sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

“A força do PT está no anonimato”, diz Lula

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Com discurso acalorado e cheio de emoção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recontou os 31 anos de luta do Partido dos Trabalhadores, em evento de comemoração ao aniversário do PT. Ao lado da militância petista, prestigiei, em Brasília, o encontro que oficializou a recondução de Lula ao posto de presidente de honra do partido.

Na plateia, mais de 400 pessoas se aglomeraram para conseguir tirar fotos, mandar mensagens de carinho, presentes ou simplesmente chegar o mais perto possível do presidente com o maior índice de aprovação na história do Brasil. Na mesa, ex-presidentes do partido, entre eles o meu pai, dirigentes, lideranças no parlamento, governadores e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, representando todos os 520 prefeitos petistas.

Com a atenção e admiração de quem ouve um antigo amigo em momento de nostalgia, o público, que por mais de 20 minutos parou para escutar o ex-presidente, recebeu com riso, emoção e muitos aplausos o relato simples e fiel sobre o início, os percalços e o fortalecimento do partido com a maior representatividade política do País.

Lula começou sua fala pedindo para que cada pessoa, com os olhos fechados, refletisse como seria o Brasil sem o PT. O presidente de honra considerou que seria um vazio político. “O que seriam dos movimentos sociais se não houvesse o PT”, questionou.

 Lembrou da primeira vez que mencionaram seu nome como candidato à Presidência da República, um ano antes da eleição de 89. “Como eu poderia ser candidato a presidente? Eu mesmo tinha preconceito, havia sido preparado a vida inteira para não ser muita coisa na vida”.

“E hoje estamos criando uma nova escola de governança, onde os pobres podem andar de avião e comprar carro novo”, disse Lula, avisando aos prefeitos de todas as cidades, petistas ou não, que se preparem para mais congestionamentos: “alarguem as ruas que o pobre vem aí, cada vez mais participativo”.

Em um dos momentos de mais comoção, Lula reafirmou o compromisso do PT de ampliar benfeitorias para todos os milhões de brasileiros, pobres e ricos. “A força desse partido está no anonimato, em milhões de brasileiros que nem sabemos o nome, mas eles sabem que tem um partido que é deles”, ressaltou o ex-presidente.

Bolo

Logo após o discurso do Lula, a presidenta Dilma Roussef chegou ao evento. Dilma puxou o coro do “Parabéns a você”, cantado por todos que lotaram o teatro do Sindicato dos Bancários de Brasília. A presidenta, muito assediada pelo público, também ajudou a ex-primeira dama Marisa Letícia a cortar o bolo comemorativo.

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