como dizia o velho Karl Marx, quando a história se repete, é isso que acontece.
Dá-se o caso que, neste início de governo, Dilma os surpreendeu. Exatamente naquilo que menos esperavam: está fazendo, desde o primeiro momento, o governo dela.
Não há sinal mais evidente que a mudança que experimentou a parcela do ministério que manteve. Ficaram parecidos com os novos. São ministros dela e não ex-ministros de Lula.
Na verdade, esse é apenas um sintoma de que, em pouco mais de um mês, o governo Lula virou passado. Algo que era difícil antever aí está. Em grande parte, porque Dilma ocupou seu lugar, deixando claro que não é igual ao antecessor.
A “grande imprensa” brasileira estava preparada para essa hipótese, mesmo que a achasse improvável. Era o cenário da crise entre criador e criatura, tão frequente na política, que vem na hora em que o “poste” se rebela contra quem lhe deu vida. Não era pequena a torcida em favor desse desfecho: Dilma desentendendo-se com Lula, este aborrecido, ela enciumada, ele se sentindo traído, ela sozinha no Planalto.
Não é isso o que está ocorrendo. Lula não parece achar errado que Dilma tenha se sentado na cadeira que ele ocupou por oito anos e começado a governar desde o primeiro dia.
A frustração de perceber que quase nada do que imaginava está se verificando tem levado a “grande imprensa” a atitudes patéticas. Não há maior que a recusa em aceitar a decisão de Dilma de ser tratada como presidenta.
A insistência dos “grandes veículos” em só designá-la como presidente é pueril. Na língua portuguesa, as duas palavras existem, o que faz com que qualquer uma possa ser empregada. Se Dilma escolheu uma, que argumento justificaria negar-lhe o direito de usá-la?
É provável que os historiadores do futuro achem graça da implicância de nossos “grandes jornais”. Seu consolo acabou sendo pequeno: o que lhes resta é pirraçar, bater pé e chamá-la “presidente”.  Um dia, quem sabe, farão como os jornalões argentinos, que acabaram respeitando a mesma opção de Cristina Kirchner (os jornais chilenos, mais educados, nunca recusaram a prerrogativa a Michelle Bachelet).
Nesta semana, nossos vibrantes “grandes jornais” passaram a achar ruim que Dilma houvesse feito uma foto colorida para acrescentar à galeria dos presidentes da República. Queriam que fosse em branco e preto, talvez por picuinha. Sugeriram que ela quer “aparecer demais”.
E assim vamos. Pelo que parece, a “grande imprensa” vai passar quatro anos se remoendo.

Marcos Coimbra - CartaCapital

Dilma garante R$ 800 mi para obra de abastecimento no Estado da Paraíba

Canal que terá 112 quilômetros será construido entre Acauã e a cidade de Araçagi, no brejo

A presidente da República Dilma Rousseff garantiu nesta segunda-feira (21) a execução da Vertente Litorânea, obra de abastecimento de água que compreende a construção de um canal de 112 quilômetros de extensão entre as barragens de Acauã e Araçagi. A obra está orçada em R$ 800 milhões.

Dilma disse que o projeto faz parte das obras prioritárias para a região Nordeste. A chefe do Executivo Federal falou sobre o assunto durante o 12º Fórum de Governadores do Nordeste na cidade de Aracaju, no Estado de Sergipe.

Além da Vertente Litorânea, a presidente também citou a execução das obras de transposição da Bacia do Rio São Francisco, que irá beneficiar vários municípios do semi-árido nordestino, como uma das ações que terão tratamento especial durante o seu Governo.

Segundo a presidente, a região nordestina será tratada como prioridade na sua gestão.


MaisPB com assessoria

Dilma quer que Nordeste cresça acima do PIB nacional

Ao participar do 12º Fórum de Governadores do Nordeste, a presidente da República, Dilma Rousseff, garantiu que criará condições para que a economia nordestina cresça a taxas superiores à do crescimento do produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O discurso de Dilma, na abertura do encontro, nesta segunda (21), em Barra dos Coqueiros (SE), tentou acalmar os nove governadores da região, que se mostraram preocupados com corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União, anunciado recentemente pelo governo.

