terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Democracia Interna do PT e a candidatura Dilma

Anselmo Castilho

Zé Dirceu, no seu blog, em um dos tantos artigos, postou a mensagem de que os militantes do PT, sejam aqueles que estão na gestão pública, ou aqueles de importância imprescindível, que estão nas ruas defendendo a gestão magnânima do presidente Lula, cumprem com o seu dever.

Tal visão projeta-nos para o cenário da sucessão presidencial do ano que vem. A unidade do PT e o seu crescimento pontificam a importância do principal partido da base do governo Lula, não só para o cenário nacional. Este, a partir de seu novo presidente e direção nacional eleita, iniciam a ofensiva para consolidar as alianças - particularmente com o PMDB – e ampliar apoios com vistas à candidatura Dilma.

No último dia 22 o PT conclui um processo inconteste de transparência pública e democrática de renovação de suas direções. A mobilização de pelo menos meio milhão de filiados demonstrou sua força. Sai o PT, do PED (Processo de Eleição Direta), acenado para as eleições de 2010, unido em torno da política de alianças e o programa que levou Lula à Presidência da República em 2002 e a sua reeleição.

Contudo, há questões importantes a serem resolvidas em Estados chaves, os quais necessariamente influenciarão em uma aliança a ser consolidada a nível nacional. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul passam a ter importância imprescindível para a construção da unidade da base aliada. Destes Estados teremos segundo turno no PED em Minas Gerais e Rio de Janeiro. São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram as eleições internas decididas no primeiro turno. Entretanto, nestes dois Estados há posicionamentos distintos dos presidentes eleitos acerca da construção do melhor cenário para a candidatura de Dilma. O presidente eleito com mais de 90% dos votos validos no Estado de São Paulo, Edinho Silva, verbaliza a política defendida pelo Presidente eleito nacionalmente, Jose Eduardo Dutra. Já o Presidente eleito do Rio Grande do Sul, Raul Pont, que obteve mais de 51% dos votos tem uma visão critica da aliança PT-PMDB, pelas próprias circunstâncias gaucha.

Contudo, vislumbro para o próximo período que o PT vai saber concretizar a coesão nacional interna. A compreensão de que consagrar no processo de sucessão do governo Lula a vitória da candidatura Dilma passa por viabilizar as bases de uma ampla aliança, a partir do PT e tendo como foco primordial os partidos que estão atualmente na base do governo Lula.

E A PARAÍBA?

Com a vitória inconteste, com 54% dos votos válidos, o Deputado Rodrigo Soares foi credenciado a defender, pelo partido, a sua tese que encontra-se propagada pela Direção Nacional, de que na atual conjuntura, na Paraíba, o PT estará ajudando a construir as alianças - particularmente com o PMDB – e ampliar apoios com vistas à candidatura Dilma.

Anselmo Castilho. Advogado. Presidente Municipal do PT de João Pessoa.

24HorasPB

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