"Os movimentos sociais brasileiros consideram o   presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, persona non grata no   Brasil e rechaçam a sua presença em nosso país. O  atual mandatário dos  Estados Unidos mantém a orientação belicista de  ocupar países e agredir  povos em nome da 'luta ao terrorismo', afirma nota dos movimentos  sociais, assinada pelo MST.
A Coordenação dos Movimentos  Sociais (CMS), UNE,  CUT, Conlutas, Intersindical, CTB, CEBRAPAZ, Sindipetro-RJ e a Campanha   O Petróleo Tem que Ser Nosso também assinam o documento.
Nesta quarta-feira, às 18h, acontece a plenária  Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama,  na sede do  Sindipetro-RJ, que fica Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes.
Abaixo, leia o manifesto dos movimentos sociais.
Obama é persona non grata no Brasil
Os movimentos sociais brasileiros consideram o   presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, persona non grata no   Brasil e rechaçam a sua presença em nosso país.
O  atual mandatário dos Estados Unidos mantém a  orientação belicista de  ocupar países e agredir povos em nome da “luta  ao terrorismo”. Obama tem  reiterado  que o objetivo fundamental do seu  governo no setor externo é  reafirmação da hegemonia estadunidense no  mundo, inclusive na área  militar.
Dizemos que Obama é persona non grata no  Brasil  porque, como latino-americanos, sabemos que a política dos  Estados  Unidos para a América Latina não mudou em nada.  Não aceitamos a   manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela, a   Nicarágua, a Bolívia e o Equador.
O governo Obama  apoiou o golpe militar em Honduras,  que retirou do poder o presidente  legitimo Manuel Zelaya, e mantém o  apoio ao atual governo de fato, que é  denunciado por inúmeras violações  aos direitos humanos. Como recompensa  pelo apoio às forças golpistas,  os EUA instalaram duas novas bases  militares neste país.
Temos acompanhado a  ampliação da presença militar  dos EUA na região, tanto as iniciativas  dirigidas a instalar novas  bases militares na Colômbia, quanto a  movimentação de tropas na Costa  Rica e no Panamá.
A disputa pelo  petróleo está no centro das guerras  promovidas pelo imperialismo  estadunidense. No caso do Brasil, logo  após a descoberta de petróleo nas  águas do Atlântico Sul, reativaram a  chamada Quarta Frota de sua  marinha de guerra e falam ainda em deslocar  para estas pacificas águas,  os navios de guerra da OTAN. As imensas  reservas do pré-sal, estimadas  em pelo menos 10 trilhões de dólares,  atraem a cobiça dos EUA. Com  certeza, o ouro negro brasileiro é uma das  maiores motivações da vinda  do presidente estadunidense ao nosso país.
Obama  também liderou a Organização do Tratado do  Atlântico Norte que consagrou  um “novo conceito estratégico” a partir  do qual se arroga o direito de  intervir militarmente em qualquer região  do planeta. Os Estados Unidos  nunca abriram mão de dominar nossos  países e continuam considerando  nosso continente como sua área de  influência.
Os  EUA sob a presidência de Barack Obama falam em  Direitos Humanos, mas  mantém os cinco heróis cubanos presos  injustamente, e reafirmam o apoio à  política genocida do Estado  sionista israelense contra o povo  palestino. Sob Barack Obama, os  Estados Unidos mantiveram a presença das  tropas de ocupação no Iraque e  no Afeganistão, e desde este país  bombardeiam o Paquistão. Só nessas  guerras já foram mortos dezenas de  milhares de civis e inocentes. Sob o  seu governo os EUA ameaçam países  soberanos como o Irã, a Síria e a  Coréia do Norte, e continuam em pleno  funcionamento o centro de  detenções e torturas de Guantánamo, mantida em  território cubano de  forma ilegal e contra a vontade deste povo.
Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados   Unidos e seus aliados, principalmente os europeus, preparam-se, sob   falsos pretextos, para perpetrar novas intervenções militares. Agora, no   norte da África, onde, com vistas a assegurar o domínio sobre o   petróleo, adotam a opção militar como a estratégia principal. Os Estados   Unidos querem arrastar as Nações Unidas para sua aventura, numa jogada   em que pretende na verdade instrumentalizar a organização mundial e  dar  ares de multilateralismo à sua ação militarista e imperial.
No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará  visitando o  Brasil, acontecerão manifestações em todo o mundo  convocadas pela  Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais realizada  durante o Fórum  Social Mundial de Dacar, Senegal. O
dia de mobilização global foi  convocado para afirmar  a “defesa da democracia, o apoio e a  solidariedade ativa aos povos da  Tunísia e do Egito e do mundo árabe que  estão iluminando o caminho para  outro mundo, livre da opressão e  exploração”.
O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a   multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade   com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e   saharauí. O mundo não pode tolerar uma nova guerra, agora, na Líbia!
É nesse contexto que convocamos a Plenária Unificada   dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama, espaço onde os   movimentos sociais de todo o país construiremos uma grande manifestação   de repúdio à presença de Obama no Brasil com destaque para a ação que   será organizada no Rio de Janeiro no dia 20 de março.
A Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a   vinda do Obama será realizada na próxima quarta-feira (16/03), às 18h,   na sede do Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes).
Abaixo o imperialismo estadunidense!
Assinam esta convocatória:Campanha  O Petróleo Tem que Ser NossoAbaixo o imperialismo estadunidense!
CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais
Plenária dos Movimentos Sociais - RJ
UNE
MST
CUT
CSP-Conlutas
Intersindical
CTB
CEBRAPAZ
Sindipetro-RJ
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