Insatisfeitos  com as obras de urbanização da favela do Real Parque (zona oeste de São  Paulo), moradores da elite paulistana de nove condomínios de alto padrão  da região acionaram o Ministério Público para que a construção de  moradias populares executada pela prefeitura seja paralisada.
Em documento entregue ao  Ministério Público no início deste mês, os moradores de condomínios de  luxo alegaram que as obras da prefeitura começaram sem a conclusão de  estudos de impacto ambiental e de trânsito na região por causa do núcleo  habitacional.
Além disso, eles reclamam que a  Secretaria Municipal de Habitação alterou o projeto inicial e ampliou a  área ocupada hoje pela favela em 40% -ficou 14.524 m2 maior, dizem.
Atualmente, a favela do Real  Parque tem cerca de 6.000 moradores. O objetivo da prefeitura é que  todos eles passem a ocupar os 1.135 imóveis que estão sendo construídos  no bairro.
A obra, que começou em outubro  do ano passado, está orçada R$ 140,8 milhões. A previsão é que seja  concluída em abril de 2013, segundo a prefeitura.
O secretário de Habitação,  Ricardo Pereira Leite, disse à coluna Mônica Bergamo que a política de  habitação "não é de higienização, aquela de levar os moradores das  favelas para a periferia".
Diante das reclamações,  moradores da favela dizem que estão sendo discriminados e que já  chegaram a ouvir pedidos de que as lavanderias dos apartamentos não  fiquem de frente para os vizinhos de luxo.
"Eles acham que somos menos do  que eles, por isso não nos querem como vizinhos", afirmou a dona de casa  Josefa Alves, 38, que há 20 anos vive na região.
"Convivo com eles há 15 anos. O  problema é como a prefeitura tem conduzido a discussão" , disse o  administrador Luiz Neto, morador de um dos prédios de luxo.
"O projeto não está bom nem para  nós nem para eles", acrescentou Neto, que disse ter sido avisado das  mudanças no projeto original por umafuncionária de sua casa que mora na  favela.O Ministério Público informou que ainda está analisando a  documentação apresentada pelos condomínios.Informações da Folha
2 comentários:
Quem defende essa idéia deveria MORAR ao lado de uma favela: eu moro do lado da favela da Alba e da Espraiada - e, pior, no trajeto deles para a escola. Eles passam ATIRANDO PEDRAS em minhas janelas, do tamanho de um punho, na tentativa de acertar meus gatos; como não conseguiram matar nenhum ainda, agora jogam MORTEIROS (não bombinhas) na porta da minha casa. Meu carro, novinho, foi riscado de uma ponta à outra. Lixo? SÓ na hora em que o caminhão passa; caso contrário, eles RASGAM OS SACOS e despejam todo o lixo no meio da rua. De dia, moleques e adolescentes, a noite, ADULTOS DE 40 ANOS, como já TESTEMUNHEI. Pobreza NÃO É condição social, é pobreza de espírito. Vá morar do lado de uma favela, antes de defender a idéia de tê-los misturado entre pessoas que tem EDUCAÇÃO E RESPEITO.
Seria ótimo, não tenho qualquer problema com a idéia, desde que eles se dispusessem a trabalhar e levar uma vida social decente. Mas não querem. As 'bolsas' de toda espécie os tornou acomodados e sustentados pelo Governo, e não se consegue mais um traalhador para serviços básicos. Mulheres das favelas próximas passeiam o dia todo pelas ruas, estou à procura de uma doméstica há 3 anos, morando ao lado de 3 favelas. Bolsas e auxílio do Gioverno deveria ser dados a TRABALHADORES, com carteira REGISTRADA, como auxílio e complemento de renda, e não para qq um que gere filhos. Tal 'benefício' promove a vadiagem, e não beneficia em nada a sociedade. O que o Governo não dá eles obtém pondo os filhos que geraram nos faróis pedindo esmolas ou vendendo balas.
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