“Nossos cortes preservam os investimentos integralmente”, garantiu a presidente. Entre os investimentos que não sofrerão cortes, ela citou o programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa Emergencial de Financiamento (PEF) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui projetos de mobilidade urbana e obras para a Copa do Mundo de 2014.

A presidente ressaltou que resolver os problemas do Nordeste é uma questão estratégia para a política de erradicação da miséria, já anunciada como prioridade do governo.

“A pobreza no Brasil tem uma certidão de nascimento que privilegia, infelizmente, essa região do país”, disse a presidente, que também defendeu um foco maior das políticas pública na Região do Semiárido. “Não há uma solução para o Brasil sem uma solução para o Nordeste e não há uma solução para o Nordeste sem uma solução para o Semiárido”, disse a presidente.

Para estimular ainda mais o desenvolvimento, ela adiantou que irá enviar ao Congresso Nacional projeto de lei prorrogando os incentivos do Imposto de Renda para investimentos naquela região. A medida já está em vigor, mas vence em 2013, a ideia é estender o benefício até 2018 para dar mais segurança aos investidores.

Ao falar de economia, a presidente disse que sua gestão empreenderá todos os esforços para manter a pressão inflacionária sob controle, falou que espera a aprovação do projeto do salário mínimo no Senado (a previsão de votação é para a próxima quarta-feira) e falou que se não fosse a guerra fiscal, muitos investimentos não iriam para o Nordeste. Apesar da afirmativa, ela reconheceu que essa não e nem será a melhor forma de atrair investimento.

Na abertura do evento, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), destacou a primeira visita de Dilma à região, desde a sua posse, e falou da importância do evento na discussão do desenvolvimento da região. "Estamos unidos em torno de um único objetivo, erguer um Nordeste forte para a construção de um novo Brasil".

Segundo ele, a região ficou esquecida por muito tempo, mas isso começou a mudar com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Depois do ex-presidente Juscelino Kubitschek, Lula foi o primeiro presidente a olhar para o Nordeste", frisou. No final do discurso, ele defendeu um novo pacto federativo para a autonomia dos Estados.

Com agências

Dilma anuncia a criação do Ministério de Pequenas Empresas

Pastas deverão incentivar o empreendedorismo econômico e combater a seca

Do R7

A presidente eleita Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (21) a criação do Ministério de Pequenas Empresas e da Secretaria Nacional de Irrigação, que fará parte do Ministério da Integração.

As pastas deverão ser responsáveis, respectivamente, por
ações para incentivar o empreendedorismo econômico na região e combater a seca no semi-árido nordestino. Para tanto, porém, ela voltou a pedir a colaboração dos governadores.

- Eu acredito que nós temos que combinar um projeto ambicioso e específico só para o semi-árido [no interior do Nordeste]. Por isso, quando começarmos a discutir em março o nosso programa de erradicação da pobreza, espero que a gente conte com propostas de vocês [governadores] para o semi-árido.”

Matéria Completa, ::Aqui::

Ricardo Kotscho: A terceira morte de Vlado Herzog

por Ricardo Kotscho, no seu Balaiodica do Pedro Frineda
Pense num absurdo, em algo totalmente inverossímel, num completo desrespeito aos que querem contar a nossa história e à memória de quem tombou na luta pela redemocratização do país.
Pois foi isso que sentiu na pele esta semana o jornalista Audálio Dantas ao procurar o Arquivo Nacional, em Brasília, para poder finalizar o livro que está escrevendo sobre o seu colega Vladimir Herzog, o Vlado, torturado e morto nos porões do DOI-CODI durante a ditadura militar (1964-1985).
Vlado já tinha sofrido duas mortes anteriores: o assassinato propriamente dito por agentes do Estado quando estava preso e o IPM (Inquérito Policial Militar) que responsabilizou Vlado pela sua própria morte, concluindo pelo suicídio.
Esta semana, pode-se dizer que, por sua omissão, o Ministério da Justiça, agora responsável pelo Arquivo Nacional, matou Vladimir Herzog pela terceira vez, impedindo o acesso à sua história.
Muitos dos que foram perseguidos naquela época, presos e torturados, estão hoje no governo central, mas nem todos que chegaram ao poder têm consciência e sensibilidade para exercer o papel que lhes coube pelo destino.
É este, com certeza, o caso de Flávio Caetano, um sujeito que não conheço, chefe de gabinete do ministro da Justiça, meu velho ex-amigo José Eduardo Cardozo, por quem eu tinha muito respeito.
Digo ex-amigo pelos fatos acontecidos ao longo da última semana, que relatarei a seguir.
Na segunda-feira, Audalio Dantas me contou as dificuldades que estava encontrando para pesquisar documentos sobre o antigo Serviço Nacional de Informações (o famigerado SNI) no Arquivo Nacional, e pediu ajuda para falar com alguém no Ministério da Justiça.

