segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quem sabe e quem não sabe o que é trabalho escravo?

Ao ignorar definições que constam no Art. 149 do Código Penal e decisões de instâncias jurídicas como o Tribunal Superior do Trabalho (TST), deputado federal Irajá Abreu dá margem a reparos e indagações
Por Repórter Brasil
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, prevê o confisco da propriedade em que houver mão de obra escrava e aguarda votação na Câmara Federal desde 2004. Ao discorrer sobre a matéria em entrevista ao site Congresso em Foco, o deputado federal Irajá Abreu emitiu opiniões a respeito do trabalho escravo contemporâneo.

Numa das respostas, o jovem e estreante parlamentar que vem a ser filho da senadora e presidenta da Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA) Kátia Abreu e também está de mudança do DEM para o PSD, assim disse:

"Se perguntar para o Ministério do Trabalho, eles não sabem a diferença [entre trabalho escravo, trabalho degradante e trabalho análogo à escravidão]"
Não contente em colocar o discernimento dos servidores da pasta federal em xeque, o parlamentar assumiu por conta própria, no meio da entrevista, a tentativa de estabelecer parâmetros para a suposta tripla distinção.

Ao ignorar tanto as definições que constam no Art. 149 do Código Penal quanto decisões de instâncias como o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o deputado dá margem ao lançamento da seguinte indagação por parte do Blog da Redação da Repórter Brasil: Quem é que não sabe (ou não quer reconhecer) a diferença entre irregularidades trabalhistas e escravidão contemporânea?

Há um mês, o Blog da Redação desafiou outro ruralista - o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) - a apresentar um único exemplo concreto em que houve caracterização de trabalho escravo simplesmente pelo ato de "comer um prato de comida na sombra de uma mangueira". Até o presente momento, não houve resposta do congressista, que ainda não comprovou a sua tese.

Uma década e meia
O Massacre de Eldorado dos Carajás, em que 19 sem-terras foram mortos e outras dezenas acabaram feridos em violenta ofensiva policial, completou 15 anos em 17 de abril. O tema foi tratado em post do Blog da Redação.

Por ocasião da data, as famílias sobreviventes divulgaram um manifesto que condena a impunidade que beneficia os responsáveis pelo trágico episódio ocorrido no ano de 1996. O documento aborda também a consolidação do Assentamento 17 de Abril e a luta pela reforma agrária no Estado do Pará.

Confira mais detalhes clicando no link do Blog da Redação

Ou acesse diretamente www.reporterbrasil.org.br/blogdaredacao

Bancarte traz nomes consagrados da música brasileira à João Pessoa

De 28 de abril a 1º de maio, os bancários vão mostrar que fazem muito mais do que pagamentos, recebimentos e outras operações financeiras. A sétima edição da mostra de arte e cultura Bancarte abre as portas do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba (Seeb), em Tambauzinho, para que o público possa apreciar exposições e shows musicais - em sua maioria, feitos pelos próprios trabalhadores de agências bancárias em todo o estado. A partir das 21h, grandes atrações subirão ao palco do Seeb, como Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Santanna O Cantador e Os Três do Nordeste. A mostra começa às 19h e a entrada é franca.

A abertura do evento contará com a presença do escritor, poeta e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, homenageado do Bancarte 2011, que apresentará uma das suas "aulas-espetáculo", conhecidas por mostrar a riqueza cultural do povo nordestino, em uma apresentação que reúne literatura, música, dança e uma dose de bom humor. "Era um sonho nosso trazer o Ariano, porque achamos que ele sintetiza o imenso valor das artes e da cultura do nosso estado e do Brasil inteiro", ressaltou o presidente do Seeb-PB, Marcos Henriques. Os bancários homenageados desta edição do Bancarte são os poetas Pedro Fernandes, aposentado do Banco do Brasil, e José de Souza, o Souzinha, do Banco do Nordeste (BNB), que receberá uma homenagem póstuma.

Das 19h às 21h, haverá apresentações de grupos folclóricos, com danças populares e folguedos tradicionais. "Estamos fiéis ao compromisso de exaltar a temática da cultura popular. As danças populares constituem em uma farta gama de arte vinda do povo, para o povo", destacou Marcos Henriques.
Na sexta-feira, 29, haverá shows com Santanna O Cantador e Os Três do Nordeste. O trio trará um show especialmente montado para celebrar os 40 anos de carreira do grupo. O show terá a participação dos poetas-cantores Raimundo Nonato e Nonato Costa, conhecidos como Os Nonatos, que também estão comemorando 20 anos de formação da dupla.
O sábado, dia 30, será dedicado ao Festival de Música do Bancarte, um concurso de cantores bancários que também é promovido anualmente. A noite do sábado termina com os shows de Nando Cordel e Geraldo Azevedo no ginásio de esportes do Sindicato. Ambos tiveram novos CDs lançados no ano passado.
  O último dia do Bancarte será dedicado às crianças. Não casualmente marcado para o Dia do Trabalhador, o público terá uma programação lúdica, com espetáculos teatrais, oficinas, jogos e brincadeiras durante todo o dia. "Esta fórmula fez sucesso no ano passado, e por isso decidimos repetir a dose", ressalta Marcos Henriques.
Fonte: O NORTE ON LINE