Somente em 2010 foram R$ 37,4 bilhões destinados ao programa do governo federal, beneficiando 639.983 famílias. Do total de moradias contratadas, 936.508 contaram com a intervenção direta do banco estatal, com investimento de R$ 51,31 bilhões. Entre as unidades financiadas no ano passado, desconsiderados os consórcios, repasses e o programa Pró-Moradia, 59% foram destinadas a pessoas na faixa de renda de até seis salários mínimos, onde se encontra o maior déficit habitacional.
O Minha Casa, Minha Vida 2 foi lançado em dezembro de 2010 e tem a meta de construção de 2 milhões de unidades habitacionais até 2014. Uma mudança em relação à primeira versão é que agora o governo pode construir casas e apartamentos em áreas que ainda estão em fase de desapropriação. Esse era um empecilho para construir imóveis em favelas, onde se concentra boa parte do público-alvo do programa. No MCMV-2 a meta para construção de imóveis para famílias de baixíssima renda (até três salários mínimos), que terão direito a subsídio integral do governo, é de 1,2 milhão ante 400 mil unidades na primeira versão do programa.
Outra mudança – divulgada na semana passada – refere-se ao valor máximo dos imóveis financiados pelo programa, que passa a variar de 80 mil a 170 mil, dependendo da localidade. Para mais informações, clique aqui.
Recorde em habitação - A Caixa realizou, em 2010, o maior investimento habitacional de sua história, com o volume de R$ 77,8 bilhões, o que representa 1.231.250 financiamentos e corresponde a 70% de todo o crédito imobiliário do mercado. Esse montante é 57,2% superior ao contabilizado em 2009. O resultado de 2010 é ainda 1,435% maior do que o registrado em 2003, de R$ 5 bilhões, número alcançado principalmente em função do Minha Casa, Minha Vida.
Do valor total de financiamentos, R$ 27,7 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE), responsáveis por 203.931 unidades habitacionais, e R$ 31 bilhões com linhas que utilizam o FGTS, que totalizaram 389.675 moradias. Além disso, foram destinados R$ 6,3 bilhões para subsídios e R$ 10,7 bilhões para arrendamentos residenciais. O restante do valor foi direcionado para consórcio imobiliário, Pró-Moradia e repasse. A carteira habitacional superou uma marca histórica, com R$ 108,3 bilhões de saldo, uma evolução de 53,6% em relação aos R$ 70,5 bilhões registrados em dezembro de 2009.
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