O fato da Comissão constituída na Câmara não ter sequer se reunido, e da instalada no Senado estar tomando deliberações na contramão dos anseios nacionais (vejam nota abaixo), confere maior importância, ainda, a comissão especial constituída pela direção nacional do PT (Executiva) para fazer avançar a reforma política.
Afinal, agora temos uma Comissão formada por membros da direção nacional e da bancada do partido - o PT - que como eu tenho dito sempre aqui, por ser o mais votado há três eleições sucessivas no país, ter a maior bancada na Câmara, a presidenta da República e postos centrais no governo, tem o dever de liderar e comandar a reforma política.
A comissão petista, criada ontem com o objetivo de articular, mobilizar e negociar a reforma política prioritária para o PT e para o governo Dilma, - como a própria presidenta já manifestou reiteradas vezes - nasce com dois objetivos importantes, que transcendem seus contatos bilaterais com os partidos: lutar contra a instituição do Distritão e trazer o ex-presidente Lula para participar da campanha pela reforma.
Por aí, é praticamente certo - vamos torcer! - que a reforma política retome seus pontos centrais: o fim da coligação proporcional, a instituição do voto em lista, o financiamento público das campanhas eleitorais e a fidelidade partidária absoluta, sem janelas, sem postergação de vigência de cláusulas, sem mediações - imediata. Saiu do partido, perde o mandato e fica quatro anos inelegível.
Saiu do partido, a escolha é do cidadão eleito, do detentor do mandato. Que arque com as conseqüências.
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