No terceiro post da série “Relações Exteriores”, o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidenta da República, Marco Aurélio Garcia, falou sobre a III Reunião de Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e de Países Árabes (Aspa), que será realizada no próximo dia 16/2, em Lima/Peru, e sobre a questão nuclear do Irã. Para ver os outros posts da série clique no selinho ao lado.
Num momento em que o Egito enfrenta grave crise política interna e que a Tunísia sofreu intensas mudanças em seu governo, a Aspa será uma oportunidade – disse Marco Aurélio – para os países sul-americanos e árabes estreitarem a aproximação já iniciada em um processo “irreversível”. Na opinião do assessor da presidenta, se a dinâmica de democratização no mundo árabe continuar ganhando corpo e se aprofundar, as condições de interlocução com a América do Sul, em especial com o Brasil, serão facilitadas.
“Nós esperamos evidentemente que, até a realização da Aspa, muitas dessas situações já estejam resolvidas, cristalizadas, de tal maneira que garanta, entre outras coisas, uma presença mais expressiva de dirigentes árabes”, afirmou.
“É importante dizer que não houve uma preocupação do Brasil de estabelecer uma aliança privilegiada com o Irã. Nós temos relações com o Irã como nós temos com outros países do mundo, e naquele momento nós entendíamos que o tema da nuclearização para fins pacíficos ou não do Irã era um tema que tinha uma reverberação muito importante sobre a paz mundial (…). Os resultados não foram tanto na direção que nós gostaríamos que fossem, mas a política nem sempre produz resultados imediatos”, explicou.Marco Aurélio lembrou, ainda, que apesar de o Brasil não ter sido favorável às medidas internacionais aplicadas ao Irã pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, já que “sanções não fortalecem a paz, pelo contrário, elas dificultam o relacionamento”, seguirá as orientações do Conselho da ONU, mesmo tendo votado contra elas.
Blog do Planalto
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