Deputado critica resolução do PT de João Pessoa

“Pensar que só o municipal deve participar das discussões sobre as eleições de 2012 é um equívoco"
lucianocartaxo_20100128_130236O deputado estadual Luciano Cartaxo afirmou que não concorda com a resolução do PT de João Pessoa sobre as decisões para as eleições do próximo ano sem a interferência dos diretórios estadual e nacional do partido. Segundo ele, a sigla está buscando o fortalecimento e por isso, os dois diretórios vão participar das discussões sobre a prefeitura da Capital.
“Pensar que só o municipal deve participar das discussões sobre as eleições de 2012 é um equívoco. Uma coisa é ele coordenar o debate, outra coisa bem diferente é a não participação das outras instancias do PT. Todos têm o direito de participar das discussões, e não apenas, mas também interferir, tanto o PT estadual como o PT nacional vai interferir em todo o processo, pois o PT busca o fortalecimento”, disse o parlamentar.
Cartaxo é um dos petistas favoráveis ao lançamento de uma candidatura própria do PT em 2012 na Capital, bem como em outros importantes municípios do Estado.

Dilma: centros de referência em crack vão capacitar cerca de 15 mil profissionais


Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (21) que os centros regionais de Referência em Crack e Outras Drogas vão capacitar cerca de 15 mil profissionais de saúde nos próximos 12 meses.
Os médicos vão receber cursos para atender em unidades básicas de saúde, enquanto outros profissionais devem aprender sobre a desintoxicação em hospitais e clínicas. Para agentes comunitários de saúde, o curso será voltado ao atendimento nas ruas.
“Eles vão conhecer as técnicas de tratamento e também as possibilidades de trazer essas pessoas de volta ao convívio social, ao trabalho e aos estudos”, afirmou Dilma em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta.
Ela lembrou que o objetivo dos 49 centros é oferecer atendimento e acompanhamento aos dependentes químicos e aos familiares. Segundo a presidenta, o governo já realiza 13 estudos clínicos sobre o crack em seis universidades federais.
“Nosso plano de enfrentamento ao crack e outras drogas cerca o problema por todos os lados”, afirmou Dilma, ao se referir à prevenção, ao tratamento e ao combbate ao tráfico, sobretudo nas fronteiras do país.

Edição: Graça Adjuto

O salário mínimo e a "pobreza"

