A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara do Distrito Federal, autorizou a liberação dos possíveis restos mortais de desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia para serem identificados por laboratório contratado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. As ossadas estão guardadas na Universidade de Brasília (UnB). Organizada por militantes do PCdoB no início da década de 70, a guerrilha é considerada o maior movimento de resistência armada à ditadura militar.
A juíza Solange Salgado é a mesma que autorizou escavações no Cemitério de Xambioá (TO) realizadas no final de agosto pelo Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), criado em 2009, para localizar restos mortais de guerrilheiros do Araguaia em cemitérios clandestinos na região.Segundo a Agência UnB, os quatro conjuntos de restos mortais, guardados sob forte vigilância em urnas individuais, foram encontrados pelo GTT. Os restos estão sob a responsabilidade do professor do Departamento de Patologia, Malthus Fonseca Galvão, no Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Para fazer a nova identificação dos ossos será empregada um técnica conhecida como SNP. O professor Malthus Galvão diz que essa tecnologia tem maior probilidade de sucesso em materiais que sofreram muita deterioração. “Seja em função do contato com a umidade ou com a terra há degradação do DNA”, explicou.
Dos desaparecidos da guerrilha, somente dois guerrilheiros foram identificados: Bergson Gurjão Farias e Maria Lúcia Petit.
De Brasília,
Iram Alfaia com informação da Agência UnB
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