O jornal capricha ao criticar os governos Lula e do PT hoje em nada  menos que duas notas - há outras, mas vou me limitar a comentar duas.  A  primeira, registrando o que todos os veículos da mídia publicam ou  veiculam hoje - que a arrecadação federal da União aumentou 10% no ano  passado.
A Folha Online inclusive dava assim ontem - noticiava o  aumento. Pois hoje o Folhão enviezou a história e achou um jeito de  editorializar a notícia publicando-a com este título: "Era Lula chega ao fim com recorde de arrecadação".
Ora,  a arrecadação aumentou porque a economia cresceu - e arrecadou-se a  mais sem aumentar alíquota de impostos e sem criar novos. Essa é a forma  sadia de ampliar a receita. Nem precisa mesmo aumentar ou criar porque a  médio prazo, com o crescimento do PIB diminui percentualmente a carga  tributária.
Nada disso elimina o fato de que precisamos fazer uma  reforma tributária - começando pelo ICMS - e melhorar a gestão e os  gastos públicos, aplicando mais e melhor os recursos arrecadados. Aliás,  por obra e graça da oposição, o governo perdeu desde a virada 2007/2008  nada menos que R$ 40 bi/ano que arrecadava com a CPMF para a Saúde. Já  que trata da arrecadação, a Folha lembra isso hoje? Nenhuma palavra.  Haja paciência!
Outra do Folhão
O jornal  continua com raiva porque o governo Lula democratizou a distribuição das  verbas oficiais na mídia. Por isso hoje usa um de seus espaços mais  lidos, o Painel político, para protestar contra o fato de que a era Lula  começou em 2003 com publicidade dada a 499 grandes veículos de  comunicação e terminou em 2010 com a distribuição feita entre 8.094 de  todo o país.
Conclusões: a dor de cotovelo da Folha não tem  limites e ela quer continuar com o monopólio (só entre grandes veículos)  da publicidade do governo.
Mas, pela lei das compensações, a  Folha dedica um de seus principais editoriais da pg 2 desta 6ª feira à  defesa da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), já em  tramitação no Congresso que estabelece um Conselho para fiscalizar os  tribunais de contas da União, Estados e municípios,  hoje soltos,  absolutos, sem nenhum órgão a fiscalizá-los.
O colegiado proposto  por essa PEC funcionaria nos moldes do do Conselho Nacional de Justiça,  que fiscaliza o Judiciário. Fecho com o jornal, o Brasil precisa mesmo  aprovar essa PEC. Com a palavra os presidentes do Congresso Nacional e  do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), da Câmara, deputado Marcos  Maia (PT-RS) e os líderes partidários que participam da montagem da  pauta das Casas. Vamos aprovar o quanto antes.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Duas da Folha hoje. E mais uma, muito boa
Blog do Zé Dirceu
     Publicado em 21-Jan-2011
                                Eu apoio a PEC de fiscalização dos tribunais de contas...  
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