O Salário Mínimo sempre foi instrumento de redução da miséria. Houve tempo inclusive, que ele era o único instrumento. Mais do que isto, num Brasil permanentemente inflacionado e nosso dinheiro não valendo muito mais do que papel no que ele era impresso, ele era inclusive visto como moeda de cálculo para outros salários. Me lembro ainda de, eu mesmo e outros, expressarmos o valor do contracheque : “eu ganho 2,5 salários mínimos”, “eu ganho “x” salário mínimos”. O tempo agora é outro. É o tempo do PIB alto, das reservas internacionais altas, o que respalda o nosso dinheiro, o Real. E agora o Real vale mesmo. Pra fora e pra dentro. O poder aquisitivo aumentou. E o Salário mínimo então, foi aumentado em mais de 80% acima da inflação nos anos do governo Lula. E o Salário mínimo, que em um período do Governo FHC não comprava nem uma cesta básica inteira, hoje já equivale a mais de 3 cestas básicas. Valia menos de 100 dólares e hoje vale 300 dólares. Mas salário é pago para quem tem trabalho fixo. E no Brasil ainda tem muita gente que não tem nem isto. Por esta razão foi criado o Bolsa Família. O resultado do bolsa Família todos sabem: 11 milhões de famílias saíram da pobreza absoluta. Alem disto, a aumento do poder aquisitivo de todos os salários, e não só do mínimo, propiciaram que mais gente chegasse a classe média. Em 8 anos foram gerados mais 15 milhões de empregos com CTPS assinada. Nunca a taxa de desemprego esteve tão baixa. Então, temos empregos e trabalhadores assalariados. Trabalhadores assalariados tem representação sindical. Os Sindicatos, que representam os trabalhadores assalariados, para conquistar melhores salários, negociam anualmente com os patrões. O melhor instrumento para conqusitar melhores sala´rios, se a negociação não dá certo, é a greve. Greve é algo que o trabalhador só faz quando tem uma certa tranqüilidade de não perder o emprego, ou se perder, ter outro emprego para trabalhar. Por isto, durante todo o governo FHC houveram poucas greves. O desemprego era grande e ninguém se arriscaria. Não é o caso agora. Há condições para que as categorias profissionais mais organizadas façam reivindicações em melhores condições do que naqueles anos do FHC. Por tudo isto, estranhei muito, ao ver ontem no congresso nacional, representantes sindicais aplaudindo as propostas do DEM e do PSDB para aumento do salário mínimo. Estes sindicalistas dos mais variados matizes, que há 3 anos atrás assinaram um acordo com o governo sobre o Salário Mínimo, que garantia a inflação e mais o percentual do PIB de 2 anos antes, e que o governo cumpriu, e continuará cumprindo, deixaram de cumprir a lição de casa. Tenho acompanhado os índices de aumento salarial obtido pelas categorias profissionais no país. A maioria fica pouco acima da inflação. Nada perto do aumento real de mais de 80% do salário mínimo. E justo estes sindicalistas, que dirigem a mais poderosa máquina dos trabalhadores, ou seja, os sindicatos. Houve tempo em que os sindicatos, dirigidos pelos mesmos sindicalistas paravam o país em memoráveis greves gerais. Fizemos até greve por reivindicações exclusivamente políticas, como foi a de 1983 contra a Ditadura Militar. O país está crescendo.Os trabalhadores estão mais fortes e tem mais formação escolar e técnica.E se o país esta crescendo, é justo que os trabalhadores ganhem mais e conquistem melhores condições de trabalho.Há as 40 horas semanais, Há a nescessária Reforma Política que precisa mudar a forma de eleição de nossos representantes, para que que a maioria do Congresso Nacional não seja formada empresários ou estafetas destes, como é hoje, Há a Reforma Tributária que reduzirá o custo dos produtos para o povo, Há a tabela do Imposto de Renda…Há tantas lutas por travar. Mas todas elas exigem que os Sindicatos se aproximem do povo e enxerguem a Classe Trabalhadora como uma Classe única e não como pequenas fatias identificadas por “categorias” profissionais. Mas para isto é preciso formar dirigentes. E não há muitos novos dirigentes, pois os que ví aplaudindo o DEM e o PSDB, eram na sua maioria antigos dirigentes que um dia já lideraram grandes greves, mas que hoje parecem se resignar a negociar com governos e parlamentares. Tempo estranho este, onde os salários e empregos sobem, mas a direção está ficando “pobre” de argumentos e de bases que banquem as lutas e tenham que se sujeitar a mendigar meia dúzia de reais a mais para o Salário Mínimo e façam festa por que para suas próprias categorias, cujos patrões enriquecem a olhos vistos, conbsigam arrancar aumentos que muitas vezes só repõe a inflação, ou quando muito, acrescentam uns 2 ou 3% de aumento real. Não seria o tempo de retomar a discussão da Reforma Sindical??

