Em “O semeador de idéias” um homem muito poderoso que se acha um semideus descobre que o sucesso é cíclico e sai pela vida buscando o topo do giro da roda.
Aqui na Paraíba a vida real ainda não fez certas pessoas verem que aquelas duas tapadeiras laterais que um burro usa quando está puxando uma carroça serve apenas para manter a atenção fixa no caminho, sem sustos e sem coices.
Ontem o governo vazou com desproporcional estardalhaço uma relação minúscula do que poderia ser mostrado como exemplo de que havia marajás afundando a Paraíba no governo Maranhão.
Na lista pessoas do círculo mais íntimo do ex-governador, a exemplo do seu secretário particular Idácio Souto, da ex-chefe do Cerimonial Dada Novaes e a filha da advogada Nadja Palitot.
Quem mais ganhava era Dada, que é Defensora Pública com anos de carreira e acumulava a função no Palácio com uma gratificação específica.
Houve ainda o ensaio ameaçando divulgar uma lista de jornalistas que recebiam da Secom para bajular, mas em nenhum desses portais simpáticos ao governador nomes, CPFs e RGs foram divulgados.
Não vou aqui entrar no mérito, mas todos sabem que lá na PMJP, especialmente na Emlur, tem coisa mais cabeluda e por isso o irmão de Ricardo blinda o órgão, guardando a sete chaves segredos que um dia serão revelados.
Sinceramente, achei pouco e mesquinho. Esse nosso Collor tupiniquim deveria trazer a tona todas as maracutaias que existem nos bastidores do poder, inclusive as negociatas entre Legislativo e Executivo, os deslizes da gestão de Cássio. Enfim, passar a Paraíba a limpo. Mas é covarde e teatral.
Demite comissionados e determina caça aos maranhistas, mas recebe listas de substituição, mantendo o mesmo esquema do é dando que se recebe instituído durante séculos na política brasileira.
Coisificar o que deveria ficar no campo administrativo é muito pequeno para um governo que pretende mudar o modus operandi político.
Idácio trabalhava full time, Dada idem. Quem os conhece sabe que se dedicavam a missão. Se cada um recebia uma gratificação vistosa é porque trabalhavam em tempo integral.
Já no que se refere à filha de Nadja, todos sabem que aí o campo é mais pessoal ainda e o objetivo foi desmoralizar a arquiinimiga e ex-companheira do PSB.
Quem divulgou a lista deveria ter também divulgado quem eram os jornalistas que recebiam para silenciar, muitos hoje na fila para jogar confetes diante das moedas do novo rei.
O meu nome não esteve e não estará lá. Será que terão coragem de divulgar a lista com nomes de jornalistas ou o nome da esposa de um desembargador que recebe como se fosse ex-primeira dama?
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