Em evento com a comunidade árabe, no Clube Monte Líbano, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os ataques à Líbia. “Quero dizer que sou solidário à posição do Brasil, que se absteve na ONU (Organização das Nações Unidas) contra as invasões”. Para ele, a aprovação dos bombardeios se deve ao “enfraquecimento da ONU”.
- Em vez de mandar avião, o secretário da ONU deveria ir lá para conversar – criticou, numa alusão indireta ao ditador líbio Muammar Kadafi.
Lula recebeu uma homenagem da Fundação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), que destacou a aproximação do País com o mundo árabe nos últimos oito anos. O líder petista comentou a visita do presidente norte-americano Barack Obama e ironizou os detratores de seu governo, citando “os rasgados elogios” de Obama à inclusão social no Brasil.
- Possivelmente agora… alguns que passaram dez anos me criticando passem a falar bem.
Irônico, o petista avaliou os afagos recebidos pela presidente Dilma Rousseff nos primeiros dias de governo.
- Acho simplesmente extraordinário e hilariante. Durante oito anos, alguns adversários tentavam vender que éramos a continuidade do governo anterior. Agora que elegemos alguém para dar continuidade, dizem que é diferente… – atacou, diante de uma platéia de embaixadores árabes.
Na cerimônia, houve um minuto de silêncio para as vítimas dos desastres naturais no Japão e, genericamente, para as “vítimas civis”, uma referência indireta aos mortos nos bombardeios na Líbia. Nesse momento, Lula também se levantou, em solidariedade.
Terra Magazine
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