Dilma intervém para evitar atrasos na Copa

A presidente Dilma Rousseff começará a chamar, depois do Carnaval, prefeitos e governadores das 12 cidades e Estados que sediarão o evento para “uma conversa chegada”. Dilma também pediu a elaboração de um balanço trimestral sobre a evolução dos empreendimentos nas 12 capitais
Luciano Máximo e Cristiane Agostine | De São Paulo
 
Preocupada com atrasos nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a presidente Dilma Rousseff começará a chamar, depois do Carnaval, prefeitos e governadores das 12 cidades e Estados que sediarão o evento para “uma conversa chegada”, o que representará a passagem para um estágio de intensificação de medidas no planejamento brasileiro, disse ao Valor o ministro do Esporte, Orlando Silva. Segundo ele, Dilma dará prioridade máxima ao mundial, que ocorrerá em exatos 40 meses, no fim de seu mandato e às vésperas da eleição presidencial. O ano de 2011 será crucial, e se os projetos e as obras não deslancharem nos próximos meses, o país entrará numa “zona de risco”, prevê o ministro.De acordo com Silva, a presidente Dilma também pediu a elaboração de um balanço trimestral sobre a evolução dos empreendimentos nas 12 capitais. A ideia é que as prefeituras e os governos estaduais sigam à risca a matriz de responsabilidades da Copa, documento que sela compromissos entre os entes federativos. “Vamos fazer um TAC [termo de ajuste de conduta] entre as cidades, os Estados e a União, dizendo quem faz o quê e paga o quê e quais são os cronogramas.”
A orientação do governo federal é dar maior transparência aos processos, evitar atrasos e afastar problemas de sobrepreço e irregularidades nos projetos. “A Dilma quer agora um balanço a cada três meses. O sujeito vai ter que se explicar por que [o projeto inicial] era R$ 300 milhões e agora é R$ 600 milhões. Vai ter que esclarecer para a sociedade por que o projeto não ficou pronto”, ilustra.
O ministro aproveitou para comentar relatório publicado semana passada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que indicou uma série de problemas nos projetos da Copa de 2014: descumprimento de prazos, aportes desnecessários, riscos de aditivos contratuais e sobrepreço. Para ele, as informações do órgão estão incompletas.
“Temos colaborado fortemente com o TCU, a última leva de informações requeridas era de dezembro. Pedimos novo prazo, que vai vencer em 26 de fevereiro”, ponderou o ministro, que considera natural algumas alterações de custos e prazos. “Em Cuiabá, a obra do estádio começou e, durante o estaqueamento, foi descoberto um grande lençol freático. Tem que ver que empresa fez a sondagem do terreno e aplicar uma multa. A obra continuará no mesmo lugar, será preciso triplicar o estaqueamento. Vai custar mais.”
Além disso, a presidente convocou uma reunião para o dia 2 de março com 23 ministros para tratar exclusivamente de assuntos relacionados à Copa do Mundo. No encontro, serão apresentadas informações colhidas em campo por Silva e sua equipe, que têm percorrido as 12 cidades-sede desde a semana passada. “Pretendemos dar um balanço dos preparativos e medidas para intensificar as ações do Mundial da Fifa no Brasil. Este ano é chave, porque é o ano que concentra o início da maior quantidade de obras, sobretudo de mobilidade urbana e aeroportos. Se não agirmos adequadamente entramos numa zona de risco”, afirma Silva.
De acordo com a previsão de gastos federais, estaduais e municipais e financiamentos da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disponíveis no Portal da Transparência, dos R$ 23,5 bilhões estimados para a construção de estádios e obras de mobilidade urbana e reformas em aeroportos, as autoridades públicas brasileiras contrataram R$ 8,6 bilhões e conseguiram executar apenas R$ 207,2 milhões - 0,87% do total.
O baixo índice de execução dos orçamentos públicos não significa necessariamente que todos os projetos estejam atrasados, pois contratos já firmados com a iniciativa privada garantem a condução de obras. Nos cálculos do ministro, as construções dos estádios estão em andamento em 10 das 12 sedes. “Não temos obras em São Paulo, porque foi trocado o endereço do estádio - era o Morumbi, passou a ser o projeto Corinthians, em Itaquera. Também não temos obras em Natal, porque a licitação não teve nenhum concorrente. O novo edital, previsto para março ou abril, já tem 28 grupos interessados.”

