Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil
Brasília - Símbolo dos mais representativos da pintura modernista brasileira, o quadro Abaporu  deverá ficar no Brasil cerca de dois meses. A presidenta Dilma Rousseff  está pessoalmente empenhada nas negociações para que a obra de Tarsila  do Amaral faça parte da exposição comemorativa do mês da mulher.
O  quadro pertence ao colecionador argentino Eduardo Costantini desde  1995, quando foi arrematado em um leilão, em Nova York, por US$ 1,5  milhão. De acordo com fontes do Planalto, as conversas estão bem  encaminhadas para que o Abaporu, atualmente exposto no Museu de  Arte Latino-Americano de Buenos Aires (Malba), seja emprestado ao  governo brasileiro para fazer parte da mostra que será montada no  segundo andar do Palácio do Planalto, a partir da segunda quinzena de  março.
Símbolo máximo da antropofagia brasileira, o nome Abaporu  significa em Tupi, “homem que come gente”, uma referência à proposta  modernista de “deglutir” a cultura estrangeira, fazendo uma releitura  com base na realidade brasileira. O quadro foi pintado em óleo sobre tela em 1928. A pintora Tarsila do Amaral presenteou o Abaporu ao seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade.
A  exposição em homenagem à mulher deve reunir cerca de 50 obras de  mulheres brasileiras em uma exposição aberta ao público. A Fundação  Armando Alvares Penteado (Faap) é a responsável pela curadoria e já está  fazendo o trabalho de reunir as peças, entre esculturas e pinturas.
Muitas  das obras que serão expostas fazem parte dos acervos de órgãos  públicos, principalmente do próprio Palácio do Planalto, do Palácio do  Itamaraty e do Banco Central. A Faap também é responsável pelo  transporte de todo material até Brasília.
Além do Abaporu,  também serão expostos quadros de Djanira e Anita Malfatti e esculturas  de Maria Martins. A mostra vai reunir ainda as obras de uma geração mais  recente de artistas brasileiras com reconhecimento internacional como  Beatriz Milhazes e Adriana Varejão.
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