O Brasil está cumprindo fielmente suas metas de diminuir as  desigualdades e resgatar a imensa dívida social existente há séculos. Em  oito anos quase 40 milhões de irmãos nossos deixaram a pobreza para  ingressar na classe média, adquirir bens, ter alimentação em maior  quantidade e de melhor qualidade, exercer com mais plenitude sua  cidadania, ter saúde e educação. Ainda há muito por fazer e a tarefa de  complementar o trabalho iniciado nos dois mandatos vitoriosos do  presidente Lula poderia parecer impossível ou hercúlea, de execução  quase impossível, se no comando da Nação não estivesse, não por acaso, a  competente executiva que foi o braço-direito e a principal companheira  do Estadista que mudou os rumos de nossa história na última década:  Dilma Rousseff.
Não tem surpreendido a forma decidida e competente como a  segunda etapa do governo do PT está ordenando a grande mudança, a  verdadeira revolução silenciosa e pacífica, a sacudida nas estruturas de  nossa sociedade após a década perdida sob a égide dos tucanos. O Brasil  é a sétima economia mundial, recuperou seu prestígio internacional,  firmou parcerias fortes e conquistou nichos de mercado gigantescos  nos  cinco continentes, é ouvido e acatado nos principais foros de decisão e  assumiu um papel de protagonista no cenário do mundo novo que surge no  raiar do século XXI. A imagem da derrota, da quebradeira, do “yes,  Mister” dos anos 90 ao FMI é coisa de um passado longínquo e tristonho.  Não devemos esquecê-lo, sob pena de repeti-lo. Mas nossos faróis apontam  o rumo do futuro  e iluminam a competitividade, a conquista pela  qualidade, a ocupação dos espaços pela simples menção da marca mágica:  “Made in Brazil”. O merecido sucesso de nosso agronegócio é a maior  prova disso. Não há mais tempo para lamúrias, só para trabalho e  vitórias.
Ao anunciar o plano “Brasil Maior”, com a finalidade  específica de estimular a competitividade da indústria brasileira, o  governo da presidenta Dilma Rousseff busca apoiar decisivamente nossos  exportadores num momento expecionalmente singular. Com nossa moeda  fortíssima diante de um dólar baixo, a indústria brasileira irá contar  com uma série de incentivos para a exportação, readquirindo as mesmas  condições de antes da crise econômica que assola os Estados Unidos e  grande parte da Europa. É um plano realista e pragmático. Que tem o  condão tanto de mostrar a sensibilidade de nosso governo para com os  percalços enfrentados pela iniciativa privada quanto nos diferencia dos  governos do PSDB, eternos e rigorosos cobradores de impostos, taxas e  tributos, que jamais moveram uma palha em favor dos produtores de nosso  país, visando sempre e apenas o aumento da arrecadação custando o que  custasse, mesmo que, ao final, importantes setores de nossa economia –  como os exportadores, por exemplo – pagassem o alto preço do  endividamento ou mesmo do definitivo insucesso empresarial. Mas,  felizmente, os tempos são outros e o Brasil mudou para muito melhor.
No “Plano Brasil Melhor” há significativa desoneração de  tributos, como a manutenção do IPI baixo sobre o material de construção,  favorecendo, também a grande massa dos brasileiros que estão  construindo, pretende construir ou fazer reformas em suas casas; bens de  capital (máquinas e equipamentos para a produção industrial), além de  caminhões e veículos comerciais leves, incentivando tanto a indústria  automobilística, quanto toda a imensa cadeia de produção existente em  função dela, com milhares de empresas fornecedoras e que empregam  milhões de brasileiros direta e indiretamente.
Outra decisão da presidenta Dilma e que atende a esse momento  particularíssimo vivido pela indústria nacional é a recuperação de  créditos tributários das empresas e a impostergável desoneração das  folhas de pagamentos. São vários os setores os contemplados com a  oportuna medida: artefatos, calçados, móveis e confecções. O próximo  setor será o da tecnologia da informação (TI), os nossos fabricantes de  softwares, cujo avanço nos mercados nacional e internacional e a  excelência de seus produtos os converteram hoje em segmento de imensa  representatividade em nossa balança comercial e em toda a economia do  país. O alcance social e econômico dessa medida terá proporções  imediatas e atingirá centenas de milhares de micros, pequenas, médias e  grandes empresas, indistintamente, favorecendo empresários,  trabalhadores e consumidores. Ganha o Brasil e ganham os brasileiros.
O PSI (Programa de Sustentação de Investimentos),  operacionalizado pelo BNDES, será mantido e terá até o final de 2012 o  montante de R$ 75 bilhões em linhas de crédito, com juros baixos e  subsidiados, para que os empreendedores possam investir e incrementar a  produção. Programas como o “Pro-Caminhoneiro” recebem pesados  investimentos advindos do PSI e continuarão sendo atendidos pela imensa  importância que adquiriram para o desenvolvimento nacional, e novos  setores e programas foram agregados, como o de componentes e serviços  técnicos especializados, ônibus híbridos, o “Pro-Engenharia”, o  “Pro-Aeronáutica”, “Profarma”, “Proplástico”, “Prosoft” e diversos  outros.
É uma demonstração da aguda sensibilidade social e da atenção  dispensada pelo governo do PT aos setores produtivos, estendendo a mão  aos que geram empregos e riqueza, movimentam nossa balança comercial,  giram nossa economia e constroem o país forte e poderoso que hoje  desperta admiração e respeito em todo o mundo.
Há medidas importantíssimas em diversas áreas, que vão desde  novas condições de financiamento pelo BNDES com observância à novos  marcos legais, de apoio ao desenvolvimento e à comercialização de  produtos sustentáveis, ecologicamente corretos e para linhas de  equipamentos dedicados à redução de gases de efeito estufa (Fundo Clima –  MMA), até mecanismos que desoneram e descomplicam nosso processo de  financiamento às exportações.
O Brasil está antenado no mundo, ligado ao seu tempo,  cumprindo o seu papel e sabendo muito bem o que quer e como atingir seus  objetivos. É que o mundo está, também, observando os passos desse  país-continente, que depois de vencer a chaga da pobreza e despertar do  sono letárgico de um subdesenvolvimento persistente e lamentável,  entregou nas mãos firmes de um líder operário e Estadista clarividente a  missão de reerguê-lo. Agora a primeira mulher a nos governar enfrenta  com notável competência o desafio que lhe cabe: manter as conquistas  sociais e econômicas, ampliá-las e consolidar o processo de crescimento  do Brasil Maior, vencedor e democrático, que todos amamos.
(*) Delúbio Soares é professor
www.delubio.com.br
www.twitter.com/delubiosoares
companheirodelubio@gmail.com
 





 
 
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