O ministro diz que a maior preocupação é com as obras de infraestrutura. Ele atribui os atrasos à falta da cultura de planejamento. “As cidades têm um plano conceitual, mas não têm uma estratégia clara. Queríamos deixar um legado de transporte urbano, mas as prefeituras traziam projetos de intervenção viárias, queriam facilitar a circulação dos carros na cidade.”

http://www.agenciat1.com.br

Charge do Bessinha

O socialismo, o PT e a revolução no mundo árabe

A Esquerda no mundo já cometeu equivocos. E muitos. O pior deles foi não ter ouvido as proféticas palavras de Trotsky diante da máquina assassina que Stalin montava na década de 20 na União Soviética, escondida atrás da utopia socialista. Os créditos de guerra votados pelos socialistas, maioria nos parlamentos europeus, que sustentaram as grandes guerras, onde trabalhadores e pobres morrerram como bucha de canhão, o apoio títere dos comunistas a ditadura Vargas, que foi tão longe a ponto de não questionar a entrega de Olga Benário e outros ao assassino Hitler. A terrível submissão dos partidos Social-Democratas europeus, caudatários das esperanças da calsse trabalhadora, frente ao neo liberalismo na década de 1980 e 1990. Mas contra as ditaduras e contra a submissão ao neo liberalismo, foi a classe trabalhadora brasileira que forjou um partido de novo tipo, o Partido dos trabalhadores. Com a bandeira do PT lutamos contra o estado burocrático stalinista. Apoiamos o Sindicato Solidarnosc(Solidariedade) na Polônia, que nascia nos mesmos dias do PT. Batemos duro na Burocracia soviética, por que sabíamos de seu conteúdo. Em 1989 condemos o “Massacre da Paz Celestial” em Pequim, por que alí havia as marcas da instalação de um outro tipo de ditadura. O PT acertou em cheio. Nesceu do combate da Classe trabalhadora contra a burguesia internacional. Pela bandeira da Soberania dos povos, tivemos que suportar certos desvios, como apoiar Cuba, sob ditadura, e Líbia, sob ditadura. Mas era a bandeira da soberania dos povos. Povos? E eles haviam sido consultados? É bem provável que não.
PT: Instrumento de luta contra a ditadura e comprometido com o Socialismo
 Tanto é que agora, passadas algumas décadas, a voz dos povos submetidos a ditaduras, se faz ouvir. No mundo árabe estão caindo uma a uma, todas as ditaduras, tenham matiz de direita ou de esquerda. Algumas talvez se preservarão. Estas, as que se preservarem. ficarão vermelhas, do sangue dos cidadãos que ousaram contestá-las. E tudo que falta aqueles povos árabes que revolucionam o seu mundo, é a mesma coisa que faltou em todas as outras revoluções: uma direção comprometida com o avanço contínuo das condições sociais e políticas dos povos do mundo todo. A Praça da Paz Celestial foi o marco da instalação de uma nova Ditadura na China. Na praça morrerram milhares. Nunca nos dirão quantos. Na Líbia estão matando. Por causa das redes sociais a gente fica sabendo alguma coisa. ANtes, na china, e menos ainda na União Soviética, não tinha como saber. Agora sabemos. E o PT, como Partido da Classe Trabalhadora Brasileira, soube dizer na resolução do diretório nacional que Apoia os Povos Árabes na sua Luta e é contra qualquer ação intervencionista, militar ou não, do império naquela região. Ótimo. Mas o que fará o PT para auxiliar a Classe trabalhadora dos Países Árabes a construir ferramentas de organização como o próprio PT? O PT não pode cometer o mesmo erro dos partidos Socialistas Europeus, que aos primeiros sinais das grandes guerras, disseram a classe trabalhadora que assumissem postos nas trincheiras de sues países respectivos. A Classe trabalhadora do mundo não pode virar “bucha de canhão” para a próxima guerra. A Classe Trabalhadora, mais capacitada e com melhor formação, por causa das novas tecnologias, só precisa quem lhe dê o rumo. A utopia continua se insinuando no horizonte. Teremos a capacidade de ajudar os povos a alcança-la? Reproduzo abaixo texo da Agência Carta Maior sobre o Líbano. Neste post não falo das óbvias ditaduras comprometidas e forjadas pelo império. Estas combatemos no dia a dia.

Do Luizmuller's Blog