quinta-feira, 3 de março de 2011

PIB brasileiro tem crescimento de 7,5% e registra a maior alta dos últimos 25 anos

A economia brasileira fechou o ano de 2010 com crescimento de 7,5%, registrando Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 3,675 trilhões, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (3/3). Essa foi a maior alta registrada nos últimos 25 anos e demonstra que o Brasil superou os efeitos da crise financeira internacional.
Segundo o IBGE, a variação de 7,5% é resultado do crescimento de 6,7% no valor adicionado e 12,5% nos impostos. Nessa comparação, a agropecuária (6,5%), a indústria (10,1%) e os serviços (5,4%) cresceram. O Instituto apontou, ainda, que entre 2001 e 2010, o crescimento anual médio foi de 3,6%, acima do registrado na década anterior – entre 1991 e 2000 –, quando o PIB a preços de mercado cresceu, em média, 2,6%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2009, o PIB cresceu 5,0%, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 4,2%, e os impostos sobre produtos, 10,1%. Dentre as atividades econômicas, destacaram-se os serviços (4,6%) e a indústria (4,3%). A agropecuária (1,1%) também registrou crescimento. Já em comparação ao terceiro trimestre de 2010, o PIB do quarto trimestre do ano passado cresceu 0,7%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Os serviços registraram aumento (1,0%), enquanto indústria (-0,3%) e agropecuária (-0,8%) caíram.
Já o PIB per capita ficou em R$ 19.016, apresentando uma alta de 6,5% em relação a 2009, quando era de R$ 16.634. Na década encerrada em 2010, o PIB per capita registrou crescimento anual médio de 2,4%, acima da média dos anos 90, quando cresceu, em média, 1,1% ao ano. O PIB per capita é a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano.

Na comparação com 2009, destaque para serviços

Dentre as atividades que contribuíram para o crescimento de 5,0% na comparação do quarto trimestre de 2010 com o quarto trimestre de 2009 destaca-se o crescimento dos serviços (4,6%). O aumento de volume do Valor Adicionado da Indústria desacelerou, passando para 4,3%. A agropecuária, por sua vez, apresentou elevação de 1,1%.
A taxa da agropecuária (1,1%) pode ser explicada pelo aumento da produtividade e pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no trimestre, como por exemplo, cana (5,7%), trigo (20,1%) e laranja (4,1%), de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA.
Na atividade industrial (4,3%), as maiores expansões ocorreram na extrativa mineral (14,8%) e na construção civil (6,2%). Houve um aumento de 5,1% em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, seguida pela Indústria de transformação (2,4%). O resultado da Indústria da transformação foi influenciado, principalmente, pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; produtos de metal; minerais não metálicos e indústria automotiva.
Entre os serviços (4,6%), todas as atividades que o compõem registraram crescimento, com destaque para Intermediação financeira e seguros, com crescimento de 11,4%, comércio (atacadista e varejista), com expansão de 7,5%, e transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros), que aumentou 5,3%. As demais variações foram: serviços de informação, 4,8%; outros serviços, 3,7%; serviços imobiliários e aluguel, 1,9%; e administração, saúde e educação pública, 1,5%.
Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias cresceu 7,5%, a 29ª variação positiva seguida nessa base de comparação, influenciada pelo aumento da massa salarial real e do crédito para as pessoas físicas. A despesa de consumo da administração pública cresceu 1,2% e a formação bruta de capital fixo aumentou 12,3%.
As exportações e as importações de bens e serviços apresentaram crescimento de 13,5% e 27,2%, respectivamente, no quarto trimestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009.

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