A presidenta Dilma Rousseff se aproxima cada vez mais dos trabalhadores, tanto que recebe nesta sexta-feira (11) os representantes das centrais sindicais. Na pauta dos sindicalistas, temas como redução da jornada, convenção da OIT e o trabalho no setor público deverão ser abordados.
A portaria do Ministério do Planejamento que obriga as empresas estatais a nomear um representante dos funcionários para seus conselhos de administração será assinada nesta sexta-feira, pela ministra Míriam Belchior, em cerimônia no Palácio do Planalto. O evento terá a presença da presidenta Dilma Rousseff e de representantes das centrais sindicais, que se reúnem após a assinatura do decreto para debater pautas relativas aos trabalhadores.
O presidente interino da CUT, José Lopez Feijóo, disse ao Portal do PT, que essa é uma antiga reinvindicação da categoria, que se arrasta desde a década de 90. “Isso democratiza. Porque os trabalhadores passam a contar com um representante seu nos conselhos das empresas. Portanto, isso significa a possibilidade concreta de quando as empresas planejam a sua vida levar em consideração as demandas de trabalhadores e trabalhadoras”, justifica Feijóo.
Com o decreto, todas as empresas estatais, públicas e de economia mista ligadas à União, com mais de 200 empregados, terão de se adequar à lei. Empresas ligadas a governos estaduais e municipais não são atingidas pela norma.
Na avaliação de Feijóo a assinatura da portaria é uma vitória. Mas a expectativa da CUT é acertar temas pendentes, e estabelecer diálogo permanente com o governo federal, para que assuntos de interesses dos trabalhadores sejam discutidos com antecedência para chegar a acordos. “Há aqui pontos que precisamos dialogar a respeito. Um processo, um canal de diálogo permanente é fundamental pra que a gente possa expressar os diálogos e a continuidade desta pauta”.
Para Feijóo alguns temas são prioritários e devem ser discutidos na reunião como a redução da jornada de trabalho, a Convenção 185 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissão imotivada e a que estabelece o direito de negociação de trabalhadores do setor público. “Nós temos uma pauta relativamente extensa que certamente não será resolvida nesta reunião, mas que apontará digamos assim, aquilo que será o centro do debate para a CUT”. (Julita Kissa – Portal do PT)
Nenhum comentário:
Postar um comentário