Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil 
  Brasília – O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, cobrou hoje  (28) dos empresários brasileiros mais interesse em vender para os  chineses. Xiaoqi indicou ainda que o governo chinês não pretende mexer  na política cambial alterando o sistema de valorização da sua moeda, o  yuan. Para os empresários brasileiros, a manutenção da cotação do yuan  prejudica os investimentos do Brasil na China.
  Porém, o embaixador evitou mencionar a tensão provocada por este  aspecto nas relações comerciais entre brasileiros e estrangeiros. Xiaoqi  disse que a visita da presidenta Dilma Rousseff, no próximo mês, será  um marco nas relações econômicas e comerciais entre os dois países.  Atualmente o comércio bilateral gera um superávit de cerca de US$ 5  bilhões em favor do Brasil.
  “A indústria brasileira tem muita competitividade. Não estou de acordo  com a afirmação de que diante da China a indústria brasileira não tem  muita competitividade. Em muitos campos, os produtos brasileiros têm  condições de competir”, disse o diplomata em entrevista coletiva.
  Em seguida, Xiaoqi acrescentou que: “Os [empresários] brasileiros têm  de fazer esforço, estudar como está o mercado da China, o mercado da  China é aberto e tem muita competitividade”.
  Na visita a China, nos dias 11 a 15 de abril, Dilma deverá estar  acompanhada por seis ministros e 300 empresários brasileiros de diversos  setores. A presidenta encerrará o Fórum Empresarial Brasil-China na  presença de cerca de 600 pessoas. Para os empresários brasileiros, o  mercado chinês é fundamental, mas eles também cobram limites para as  importações daquele país.
  Segundo os empresários brasileiros, os baixos preços dos produtos  chineses impedem a competição dos produtos nacionais. Paralelamente, os  empresários brasileiros reivindicam mais espaço para ingressar no  mercado da China principalmente na área de manufaturados de alto valor  agregado, como as aeronaves e produtos de tecnologia avançada.
  Durante a viagem devem ser negociados acordos para investimentos em  energia, mineração e agricultura, além de ciência, tecnologia e  inovação, assim como parcerias na área social. Alguns textos estão em  fase de elaboração como os que envolvem parcerias na cooperação de  defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, ampliação na concessão de  bolsas de estudo e turismo.
 
  Edição: Rivadavia Severo

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